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Alana NarrandoEle continuava se movimentando, entrando e saindo sem parar. Até que, de repente, ele agarrou meu cabelo com força e começou a se forçar para baixo, me fazendo deitar na cama, de costas para ele. Agora, eu estava deitada de costas e ele deitado por cima de mim. Ele não saiu de dentro de mim, continuou metendo, mas logo eu entendi o que ele queria: Ele levou uma das mãos até a minha região íntima, no ponto mais sensível, e começou a massagear enquanto metia. Eu me agarrei ao colchão e comecei a gemer sem conseguir me controlar, porque aquilo era bom demais.— Escandalosa. — Falou, em um tom de satisfação e safadeza. — Morde o travesseiro. — Ele ordenou, e eu o puxei. — Não quero que seus gemidos sejam ouvidos por outra pessoa que não seja eu.Enquanto eu afundava a boca no travesseiro, o que me impedia de fazer um escândalo audível, meu corpo fazia o próprio escândalo de sensações. Eu cheguei ao segundo orgasmo tão logo quanto cheguei ao primeiro, e me permiti gemer sem
HANNER NARRANDOAcordei tão em paz que parece que dormi por uns três dias seguidos. Acho que eu estava precisando de um descanso de verdade e, bom, dormir com a Alana nos braços ajudou bastante. Quando acordei, minha menina estava dormindo de costas para mim, e eu fiz questão de abraça-la. Beijei seu ombro, e ela soltou uma risadinha quando eu a encoxei.— Acordou animado... — Ela disse, rindo baixinho de forma sonolenta.— Todo dia. Mas não vou te incomodar, tenho coisas a fazer. — Eu beijei o pescoço dela e sussurrei baixo. — Até mais tarde.Depois de tomar um bom banho, me troquei e fui a procura de Alexander, que tomava café da manhã sozinho na cozinha da casa de Ryan.— Bom dia. — Falei.— Somos os únicos por aqui que gostam de acordar cedo, pelo visto. — Alexander disse. Eu só dei os ombros em resposta.— Onde arranjou isso? — Apontei para o bife enorme que estava em seu prato.— Uma funcionária fez. Eu pedi. — Girei meus olhos.— Frouxo. Não sabe fritar uma carne, não? — Ele ri
HANNER NARRANDOAlana parecia muito animada. Eu estava em silêncio, apenas observando como ela estava feliz.— Você passou repelente, Hanner? — Neguei com a cabeça.— Pra quê?— É mato. Onde tem mato, tem insetos! — Dei os ombros.— Minha pele é dura demais, eles nem conseguem me morder. — Ela riu com o comentário.— Jacaré, então?— Devo ser.Duas horas depois, e com uma conversa muito agradável no carro, chegamos ao parque. Eu estacionei no estacionamento, e descemos. Alana parecia muito contente de estar ali. Muitos turistas também estavam chegando, e um específico me irritou: Um rapaz mais ou menos da idade da Alana, que olhou pra ela e a mediu dos pés a cabeça. Preciso me controlar, não posso sair atirando em meninos de vinte anos porque estão olhando para a minha garota. Ela é gostosa, eu olharia também, se não fosse minha.Só que o rapaz estava olhando demais. E quando entramos na fila para comprar a entrada para o parque natural, o rapaz se aproximou de nós dois e a chamou pel
ALANA NARRANDOAquele passeio parecia que seria memorável. Já tinha algo bem interessante pra me lembrar pro resto da vida: A cabeçada no chão que Hanner fez o Harry dar. Que grande cretino ele é, inclusive! Qual o problema de homens com calcinhas? Isso é tão infantil... É por isso que prefiro homens mais velhos. Eu tenho quase dezenove, e Hanner tem trinta e oito anos.— Hanner, quando você faz aniversário? — Ele suspirou.— Eu não sei. — Arregalei meus olhos com uma clara expressão de indignação. Ele me olhou de volta e deu os ombros. — Eu não lembro o dia.— Não acredito nisso. — Disse, indignada. Por quê? Quer dizer, quem esquece o dia do aniversário? — Eu dei risada.— Alana, eu tive milhares de identidades. Chega uma hora que as informações se misturam... Eu sei que é em maio. Não me lembro a data, mas fica entre o dia seis e o dia vinte. Sei disso porque eles escolhem minhas identidades com informações parecidas... Nessa que estou usando agora, meu aniversário é dia dezenove de
