Vlad não era nada mais nada menos que o Don da máfia italiana, mas agora não havia nada além de dor para um homem que havia perdido sua mulher enquanto o seu filho estava aparentemente louco e transtornado precisando de ajuda de remédios após ser torturado por dias e ver a sua mãe ser morta em sua frente.
Vlad após encontrar seu filho Henry a beira da estrada ensaguentado, se sente aliviado, ao menos um deles estava de volta vivos, mas haveria um preço para quem ajudou no sequestro de seu filho e esposa e a pessoa a ser punida, era Érina, ela tinha apenas 16 anos e teve parte com o sequestro por ser a pessoa que namorava Henry.
Érina estava no carro sendo levada para seu destino final, assim que chegou foi arrastada por dois seguranças até o centro do campo a alguns metros de uma velha mansão que já não era habitada.
Um homem forte e de boa aparência que transpirava imponência estava em sua frente, mãos no bolso e olhar frio em direção a menina que chorava pensando em uma única pessoa que ela queria ver uma única vez, esse foi seu único pedido para aquele momento.
De repente quem eles esperavam chegou, o peito de Vlad apertou, ele havia acolhido aquelas meninas há muito tempo, pensava em como o destino poderia está sendo tão cruel.
Ele mesmo havia prometido que protegeria elas, mas entregou Shelly para se casar com um homem que não faria nada além de maltratar de todas as formas ela e Érina, que namorava o seu filho, mas que estava prestes a receber um fim, que era difícil deduzir se era mais ou menos sofrido que o de Shelly, sua irma mais velha.
Os seguranças seguravam Shelly a impedindo de se aproximar, Vlad engoliu em seco sem coragem de encarar a menina que ele tanto jurou proteger um dia.
Érina encarou a irma com olhos de amor, lembrando de sua proteção e cuidado, em meio aquele olhar terno tinha a despedida enquanto shelly estava em cólera suplicando para que Vlad não fizesse isso, mas quando Érina abaixou a cabeça consentindo satisfeita com a realização de seu desejo, ele disparou sem misericórdia, apertou os olhos ao ouvir o grito ensurdecedor de Shelly.
O marido de Shelly, um homem mais velho acabara de chegar e se divertia ao observar o sofrimento de sua jovem esposa, seu passatempo era fazer Shelly sofrer de todas as formas que ele poderia imaginar, mas nenhuma tortura foi maior que a m*****a dor de ver sua irma caçula a única parente que ela tinha, indo embora pelas mãos do homem que ela tanto confiou.
Ela gritava diversas vezes cobrando a promessa que ele havia feito a ela, mas agora Vlad só queria vingar sua família mesmo que isso causasse dor a uma menina que tanto o admirou e acreditou em todas as suas palavras e promessas de uma vida melhor.
Depois daquele dia, ele não a viu mais, se passaram tantos anos e ela agora tinha duas filhas com o homem para quem Vlad lhe entregou e soube que sofria torturas psicológicas físicas e abusos, isso o deixava com o coração apertado, mas ainda havia algo que ele queria fazer, logo após descobriu que o marido de Shelly havia vendido as suas duas filhas.
Vlad comprou as meninas apenas para as proteger e entrega as duas a seus dois filhos, Henry e Vicente a quem ele teria controle, mas para ter as duas meninas teve que entregar a posição de capo ao marido de Shelly.
E finalmente chegou o dia que a filha caçula de Shelly acabou com a dor de sua mãe, ao matar seu próprio pai, então o Don nunca cumpriu sua promessa com Shelly, mas agora eles estavam ligados como uma família, os netos de Vlad também eram os netos de Shelly.
E agora ele também a amava, mas como demonstrar seus sentimentos a uma mulher que só trouxe miséria?
Ele se ver determinado a ajudar Shelly a vencer os seus trauma e aos poucos conquistá-la e ensiná-la a viver o que é o verdadeiro amor, mas para isso ele vai ter que provar a ama tanto que nenhum homem poderia a amar de forma tão genuína como ele ama.
