Cinco.

Ela tomou um susto quando a voz de Ryan chegou até seus ouvidos, ergueu o olha para ele que impedia o sol tocasse a sua pele, o homem se encontrava a sua frente, braços cruzados um pouco abaixo do peito.

— Kristin! — Chamou novamente já sem paciência.

— O que foi?

— Precisamos ter uma conversa séria.

— Ok, é sobre o contrato? — Perguntou já imaginando que só poderia ser isso que Ryan queria conversar com ela, pois não havia nada, além disso, que eles pudessem conversar.

— Sim, mas vamos para o nosso quarto.

— Tá. — Ela não o questionou, precisava saber tudo sobre o contrato. Ela apenas colocou a camisa de Ryan e notou o olhar do homem para si.

— Essa camisa é minha?

— Sim, como sua esposa, eu tenho direito de usar qualquer peça de roupa sua. — Ele sorriu fraco e balançou a cabeça negativamente. — E ficou mil vezes melhor em mim. — Ela fala dando de ombros enquanto caminha frente dele.

— Devo concordar, vou adicionar uma cláusula no contrato sobre você utilizar minhas roupas. — Kris o olhou incrédula, isso foi estranho.

Ao chegarem no quarto, ela se sentou no sofá se virando para Ryan, que se sentou no espaço ao seu lado.

— Ok, o contrato ele foi feito por sua mãe, ela fez tudo e apagou qualquer provar que isso existiu, então só ela pode lhe dizer sobre o que tem nele, ela pediu para que você a ligasse.

— E como sei que está sem celular e acho difícil que ele seja encontrado, pode ligar do meu.

— Nossa, pensei por um segundo que fosse me dar um novo!

— Vai sonhando. — Ele entrega o celular para ela, que liga para a mãe.

E: Oi, Ryan, o que quer?

K: Sou eu, eu queria saber quais são as cláusulas mais importantes do contrato.

E: Quando vocês voltarem de lua de mel, podemos conversar sobre isso filha.

K: Eu só quero saber se eu realmente preciso fazer... você sabe aquilo. — Ryan a olhou, pensando: "Qual é a dificuldade de falar sexo?"

E: Oh, sim, pensei que já tivesse feito, ela é a primeira no contrato, seu marido não ler as coisas antes de assinar.

K: Era apenas isso, tchau.

E: Mas-

Kristin desligou a chamada e olhou para Ryan que estava ao seu lado.

— Eu não sei como... sou virgem. — Ryan a olhou por um momento.

— Não precisa fazer se não quiser! — Ele fala procurando compreender o ponto de vista dela, pois, para ele, não seria problema nenhum, apenas sexo. Mas, para ela, é totalmente diferente, é sua primeira vez e ele não é tão insensível, pelo menos não seria agora com ela. Eles ficaram casados até o final do contrato e ele não quer que ela o incomode por isso.

— Se escolhe estivesse fazendo parte da minha vida agora, eu não estaria casada com você. — Ela disse se levantando da cama e indo para o closet e depois banheiro, antes de fechar a porta ela perguntou. — Quando vamos embora?

— Daqui a 3 dias. — Ele responde.

— Só me dá um momento para pensar nessa situação.

— Kristin não acho necessário você fazer isso. — Ryan diz.

— ESTÁ NA PORRA DO CONTRATO... e por favor não finja que se importa comigo. — Ela fechou e trancou a porta do banheiro.

Ele permaneceu ali sentado na cama, olhando para um ponto na parede, está fora do seu controle, deveria ter imaginado que Elizabeth faria isso, provavelmente ela quer que Kristin fique grávida dele e, como a mais nova, provavelmente não vai querer ficar com o bebê, ela se oferecia para cuidar da criança, assim ela teria acesso ao dinheiro que Ryan mandaria para a criança, ele sorriu.

— Você não vai ver a cor do meu dinheiro, Elizabeth. — Se levantou da cama indo para o closet pegar alguma roupa, para tomar banho logo após Kristin sair do banheiro, que acabou demorando um pouco já que ela estava chorando na banheira.

Kristin estava agora na varanda do quarto observando a rua movimentada, esperando que Ryan lhe dissesse que estava pronto para saírem, simplesmente um amigo dele estava na cidade e queria conversar com o amigo e conhecer a sortuda que havia casado com o pegador do Ryan.