ALANA NARRANDOContinuamos nosso passeio. E eu confesso que não esperava que fosse tão maravilhoso quanto foi, mas Hanner deixou tudo muito especial. Tiramos fotos, conversamos, e tudo aquilo aqueceu meu coração de uma forma que me senti realmente amada, amada por ele.Quando já estava chegando a hora do almoço, decidimos ir até um quiosque almoçar. Compramos linguiça, purê de batatas e cerveja. Eu comprei um refrigerante pra mim e almoçamos juntos, pra depois, continuarmos o passeio.Quando já estava quase anoitecendo, decidimos ir embora por causa do frio. Chegamos na casa de Ryan e ele estava sozinho, no sofá, enquanto uma funcionária fazia suas unhas.— Olha só, minha esposa chegou! — Ele disse, em tom brincalhão.— Ah, boa noite, marido. — Falei, com o mesmo tom brincalhão. — Teve um dia bom?— Tive. Ainda bem que não ficaram por aqui, porque conversei em quase todos os cômodos com meu amante. — Ele riu de forma safada. Eu e Hanner nos entreolhamos. — E vocês, se divertiram?— Co
ALANA NARRANDOEu estava tremendo, não sabia como falar para o Ryan ou para o Hanner que o evento do fim de semana poderia ser um desastre. Aquelas pessoas não podem se encontrar, eu não sei como fazer, para impedir que isso aconteça, mas elas não podem, simplesmente não podem. Engoli seco e passei as duas mãos por meu cabelo.Passei a noite em claro. Hanner não voltou para o quarto, acredito que tenha ido resolver algo importante. Eu saí do quarto, fui até a cozinha no meio da madrugada e comecei a preparar um chá. Eu estou tão nervosa que não consigo nem raciocinar direito.Depois que terminei de fazer o chá, Vlad pulou na pia e ficou me olhando. Eu fazia carinho na cabeça dele, e ele ronronava, enquanto vez ou outra soltava um miado engraçado. Tomei um gole do chá, e reparei que Vlad olhava para um ponto fixo atrás de mim.Eu senti um arrepio percorrer minha coluna. Já ouvi falar que gatos conseguem ver o sobrenatural, e já comecei a pensar que ele estava vendo o demônio.— Sangue
— Eu aposto que você está muito melhor agora, mesmo tendo algum problema. — Ri baixo e concordei com a cabeça.— É. Tem razão.Hanner saiu de dentro de mim e me solto. Ele se jogou ao meu lado na cama, e ficamos um tempo apenas respirando, e recuperando nosso fôlego. Até que eu me sentei na cama, e o olhei. Eu não sabia como falar aquilo, então apenas fiquei em silêncio e acariciando seu peitoral tatuado.— Me fala. Do que você precisa? — Eu o ouvi e deixei um biquinho surgir em meu lábio inferior.— O evento do Ryan... Eu preciso fugir dele.— Esse evento não é nada de mais. Não precisa se preocupar, ratinha. — Afirmou.— Não, você não entendeu. O Harry vai estar lá e ele sabe que eu estou contigo. Isso vai ser um desastre. Na real, todas as pessoas que nos viram no parque... Elas vão estar nesse evento. O Harry é estagiário do fotógrafo dessa exposição. Eu não sei o que fazer, Hanner. — Ele suspirou.— Eu vou dar um jeito. Por que você está achando que é algo tão complicado? Não me
HANNER NARRANDO Alana ficou se mexendo a noite inteira, eu sabia que ela estava com dificuldade pra dormir por causa do evento. Eu ainda tenho que arrumar um jeito de resolver, mas não acho que seja tão difícil. Na manhã seguinte, acordei cedo como sempre, e pra minha surpresa, lá estava Alexander tomando um café da manhã junto com Ryan na cozinha. — Olha só, os dois “pombinhos”. — Brinquei. Nem olhei as reações deles. — Bom dia. Como estão? — Com um problema, Hanner. — Afirmou Alexander. Mais um, que ótimo. Teremos um dia cheio de diversão. — Qual é o problema? — Questionei. — Minha esposa. — Alexander disse. — Ela está enciumada da minha relação com Ryan. Ela não sabe exatamente o que acontece, apenas sabe que somos bons amigos e parceiros nos negócios... Mas ontem, ela jogou uma coisa ali que me preocupou. Como se ela soubesse de algo... — Eu suspirei. — Vou ser sincero com vocês dois. Eu acho extremamente ridículo o que estão fazendo. — Ryan levantou a sobrancelha. — Eu sou