Capítulo 1
Scarlett Mozart— Scarlett abra a porta! — Asseverou meu pai enquanto penteio meu cabelo, despreocupada para meu último dia de aula, já que meu pai decidiu me transferir de escola e me colocar na mesma escola que minha irmã mais velha, é tedioso porque em primeiro lugar eu já não estudava na mesma escola que minha irmã porque ela se faz de burra.Tenho certeza que é isso, porque Aysha antes tirava excelentes notas e de repente desandou, tira as piores notas possíveis.“E eu a odeio tanto por isso”Ela agora tem uma deficiência acadêmica terrível, criou uma paixão avassaladora por notas F e isso resultou em situações negativas para mim, meus pais pediram as professoras para me rebaixar, então eu fui duas séries a menos para que a lindona pudesse se esforçar e recuperar os anos perdidos, mas não deu certo e eles decidiram me transferir, para não ficar evidente a necessidade por atenção, de Aysha.Eu sou o que eles chamam de criança super dotada, porém injustiçada pelos meus pais, eu já estava para concluir meu último ano, óbvio que era levando um pé na bunda dado pela professora antes mesmo de concluir o ano, já que minhas notas era sempre boas, ela simplesmente não aguenta ter que me dar aula, porém não tenho culpa se ela é tão ignorante, e estava ensinando cálculos errados aos alunos.Admito que já fui responsável por demissão de três professores, mas eu não tenho culpa se eles são ruins em ensinar e a escola é pouco capacitada para avaliar isso, enfim, hoje é meu último dia e eu tenho que me despedir da escola. não tenho nenhum amigo, nunca fiz nenhum, a não ser Dalila, porém eu tinha 12 anos na época, e ela parecia sempre tão gentil comigo, pelo que me recordo ela tinha quinze anos na época, parece que depois da morte de sua mãe, seu pai a prendeu, e mesmo que fossemos lá vários dias não conseguimos nem mesmo ver o vulto dela.Bom… meu nome é Scarlett, recentemente fiz quinze anos e recentemente meu inferno começou, meu pai está em frente a porta batendo feito louco por um bom motivo ate, ele quer me obrigar a assinar um contrato de casamento, fala sério, eu só tenho quinze anos.Segui até o guarda roupa, peguei a minha mochila, nem mesmo usarei fardamento mais,mas a escola especializada para meninas não exige que usemos fardamento, então já estou adaptada.— ai… — murmurei de dor quando abri a porta e meu pai me puxar pelo cabelo, a cena ficou até ridícula enquanto grito e me esperneio com ele me puxando e tentando me carrega me pendurando pela cintura. — me solta seu velho maluco, tá pensando que eu vou me casar sendo uma criança, vai entregar sua filha que ainda é uma criança a um vadio ordinário só porque ele nada na grana. — gritava pelos corredores até do lado de fora eles podiam me ouvir, enquanto meu cabelo já estava desgrenhado e minha saia então, nem sei se estava cobrindo meu traseiro nessa briga louca, em meio ao corredor vazio de casa, era isso o tempo inteiro, mas não me importo, não com o desgraçado pai que temos, ele arruína nossas vidas desde que me entendo por gente, e eu decidi parar de ter medo mesmo que isso me cause dor e alguns machucados.— Scarlett, você está testando minha paciência, não é? Já conversei com você sobre isso, ele não vai ver você até que faça 18 ano, veja a sua irmã, já tem dois anos que está prometida ao seu futuro marido e ela ainda está aqui, eles não são do tipo que força as mulheres, ai… — tenta dizer até eu morder o braço dele e me soltar.Desgraçada hora que eu fiz isso e tropecei no tapete do corredor quando tentei correr, sentir as grandes mãos me puxando pela camisa, estendi minha mão desesperada quando vejo Aysha escarlate sair o quarto já pronta para ir para a escola, mesmo com meu olhar desesperado e minha mão estendida a miserável não me puxou, ótima irmã burra e malvada, enfim, me rendi a minha punição sem lutar, eu mereço, mas como querem que eu seja uma boa pessoa? Eu quero ir para a faculdade!Não durou muito a seção de tortura, desde que eu fiz dez anos ele usa a droga de uma tira de madeira para me punir, só precisava uma única vez para deixar uma marca vermelha em meu traseiro e sem conseguir sentar direito pelo resto da semana, e dessa vez ele bateu umas três vezes.