Cap.1Após mais de duas décadas, presa a um homem que nunca me amou, é incrível viver novamente na casa onde nasci. Mesmo estando sozinha, não há sensação melhor do que estar em um lugar só seu, onde se pode sentar em frente à lareira e descansar, apesar das lembranças das marcas e das dores que me assombram ocasionalmente.Tudo estaria perfeito se não fosse pelo fato de precisar constantemente da vigilância de seguranças. Não consigo sair em paz, sempre há seguranças me seguindo. Vlad pode pensar que não percebo, mas eu também tento estar sempre alerta. Afinal, se a ex-mulher dele não representasse uma ameaça, minha casa não estaria cercada por seguranças.Quando saio, o ambiente se torna caótico e desconfortável. Mas isso não diminui minha vontade de explorar e conhecer novos lugares. Neste exato momento, já estamos no meio da manhã. Tomei um banho e vesti roupas confortáveis e discretas, que escondem ao máximo meu corpo. As cicatrizes ainda me incomodam, mesmo que sejam difíceis de
Capítulo 2me aproximo dela, já não tinha uma peça de roupa que não estivesse encharcada, e ela ainda se atreve a não me encarar. — Não me evite Shelly Mozart. — Asseverei desejando que ela olhasse em meus olhos. — Você não vai ficar aqui, certo? — perguntou ela com receio enquanto observo ao redor da casa, infelizmente, fiquei desatento por alguns minutos quando ela esteve no carro, pode ser que tenha algum intruso aqui, não posso deixá-la sozinha.— Bom… ao menos me arrume roupas secas, eu vou para casa assim que a chuva passar. — peço, ela me encara desconfiada, mas assim como eu poucos segundos na chuva a fez ficar encharcada.— Vlad, eu não tenho roupas masculinas na minha casa. — diz hesitando em girar a maçaneta, ela realmente não quer que eu entre, mas que se foda, ela nem mesmo sabe o que quer.Giro a maçaneta e abri a porta a levando para dentro comigo, o vento está terrivelmente frio e ela pode ficar doente assim.— tem secadora?— Não acredito que essas peças que você est
Cap.3Shely (Narrando).Ele ficou surpreso quando viu que o disparo tinha saído de minha arma, com certeza ele pensa que sou a mesma mulher indefesa à deriva nas mãos de qualquer homem, mas eu não saí de um inferno para cair em outro sem estar pronta.Vou em direção a ele e ele parece que nem percebeu seu braço sangrando, puxei o tecido da camisa desejando que fosse sangue de um dos bandidos, mas, na verdade, é dele, além de a costela também está ferida, encaro tudo aquilo com preocupação, a chuva ainda cai muito forte.— Você se machucou… — resmungo preocupada, mas ele tira a camisa bruscamente e joga sobre mim.— Nem tinha percebido, sugiro que entre agora, a sua situação agora não é a mais adequada. — diz ele indiferente indo até os seus seguranças. — recolham os corpos e limpe o quintal sem deixar nenhum vestígios, podem ir para casa, ninguém mais vai ousar invadir, mas antes não esqueçam de vasculhar todo o local.Ele ordena se mantendo firme e forte, sua postura imponente de cos
Cap. 4Pela manhã bem cedo ela pulou de meu colo ao levar um susto quando ouviu alguém bater à porta, com certeza era um de meus seguranças trazendo minhas roupas.Na janela o sol já se mostra a raiar e a lareira está apagada com algumas brasas acesas, a noite acabou sendo quente, apesar de cansativa, meu corte na costela ainda doí um pouco, mas não é nada grave levando em conta que está doendo porque estava a acomodando em meu colo.Ela correu escada acima sem nem mesmo me dirigir a palavra.— Bom dia, também… — suspiro para ela, em seguida fui atender a porta.Pego minhas roupas e subo até um dos quartos vazios, conheço todo esse lugar de ponta a ponta já que eu mesmo ajudei na reforma.Estava ansioso para vê-la sair, ver como está sempre tão linda e recatada, é o tipo que demonstra insegurança e medo ao mesmo tempo que sabe se vestir bem, ontem ela me deixou impressionado quando matou aquele homem, é a primeira vez que recebo ajuda de uma mulher nesse quesito.Eles exageraram troux
