cap.7

Cap.7

— você pode descer e pedir a um dos empregados para preparar uma bebida quente, para o frio? — pergunta para mim.

Ele deve estar de brincadeira.

— Eu não sou sua empregada, você deveria dar ordens a seus empregados, a Rhudy é uma delas, então ela que vá buscar as bebidas. — ordena a encarando duramente, ela se levanta e sai da sala.

— Não reclame quando eu te der ordens na cama. — diz discretamente enquanto se mantêm lendo. — Você está indo muito bem, me agrada a ideia que você não só fique lá para passar o tempo, a casa de acolhimento precisa de atenção e você parece entender alguma coisa.

— Não sou burra como pensa, Scarlett não é inteligente por milagre. — digo com arrogância, mas não tive chance de estudar quando estava presa a meu antigo carrasco, mas tenho estudado de tudo, tenho que levar minha vida a frente sem depender de ninguém e nem da proteção de ninguém.

— Isso é muito mais animador… — suspira com o olhar admirado.

— Eu espero que saiba que assim que Rhudy for embora, eu vou junto.

— se pensa em ir embora, ao menos vá agora e me deixe com o resto da diversão, ainda quero vê-la alguém despida em minha frente hoje.

Ele está se referindo a Rhudy?

— Desculpa, mas ela não fica nessa casa a menos que esteja morta… — ele abafa minha fala ao me puxar com força pela nuca e me beijar, seus lábios exploram ferozmente o meu enquanto tento o empurra ao mesmo tempo que minhas mãos fraquejam e me entrego a vontade de beijá-lo.

— ai… — solto um gemido abafado quando ele aperta uma de minhas coxas com força e o afasto, ele sorri demonstrando ter feito de propósito. — seu desgraçado! Depravado! Não encoste em mim. — rosnei emburrada, ele apenas sorriu se recompondo um pouco ofegante, senti minha mão doer ao bater em seu antebraço. Como pode ser tão forte?

— Você gosta, não pode negar.

— Eu nunca vou te servir como mulher! — resmungo, ele se inclina, me retraio e ele cochicha.

— Mas eu posso te servir como homem e ver você cair de joelhos, mas pode ter certeza que eu não vou te segurar novamente, essa vai ser minha melhor visão.

Não entendi o que ele queria dizer, com certeza tinha algo depravado envolvido, mas uma coisa é certa, ele tem uma segurança sobre a sua capacidade como homem, como se eu me importasse com isso.

— Posso estar aqui agora, mas novamente eu vou sair dessa casa e te deixar sozinho com seus sonhos.

— você tem muitas coisas a aprender Shely, eu não estou brincando com você, acredito que já levei t***s demais e você já brincou demais, não somos adolescentes e você já é uma mulher madura, pode decidir passar por cima de seus traumas, ou vencê-los comigo te ajudando. — dialoga com a voz calma folheando os papéis.

— não preciso de sua ajuda e nem está na sua casa, e nem quero você na minha casa de novo. — assim que eu digo isso Rhudy entra na sala trazendo uma bandeja.

— a empregada mandou risoli. — comenta com um sorriso discreto olhando a bandeja, mas aparentemente ela ouviu a conversa.

Ficamos em silêncio enquanto ela coloca a bandeja sobre a mesa, logo após se senta me encarando demonstrando realmente ter ouvido, parecia bem mais encorajada.

— Obrigada, Rhudy. — diz ele gentilmente em seguida pegando uma das xícaras.

— vocês parecem ter uma boa relação, trabalham bem juntos, acredito que o senhor encontrou a pessoa certa para se casar. — comenta ela me observando.

— Sim, — confirma Vlad indiferente.

— óbvio que temos uma boa relação. — ele me encara e eu sorri cinicamente e ouso tocar sua perna apertando com força, me constranjo tirando a mão ao sentir seu membro, eu tinha tocado muito em cima, ele fecha os olhos e comprime os lábios e não parece nada feliz, me encara repreensivo e me encolhi ainda mais ficando vermelha.