— Kristin, vamos? — Ela se vira para ele, ele está com uma calça de alfaiataria preta, camisa polo branca, acessório relógio em um braço e a pulseira de couro no outro, tênis branco. Kristin estava vestida com uma saia de seda rosa, uma blusinha curta branca e um salto transparente, seus acessórios eram um colar simples, e duas pulseiras uma em cada braço.

Eles saíram do quarto juntos, ao chegaram no restaurante, Ryan segurou a mão de esposa a trazendo com ele para seguirem até a mesa reservada, que fica em uma sala reservada. Austin sorriu ao ver o casal, ele comprimento Ryan com um abraço e um aperto de mão, já com Kristin, ele beija as costas da mão da mesma sorrindo galanteador, ela sorrir de volta, Ryan puxa a cadeira para ela sentar. Eles iniciam uma conversa sobre trabalho, porém os olhos âmbar estavam muitas vezes na ruiva, eles já haviam feito os pedidos de seus pratos e estavam apenas aguardando.

— Então Ryan, sua esposa é sempre tão calada? — Austin pergunta sorrindo, Ryan percebeu o olhar do amigo, "Parece que alguém tem a capacidade de gostar da Ogrinha", pensou ele, não que ele achasse que fosse impossível alguém gostar da garota, ele até...ele só não esperava que Austin fosse a gostar, pois sempre foi meio complicado com garotas com muito corpo, preferia as com menos carnes.

— Não, na maioria das vezes ela está me xingando. — Ele diz de forma indiferente, como se não se importasse. — Mais é o preço a se pagar por casar com o Amor da minha vida. — Apesar de Austin ser um dos amigos mais próximos de Ryan, ele não mencionou o contrato. Isto não diz respeito a outras pessoas e, vendo que o amigo estava começando a se interessar por sua esposa, o conhecendo bem, logo mais estaria na mídia que o seu casamento é uma farsa e ele seria obviamente massacrado, ou não, o mundo está cada dia mais doente.

O mundo está tão podre e doente onde pessoas fazem o possível para ganhar curtidas e visualizações, na maioria das vezes é apenas um monte de merda.

— Lembro que você me falava que você não a suportava. — Ryan precisa urgentemente mudar as suas amizades.

— E você acreditou?

— Nunca pensei em um dia ver você dizer que ama alguém e muito menos essa pessoa sendo a sua Ogrinha. — Kristin olhou para Ryan, então ele falava dela para seus amigos.

— Oh, ele falava de mim? Amor, a quanto tempo você é tão apaixonada assim por mim?

— Sem gracinhas, você sabe bati a cabeça em uma queda, preferia ter morrido.

— Também preferiria isso, pois impediria que me casasse tão cedo. Acho que deve ter batido a cabeça em algum lugar para topar me casar com você.

— Você é tão engraçadinha Querida.

— Você se apaixonou por mim desse jeitinho, meu Lindo. — O jantar prosseguiu harmônico, mesmo com eles trocando pequenas farpas que, para Austin, pareciam um jogo. Eles não se davam bem e, mesmo casados, não tratavam um ao outro de forma diferente. No entanto, Austin ainda tinha olhos de admiração para a mulher mais jovem que, ao ouvir Ryan se gabar de mais um investimento de sucesso, revirou os olhos com o assunto. Austin sorriu. Kristin pediu licença para ir ao banheiro, deixando os dois ali. Ryan precisava fazer o papel de bom marido apaixonado.

— Se puder deixar de demonstrar tanto interesse pela minha esposa, ficaria grato e vou adorar manter a nossa amizade. — Ele diz bebericando a taça de vinho, Austin o olha sem acreditar.

— Você nunca teve problemas de dividir as suas garotas comigo, meu amigo.

— Kristin, não é qualquer mulher, é a minha esposa, então faça o favor de parar de olhá-la com essa cara boba.

— Ok, irmão, foi mal. — Austin diz ainda sem acreditar no que havia acabado de ouvir, Kris voltou do banheiro e ao se sentar recebeu um selinho do marido, ela estranhou, mas não demonstrou.

O jantar terminou de forma estranha, mas os rapazes fingiram que nada havia ocorrido. No carro, Ryan dirigia enquanto Kris observava os edifícios. Ela deixou a cabeça encostar na janela e, embora estivesse curiosa para saber o motivo do subitâneo estranhamento entre ele e Austin, imaginou que não fosse da sua conta e, por isso, não perguntou.

