Capítulo 2
Vicente (narrando)Nunca pensei que poderia ficar tão entediado rodeado de mulheres, mas quando se trata de estar em um lugar com um bando de meninas ainda dentro da fralda e mimadas me faz me sentir frustrado, porém havia algumas jovens maiores de idade, há muitas na verdade, mas é bem difícil selecionar entre uma delas, parecem não ser útil para nada, imagina se eu quiser uma mulher para usá-la na cama e depois fazer de conta que não existe, já que vou me unir a alguém vou tentar algo diferente…Estava preso em meus devaneios até perceber uma discreta curiosa, essa eu nunca vi, até onde eu sei aqui não tem nenhuma ruiva, porém havia uma me encarando bem agora com grandes olhos azulados, “uau, admito que é a coisinha mais linda que já vi hoje, seria interessante se for maior de idade, porém que menina menor de 18 usaria um batom rubro daquele jeito, ahn… odeio batons com cores tão fortes, já perdi simplesmente umas cinco camisas assim.— O que está olhando? — perguntei lhe fazendo levar um susto, pensei que ela correria.— Antes de ser transferida para outra escola esse era meu lugar favorito, amava tocar piano, violino e harpa. — comentou seguindo até mim cautelosamente.Ela usa uma saia quadriculada daqueles tipos escocesas, cintura alta curta só um pouco abaixo da coxa, ela é esbelta e um pouco baixa, porém é uma linda menina, parece uma princesa, ela evita me encarar, jurava que tentaria flerta ou algo do tipo, porém ela olha com curiosidade o piano, como se estivesse o analisando.— Então você sabe tocar todos esses instrumentos? — perguntou surpreso, eu só sei tocar piano, a minha mãe também tocava esses três instrumentos, Henry era louco por ela, tanto que ama ouvir alguém tocando algum desses instrumentos, mas a fera la tem um fraco por violino.— Sim, aprendi desde os oito anos de idade — comentou indiferente.— Qual a sua idade?— importa? Uma pessoa não precisa saber a idade da outra se não houver nenhum motivo aparente. — Disse de forma arrogante, que menina petulante, enfim até que gostei dela, diferente das outras meninas não me tratou como um futuro namorado, porém nada demais, certeza que deve ter na base dos 16 ou 17, ou até menos, estou sendo modesto.— Então qual é a série?— Na verdade já conclui, porém fui jogada a uma série a menos que… — Hesitou falar. — Uma série a menos do que eu estudava, é isso — concluiu com um certo nervosismo, como se quisesse esconder algo, se ela já concluiu, então ela deve ter feito 18, ou vai fazer, que menina mais convencida, também não é para menos devo admitir.— Por que seria jogada para uma série inferior se já estava para ir para a faculdade?— porque eu tenho uma irmã burra!— Entendo, você deve está se sentindo injustiçada, não é? — perguntou enquanto a assisto se encostar no piano revelando a curva de seu traseiro.— sim, é terrível ser brilhante — disse emburrada, enquanto continuou a admirando, não me julguem eu adoro olhar as curvas das mulheres e estou procurando uma que seja tão perfeita que meu pai não resista assim como foi com Vittorio, nem bem conheceu a tal e já aceitou facilmente mesmo tendo decidido que ele se casaria com uma que ele escolheu, eu também tenho que encontrar uma para me livrar da minha esposa bebe e essa menina está quase sendo aprovada.— brilhante e linda, o tipo de mulher perfeita — comentei sem fôlego e ela me encarou com rabo de olho.— mulher? — fez confusa, naquele momento estava querendo enfiar minha cara em algum lugar, certeza deve ser de menor, merda! Tenho que ter mais cuidado. — vamos deixar uma coisa muito clara — disse séria me fazendo a encarar fixamente como se seus olhos fossem ímã. — eu fiz 15 anos recentemente, e já estou percebendo que você tem costume de dar em cima das alunas, vou fazer uma observação, esse não é o seu lugar, então acredito que sua duração aqui será menos de uma semana agora que estou aqui.“Acabei de retirar tudo que eu disse, essa beleza é só para disfarçar o diabo vestido de princesa que ela é, mas eu sou pior querida”— Bom… eu não estava dando em cima de você, não gosto de crianças, além disso… — Eu assevero me levantando indo em sua direção. Juro por deus que estou irritado com essa ameaça. — você fala muita besteira senhora… como é mesmo seu nome? — perguntou tirando o lenço do bolso.— Arlet — Disse me olhando desconfiada.