cap.8

Cap.8

Autor/narrador

Henry saiu da casa de Scarlett se sentindo em triunfo, mal tinha ideia que a menina havia assinado outro nome ao invés do seu nome Scarlett Mozart.

Ele dirigiu até a casa de Vicente extremamente ansioso já que era uma das coisas que mais queria ver acontecer com Vicente por pura vingança.

— Nem me diga que aquela pirralha assinou o contrato — comentou quando viu o irmão entrar na mansão.

— sim, ela já assinou, parabéns, você estão casados

— Está achando isso engraçado? — perguntou percebendo Henry segurar o riso.

— óbvio que sim, terá que esperar pela sua esposa assim como eu esperei pela minha, agora só falta você ir ao menos ser a sua esposa

— ridículo, eu não quero ver ninguém, muito menos uma garota de 15 anos, que homem pensa que eu sou?

— o tipo casado, mas que não pode tocar na esposa e nem ter lua de mel, falando nisso, ela é bem inteligente

— Pegue ela para você se gostou e saia da minha casa se só queria me passar essa informação.

— era só isso — disse satisfeito o ignorando.

Dia seguinte Scarlett levantou superanimada, já que estava livre das perseguições de seu pai, sabia também que seu tratamento mudaria drasticamente

Se arrumou como sempre faz e seguiu para a cozinha em raras vezes que toma café, assim que chegou a cozinha estranhou ver sua mãe ali, ela normalmente nunca aparece, desde que o pai delas prometeu elas em casamento.

— bom dia mamãe — Scarlett a cumprimentou desconcertada.

— Bom dia, querida, como você está?

— com saudades, vai continuar escondida?

— seu pai nunca mais vai encostar em mim após ter vendido vocês sem meu consentimento, nove meses na barriga parra então um velho ridículo vendê-las — bradou furiosa, Scarlett apenas sorriu gentilmente para sua mãe, ela também era apenas mais uma vítima desses casamentos forçados da máfia.

Scarlett e Aysha seguiram juntas para a escola, óbvio que sua irmã não estava feliz já que preferia esconder que tinha uma irmã.

— Você fica no carro, e depois de alguns minutos você pode sair — avisou Aysha.

— já sei, não sou bebê para todos os dias receber a mesma instrução — Resmungou indiferente.

Aysha seguiu para a escola e Scarlett havia esperado como havia dito, mal perceberam o professor Mathias não muito longe que observava o carro que se manteve parado no mesmo lugar após ter deixado a aluna na escola.

— Hum, interessante — Murmurou quando Scarlett saiu do carro. — Então elas não podem ser só amigas. — disse seguindo para dentro do colégio.

Scarlett seguiu diretamente para a sala de música e está ansiosa para encontrar o professor.

Se sentou na cadeira próximo ao piano.

— Pensei que não te veria mais aqui — ouviu a voz masculina entediada, mas se manteve sentada na cadeira apoiada sobre o piano.

— Aqui é meu lugar favorito, enfim… — ficou muda o encarando dos pés a cabelo, o mesmo usava um sobretudo, calça social camiseta com a gola desabotoada, e com um broche no sobretudo com a forma de uma águia. — Que… Diabos é isso!? — Murmurou baixinho sentindo calafrios, ao mesmo tempo que Henry lhe veio na cabeça.

— Do que está falando? — perguntou sério ao se aproximar dela lhe encarando dos pés a cabeça como se estivesse devolvendo o olhar.

— Bom… Você não me parece do tipo que está aqui para dar aulas, o que está fazendo aqui?

— Em primeiro lugar — Disse lhe estendendo um dedo com o olhar arrogante enquanto a outra mão está no bolso buscando algo.

— O que vai fazer… — sua voz foi muda quando ele esfregou o pano em seu rosto segurando sua face em seguida apertando seus lábios formando um bico de forma dolorosa.

— Já disse para não usar batons escandalosos na minha sala

— Eu… Não vou com sua cara! — bradou o empurrando — e não encoste em mim, você não é nada meu, qual o seu problema? Deveria cuidar da sua vida

— E você da sua, o que faz aqui? Não é um pouco nova para ficar correndo atrás dos professores — disse com ironia.

— Ah, Isso? Amigo, tudo que me interesse tem um poder de didático e intelectual nível guerra mundial, porém… Estou aqui porque quero falar sobre algo mais importante

— Não estou interessado, saia daqui — Disse indo até a porta

— professor Mathias? — fez a professora que estava a entrar na sala.

— Ah… Olá Agatha

— Por que está colocando uma aluna para fora da sala de música? — perguntou desconfiada.

— Senhorita Agatha, eu estava treinando piano antes dele chegar, mas aí… Ele me viu aqui e tentou me agredir — acusou se vitimizando.