— Que incrível, você nem chora mais — disse ela quando entrei no carro. Aysha nunca precisou desses tipos de punição, ela sempre foi tão submissa, daquele tipo que me irrita, por outro lado sinto pena dela, a dois anos está sofrendo por causa desse casamento, ela tem medo das coisas horríveis que esse tal Henry pode fazer, e ao que parece ele vai começar a frequentar lá em casa com mais frequência para conhecer a escarlate melhor, porém já prevejo Aysha se enfiando dentro do quarto e saindo só quando ele for embora.Para ser mais clara, eu e Aysha escutamos atrás da porta a conversa de meu pai com nossa mãe e ela brigava com nosso pai por ele ter entregado a minha irmã a um assassino, alguém sem controle com uma reputação ruim, e ela tinha quase certeza que ele bateria em Aysha quase todos os dias, poderia até matá-la, além de usá-la como objeto para sanar seus desejos sexuais, já pensou né? Não tem como pensar em gostar desse tal Henry depois de ouvir essas atrocidades. A criatura aqui do meu lado nem sorrir mais, nem vive mais, não que já vivesse, Aysha é a pessoa mais pacata e chata que alguém pode conhecer, eu sou irmã dela desde que nasci infelizmente, e desde essa época essa menina é chata até a alma e desprovida de qualquer incentivo próprio, e agora que sabe que será entregue a esse tipo de homem, seu brilho desapareceu, admito que o meu também, ela é minha irmã e eu amo ela., gostava de vê-la chegar em casa e correr para a cozinha para se divertir cozinhando, é o que ela ama fazer, com certeza ela poderia deixar esse Henry pançudo… se já não for, então ele seria tão gordo que não conseguiria nem levantar a mão para ela, fui deixada no meio do caminho e segui a pé até minha escola.Quando cheguei na minha ex escola foi até ridículo, a notícia da minha transferência havia corrido por toda a escola e os professores fizeram uma festa com algumas guloseimas na minha sala para comemorar, estão todos sorridentes, óbvio a ruiva endiabrada já está indo embora, será que eles não entendem que eles só tinham que me dar minha carta para ir para a universidade? Tanto trabalho para nada.— Chegou a destruidora de empregos — Disse o professor sorrindo falsamente, velho barbudo e rebelde.— Tudo bem, vocês deveriam se sentir gratos, afinal a educação dessa escola estava em risco com aqueles professores — Anunciei então eles me encararam com um sorriso forçado e antipático.— Querida, não se justifica a demissão de um professor que conhecíamos há mais de 5 anos, além de que você passa pesca para todos os alunos em todas as turmas que você entra. — murmurou a professora puxando meu braço de forma que doeu.Calma… sei o quanto quer provar da minha dor, mas não é adequado.— Não sabe o lema? O conhecimento deve ser passado para todos e Deus me abençoou com uma mente brilhante. — discursei orgulhosa, é até ridículo, mas quem liga. Pensando bem… acabei de dizer que não tenho amigos, mas vejo muitos olhares apreensivos de jovens de 16 a 19 anos, olhei comovida para cada um deles, aquilo é tão gentil. Por que eles nunca me chamaram para tomar um sorvete? Ah… eu estava sempre estudando e sempre dizendo não, mas sempre ajudei todos.Despedir-me de cada um deles e fui jogada para fora da escola, literalmente, enquanto eles seguiam pelo corredor dançando e fingindo estarem se despedindo enquanto me obrigam a seguir até a saída. ainda era 9h da manhã, portão batido agressivamente a minhas costas, apenas levantei o rosto segurando firme a alça da mochila chutando a poeira para trás, igual a carlota Joaquina direi — nem a poeira levarei desse lugar, adeus — e segui para a escola de Aysha, vou fazer uma visita e conhecer minha nova escola novamente, já que estudava lá antes do meu pai me dar um pé na bunda por causa da burrice de Aysha.Peguei um táxi e em dez minutos cheguei, não foi tão difícil entrar, já que estou matriculada ali agora, porém tinha que me apresentar como Arlet, por ser filha de um babaca mafioso, eu não posso estudar nem com meu nome verdadeiro, agora eu sou a Arlet, nome horrível, mas não pude nem escolher, e a Aysha que aqui é AleriaSegui pela grande trilha ao redor tem um gramado verde, algumas poucas árvores, saudades, eu entrar no local não havia ninguém, me lembro vagamente tudo que tem aqui.Enquanto seguia pelo corredor vazio e iluminado, ouvi um som na minha antiga sala de música, ohm… lembro que naquela época tive tempo de aprender a tocar violino, eu e Dalila adoramos esses instrumentos, nós tocávamos um pouco de tudo, porém ela é perfeita no piano, e eu no violino, apesar de tocarmos qualquer um dos dois além da arpa, pena que Aysha não sabe nem soprar uma flauta, mas nesse momento quem tocava piano na sala de música tocava de forma majestosa e isso acabou despertando minha curiosidade em querer ver quem é a divindade tocando o piano.