— Mas… — suspira pegando sua xícara a envolvendo em sua mão como se quisesse aquecer seus dedos. — como podem ser noivos se não tem nenhuma aliança.

Vlad suspira encanto algo em incógnito então abre a gaveta.

— claro que ela tem uma aliança, assim como, eu também. — comentou tirando uma caixinha de vidro com um par de alianças, fico sem palavras ao ver a delicadeza da aliança feminina. — Não devo satisfação a ninguém, mas espero que saiba que sim. — se levanta imparcial. — Shely é minha esposa, além disso, senhora Ondear, os assuntos pendentes já estão resolvidos, amanhã estarei mandando encarregados para fazer a manutenção do lugar, espero que de hoje em diante tenha mais atenção sobre tudo. — diz aborrecido, espero que não seja por minha causa.

Rhudy não diz mais nada, pega tudo da mesa, reúne na pasta, se inclina sutilmente e se despede de Vlad.

Ele está irritado comigo…

Aperto os lábios e as pernas, abaixando a cabeça, mas ele puxa minha cadeira a virando de lado, de frente para a sua poltrona que também virou para frente, ele se senta e mantém minhas pernas entre as dele.

— Que os jogos comecem, como vai fugir agora? — cruzo os braços e o ignoro, ele apenas me encara de cima abaixo, em seguida sinto suas duas mãos sobre minhas duas pernas próximo a meu joelho, ele acaricia as juntas de meu joelho e sinto sua mão fria.

— Não está frio hoje? Como você vivia nos dias frios?

— do que está falando?

— ainda me lembro que você ficava doente facilmente, tem coisas que quando penso fico me perguntando como sua vida era ruim naquela casa.

— não… não quero lembrar disso… — balbucio apertando os lábios.

Mas eu sempre vivia constantemente doente. Um dos motivos por Aysha gostar de cozinha e ter conhecimentos em primeiros socorros e até algumas coisas mais avançadas, nem acredito que ela cresceu tão corajosa apesar de parecer tão fraca e patética.

Quando aquele maldito saia, era ela quem tinha todos os cuidados quando nem mesmo tinha direito a remédios, estou surpresa que ele se lembre de algo remotamente antigo.

— Eu te tenho aqui agora, me torture e diga para mim as coisas que te fiz passar.

— O que vai fazer? — pergunto me levantando com arrogância o encarando de cima. — Se humilhar e implorar meu perdão como se isso fosse mudar tudo?

— Não… — confessa em seguida puxando meu quadril me aproximando dele de forma que sua cabeça pode encostar em minha barriga. — Eu faria isso mil vezes. — diz erguendo a face seu olhar de ternura, apenas desvio o olhar me sentindo desconfortável. — você se tornou uma mulher forte, sua personalidade, mas ainda é boba e frágil. — se levanta me obrigando o encarar quando puxa minha face suavemente. — e fácil de ser enganada, pelo menos isso serviu para te trazer finalmente para cá.

— Você… — digo cética. — o que eu sou, um jogo? — digo aborrecida correndo do escritório, sigo até a sala e não tem mais ninguém, eu devia ter aproveitado enquanto Rhudy saia e te saído pelo portão quando ele abrisse.

Corri para fora e tentei abrir o portão, mas nenhum daqueles homens me obedecia, ando aborrecida ao redor da mansão.

Como eu pude me deixar enganar, continuou a pensar e andar enquanto o tempo estava frio e cortante e eu acabei saindo sem meu casaco.

— Você não devia estar aqui fora, não vai adiantar tentar fugir, cada canto desse lugar é protegido, meus seguranças sabem que você não deve sair daqui até que eu diga. — diz se aproximando, mas eu me mantenho sem o encarar enquanto estou parada a beira da piscina que parece querer congelar.

— Vlad… por favor, me deixe voltar para a minha casa.

Me sinto uma idiota por agir por impulso, e agora estou preste a implorar de joelhos pela minha liberdade.

