ALANA NARRANDOChegamos até a casa da minha vó, e eu finalmente irei conhece-la. Estou ansiosa porque ouvi falar boas coisas sobre ela e seu caráter. Ela sofreu um pouco durante a vida, mas se reergueu. E lá estava eu, descendo do carro naquela linda fazenda texana, com uma casa típica. Marie e minha avó acenavam da porta. Eu fui caminhando até elas, e fui recebida muito bem.— Meu Deus, Alana, como você está linda! — Marie disse, com um grande sorriso nos lábios.Marie fez um carinho em minha enorme barriga, e minha avó também.— É um prazer finalmente te conhecer, querida. — Disse. — Sua barriga está baixa, os gêmeos virão logo! — Vovó disse.— Você acha? Acabei de completar trinta e cinco semanas, seria bem ruim se viessem agora. — Comentei.— Vamos entrar, venha, não fique muito em pé. — Vovó disse e entramos.Ela e Marie haviam preparado um delicioso almoço com uma diversidade de alimentos. Sentei ao lado de Hanner e almoçamos, eu comi um pouco de tudo, enquanto conversávamos sob
HANNER NARRANDONa manhã seguinte, acordamos com uma bela surpresa: Alan foi trazido até nós, de roupinha, perfeito, pronto para ser pego no colo. Alana aplaudiu de alegria, sentada em sua cama no hospital.— Ai meu Deus! Eu estava tão ansiosa para pegar meus filhotes no colo! — Ela disse.A enfermeira entregou Alan no colo de Alana, e eu tive que me controlar para não derramar lágrimas. É, eu fui transformado durante todo esse tempo, pra melhor, e foi graças ao amor que ela me deu e eu nunca recebi de mais ninguém. Depois vieram os bebês, e então, para me fazer mais feliz ainda, veio o amor da família dela. Nunca tive uma família e eles me acolheram como se eu fosse mesmo parte.Alana colocou o bebê no peito, que teve um pouco de dificuldade de pegar, mas logo conseguiu. A enfermeira a ajudou a colocar direito, e logo, mamãe e bebê estavam juntos, compartilhando aquele lindo momento.— Parabéns, papais. — A enfermeira disse. — Vou deixa-los a sós com o bebê. Curtam o Alan, porque log
ALANA NARRANDOEu, que achava que minha vida seria uma porcaria depois daquele contrato, paguei minha língua. Meu coração não poderia estar mais seguro nas mãos de alguém, sinceramente.— Vamos para casa, meu amor? — Hanner disse, enquanto ajeitava a última mala no porta-malas.— Vamos. — Eu sentei no banco do passageiro e ele gentilmente fechou a porta.Marie estava no banco de trás, ela revezou com Hanner aqui no hospital para cuidar de mim. Foi muito bom ter minha irmã por perto.A nossa vida nova começou definitivamente quando nossos filhos vieram ao mundo. E eu gosto da minha vida nova, gosto muito!Chegamos em casa, e nosso recepcionista, o Vlad Perneta, veio andando contente nos ver. Hanner colocou os dois bebê-conforto no chão, para que Vlad pudesse observar. Ele cheirava, cheirava, vez ou outra miava e vinha se esfregar nas nossas pernas. Ele parecia empolgado! Parecia dizer: “Ei, humanos, olha! Agora temos mini humanos!”Achei que as primeiras noites em casa seriam difíceis,
HANNER NARRANDOO grande dia chegou. Estou com as mãos suadas, nervoso pela primeira vez por causa de algum evento social. É engraçado, eu sei, porque eu não sou de ficar nervoso. A verdade é que eu sou muito tranquilo com tudo, consigo me controlar, mas hoje, estou uma pilha de nervos.— Filho? — O pai de Alana entrou no quarto onde estou terminando de me arrumar.— Oi, sogrão. — Falei e ele sorriu.— Trouxe algo pra você. — Ele tirou uma pequena caixinha do bolso e a abriu, revelando um prendedor de gravata de prata.— Um prendedor de gravata? — Ele sorriu e concordou.— Sim. Usei no dia do meu casamento e guardei. Olha... Eu fui muito, muito feliz no meu casamento. Eu e minha esposa, a mãe da Marie, fomos cúmplices até o último dia da vida dela. Tive dificuldade de encontrar outra pessoa por isso, sabe? Ela... Ela era maravilhosa. Se você não quiser usar o prendedor, tudo bem.— Não, eu uso, pode colocar em mim. — Falei, com um sorriso.— Obrigado. Me traz boas lembranças.Eu o abr
