Cap.3
Scarlett Mozart.— só estava praticando violino — disse me mantendo na mesma posição relaxada a observando, aqui eu tenho que mentir , ninguém pode saber que somos irmãs, não porque eu quero, mas como já disse a lindona ali tem vergonha, então… eu vou me fazer de demente.— bom dia professor… — fez Aysha com a voz trêmula, logo percebi suas mãos nervosas que não param quietas.— Você já veio para a aula? Ainda faltam 20 minutos — disse ele meio confuso.— Eu… — tentou falar me encarando furtivamente. — estava tentando vir ajudar a separar as partituras, além disso posso escolher um violino e tentar treinar mais cedo que as outras meninas, já que toco tão mal e não consigo acompanhar — tentou explicar, mas a questão é, ela nunca quis aprender a tocar nenhum instrumento, e já posso dizer que pelo suor frio, sorriso desconcertado e toque constante no cabelo ela estava apaixonada por ele, bom… e ele… percebo seu olhar leviano, mas não é do tipo que veria se uma menina é interessada nele nem a dois quilômetros a não ser que ela esteja sendo clara e no caso a minha irmã não está, se papai soubesse as palmadas que levei hoje seria para ela e não para mim.— Que bom que está tentando ajudar, porém já estou com tudo pronto, você pode vir quando todas as outras alunas estiverem aqui — quando ele disse isso ele direcionou seu olhar confuso em minha direção, ah pronto, agora ela vai pensar besteira, porém a sua cara de indagação foi a melhor, qual o problema a afinal?— O que ela faz aqui?— ah, é uma aluna nova, conhece? Pelo jeito que se falaram , pode tirar ela daqui? — perguntou então ela veio em minha direção.— o que houve com seu batom?— O que? Está tão ruim assim? — perguntei confusa, havia me esquecido completamente desse detalhe.— está parecendo uma palhaça, venha — disse me puxando pela mão, me arrastou até o banheiro trancando a porta. — O que está fazendo? Estava beijando ele? — perguntou incrédula.— Por deus que nojo, eu não beijo— e o que há de errado? Por que está toda borrada?— é simples, eu fui agredida, ele tentou arrancar meu batom de forma agressiva como punição, e ainda estou com os lábios doloridos, sabe… ele usou a folha de ofício.— ah, então foi isso? Mas ele não deu em cima de você certo? — perguntou incomodada.— não, além disso acabei de perceber uma coisa— do que está falando?— sobre você e ele, você está apaixonada por ele— cala a boca, não estou apaixonada por ninguém— Aysha…— não me chame pelo meu nome, sabe que não podem saber nossos nomes reais — me alertou.— Mas espero que não, afinal você está para se casar com aquele homem— não me lembre, eu não gosto dessa ideia e não quero me casar com ele— entendo, então… se você gosta desse professor pé de chinelo, porque não se permite, tipo… abre seus sentimentos para ele? Você claramente está muito apaixonada por ele — lhe aconselhei, mas faz um pouco de sentido, porque ela deveria aproveitar alguém que vai lhe tratar bem já que parece que esse Henry tem uma reputação tão ruim.— Você sugere?— bom, você já tem 22 anos, e é uma mulher bem bonita é óbvio que pode tentar ficar com alguém mais gentil e ser feliz nem que seja escondido por um tempo, além disso você não tem muito tempo aqui nessa escola— ah… sim, papai quer me fazer sair da escola antes de terminar o ensino médio — resmungou lamentosa.— não que você fosse terminar, mas você já está na mesma série a três anos e é o ensino médio.— olha, vamos encerrar esse assunto, e continue fazendo de conta que não me conhece, eu não quero que saibam que você é a minha irmã, ainda bem que somos diferentes.— Sim, eu puxei o lado melhor da família, oh vida cruel — fiz com ironia.— cala a boca — resmungou fazendo uma carranca me dando um cascudo.Voltamos para casa juntas, já era final de tarde quando eu estava distraída no meu quarto em frente a penteadeira, amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo, coloquei um vestido solto sem curvas e claro, meu batom vermelho, amo essa cor, ele intensifica a cor de meu cabelo, estava pronta para sair e desbravar… bom eu só vou em um canil aqui perto, estou cuidando de um cachorro que não posso adotar, então eu levo ração, algumas doações que arrecadou, e isso só para que o dono me deixe ir todos os dias ver meu doguinho.Antes que eu pudesse sair do quarto, Aysha entra quase me derrubando ao tombar em mim, já sabia, ele estava na casa, porém está no meu horário, eu raramente vejo esse homem, e quando vejo ele está no escritório a porta trancada conversando com meu pai e quer saber? Eu hoje não vou ficar trancada aqui com Aysha não.Abri a porta e tranquei novamente enquanto ela estava escondida debaixo do lençol, tranquei a porta e guardei a chave no bolso do vestido.