— Arlet, não estava te paquerando, foi um equívoco, deve ser culpa desse batom dizendo mamãe sou puta, ele é quem está te fazendo dizer asneiras também — Eu assevero segurando seu rosto com força e limpando o batom com agressividade, por um momento me encantei mesmo com essa pirralha, conseguir tirar todo aquele rubro de sua boca, sujou parte de seu rosto, porém estava bem melhor e com cara de quinze anos, qual o problema dessas meninas de hoje em dia?— seu louco! Como se atreve? Está agredindo uma aluna— eu sou seu professor, não faça calúnias com meu nome, e não use mais esse batom vermelho ou da próxima vez eu arranco seus lábios com um canivete, saia! — bradei, porém ela nem me deu credibilidade, me encarou com asco, mas estava tão engraçada, lindamente um palhaço com o batom todo borrado. — ai… — asseverou segurando um de meus joelhos após ela me dar um pontapé, que criança sem vergonha.— Serão dias difíceis, senhor… como é mesmo seu nome? — perguntou, enquanto eu finjo não sentir mais dor.— sou o professor Mathias — menti meu nome, mas é o nome que uso aqui, ninguém pode saber que meu nome é Vicente ou até mesmo meu sobrenome, vida de mafioso é uma droga às vezes.— Ok, professor Mathias — Disse em tom ameaçador — Bom… mas mudando de assunto — disse repentinamente sorrindo.— O que é vá para sala de aula — ordenei, porém ela seguiu até o violino.— Como eu disse, eu sou boa em tocar violino, você poderia me dar umas dicas de como melhorar? — Perguntou, ela estava posicionando o instrumento com perfeição.— ok… toque e eu tentarei te dar umas dicas — assim que disse ela se preparou e tocou… é incrível, naquele momento ela me fez voltar a época em que minha mãe tocava para a gente dormir, Henry adoraria ouvir isso, ele tem uma espécie de fanatismo por isso, a mamãe era uma das únicas coisas que ele tinha de mais precioso, se ele visse isso agora sequestraria essa menina, espero que a Aysha seja inteligente… sem esperanças, já ouvir sobre a menina, Henry gosta de mulheres inteligentes e pelo que já ouvi dessa menina ela é um zero à esquerda, e Henry é tão exigente.— Então? — perguntou demonstrando interesse na minha opinião, oh.. Então a filhote rebelde tem alguma coisa pelo que se interessa.— não está tão mal, quem te ensinou a tocar? Foi aqui? Duvido muito, porque as meninas daqui desde que venho sei que elas nunca se interessam por nenhum desses instrumentos.— Está aqui há quantos meses?— Não sei, muitos, porém agora que decidi me dedicar a isso em tempo integral, antes eu vinha umas quatro vezes no mês— deve ser por isso que elas tocam mal, tem um professor ruim que não se importa em dar aulas diárias — comentou debochando.— errado, tem dois professores, então… eu não sou tão necessário assim— então o que faz aqui? — perguntou confusa me desconcertando. — afinal todos os professores aqui são bem requisitados e você não parece ser o tipo que seja bom em todos esses instrumentos— E você é?— sei tocar todos, porém domino o violino“exibida, que menina mais petulante.”— é… Arlet? — ouvi uma voz logo na entrada da porta, essa voz eu conheço muito bem, ah… Aleria, é uma moça de 22 anos que cursa o ensino médio, ainda, se não fosse bonita… ela é… como dizer, gentil, das moças daqui a mais temida, seu cabelo castanho claros, lisos e poucos ondulados, pela clara, ela é linda, mas de todas ela não me dar toda essa atenção que eu queria para conhecer, porém ela é o oposto dessa Arlet, a propósito que nome horrível. — isso são modos? — perguntou e quando percebi a criatura estava debruçada sobre o piano apoiada pelos cotovelos, admito, bem bonita, pena que é tão nova.— Bom dia Aleria — disse gentilmente indo até ela.Cap.3Scarlett Mozart.— só estava praticando violino — disse me mantendo na mesma posição relaxada a observando, aqui eu tenho que mentir , ninguém pode saber que somos irmãs, não porque eu quero, mas como já disse a lindona ali tem vergonha, então… eu vou me fazer de demente.— bom dia professor… — fez Aysha com a voz trêmula, logo percebi suas mãos nervosas que não param quietas.— Você já veio para a aula? Ainda faltam 20 minutos — disse ele meio confuso.— Eu… — tentou falar me encarando furtivamente. — estava tentando vir ajudar a separar as partituras, além disso posso escolher um violino e tentar treinar mais cedo que as outras meninas, já que toco tão mal e não consigo acompanhar — tentou explicar, mas a questão é, ela nunca quis aprender a tocar nenhum instrumento, e já posso dizer que pelo suor frio, sorriso desconcertado e toque constante no cabelo ela estava apaixonada por ele, bom… e ele… percebo seu olhar leviano, mas não é do tipo que veria se uma menina é interessada