“ah… é só um zé mane engomadinho, parece ser um pouco jovem, admito bem bonito, porém é um homem o que é bem estranho já que é uma escola para mulheres, supostamente deve ser um professor, ele é do tipo atlético, e elegante, tipo de cara que jogaria em um time de futebol e seria amado por todas, porque tem cara de ser bem babaca.Capítulo 2 Vicente (narrando)Nunca pensei que poderia ficar tão entediado rodeado de mulheres, mas quando se trata de estar em um lugar com um bando de meninas ainda dentro da fralda e mimadas me faz me sentir frustrado, porém havia algumas jovens maiores de idade, há muitas na verdade, mas é bem difícil selecionar entre uma delas, parecem não ser útil para nada, imagina se eu quiser uma mulher para usá-la na cama e depois fazer de conta que não existe, já que vou me unir a alguém vou tentar algo diferente…Estava preso em meus devaneios até perceber uma discreta curiosa, essa eu nunca vi, até onde eu sei aqui não tem nenhuma ruiva, porém havia uma me encarando bem agora com grandes olhos azulados, “uau, admito que é a coisinha mais linda que já vi hoje, seria interessante se for maior de idade, porém que menina menor de 18 usaria um batom rubro daquele jeito, ahn… odeio batons com cores tão fortes, já perdi simplesmente umas cinco camisas assim.— O que está olhando? — perguntei lh
Cap.3Scarlett Mozart.— só estava praticando violino — disse me mantendo na mesma posição relaxada a observando, aqui eu tenho que mentir , ninguém pode saber que somos irmãs, não porque eu quero, mas como já disse a lindona ali tem vergonha, então… eu vou me fazer de demente.— bom dia professor… — fez Aysha com a voz trêmula, logo percebi suas mãos nervosas que não param quietas.— Você já veio para a aula? Ainda faltam 20 minutos — disse ele meio confuso.— Eu… — tentou falar me encarando furtivamente. — estava tentando vir ajudar a separar as partituras, além disso posso escolher um violino e tentar treinar mais cedo que as outras meninas, já que toco tão mal e não consigo acompanhar — tentou explicar, mas a questão é, ela nunca quis aprender a tocar nenhum instrumento, e já posso dizer que pelo suor frio, sorriso desconcertado e toque constante no cabelo ela estava apaixonada por ele, bom… e ele… percebo seu olhar leviano, mas não é do tipo que veria se uma menina é interessada
Cap.4Scarlett Mozart.— você é cheia de fibra, senhorita, mas você não tem escolha — comentou com sorriso de canto, percebi um pouco de maldade, como se pensasse em algo sombrio.— Eu posso fazer minhas próprias escolhas, basta eu dar um jeito — disse indiferente me levantando, segui até a mesa de meu pai mexendo no tabuleiro de xadrez. — é o que dizem meu caro, no jogo de xadrez a peça mais forte é a dama — comentei de forma fria pegando a peça do tabuleiro. — todas as peças trabalham para proteger o rei, mas a dama é a peça temida, ninguém quer está na reta dela, e ela pode simplesmente derrubar o rei — disse chutando o rei para fora do tabuleiro com a minha dama, ele apenas deu o meio sorriso e se inclinou pegando a peça do chão, seu olhar se voltou a mim feroz com um sorriso confiante.— Isso é o que veremos — murmurou colocando a peça novamente no tabuleiro começando a arrumar. — jogou mal desde que invés de jogar o rei adversário para fora, jogou o seu rei, ah… esperta, entendi
Cap.5Assim que voltei para casa, entrei com aquela cara de quem não fez nada e segui para meu quarto, eu havia esquecido a criatura presa no quarto e meu pai já me esperava bem em frente, nem preciso dizer depois o que aconteceu, ao menos queria ter visto meu animal de estimação, até que a punição valeria a pena.Dia seguinte acordei mais cedo que o habitual, tomei banho, arrumei meu cabelo dividi ao meio e amarrei com uma única fita com uma mecha em cada lado no centro, coloquei meu batom de guerra, vestir uma saia plissada e um casaco de enorme que quase me engole, mas ainda estava tão frio, meu velho tênis cheio de lama… não, vou colocar meu sapato preto elegante envernizado, e estou pronta, vou seguir a pé e pegar um ônibus, não faz diferença ir com eles ou não já que Aysha nem gosta da ideia que é minha irmã.A estrada estava um pouco escura e fria, mas é seguro, assim eu pensei, estranhei quando ao seguir avistei um homem a minhas costas me seguindo, não conseguia ver seu rosto