— ela tem 22 anos como ainda pode está cursando o ensino médio — reclamava o homem, sua voz tem um tom agradável e marcante ao mesmo tempo que trazia um tom sério.— A Aysha é um pouco lenta, minha menina só tem um lado bom, ela ama cozinhar — disse meu pai inseguro, juro que deu até vontade de rir com a sua voz envergonhada.— Menos-mal, não é? Afinal é a função básica de todo o ser humano, além disso sei que está no meio do semestre escolar, mas eu quero ela fora da escola, daqui a dois meses, ela teve sua chance de completar o ensino médio já esperei dois anos, porém agora está na hora de cumprir nosso acordo, já falamos sobre isso, Aysha tem apenas mais dois meses na escola, mantenha ela em casa, não quero minha mulher saindo por aí com toda a liberdade que você dar, é um milagre ela ainda ser uma moça íntegra — comenta de forma arrogante, enquanto tento encontrar seus olhos estou curiosa para ver quem é.— espere um segundo, eu tenho que ir até o quarto, vou trazê-la aqui nem que seja a força — disse o meu pai, hum, ele nem sabe que ela está no meu quarto, eu corro a alguns centímetros para longe da porta para não ser pega, então ele sai de forma abrupta rapidamente me vendo. — sua pirralha xereta! — bradou vindo em minha direção.— não me bata eu só estava passando — me defendi colocando a mão sobre a cabeça.— não vou te bater, onde está sua irmã?— não sei, não está no quarto?— Vou chamá-la — disse seguindo rapidamente, eu não consegui conter a curiosidade, então fui até a porta observar pela estreita brecha, ele estava sentado na poltrona de costas para a porta, eu só via seu braço e sua mão cheia de anel.— venha aqui — ouvi sua voz dura, tremi na hora de medo. — Não gosto quando ficam xeretando, venha aqui, seu pai não te percebeu, mas eu percebi desde a hora que chegou— o que você é? — perguntei estupefata sem acreditar na capacidade dele, é vidente?— sou um homem — disse se levantando e que homem… literalmente a Aysha tem que ver ele, não é como pensamos, ele tem uma aparência gentil mesmo que rígida ao mesmo tempo, é bem alto, usa um sobretudo com um broche prateado em forma de cabeça de tigre com a boca aberta, tem um bom corpo, aparentemente bom porte, por baixo do sobretudo camiseta cinza um pouco justa no peitoral.— Como você sabia? Se estava de costas?— Sou um pouco desconfiado de tudo, onde está sua irmã? — perguntou desviando o olhar rígido olhando para a folha de contrato sobre a mesa.— o que é?— O contrato que ela tem que assinar, a sua irmã vai embora dessa casa logo— Como assim? — perguntei me sentado no braço da poltrona ao lado da sua.— Ela tem que assinar esse contrato, só isso— contrato de casamento? — perguntei pegando o documento na mesa, porém não deixei de reparar o segundo documento. — mas tem dois — comentei confusa.— sobre isso seu pai vai conversar com você, já que você é prometida a meu irmão Vicente — anunciou me fazendo suar frio.— eu já disse aquele velho que eu sou muito nova, eu nem cheguei a puberdade ainda— bom para você, além disso você não vai ficar com ele até que fique de maior, além disso ele não gosta de criancinhas — comentou com deboche.— Ah! É o que é esse broche de tigre de prata em seu sobretudo.— isso? Já ouviu falar do fera?— ohm… — murmurei confusa.— seu pai é da máfia, você não ouve nada sobre alguns homens peculiares e importantes?— Sei que vocês dois são filhos do ordinário do Don — comentei indiferente.— ordinário? — inquiriu me olhando boquiaberto. — coragem— não gosto dele, além do mais, ele não vai me obrigar a casar com ninguém, você verá como eu me livrarei do casamento — disse com convicção.— Você é só uma criança como vai escapar? Nem sequer conseguiria fugir, afinal… a Itália nos pertence— tenho meus métodos, me diga você gosta da minha irmã? — perguntei o analisando, ele meio que hesitou, não existe possibilidade dele gostar realmente dela.— claro que tenho alguns sentimentos, ela é uma moça linda, posso leva isso mais além — comentou me encarando de forma analítica, que estranho, da mesma forma que o analiso ele faz comigo, como se eu soubesse do que ele está falando. — Pelo visto está de saída, para onde está onde uma menina tão jovem?— passear— imagino, já sabe que é proibido manter namoradinhos, não é? Você logo será casada — quando ele disse isso o encarei de rabo de olho, como se atreve.— nunca nem sequer beijei ninguém em toda a minha vida — me defendi.— Excelente— Não porque eu vou ser casada, mas porque eu quero, não me interessa nem ver a cara desse teu irmão— Vai fazer igual à sua irmã, se esconder por anos? Já digo que meu irmão não é tão paciente, bela — comentou com um sorriso leviano, aquilo me fez temer, pode ser que o irmão dele seja pior do que posso imaginar.— meu nome não é bela, scarlett— eu sei, a menina com nome de guerreira que herdou a beleza das rosas vermelhas, ouvi seu pai dizer isso, ele te estima mais que a sua irmã, a gênia de casa— Meu pai fala de mim? — perguntei surpresa.