— Eu te dei a chance e você não pegou, entre e se aqueça, antes que eu mesmo te carregue para dentro.

— Não quero que você encoste… — paro de falar quando sinto ele encostar em mim parado ao meu lado, está usando seu sobretudo e luvas.

— Por que não se permite? Não vou fazer nada com você, estou tentando ser paciente e mesmo assim… você continua a me evitar.

— Vlad… quantas vezes eu vou ter que dizer que não tenho interesse em homem nenhum agora.

— e quando será que terá?

— Nunca, não posso suportar a possibilidade de ter um homem me usando como bem entende, como se eu fosse um objeto! — digo abraçando meu corpo com força.

— isso nunca vai acontecer nas minhas mãos, você está se baseando em seu passado, eu tenho um novo futuro e é totalmente diferente, mas preciso que você esqueça isso. — diz com seriedade.

— para mim você não é diferente… ah… — grito ao sentir ele me empurrar na piscina gelada, a água está tão gelada que sinto um choque térmico horrível, volto a superfície e ele está me encarando com os braços cruzados. — o que está fazendo? — pergunto desesperada nadando até a borda.

— Você… — rosna se agachando em minha frente com o olhar frio. — Uma das regras a única, não me compare com aquela porcaria que você tinha como marido, estou te oferecendo algo que será bom para nós dois, mas não vou ficar brincando de cão e gato, não preciso disso como já pode perceber. — se levanta novamente sem em ajudar. — Agora saia dessa piscina e vá se trocar, só mais alguns minutos e você vai passar alguns dias na cama doente.

Saio com dificuldade da borda, meus olhos marejam e nem sei porque estou chateada, o ignoro e sigo para dentro enquanto as lágrimas quentes escorrem por minha face.

Sinto até mesmo meus pés congelarem enquanto subo a escada, de alguma forma sinto que machuquei ele, mas não vou me lamentar se ele fez isso primeiro comigo.

Nem mesmo olhei qual quarto estava entrando, apenas entrei e comecei a tirar as roupas que pareciam estar virando pedras de gelo, não aguentar mais nenhum desses tecidos encostado em minha pele.

— Que desgraçado. — resmungo rangendo e batendo os dentes morta de frio enquanto vejo as marcas vermelhas em meu corpo por causa do gelo, parece até que apanhei, até mesmo um de meus seios ficou com a mancha vermelha.

— O que está fazendo aqui? — ele pergunta entrando no quarto me encontrando despida.

— O que você está fazendo aqui? — pergunto me cobrindo com as mãos.

— Esse é o meu quarto se não percebeu. — responde curioso ao vir até mim percebendo minhas marcas.

— Foi a água? — pergunta enquanto continuo a tremer.

— não é de sua conta, e não sabia que era seu quarto, eu… vou sair. — digo me agachando para pegar minhas roupas, mas ele me impediu segurando em meus ombros.

— tenho roupas quentes aqui, já pedi para que trouxessem roupas quentes para você. — me avisa enquanto se atreve a olhar meu corpo.

— Por favor! — grito aborrecida e constrangida enquanto cubro os seios com toda a ansiedade, não quero que ele veja nada.

— Não pensei que estava tão gelada, acabei te machucando… — suspira pesadamente ao parar atrás de minhas costas, logo após abrindo o guarda-roupa, em poucos segundo sinto uma manta sobre meus ombros e ele não sabe a sensação de alívio após isso. — suba na cama e tire os pés do chão. — ordena, mas eu estava com frio demais para contestar.

Não demorou muito para a empregada trazer uma série de coisas, além de algumas coisas, como chá, remédio para dor e resfriado, eu nem mesmo estou gripada, mas como contestar, estou me sentindo bem debaixo da manta extremamente quente e agradável.

— O que está olhando? — pergunto aborrecida enquanto ele continua a me observando com os braços cruzados enquanto está encostando na escrivaninha próxima a porta.

— Nada, pensei que custaria conseguir você na minha cama. — Diz segurando o riso.

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