Cap.6
Assim que chegamos em casa Aysha parecia voar na escada, só faltou a vassoura já que tropeçou e caiu quando subiu o último degrau, ela sabe muito bem que Henry está para chegar por isso lá vai a cabrita correndo para meu quarto.Eu a seguir agora tenho que ajudar Henry e ela, estou me sentindo um pouco diabólica, tenho que fazer ela gostar de Henry enquanto a ajudo a ficar com o professor.— Aysha, já disse que o Henry é legal — comecei a minha citação.— como você pode saber se até um dia desses ele nem falava com você?— bom… o pouco que conheci dele já sei que ele é um cara do bem — menti, é óbvio que aquele cara é um transtornado, porém… espera! Aquele professor colocou a faca em meu pescoço e me ameaçou, ah não… literalmente ele pode ser pior que o Henry.— Aquele homem não é bom, não vejo nenhuma bondade nele — disse de forma abrupta.— Está bem, se esconda aqui, mesmo que eu vá apanhar no final e ser acusada de atrapalhar seu casamento e bla bla bla — articulei entediada.Enquanto ela estava jogada na cama, segui para o banheiro tomei um breve banho, lavando o cabelo, trouxe comigo o sapato ainda cheia de lama seca e limpei com uma escova em cima da pia, ficou tudo sujo de lama, mas não posso esperar que alguém limpe, não é mesmo? Rapidamente jogo água e toda sujeira vai embora, eu gosto de ver tudo bem organizado em seus mínimos detalhes.Saio enrolada na toalha, escolho uma regata, e uma saia estilo colegial, se bem que é um pouco curta demais, o certo é na medida dos joelhos, mas está um pouco acima, considerado curto para meu pai, coloquei uma sandália de tira, sequei o cabelo o deixando ondulado e amarrei com uma fita fazendo um perfeito rrabo de cavalo.— para onde está indo? — Pergunta Aysha me analisando.— vou sair— está parecendo uma princesa de tão arrumada que ficou— o que quer dizer? — perguntou séria.— Normalmente você é desleixada.— a senhora perfeição tem sempre algo para critica — disse indiferente lhe jogando a chave. — Vou sair agora, a noitinha estou de volta — aviso, sigo discretamente pelo corredor vazio, bem na ponta do pé, pelo horário meu pai deve está com Henry no escritório, eu só tenho que passar devagar que eles não vão me perceber.— Estava te esperando — comentou a voz pesada e a porta do escritório abrindo, apenas mordi os lábios com força em retaliação a minha frustração, ela está ele, elegante e seu perfume exalando e invadindo minhas narinas, lindo e perigoso.— me esperando? — perguntei ele parecia estar sem reação.— onde está indo? — perguntou mudando o humor.— estou saindo agora— com certeza não vai ver nenhum sarnento— não mesmo e não é de sua conta, me esperando você disse?— sim, quero ver a Aysha — disse quase ordenando.— lembre da sua promessa também, não força-la a nada— só quero vê-la— e ela não quer te ver, eu vou tentar a convencer, mas para isso você tem que ser paciente com a minha cabritinha— Que linguagem é essa?— sei lá, a Aysha parece um cabritinho para mim, só chora e chora e pula e cai b**e a cabeça e não faz nada inteligente — disse e ele apertou os lábios apreensivo, estou quase tendo a impressão que posso fazê-lo desistir da Aysha com a burrice dela, é querida irmã. Sua burrice te salvou até que não serve só para afundar a sua irmã— você é uma criança superdotada, ouvi seu pai falando sobre isso — comentou repentinamente.— Sim, nesse momento aos 13 anos eu já podia ter feito uma graduação, pensa?— muito nova— ainda assim eu queria, eles me jogaram de uma série para outra em apenas um ano eu pulei três séries e ainda parecia que eu estava na primeira— você parece gostar disso, não é?— eu amo— mas não é boa o suficiente para trazer a Aysha até mim? Você pode por favor parar de brincar e me trazer a minha esposa que você anda escondendo.