cap.5Shely (Narrando)Fiquei surpresa quando o vi entrar com uma mulher ao seu lado ainda intimamente com os braços entrelaçados, encaro ainda próxima à porteira e ele apenas me ignora, o que ele pensa que está fazendo?Ele parece bem íntimo daquela mulher que aparenta ser bem mais nova que eu, ele se aproxima seguindo em linha reta pela trilha em minha direção, mas foi interrompido quando duas meninas novatas passaram por mim em alvoroço.— Vlad, chegou! — grita uma delas agitada, elas tinham entre dezoito e vinte anos, e parecem bem interessadas nele.Encaro cética a situação, eles estão próximos o suficiente para que eu consiga ouvir qualquer conversa.— Faz tanto tempo… — pula uma das meninas agitadas, ele analisa cada uma delas e franze o cenho.— Vocês não estão com frio? Isso não é roupas para usar no frio. — comentou confuso.Mas realmente elas não estão adequadas, o vento frio parece cortar a pele e elas usam bermudas e blusinhas de alça.— Na verdade não, queríamos estar ma
Cap. 6Shely (Narrando).Seguimos para a saída, ele fez questão de segurar em meu braço, se não fosse pela ordinária nos seguindo eu já teria o agredido e fugido, não sei onde estava com a cabeça, mas para manter as aparências vou ter que levar isso até o final.— Sinto minha dama um pouco tensa, acredito que já tenha se arrependido de seu equívoco.— Sim, mas você não vai entrar naquela casa com essa mulher. — rosno baixinho para ele.— Isso pode ser uma aposta. — diz levianamente enquanto seguimos para a saída.Assim que chegamos ao seu carro, nem bem me aproximei da porta do passageiro quando ela insinuou que iria entrar no carro de Vlad.— pensei que você tinha vindo no seu próprio veículo.— Sempre seguimos juntos quando temos esse tipo de reunião, aproveitamos e conversamos no carro. — diz com um sorriso preso, parece que está insinuando algo.— Não mais, na verdade nunca mais, acredito que você seja bonita o suficiente para defender e preservar seu caráter se limitando a correr
Cap.7— você pode descer e pedir a um dos empregados para preparar uma bebida quente, para o frio? — pergunta para mim.Ele deve estar de brincadeira.— Eu não sou sua empregada, você deveria dar ordens a seus empregados, a Rhudy é uma delas, então ela que vá buscar as bebidas. — ordena a encarando duramente, ela se levanta e sai da sala.— Não reclame quando eu te der ordens na cama. — diz discretamente enquanto se mantêm lendo. — Você está indo muito bem, me agrada a ideia que você não só fique lá para passar o tempo, a casa de acolhimento precisa de atenção e você parece entender alguma coisa.— Não sou burra como pensa, Scarlett não é inteligente por milagre. — digo com arrogância, mas não tive chance de estudar quando estava presa a meu antigo carrasco, mas tenho estudado de tudo, tenho que levar minha vida a frente sem depender de ninguém e nem da proteção de ninguém.— Isso é muito mais animador… — suspira com o olhar admirado.— Eu espero que saiba que assim que Rhudy for embo
cap.8.Vlad (Narrando)Permaneci um pouco distante, enquanto ela se cuidava, ela secava o cabelo ainda enrolada na coberta, sei que não se levantaria dali enquanto eu estivesse aqui, ela parece aquelas gatinhos de rua raivosos que não estão acostumados com cuidado, por qualquer motivo arranha, mas meu verdadeiro interesse é ver seus arranhões, enquanto ela seca o cabelo, finjo procurar algo ao redor do quarto, ela me observa mas basta eu a encarar que ela desvia o olhar emburrada.Consigo pegar seu pijama da cama e colocá-lo discretamente no guarda-roupa, volto a me encostar na escrivaninha onde fico a observando, ela suspira e demonstrando incômodo com a minha presença.— você pode sair? — pergunta ao terminar de secar o cabelo.— Não, ainda estou apreciando você em minha cama sem poder te tocar… ainda. — lamento, mas meu corpo todo corresponde a ela, cada músculo, as pontas de meus dedos, queria tocar cada parte de sua pele e fazê-la sentir prazer nem que seja com minhas mãos.Ela