cap.5.2Assim que a aula acabou segui pelo corredor com a pilha de livros sendo equilibrada nos meus antebraços, senti uma forte dor lombar com o corpo ligeiro que tombou em mim todos os livros foram ao chão.Droga, eu nem me importei em ver quem era, confesso que doeu demais, agora só foco em recolher meus livros, enquanto percebo alguns olhares em minha direção e um par de pés parando em minha frente se abaixando e me ajudando a recolher.— Ficou com tanto medo assim? — ouvi a voz dele, então ergui os olhos encontrando os dele.— Não tenho medo de você, me deixe em paz— não estou te perseguindo, senhora Arlet, você só passou na hora errada e agora parece estar passando por um vexame — comentou recolhendo os livros me devolvendo.Quando me levantei nem sequer me importei em responder, tudo que prestei atenção foi a minha irmã me encarando acompanhada com mais duas marrentas, seu olhar sério estava me chamando para briga, mais uma vez lá vou eu para o banheiro encontrá-la, dei de omb
Cap.6Assim que chegamos em casa Aysha parecia voar na escada, só faltou a vassoura já que tropeçou e caiu quando subiu o último degrau, ela sabe muito bem que Henry está para chegar por isso lá vai a cabrita correndo para meu quarto.Eu a seguir agora tenho que ajudar Henry e ela, estou me sentindo um pouco diabólica, tenho que fazer ela gostar de Henry enquanto a ajudo a ficar com o professor.— Aysha, já disse que o Henry é legal — comecei a minha citação.— como você pode saber se até um dia desses ele nem falava com você?— bom… o pouco que conheci dele já sei que ele é um cara do bem — menti, é óbvio que aquele cara é um transtornado, porém… espera! Aquele professor colocou a faca em meu pescoço e me ameaçou, ah não… literalmente ele pode ser pior que o Henry.— Aquele homem não é bom, não vejo nenhuma bondade nele — disse de forma abrupta.— Está bem, se esconda aqui, mesmo que eu vá apanhar no final e ser acusada de atrapalhar seu casamento e bla bla bla — articulei entediada.
Desço as escadas torcendo para não encontrar meu pai, afinal ela poderia me jogar na masmorra por esta saindo sem sua permissão.E lá vou eu de novo seguindo sem segurança nenhuma pela mesma estrada, será que aquele homem sobreviveu? Bom… acabei de ter a resposta, a polícia já está reunida no local a beira da floresta, traziam um corpo na maca, minha dedução é que está vivo e bem vivo porém inconsciente, mas pelo número de pancadas ele nem vai lembrar quem o acertou.Hoje a tarde eu começo meu trabalho de meio período em uma lanchonete não muito longe de casa, já que meu cartão foi bloqueado e tenho que arrumar meios de ganhar dinheiro.Não é muito comparado ao que eu tinha, eu devia ter aproveitado mais aquele valor que tinha lá em vez de querer economizar em cartão que meu pai tem controle, Aysha sempre gasta a mesada dela toda com coisas idiotas, no meu caso lá se foi toda a economia para pagar o curso que eu queria.Lanchonete tacos chimu, vou servir mesas, lavar pratos e limpar b
Cap.7Scarlett (Mozart)Após o acordo ele me levou até em casa, como sempre segui no banco dos fundos, não deveria nem confiar em entrar no carro de um homem considerado perigoso, muito menos me dar a liberdade de sentar no banco da frente. E assim seguimos viagem silenciosos, eu plenamente admiro meu novo cartão, papai morreria de inveja, dou saltos e piruetas mentalmente com tanto dinheiro em minhas mãos.Assim que ele estaciona pulo do carro habilmente e sigo para entrada da minha casa sem nem mesmo olhar para trás, meu pai não pode me ver chegando com meu cunhado futuro.Subi para meu quarto onde a escarlate ainda está trancada.— Aysha, abra a porta, ele já foi — avisei, mas ela abriu a porta e me puxou bruscamente.— Eu vi pela janela, porque você está com ele? O que está acontecendo? Ele saiu atrás de você e foi te seguindo e agora vocês voltam junto— Relaxa, ele só está querendo se certificar que eu não estou aprontando, só para assegurar que seu irmão não terá dois chifres,