No caminho para o hotel, outro assunto havia tomado conta dos pensamentos de Kristin: Um filho. Ela precisava dar um filho a Ryan. Ela se arrependia por errar naquele dia... suspirou ao entrar no quarto. Ryan entrou logo depois dela. Ele foi o primeiro a tomar banho, depois foi a vez dela, ela pegou um pijama no closet e foi direto para o banheiro. Pela primeira vez, não trancou a porta, achava que não seria necessário. Seu corpo tremeu durante o banho quando pensou no que poderia acontecer naquela noite, no caminho parar o hotel. Ela resolveu que perderia a virgindade o mais depressa possível, afinal, teria que fazer isso em algum momento com Ryan e preferia que fosse logo. Ela se sentiu estranha ao sair do banheiro, Ryan a olhou e suas sobrancelhas se juntaram em estranhamento. Kristin costumava usar pijamas que a deixavam parecendo uma criança, inclusive um da Mulher Maravilha. Mas agora ela estava usando um modelo um pouco mias ousado, o que não combinava com o seu estilo pessoal. Ryan não seria capaz de dizer que não havia gostado do que estava na sua frente nesse exato momento. Kristin usava um short preto de seda bem curto, que parecia ficar ainda mais curto devido às suas fartas coxas, e, na parte de cima, uma mini blusa do mesmo tecido e cor, deixando seus fartos seios em destaque total. Ele nunca negaria que havia gostado da imagem, afinal ele é homem. Esperou que ela se movesse ou pelo menos que dissesse algo, isso não foi de imediato, mas aconteceu. Ela disse algo que o fez sorrir.

— Eu não sei nada sobre sexo além da teoria.

— Kristin no sexo a teoria é valida... tem certeza que quer isso agora?

— Sim, o mais rápido possível, assim não vou precisar fazer isso depois, o que faço? Deito na cama e você... você sabe.

— Não vou transar com você, como se fosse a porra de uma boneca de plástico, vamos fazer por etapa, beijos, preliminares, e por fim a penetração. — Ele explicou de forma dinâmica. — Não consigo entender como você ainda é virgem, garotas dá sua idade, já tem uma vida sexualmente ativa sei lá desde dos 16 se não menos.

— Já olhou para mim? Eu não sou o tipo de garota que costuma ser assumida.

— Sexo não tem a ver com namoro.

— Talvez não para homens como você, mas para garotas como eu, sim, eu nunca quis só sexo, enfim estou pagando com minha língua.

— O que quer dizer?

— Que prometi para mim mesma que eu nunca iria perder a minha virgindade com alguém que eu não sinta nada.

— Você me odeia, isso é um sentimento.

— Você é um idiota, vamos logo acabar com isso.

— Não vai dar.

— Como assim?

— Não vou fazer sexo com você assim, posso ser o "babaca" que você adora dizer, mas prefiro esperar por um momento em que os dois estejamos afim, se fizermos isso agora, será uma experiência ruim para ambos e eu não quero ter que conversar com o meu terapeuta sobre minha vida sexual.

— Então morrerei virgem, porque isso nunca vai acontecer.

— Imagino, por isso vamos marcar um dia, estaremos mais preparados para esse momento.

— Ok. — Ela queria terminar com aquilo logo, pois sabia que nunca transaria com Ryan por desejo seu. Isto é, de fato, um absurdo, ela deitou na cama e mesmo que o homem tenha estranhado a sua ação, ele apagou as luzes e se deitou ao lado dela.

Como sempre, Ryan foi o primeiro acordar, Kristin acordou com a voz dele ao telefone.

— Se eu a amo, por que me casaria com alguém se não a amasse? Não me ligue mais. — Ele desligou a chamada. — É feio escutar conversas dos outros.

— Você fala muito alto, idiota, problemas com suas namoradas?

— Sim!

— Deveria ter imaginado que teria esse problema.

— Não pensei muito, bom temos um passeio de barco hoje a tarde e amanhã iremos voltar para Nova York.

— Achei que morasse em Los Angeles.