Cap.4Scarlett Mozart.— você é cheia de fibra, senhorita, mas você não tem escolha — comentou com sorriso de canto, percebi um pouco de maldade, como se pensasse em algo sombrio.— Eu posso fazer minhas próprias escolhas, basta eu dar um jeito — disse indiferente me levantando, segui até a mesa de meu pai mexendo no tabuleiro de xadrez. — é o que dizem meu caro, no jogo de xadrez a peça mais forte é a dama — comentei de forma fria pegando a peça do tabuleiro. — todas as peças trabalham para proteger o rei, mas a dama é a peça temida, ninguém quer está na reta dela, e ela pode simplesmente derrubar o rei — disse chutando o rei para fora do tabuleiro com a minha dama, ele apenas deu o meio sorriso e se inclinou pegando a peça do chão, seu olhar se voltou a mim feroz com um sorriso confiante.— Isso é o que veremos — murmurou colocando a peça novamente no tabuleiro começando a arrumar. — jogou mal desde que invés de jogar o rei adversário para fora, jogou o seu rei, ah… esperta, entendi
Cap.5Assim que voltei para casa, entrei com aquela cara de quem não fez nada e segui para meu quarto, eu havia esquecido a criatura presa no quarto e meu pai já me esperava bem em frente, nem preciso dizer depois o que aconteceu, ao menos queria ter visto meu animal de estimação, até que a punição valeria a pena.Dia seguinte acordei mais cedo que o habitual, tomei banho, arrumei meu cabelo dividi ao meio e amarrei com uma única fita com uma mecha em cada lado no centro, coloquei meu batom de guerra, vestir uma saia plissada e um casaco de enorme que quase me engole, mas ainda estava tão frio, meu velho tênis cheio de lama… não, vou colocar meu sapato preto elegante envernizado, e estou pronta, vou seguir a pé e pegar um ônibus, não faz diferença ir com eles ou não já que Aysha nem gosta da ideia que é minha irmã.A estrada estava um pouco escura e fria, mas é seguro, assim eu pensei, estranhei quando ao seguir avistei um homem a minhas costas me seguindo, não conseguia ver seu rosto
cap.5.2Assim que a aula acabou segui pelo corredor com a pilha de livros sendo equilibrada nos meus antebraços, senti uma forte dor lombar com o corpo ligeiro que tombou em mim todos os livros foram ao chão.Droga, eu nem me importei em ver quem era, confesso que doeu demais, agora só foco em recolher meus livros, enquanto percebo alguns olhares em minha direção e um par de pés parando em minha frente se abaixando e me ajudando a recolher.— Ficou com tanto medo assim? — ouvi a voz dele, então ergui os olhos encontrando os dele.— Não tenho medo de você, me deixe em paz— não estou te perseguindo, senhora Arlet, você só passou na hora errada e agora parece estar passando por um vexame — comentou recolhendo os livros me devolvendo.Quando me levantei nem sequer me importei em responder, tudo que prestei atenção foi a minha irmã me encarando acompanhada com mais duas marrentas, seu olhar sério estava me chamando para briga, mais uma vez lá vou eu para o banheiro encontrá-la, dei de omb
Cap.6Assim que chegamos em casa Aysha parecia voar na escada, só faltou a vassoura já que tropeçou e caiu quando subiu o último degrau, ela sabe muito bem que Henry está para chegar por isso lá vai a cabrita correndo para meu quarto.Eu a seguir agora tenho que ajudar Henry e ela, estou me sentindo um pouco diabólica, tenho que fazer ela gostar de Henry enquanto a ajudo a ficar com o professor.— Aysha, já disse que o Henry é legal — comecei a minha citação.— como você pode saber se até um dia desses ele nem falava com você?— bom… o pouco que conheci dele já sei que ele é um cara do bem — menti, é óbvio que aquele cara é um transtornado, porém… espera! Aquele professor colocou a faca em meu pescoço e me ameaçou, ah não… literalmente ele pode ser pior que o Henry.— Aquele homem não é bom, não vejo nenhuma bondade nele — disse de forma abrupta.— Está bem, se esconda aqui, mesmo que eu vá apanhar no final e ser acusada de atrapalhar seu casamento e bla bla bla — articulei entediada.
