cap.5.2
Assim que a aula acabou segui pelo corredor com a pilha de livros sendo equilibrada nos meus antebraços, senti uma forte dor lombar com o corpo ligeiro que tombou em mim todos os livros foram ao chão.Droga, eu nem me importei em ver quem era, confesso que doeu demais, agora só foco em recolher meus livros, enquanto percebo alguns olhares em minha direção e um par de pés parando em minha frente se abaixando e me ajudando a recolher.— Ficou com tanto medo assim? — ouvi a voz dele, então ergui os olhos encontrando os dele.— Não tenho medo de você, me deixe em paz— não estou te perseguindo, senhora Arlet, você só passou na hora errada e agora parece estar passando por um vexame — comentou recolhendo os livros me devolvendo.Quando me levantei nem sequer me importei em responder, tudo que prestei atenção foi a minha irmã me encarando acompanhada com mais duas marrentas, seu olhar sério estava me chamando para briga, mais uma vez lá vou eu para o banheiro encontrá-la, dei de ombro e segui na frente com a pilha de livros.Entrei no banheiro deixando a pilha de livros sobre a pia e esperei a enfezada, como se meu dia já não estivesse ruim e ainda era só o intervalo estava com uma vasta vontade de tocar violino e sanar a fúria da fera dentro de mim.Ela entrou silenciosa e seguiu em minha direção me analisando.— O que aconteceu com seu batom? — perguntou desconfiada.— tirei— novamente esteve com o professor Mathias? — perguntou desconfiada.— não exatamente…— Fique longe dele — me ameaça, seria óbvio que ela gosta dele, eu sabia.— bom… eu só tenho quinze anos, nem mesmo penso em namoro desde que também nem cheguei a puberdade, coisa que me salva do casamento que meu pai inventou.— ainda assim, não é o que parece, você e o professor Mathias andam meio estranhos um com o outro, um pouco próximos e você começou a estudar hoje— é ódio pintado de rancor, não nos damos bem desde que nossos olhos se cruzaram, agora me conta — pedi me pendurando em seu ombro, a Aysha é um pouquinho mais alta que eu, nada que 3 centímetros — você gosta muito dele, não é?— do que está falando?— de seus olhares descarados, você gosta dele— bom… todas as meninas gostam, ele é o professor mais novo que já pisou aqui— e ele está interessado em você — menti descaradamente, apesar de Aysha não me ajudar, posso tentar lhe dar uma ajudinha. — droga, esqueci de lhe contar, seu marido não é feio como pensamos, é um homem mais velho, porém não tão velho, ele é muito bonito, até mais que esse Mathias— não é, ele é um abusador, um homem cruel e sem escrúpulos, não quero ele perto de mim — asseverou com a voz trêmula, o trauma que ela pegou de um cara que nunca viu é inexplicável.— ok… mas e esse tal professor? — perguntei a deixando desconcertada.— Bom… já que me ajuda sempre, eu gosto dele, mas como eu disse todas as meninas gostam— Porém pelo que percebi você tem mais chances de ser próxima dele, ele tem uma quedinha por você— Você acha?— Sim, por isso a partir de amanhã eu vou te ajudar, e você vai ter eles aos seus pés — disse com convicção, a Aysha é muito bonita e gentil, se ela não quer esse tal Henry então eu vou ajudá-la a ficar com quem ama.— Está falando sério? Mas isso vai dar problema e eu não quero viver apanhando que nem você— olha, antes apanhar vivendo momentos felizes do que viver igual a me revoltada da vida — comentei indiferente e ela me encarou apreensiva.— olha… eu não queria te prejudicar, sei que você queria está na universidade e eu não me importo de esta abaixo de você, mas eu cometi um erro após reclamar com meu pai e fazê-lo te jogar para uma série menor que a minha, e mesmo quando tentei concertar já era tarde, mas eu sinto muito“ah, que inferno, ela sabe me quebrar toda né? Tinha que pisar no meu calo e lembrar que é tudo culpa a andorinha”— enfim… vamos esquecer isso, você quer ajuda para ter uma chance de conquistá-lo — perguntei secamente, ela nem percebeu meu tico nervoso agora.— quero!— Ok, a partir de amanhã eu te ajudo — disse pronta para seguir para a saída até ela segurar meu braço. — O que é?— Onde esteve hoje pela manhã que não esperou?