— Você passou na NYU, ela fica em Nova York, comprei um apartamento para nós dois. O bom que ficará mais perto da minha empresa. — Kristin concordou, estava tão em choque que iria morar com Ryan e que ele havia comprado um apartamento para eles que nem lembrava do passeio de barco. Ela se levantou da cama, Ryan observou seu corpo discretamente enquanto ela ia para o closet e seu short estava tão curto ao ponto de parecer uma calcinha, ele desviou o olhar. — Vou pedi o café da manhã, algo específico? Ou vai querer descer?

— Descer, quero poder olhar para pessoas bonitas.

— Você já me tem querida.

— Coitado. — Ela disse indo para o banheiro, Ryan sorriu e seguiu para o closet, escolheu a roupa que usaria e esperou a mais nova sair do banheiro, ela acabou demorando mais do que o normal. Ela estava com um macaquito branco, com uma leve maquiagem e cabelos devidamente secos e arrumados.

— Vamos a algum lugar?

— Não sei você, mas eu vou andar um pouco, não é sempre que estou no Havaí.

— Entendi, vai precisar de dinheiro?

— Não. — Ele não disse nada e foi tomar o seu banho. Após o café da manhã, Kristin pegou sua bolsa e saiu do hotel com Ryan no seu pé.

— Por que está me seguindo?

— Porque sou seu marido e estamos em lua de mel.

— O que o cu tem a ver com as calças?

— Se der uma olhada para o nosso lado direito, vai ver um carro preto. Se olhar pela janela, vai ver um homem com uma câmera. Eu sou uma pessoa pública, Kristin. Todos duvidam do nosso relacionamento, principalmente a mídia. Então, precisamos fingir que somos um casal apaixonado em todos os lugares.

— Eu te odeio. — Ele sorriu se aproximando dela, a segurando pela cintura.

— É recíproco. — E a beijou, a puxando para mais perto de si, terminado o beijo com selares rápidos, Kristin sorriu falso e se afastou do mesmo, deslizando sua mão pelo braço dele até chegar na mão dele, onde ela entrelaça seus dedos e eles voltam a caminhar.

— Sinceramente eu preferia morrer a me casar com você.

— Tem um monte de carro passando, é só se jogar.

Ela mostra o dedo do meio para ele e o puxa para uma loja, a vantagem de está hospedada em um hotel de luxo é que tem muitas lojas próximas a ele, eles estavam parados em frente a uma.

— Roupas?

— Sim, achou que eu fosse comprar lembrancinhas?

— Sinceramente achei sim. — Ele diz tirando um cartão da carteira, Kristin pensou um pouco, se vai ficar casada com ele, vai aproveitar, pegou o cartão black.

— Procuremos o amor primeiro, depois compremos lembrancinhas para quem se faz de cego e quem me obrigou a fazer isso.

— Shakespeare?

— Não o irmão dele, Willian. — Ela diz sorrindo falso e entra na loja deixando ele para trás, ele entrou na loja sem paciência a seguindo, ela experimentou várias pessoas e voltou a procurar outras, quando foi abordada por uma funcionária da loja.

— Senhora licença, a senhora conhece aquele homem? — Kristin olha para onde ela está apontando e faz cara de assustada.

— Não, por quê?

— Ele não para de lhe seguir pela loja.

— Poderia pedir para alguém tirara-lo da loja, não estou me sentindo segura. — A mulher sorriu e foi conversar com dois seguranças que estavam na loja. Kristin sorriu e continuou escolhendo as roupas. Ela percebeu que os seguranças conversavam com Ryan, que a olhou com ódio. Kristin foi até o caixa para pagar. Ela sorriu, acenou para Ryan e deu um beijinho no ar.

— Vai ficar lindo em você.

— Espero. — Entregou o cartão e sorriu para a vendedora. Esta passou o cartão e guardou as roupas na bolsa e entregou a Kristin, que pegou as sacolas e foi embora da loja. Seguiu para outra loja ao invés de seguir para o hotel, mas, ao passar por um beco que separava as duas lojas, sentiu seu corpo ser puxado para ele e teve o corpo pressionado contra a parede.

— Você é sem noção! Eles quase bateram em mim.

— Quase? Sua cara está tão deformada que jurei que eles tinha te batido.

— Isso foi idiota. — Ela sorrir.

— Você é idiota, acho que combina. — Ryan morde os lábios e respira fundo.

— Então é assim? O nosso passeio a barco de tarde será incrível. — O sorriso sumiu do rosto de Kristin no mesmo instante.

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