— eu não escondo, ela faz isso sozinha, Eu estou bem aqui, como posso está escondendo ela? — perguntei passando por ele jogando meu rabo de cavalo para o lado, credo que cara insistente se ela não gosta dele, paciência.Desço as escadas torcendo para não encontrar meu pai, afinal ela poderia me jogar na masmorra por esta saindo sem sua permissão.E lá vou eu de novo seguindo sem segurança nenhuma pela mesma estrada, será que aquele homem sobreviveu? Bom… acabei de ter a resposta, a polícia já está reunida no local a beira da floresta, traziam um corpo na maca, minha dedução é que está vivo e bem vivo porém inconsciente, mas pelo número de pancadas ele nem vai lembrar quem o acertou.Hoje a tarde eu começo meu trabalho de meio período em uma lanchonete não muito longe de casa, já que meu cartão foi bloqueado e tenho que arrumar meios de ganhar dinheiro.Não é muito comparado ao que eu tinha, eu devia ter aproveitado mais aquele valor que tinha lá em vez de querer economizar em cartão que meu pai tem controle, Aysha sempre gasta a mesada dela toda com coisas idiotas, no meu caso lá se foi toda a economia para pagar o curso que eu queria.Lanchonete tacos chimu, vou servir mesas, lavar pratos e limpar b
Cap.7Scarlett (Mozart)Após o acordo ele me levou até em casa, como sempre segui no banco dos fundos, não deveria nem confiar em entrar no carro de um homem considerado perigoso, muito menos me dar a liberdade de sentar no banco da frente. E assim seguimos viagem silenciosos, eu plenamente admiro meu novo cartão, papai morreria de inveja, dou saltos e piruetas mentalmente com tanto dinheiro em minhas mãos.Assim que ele estaciona pulo do carro habilmente e sigo para entrada da minha casa sem nem mesmo olhar para trás, meu pai não pode me ver chegando com meu cunhado futuro.Subi para meu quarto onde a escarlate ainda está trancada.— Aysha, abra a porta, ele já foi — avisei, mas ela abriu a porta e me puxou bruscamente.— Eu vi pela janela, porque você está com ele? O que está acontecendo? Ele saiu atrás de você e foi te seguindo e agora vocês voltam junto— Relaxa, ele só está querendo se certificar que eu não estou aprontando, só para assegurar que seu irmão não terá dois chifres,
Cap.8Autor/narradorHenry saiu da casa de Scarlett se sentindo em triunfo, mal tinha ideia que a menina havia assinado outro nome ao invés do seu nome Scarlett Mozart.Ele dirigiu até a casa de Vicente extremamente ansioso já que era uma das coisas que mais queria ver acontecer com Vicente por pura vingança.— Nem me diga que aquela pirralha assinou o contrato — comentou quando viu o irmão entrar na mansão.— sim, ela já assinou, parabéns, você estão casados— Está achando isso engraçado? — perguntou percebendo Henry segurar o riso.— óbvio que sim, terá que esperar pela sua esposa assim como eu esperei pela minha, agora só falta você ir ao menos ser a sua esposa— ridículo, eu não quero ver ninguém, muito menos uma garota de 15 anos, que homem pensa que eu sou?— o tipo casado, mas que não pode tocar na esposa e nem ter lua de mel, falando nisso, ela é bem inteligente— Pegue ela para você se gostou e saia da minha casa se só queria me passar essa informação.— era só isso — disse s
Cap.9Scarlett (Mozart)Muitas podem dizer que estou jogando contra a sorte, mas eu digo que esse jogo é bastante lucrativo, primeiro… me livrei do casamento, segundo minha irmã vai ter um momento de felicidade e terceiro… eu tenho uma leve impressão que eu vou morrer nas mãos de Henry pela merda que eu fiz, de tudo que eu prometi, eu não posso cumprir o que prometi a ele, mas continuarei falando bem de Henry para Aysha, mesmo que seja impossível ela gostar dele, mas vou fingir está tentando ao menos é minha chance de ficar mais tempo com o cartão dele.Aysha teria que sair escondida, antes que Henry chegasse, então eu desci a escada para ficar vigiando, mas na hora que desci tive uma surpresa que nunca pensei em minha vida.— Dalila! — disse indo ao seu encontro, ela estava acompanhada por um homem alto e elegante, nem acredito que… será que é? Mas ela é tão nova, do que estou falando? Pior é que Henry está junto com eles.— Olá Scarlett, esse é meu irmão, o Vittorio — Henry o aprese