— então? Eu sai, queria ir sozinha, então no meio do caminho um homem estranho me seguiu e tentou me matar, mas eu matei ele antes, é isso — contei indiferente.— você e suas mentiras se não quer contar, está bem, mas não fique com essas histórias macabras. — asseverou saindo do banheiro, ela nunca acredita mesmo, ela sabe todas as coisas ruins que já fiz e ainda assim não acredita em mim, por isso que conto tudinho.Cap.6Assim que chegamos em casa Aysha parecia voar na escada, só faltou a vassoura já que tropeçou e caiu quando subiu o último degrau, ela sabe muito bem que Henry está para chegar por isso lá vai a cabrita correndo para meu quarto.Eu a seguir agora tenho que ajudar Henry e ela, estou me sentindo um pouco diabólica, tenho que fazer ela gostar de Henry enquanto a ajudo a ficar com o professor.— Aysha, já disse que o Henry é legal — comecei a minha citação.— como você pode saber se até um dia desses ele nem falava com você?— bom… o pouco que conheci dele já sei que ele é um cara do bem — menti, é óbvio que aquele cara é um transtornado, porém… espera! Aquele professor colocou a faca em meu pescoço e me ameaçou, ah não… literalmente ele pode ser pior que o Henry.— Aquele homem não é bom, não vejo nenhuma bondade nele — disse de forma abrupta.— Está bem, se esconda aqui, mesmo que eu vá apanhar no final e ser acusada de atrapalhar seu casamento e bla bla bla — articulei entediada.
Desço as escadas torcendo para não encontrar meu pai, afinal ela poderia me jogar na masmorra por esta saindo sem sua permissão.E lá vou eu de novo seguindo sem segurança nenhuma pela mesma estrada, será que aquele homem sobreviveu? Bom… acabei de ter a resposta, a polícia já está reunida no local a beira da floresta, traziam um corpo na maca, minha dedução é que está vivo e bem vivo porém inconsciente, mas pelo número de pancadas ele nem vai lembrar quem o acertou.Hoje a tarde eu começo meu trabalho de meio período em uma lanchonete não muito longe de casa, já que meu cartão foi bloqueado e tenho que arrumar meios de ganhar dinheiro.Não é muito comparado ao que eu tinha, eu devia ter aproveitado mais aquele valor que tinha lá em vez de querer economizar em cartão que meu pai tem controle, Aysha sempre gasta a mesada dela toda com coisas idiotas, no meu caso lá se foi toda a economia para pagar o curso que eu queria.Lanchonete tacos chimu, vou servir mesas, lavar pratos e limpar b
Cap.7Scarlett (Mozart)Após o acordo ele me levou até em casa, como sempre segui no banco dos fundos, não deveria nem confiar em entrar no carro de um homem considerado perigoso, muito menos me dar a liberdade de sentar no banco da frente. E assim seguimos viagem silenciosos, eu plenamente admiro meu novo cartão, papai morreria de inveja, dou saltos e piruetas mentalmente com tanto dinheiro em minhas mãos.Assim que ele estaciona pulo do carro habilmente e sigo para entrada da minha casa sem nem mesmo olhar para trás, meu pai não pode me ver chegando com meu cunhado futuro.Subi para meu quarto onde a escarlate ainda está trancada.— Aysha, abra a porta, ele já foi — avisei, mas ela abriu a porta e me puxou bruscamente.— Eu vi pela janela, porque você está com ele? O que está acontecendo? Ele saiu atrás de você e foi te seguindo e agora vocês voltam junto— Relaxa, ele só está querendo se certificar que eu não estou aprontando, só para assegurar que seu irmão não terá dois chifres,
Cap.8Autor/narradorHenry saiu da casa de Scarlett se sentindo em triunfo, mal tinha ideia que a menina havia assinado outro nome ao invés do seu nome Scarlett Mozart.Ele dirigiu até a casa de Vicente extremamente ansioso já que era uma das coisas que mais queria ver acontecer com Vicente por pura vingança.— Nem me diga que aquela pirralha assinou o contrato — comentou quando viu o irmão entrar na mansão.— sim, ela já assinou, parabéns, você estão casados— Está achando isso engraçado? — perguntou percebendo Henry segurar o riso.— óbvio que sim, terá que esperar pela sua esposa assim como eu esperei pela minha, agora só falta você ir ao menos ser a sua esposa— ridículo, eu não quero ver ninguém, muito menos uma garota de 15 anos, que homem pensa que eu sou?— o tipo casado, mas que não pode tocar na esposa e nem ter lua de mel, falando nisso, ela é bem inteligente— Pegue ela para você se gostou e saia da minha casa se só queria me passar essa informação.— era só isso — disse s