— Não é bem assim — disse engolindo em seco lhe encarando com frieza.

— o que está acontecendo aqui? — insistiu ela com Mathias. — Ela pode usar a sala de música, Arlet é uma das nossas alunas antigas que está novamente… — comentou apreensiva. — eu sinto muito que seus pais não queiram te colocar de uma vez na faculdade, você é um talento sendo desperdiçado, porém esse ano você pode representar nosso colégio mas olimpíadas acadêmicas, desde que você foi nós não ganhamos mais, porque seu pai te mandou para outro colégio?

— Ele queria esconder-me da sociedade

— Tudo bem, mas esse ano vai participar dos campeonatos?

— Parece até injusto, mas irei sim, só pela consideração e amor que sinto por esse colégio incrível — Disse cinicamente deixando a professora animada. — Ok, continue treinando suas músicas, sei que tem um dom para isso também — Disse ignorando Vicente em seguida saindo.

— só o que faltava, a genia bajulada — resmungou voltando ao piano.

— Sim, diferente da outra escola aqui eu sou valorizada, a maioria dos professores que se lembram de mim me darão apoio e assim… Eu vou passar mais rápido e ir para a universidade, após receber minha carta de conclusão.

— você é muito nova para a universidade, vão pisar em você que nem uma formiga.

— Não sou tão pequena assim, além disso, eu sou muito inteligente

— Tão modesta, não é?

— você também, mas sem brigas dessa vez, só dessa vez, me diga, o que está fazendo aqui realmente?

— Para ensinar

— Mentira, pelo pouco que já fiquei aqui você fica observando demais as meninas, uma coisa é certa, pelo que investiguei você não teve caso com nenhuma delas, porém… É como se estivesse buscando algo

— ok… — riu sem graça. — está correndo atrás de mim?

— Não, eu só prezo pela boa educação nessa escola e se você não for bom isso vai chegar até a diretoria.

— você me pegou, eu estou procurando uma pessoa

— Uma pessoa?

— Ela tem que ter de 18 anos para cima, não é nada em específico, eu só quero alguém para fugir de minhas responsabilidades

— ah… Então você está procurando uma namorada em um colégio de meninas? Incrível

— apenas pare de falar.

— Você só está aqui para isso?

— Depende, vai contar a diretora?

— Na verdade não, vou ser sincera, tenho meus interesses a defender, então obviamente não vou te entregar você vai me ser muito útil

— Só o que faltava — riu descrente.

— Sim, você está buscando uma namorada

— não, você não é útil para mim, nem pensa que vou sair de uma para ir para outra que dá no mesmo

— do que está falando?

— esquece

— Enfim, tem uma moça para você, ela tem 21 anos e… Ela gosta muito de você

— Quem não gosta de mim, essa é a questão — comentou com deboche.

— Eu não gosto de você, na verdade eu repúdio a sua existência, porém sei que tem alguém que gosta muito de você — Disse o deixando desconcertado.

— só para deixar claro, eu também não gosto e você

— Quanta infantilidade, Isso não vem ao caso, o problema aqui é que tem uma menina que gosta de você

— qualidades? — perguntou sério.

— Bom… — riu sem graça. — ela é… Gosta de cozinhar, ama… Dormir, é gentil, tem um sorriso bem bonito

— só isso? E quem é essa menina?

— Aquele Aleria, você já conhece ela

— Ah sim, ela é interessante — fez cara de mais ou menos.

— Tá querendo uma deusa? Sua beleza nem é isso tudo é minha… Enfim minha amiga

— Ou melhor, sua irmã! — Asseverou lhe dando um susto.

— como sabe?

— vi vocês chegando no mesmo carro hoje, mesmo que não de pareçam em nada, digo que são irmãs

— mas não conte a ninguém

— Então você quer jogar sua irmã para mim? Por quê?

— bom… Ela gosta de você

— Uhm… Já disse que… Bom, eu não sei como me aproximar dela, poderia facilitar isso para mim, certo?

— O que ganho? — perguntou estendendo a mão

— Que merda de ruiva interesseira — Murmurou com sorriso torto e forçado.

— já que logo vou perder meu cartão Black por causa dessa palhaçada é melhor garantir né — Murmurou apertando os lábios formando uma linha.

— e quanto quer?

— Mas do que seu salário de professor

— Olha, te pago se ela for aprovada no que eu quero, mas tem que ser muito sigiloso, se der certo você teria mais que um cartão Black, dinheiro para mim não é problema.

— posso marcar um encontro, que tal?

— Pode ser

— aqui no colégio é muito arriscado, me dê seu número e eu te mando mensagem para dizer o local — Pediu então ele lhe entregou um cartão. — Ótimo, vou conversar com a Aleria — disse vitoriosa saindo da sala. — foi mais fácil do que pensei… — comemorou

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