Cap.10Autor/narradorAysha chegou ao local em poucos minutos, ficou em frente a lanchonete próxima a um banco de praça olhando ao redor o procurando, as mãos trêmulas suavam, enquanto Vicente já havia a avistado, o mesmo estava dentro da lanchonete tomando um suco, assim que a viu ficou a observando discretamente, cada detalhe.Sua aparência era totalmente agradável aos seus olhos, sua roupa mais composta, seu batom rosado bem discreto, cabelos soltos castanhos, ele saiu e seguiu com um sorriso e olhar admirado.— senhorita Aleria — murmurou ao se aproximar dela, Aysha quase caiu para trás quando o viu. Suas pernas tremeram.— Meu Deus, eu estava louca… — murmurou porém Vicente ouviu. — professor desculpa… eu não devia ter vindo — disse arrependida recuando.— Você não queria vir? — perguntou confuso.— sim… mas pensando agora, isso é um erro— mas já estamos aqui, então… vamos pelo menos conversar com pouco, ok? — perguntou gentilmente.— tudo bem— e não fique tão tímida, você semp
1cap.11Vicente RavenclawSeguimos o caminho todo em uma conversa descontraída, porém como um bom observador não deixava de perceber sua vestimenta, esse lenço que ela colocou no pescoço exatamente para esconder o decote não me passou despercebido, que esperta.Bom, pode ser ela, apesar de não ser boa nos estudos, isso para mim não importa, quero uma parceira, porém não quero ter muito trabalho e lidar com alguma mulher que viva me questionando de tudo, ao menos tenho que fazer da minha prisão algo agradável, já que não tenho como correr do casamento.Assim que chegamos, estacionei o carro e abri a porta para ela me mantendo próximo o suficiente para sentir seu perfume, ela é bem tímida, sinal que realmente não teve muitos momentos com algum homem.— você pode escolher algo da lanchonete para levar para sala — lhe disse então ela seguiu até o local para escolher o que queria enquanto eu fui escolher a sala, após ela decidir por um filme de drama, já vi que minha tarde vai ser longa.—
11.2Mas o melhor parte foi quando ela desamarrou o lenço do pescoço para limpar as lágrimas, e finalmente deixando sua pele exposta, seu decote redondinho dentro da blusa de alça, podia ver o detalhe do sutiã, porém desviei os olhos, dessa vez tenho que prestar atenção no filme, que já estava longo demais para ser verdade.Por um momento até tentei assistir ao olhar novamente para ela e encontrar ela cochilando, adorável, deslizei o dorso da minha mão suavemente na maçã de seu rosto a fazendo abrir os olhos e me fitar abrindo um sorriso gentil.— acho que esse filme é longo e dramático demais — sussurrou quando aproximei meu rosto do dela, porém não respondi nada mantive nossos narizes colados até tocar seus lábios, nunca me senti tão atraído a beijar alguém como estou por ela.Puxei seu corpo colado contra o meu a envolvendo em um beijo intenso, queria sentir cada centímetro e durava de seu corpo colado ao meu, podia imaginar seus seios prensados sobre meu peitoral, ficando ainda ma
Cap.12Aysha (Mozart.)Segui para casa de táxi, porém ele não podia me levar até a entrada de minha casa, já que é uma entrada restrita, então teria que seguir a pé por 15 minutos, já que se eu ligasse para meu pai, eu teria que explicar para onde eu fui.Odeio esse lugar, tudo porque tenho que seguir por essa estrada deserta até chegar ao local onde realmente fica as residências, tudo que tem é árvores e mais árvores dos dois lados e eles acham esse lugar seguro.Até mesmo encontraram um homem quase morto aí dentro, aquilo foi assustador e ninguém sabe quem o atacou, contudo isso me fez me lembrar de Scarlett, o que aquela criança falou, se não fosse ela eu até acreditaria que ela tentaria matar alguém, mas ela se recusa até mesmo a pisar em uma barata, então ela nunca faria as coisas que fala.Continuei a seguir andando, a luz da tarde ainda iluminava a estrada, mesmo que o pôr do sol já estivesse quase todo completo. Porém no decorrer do caminho comecei a sentir um certo incômodo