Cap.9Scarlett (Mozart)Muitas podem dizer que estou jogando contra a sorte, mas eu digo que esse jogo é bastante lucrativo, primeiro… me livrei do casamento, segundo minha irmã vai ter um momento de felicidade e terceiro… eu tenho uma leve impressão que eu vou morrer nas mãos de Henry pela merda que eu fiz, de tudo que eu prometi, eu não posso cumprir o que prometi a ele, mas continuarei falando bem de Henry para Aysha, mesmo que seja impossível ela gostar dele, mas vou fingir está tentando ao menos é minha chance de ficar mais tempo com o cartão dele.Aysha teria que sair escondida, antes que Henry chegasse, então eu desci a escada para ficar vigiando, mas na hora que desci tive uma surpresa que nunca pensei em minha vida.— Dalila! — disse indo ao seu encontro, ela estava acompanhada por um homem alto e elegante, nem acredito que… será que é? Mas ela é tão nova, do que estou falando? Pior é que Henry está junto com eles.— Olá Scarlett, esse é meu irmão, o Vittorio — Henry o aprese
Cap.10Autor/narradorAysha chegou ao local em poucos minutos, ficou em frente a lanchonete próxima a um banco de praça olhando ao redor o procurando, as mãos trêmulas suavam, enquanto Vicente já havia a avistado, o mesmo estava dentro da lanchonete tomando um suco, assim que a viu ficou a observando discretamente, cada detalhe.Sua aparência era totalmente agradável aos seus olhos, sua roupa mais composta, seu batom rosado bem discreto, cabelos soltos castanhos, ele saiu e seguiu com um sorriso e olhar admirado.— senhorita Aleria — murmurou ao se aproximar dela, Aysha quase caiu para trás quando o viu. Suas pernas tremeram.— Meu Deus, eu estava louca… — murmurou porém Vicente ouviu. — professor desculpa… eu não devia ter vindo — disse arrependida recuando.— Você não queria vir? — perguntou confuso.— sim… mas pensando agora, isso é um erro— mas já estamos aqui, então… vamos pelo menos conversar com pouco, ok? — perguntou gentilmente.— tudo bem— e não fique tão tímida, você semp
1cap.11Vicente RavenclawSeguimos o caminho todo em uma conversa descontraída, porém como um bom observador não deixava de perceber sua vestimenta, esse lenço que ela colocou no pescoço exatamente para esconder o decote não me passou despercebido, que esperta.Bom, pode ser ela, apesar de não ser boa nos estudos, isso para mim não importa, quero uma parceira, porém não quero ter muito trabalho e lidar com alguma mulher que viva me questionando de tudo, ao menos tenho que fazer da minha prisão algo agradável, já que não tenho como correr do casamento.Assim que chegamos, estacionei o carro e abri a porta para ela me mantendo próximo o suficiente para sentir seu perfume, ela é bem tímida, sinal que realmente não teve muitos momentos com algum homem.— você pode escolher algo da lanchonete para levar para sala — lhe disse então ela seguiu até o local para escolher o que queria enquanto eu fui escolher a sala, após ela decidir por um filme de drama, já vi que minha tarde vai ser longa.—
11.2Mas o melhor parte foi quando ela desamarrou o lenço do pescoço para limpar as lágrimas, e finalmente deixando sua pele exposta, seu decote redondinho dentro da blusa de alça, podia ver o detalhe do sutiã, porém desviei os olhos, dessa vez tenho que prestar atenção no filme, que já estava longo demais para ser verdade.Por um momento até tentei assistir ao olhar novamente para ela e encontrar ela cochilando, adorável, deslizei o dorso da minha mão suavemente na maçã de seu rosto a fazendo abrir os olhos e me fitar abrindo um sorriso gentil.— acho que esse filme é longo e dramático demais — sussurrou quando aproximei meu rosto do dela, porém não respondi nada mantive nossos narizes colados até tocar seus lábios, nunca me senti tão atraído a beijar alguém como estou por ela.Puxei seu corpo colado contra o meu a envolvendo em um beijo intenso, queria sentir cada centímetro e durava de seu corpo colado ao meu, podia imaginar seus seios prensados sobre meu peitoral, ficando ainda ma