— sim, ele vende o peixe dele bem, só deveria ser um pouco mais velha, ainda mais para usar um batom com uma cor tão forte — disse observando meu batom, ah pronto, parece que qualquer homem que eu ver hoje vai cismar com meu batom, apenas fiz bico para ele e o ignorei, pude perceber uma sombra de sorriso naquele rosto sério. — você não tem medo de mim também? Pelo visto gosta de socializar. — perguntou puxando assunto cruzando as pernas virando o corpo para minha direção.— Porque teria medo das pessoas, eu gosto de enfrentá-las, não sou um bebe chorão igual a minha irmã— Bom, sinal que vicente vai ter muito trabalho com você— Ele não encostara em mim nunca! — bradei irritada.Cap.4Scarlett Mozart.— você é cheia de fibra, senhorita, mas você não tem escolha — comentou com sorriso de canto, percebi um pouco de maldade, como se pensasse em algo sombrio.— Eu posso fazer minhas próprias escolhas, basta eu dar um jeito — disse indiferente me levantando, segui até a mesa de meu pai mexendo no tabuleiro de xadrez. — é o que dizem meu caro, no jogo de xadrez a peça mais forte é a dama — comentei de forma fria pegando a peça do tabuleiro. — todas as peças trabalham para proteger o rei, mas a dama é a peça temida, ninguém quer está na reta dela, e ela pode simplesmente derrubar o rei — disse chutando o rei para fora do tabuleiro com a minha dama, ele apenas deu o meio sorriso e se inclinou pegando a peça do chão, seu olhar se voltou a mim feroz com um sorriso confiante.— Isso é o que veremos — murmurou colocando a peça novamente no tabuleiro começando a arrumar. — jogou mal desde que invés de jogar o rei adversário para fora, jogou o seu rei, ah… esperta, entendi
Cap.5Assim que voltei para casa, entrei com aquela cara de quem não fez nada e segui para meu quarto, eu havia esquecido a criatura presa no quarto e meu pai já me esperava bem em frente, nem preciso dizer depois o que aconteceu, ao menos queria ter visto meu animal de estimação, até que a punição valeria a pena.Dia seguinte acordei mais cedo que o habitual, tomei banho, arrumei meu cabelo dividi ao meio e amarrei com uma única fita com uma mecha em cada lado no centro, coloquei meu batom de guerra, vestir uma saia plissada e um casaco de enorme que quase me engole, mas ainda estava tão frio, meu velho tênis cheio de lama… não, vou colocar meu sapato preto elegante envernizado, e estou pronta, vou seguir a pé e pegar um ônibus, não faz diferença ir com eles ou não já que Aysha nem gosta da ideia que é minha irmã.A estrada estava um pouco escura e fria, mas é seguro, assim eu pensei, estranhei quando ao seguir avistei um homem a minhas costas me seguindo, não conseguia ver seu rosto
cap.5.2Assim que a aula acabou segui pelo corredor com a pilha de livros sendo equilibrada nos meus antebraços, senti uma forte dor lombar com o corpo ligeiro que tombou em mim todos os livros foram ao chão.Droga, eu nem me importei em ver quem era, confesso que doeu demais, agora só foco em recolher meus livros, enquanto percebo alguns olhares em minha direção e um par de pés parando em minha frente se abaixando e me ajudando a recolher.— Ficou com tanto medo assim? — ouvi a voz dele, então ergui os olhos encontrando os dele.— Não tenho medo de você, me deixe em paz— não estou te perseguindo, senhora Arlet, você só passou na hora errada e agora parece estar passando por um vexame — comentou recolhendo os livros me devolvendo.Quando me levantei nem sequer me importei em responder, tudo que prestei atenção foi a minha irmã me encarando acompanhada com mais duas marrentas, seu olhar sério estava me chamando para briga, mais uma vez lá vou eu para o banheiro encontrá-la, dei de omb
Cap.6Assim que chegamos em casa Aysha parecia voar na escada, só faltou a vassoura já que tropeçou e caiu quando subiu o último degrau, ela sabe muito bem que Henry está para chegar por isso lá vai a cabrita correndo para meu quarto.Eu a seguir agora tenho que ajudar Henry e ela, estou me sentindo um pouco diabólica, tenho que fazer ela gostar de Henry enquanto a ajudo a ficar com o professor.— Aysha, já disse que o Henry é legal — comecei a minha citação.— como você pode saber se até um dia desses ele nem falava com você?— bom… o pouco que conheci dele já sei que ele é um cara do bem — menti, é óbvio que aquele cara é um transtornado, porém… espera! Aquele professor colocou a faca em meu pescoço e me ameaçou, ah não… literalmente ele pode ser pior que o Henry.— Aquele homem não é bom, não vejo nenhuma bondade nele — disse de forma abrupta.— Está bem, se esconda aqui, mesmo que eu vá apanhar no final e ser acusada de atrapalhar seu casamento e bla bla bla — articulei entediada.