Desço as escadas torcendo para não encontrar meu pai, afinal ela poderia me jogar na masmorra por esta saindo sem sua permissão.E lá vou eu de novo seguindo sem segurança nenhuma pela mesma estrada, será que aquele homem sobreviveu? Bom… acabei de ter a resposta, a polícia já está reunida no local a beira da floresta, traziam um corpo na maca, minha dedução é que está vivo e bem vivo porém inconsciente, mas pelo número de pancadas ele nem vai lembrar quem o acertou.Hoje a tarde eu começo meu trabalho de meio período em uma lanchonete não muito longe de casa, já que meu cartão foi bloqueado e tenho que arrumar meios de ganhar dinheiro.Não é muito comparado ao que eu tinha, eu devia ter aproveitado mais aquele valor que tinha lá em vez de querer economizar em cartão que meu pai tem controle, Aysha sempre gasta a mesada dela toda com coisas idiotas, no meu caso lá se foi toda a economia para pagar o curso que eu queria.Lanchonete tacos chimu, vou servir mesas, lavar pratos e limpar b
Cap.7Scarlett (Mozart)Após o acordo ele me levou até em casa, como sempre segui no banco dos fundos, não deveria nem confiar em entrar no carro de um homem considerado perigoso, muito menos me dar a liberdade de sentar no banco da frente. E assim seguimos viagem silenciosos, eu plenamente admiro meu novo cartão, papai morreria de inveja, dou saltos e piruetas mentalmente com tanto dinheiro em minhas mãos.Assim que ele estaciona pulo do carro habilmente e sigo para entrada da minha casa sem nem mesmo olhar para trás, meu pai não pode me ver chegando com meu cunhado futuro.Subi para meu quarto onde a escarlate ainda está trancada.— Aysha, abra a porta, ele já foi — avisei, mas ela abriu a porta e me puxou bruscamente.— Eu vi pela janela, porque você está com ele? O que está acontecendo? Ele saiu atrás de você e foi te seguindo e agora vocês voltam junto— Relaxa, ele só está querendo se certificar que eu não estou aprontando, só para assegurar que seu irmão não terá dois chifres,
Cap.8Autor/narradorHenry saiu da casa de Scarlett se sentindo em triunfo, mal tinha ideia que a menina havia assinado outro nome ao invés do seu nome Scarlett Mozart.Ele dirigiu até a casa de Vicente extremamente ansioso já que era uma das coisas que mais queria ver acontecer com Vicente por pura vingança.— Nem me diga que aquela pirralha assinou o contrato — comentou quando viu o irmão entrar na mansão.— sim, ela já assinou, parabéns, você estão casados— Está achando isso engraçado? — perguntou percebendo Henry segurar o riso.— óbvio que sim, terá que esperar pela sua esposa assim como eu esperei pela minha, agora só falta você ir ao menos ser a sua esposa— ridículo, eu não quero ver ninguém, muito menos uma garota de 15 anos, que homem pensa que eu sou?— o tipo casado, mas que não pode tocar na esposa e nem ter lua de mel, falando nisso, ela é bem inteligente— Pegue ela para você se gostou e saia da minha casa se só queria me passar essa informação.— era só isso — disse s