CAPÍTULO BONUSMARIE NARRANDOLimpei minhas lágrimas de emoção devido ao casamento, nossa, como foi bom presenciar algo assim! Ouvir sobre o amor me fez ficar feliz. Alana e Hanner me fazem querer acreditar no amor novamente.— Ei, toma, pode usar meu lenço. — Eric entregou gentilmente o lenço para mim e eu agradeci com um sorriso.— Obrigada. — Falei e limpei o rosto.Na hora da festa, todos estavam dançando felizes, em uma linda pista de dança preparada pela organização do casamento. Alana e Hanner dançavam felizes uma valsa gostosa, rindo um para o outro. Queria saber o que tanto eles sussurravam, mas parei de pensar nisso quando eu o vi pegar na bunda dela. Eca, ela é minha irmã, e por mais que já seja adulta, sei lá, tenho um instinto meio maternal por ela.— Marie, quer dançar comigo? — Eu olhei para Eric, o rapaz com quem vim de par.Dei os ombros e ele pegou minha mão, me guiando até a pista. Ele começou a me guiar na dança também, e eu percebi que ele não era apenas um veteri
Alana estava sentada em sua poltrona no quarto, olhando a janela. Seus olhos estavam cheios de lágrimas pela falta que seu ex-namorado fazia. Os dois terminaram por uma exigência de seu pai, porque Harry era pobre demais para a sua “princesa”, segundo ele. Ela limpou os olhos e respirou fundo, levantando da poltrona e descendo as escadas de sua casa de classe média em Berlim. Seu pai estava usando o celular na frente da televisão, ela o olha e balança a cabeça de forma negativa.— Por que você fez isso comigo, pai? Você não se importa com meus sentimentos? — Disse, chorosa. Ela cruzou os braços como se estivesse com frio. — Eu achei que era sua princesa, mas pelo visto, sou sua refém.— Me poupe, Alana. Me poupe. — Reclamou e girou os olhos. — Você saiu duas vezes com esse rapaz e já acha que é o amor da sua vida? Ele só estava interessado em entrar no meio das suas pernas, e você sabe disso.— Por que é tão difícil acreditar que alguém gosta de mim, pai?A moça triste subiu as escada
ALANA NARRANDOMantenho meus braços cruzados, mostrando minha insatisfação. Estou triste e decepcionada com tudo, mas ao mesmo tempo, não consigo raciocinar. Estou estarrecida de dor. É um sentimento intenso, coisa que nunca tive antes.Hanner vez ou outra me olha como se estivesse me avaliando. Está dando um preço pra mim?— Olha... — Hanner rompeu o silêncio mais uma vez. — Não quero seu mal, menina.Meus olhos pousaram sobre a mão dele, tatuada. Parecia um tigre. A verdade é que ele tem tantas tatuagens que não posso contar. Seus braços são fortes, e a regata evidencia todas elas. Ele é um homem branco, alto, ombros largos e pernas bem fortes. Por algum motivo pensei que devia ter um tanquinho tatuado embaixo da camiseta. Acho que o sol está tão forte que estou delirando.— Estou com muito calor. Muito calor mesmo. — Avisei.— Está se sentindo mal? — Concordei com a cabeça. — Tenho água no porta-malas. Vou estacionar no acostamento.Ele logo entrou no acostamento e parou o carro. E
ALANA NARRANDOUm vestido florido até o pé. Estou com uma lingerie minúscula por baixo, branca, porque segundo Lexie, eu sou “virgem”. Eu ouvi tanto essa palavra que estou com vontade de enfiar essa garrafa dentro da minha vagina e acabar com isso.— Lexie, terminei o exame. — O médico disse. Ele assinou o papel, entregou para Lexie, que sorriu. — Virgem e apertadinha. Aliás, você é bem bonita lá embaixo. Se eu não fosse casado... — Ele riu de forma maliciosa. Meu Deus, que nojo.— Se controla, doutor Hope. — Ela riu de nervoso.— Agora que está tudo pronto, é só aguardar o horário do leilão. — Uma assistente disse, e eu me sentei na cama. Estava me sentindo ridícula. Tudo bem, o vestido era lindo, me fizeram uma maquiagem linda, a lingerie era linda... Mas minha alma estava destruída. Como vão me vender como um objeto? Que grande merda!Eu não consigo me imaginar na cama com um homem qualquer que mal conheço, mas duvido que ele não queira tirar minha maldita virgindade na primeira no