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ALANA NARRANDO

Estou sentada em frente à uma grande penteadeira branca, repleta de joias e com três ou quatro pessoas ao meu redor. Os retoques finais são feitos em mim, como se eu fosse uma boneca de porcelana. Eu estou vestindo um vestido de seda puro, que até que me caiu bem. Tomara que caia, colado ao corpo, decote coração e com uma fenda imensa na lateral. Estou com um coque extremamente chique e quem olha pra mim aposta que tenho uns dez anos a mais do que eu realmente tenho. Estou irreconhecível.

Ele escolheu até a cor das minhas unhas: O esmalte se chama renda chantilly. A maquiagem, a cor do batom... As sandálias de salto fino. Preciso me concentrar para não me perder nessa porcaria de personagem, porque é isso que eu me sinto: Presa em um personagem.

Quando terminaram de me arrumar, entregaram um buquê de orquídeas brancas tão sem graça quanto meu vestido. Agradeci com um sorriso falso, enquanto colocavam pérolas em minhas orelhas. Acho que o Ryan tinha fetiche de casar com
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