Desço as escadas torcendo para não encontrar meu pai, afinal ela poderia me jogar na masmorra por esta saindo sem sua permissão.E lá vou eu de novo seguindo sem segurança nenhuma pela mesma estrada, será que aquele homem sobreviveu? Bom… acabei de ter a resposta, a polícia já está reunida no local a beira da floresta, traziam um corpo na maca, minha dedução é que está vivo e bem vivo porém inconsciente, mas pelo número de pancadas ele nem vai lembrar quem o acertou.Hoje a tarde eu começo meu trabalho de meio período em uma lanchonete não muito longe de casa, já que meu cartão foi bloqueado e tenho que arrumar meios de ganhar dinheiro.Não é muito comparado ao que eu tinha, eu devia ter aproveitado mais aquele valor que tinha lá em vez de querer economizar em cartão que meu pai tem controle, Aysha sempre gasta a mesada dela toda com coisas idiotas, no meu caso lá se foi toda a economia para pagar o curso que eu queria.Lanchonete tacos chimu, vou servir mesas, lavar pratos e limpar b
Cap.7Scarlett (Mozart)Após o acordo ele me levou até em casa, como sempre segui no banco dos fundos, não deveria nem confiar em entrar no carro de um homem considerado perigoso, muito menos me dar a liberdade de sentar no banco da frente. E assim seguimos viagem silenciosos, eu plenamente admiro meu novo cartão, papai morreria de inveja, dou saltos e piruetas mentalmente com tanto dinheiro em minhas mãos.Assim que ele estaciona pulo do carro habilmente e sigo para entrada da minha casa sem nem mesmo olhar para trás, meu pai não pode me ver chegando com meu cunhado futuro.Subi para meu quarto onde a escarlate ainda está trancada.— Aysha, abra a porta, ele já foi — avisei, mas ela abriu a porta e me puxou bruscamente.— Eu vi pela janela, porque você está com ele? O que está acontecendo? Ele saiu atrás de você e foi te seguindo e agora vocês voltam junto— Relaxa, ele só está querendo se certificar que eu não estou aprontando, só para assegurar que seu irmão não terá dois chifres,
Cap.8Autor/narradorHenry saiu da casa de Scarlett se sentindo em triunfo, mal tinha ideia que a menina havia assinado outro nome ao invés do seu nome Scarlett Mozart.Ele dirigiu até a casa de Vicente extremamente ansioso já que era uma das coisas que mais queria ver acontecer com Vicente por pura vingança.— Nem me diga que aquela pirralha assinou o contrato — comentou quando viu o irmão entrar na mansão.— sim, ela já assinou, parabéns, você estão casados— Está achando isso engraçado? — perguntou percebendo Henry segurar o riso.— óbvio que sim, terá que esperar pela sua esposa assim como eu esperei pela minha, agora só falta você ir ao menos ser a sua esposa— ridículo, eu não quero ver ninguém, muito menos uma garota de 15 anos, que homem pensa que eu sou?— o tipo casado, mas que não pode tocar na esposa e nem ter lua de mel, falando nisso, ela é bem inteligente— Pegue ela para você se gostou e saia da minha casa se só queria me passar essa informação.— era só isso — disse s
Cap.9Scarlett (Mozart)Muitas podem dizer que estou jogando contra a sorte, mas eu digo que esse jogo é bastante lucrativo, primeiro… me livrei do casamento, segundo minha irmã vai ter um momento de felicidade e terceiro… eu tenho uma leve impressão que eu vou morrer nas mãos de Henry pela merda que eu fiz, de tudo que eu prometi, eu não posso cumprir o que prometi a ele, mas continuarei falando bem de Henry para Aysha, mesmo que seja impossível ela gostar dele, mas vou fingir está tentando ao menos é minha chance de ficar mais tempo com o cartão dele.Aysha teria que sair escondida, antes que Henry chegasse, então eu desci a escada para ficar vigiando, mas na hora que desci tive uma surpresa que nunca pensei em minha vida.— Dalila! — disse indo ao seu encontro, ela estava acompanhada por um homem alto e elegante, nem acredito que… será que é? Mas ela é tão nova, do que estou falando? Pior é que Henry está junto com eles.— Olá Scarlett, esse é meu irmão, o Vittorio — Henry o aprese