Cap.100— Sim… então eu fiz o teste de DNA, peguei uma amostra naquele dia que fui te ver, no dia que minha mãe morreu, eu não queria acreditar que o homem que me impediu de ver a luz do dia por anos era meu pai, mas… tem coisas que eu não consigo entender, você sabia desde o início, a Hayna estava com medo e contou para você a verdade e disse que em troca de acolhimento para mim, ela se divorciaria, ela disse que você não tinha aceitado e queria continuar seu relacionamento com ela, só eu sei a verdade.— Sim.— Por que você me acolheu como seu filho? Não doeu saber que ela, na verdade, te traia com aquele homem? Eu também sei que ela se sentiu ainda mais determinada a recuperar ao ver que você me aceitou, ainda assim, você não desistiu de mim… sua vida teria sido mais fácil, mesmo que… não, ela não deixaria você em paz mesmo assim, ainda assim, não entendo como confiava nela.— Na verdade, não, Hayna me evitava sempre que podia, nunca acreditei que ele fosse fiel, mas não esperava q
Capítulo 101Vlad observava da varanda enquanto carro de Hélio saia pelo portão de entradas de carros para a garagem.— Você vai deixá-lo ir? — Perguntou Shelly se aproximando dele com sua filha em seus braços.— Ele quer assim…— Não concordo com a forma que seus irmãos vão saber isso, ele é o irmão caçula deles, apenas… deixe eles terem a chance de se despedir, sei que Hélio está determinado a ir embora, mas ele merece uma despedida melhor, ele nem mesmo se despediu de você ou de nossa filha, e ele realmente se apegou a ela durante esses dias.— Eu também não estou de acordo, sei que ele se sente um pouco desgarrado, mas…— É melhor ele saber que ele está indo, mas que tem motivos para voltar, certo? — Perguntou esticando um sorriso gentil.Ao ver o carro sair e ganhar a estrada o peito de Vlad apertou, Hélio nem mesmo avisou que já estava indo embora, isso também o deixou frustrado.— Vamos! — Chamou então Shelly seguiu com ele até o andar de baixo encontrando seus filhos reunidos
Capítulo 102Eles ficaram ali até o momento em que o jato partiu, no momento que ele se foi parecia até um enterro.— Vamos para casa, fiquem felizes que não é um velório, Hélio está indo se encontrar, ele merece esse tempo após tantas coisas ruins vir sobre ele, se ele acha que perto de nos não vai conseguir, espero que ele encontre seu caminho. — Discursou Vlad em seguida conduzindo Shelly para o carro.Apesar daquele momento triste, Hélio e Clery chegaram bem a seu lugar de morada, a Inglaterra parecia ser um bom lugar para viver ainda mais em um lugar tão luxuoso e cheio de privilégios.Mas ele não tinha ido ali para lazer, então passou a trabalhar no castelo e também foi estudar em uma universidade de renome onde ele estava empenhado em ser muito melhor que todos seus irmãos.Na Itália conforme os meses iam passando a família estava se acostumando com o fato dele estar longe, Claydo mantinha Vlad informado sobre cada avanço do rapaz que agora aprendia de tudo além de sair bastan
Vlad não era nada mais nada menos que o Don da máfia italiana, mas agora não havia nada além de dor para um homem que havia perdido sua mulher enquanto o seu filho estava aparentemente louco e transtornado precisando de ajuda de remédios após ser torturado por dias e ver a sua mãe ser morta em sua frente. Vlad após encontrar seu filho Henry a beira da estrada ensaguentado, se sente aliviado, ao menos um deles estava de volta vivos, mas haveria um preço para quem ajudou no sequestro de seu filho e esposa e a pessoa a ser punida, era Érina, ela tinha apenas 16 anos e teve parte com o sequestro por ser a pessoa que namorava Henry. Érina estava no carro sendo levada para seu destino final, assim que chegou foi arrastada por dois seguranças até o centro do campo a alguns metros de uma velha mansão que já não era habitada. Um homem forte e de boa aparência que transpirava imponência estava em sua frente, mãos no bolso e olhar frio em direção a menina que chorava pensando em uma única pess
Cap.1Após mais de duas décadas, presa a um homem que nunca me amou, é incrível viver novamente na casa onde nasci. Mesmo estando sozinha, não há sensação melhor do que estar em um lugar só seu, onde se pode sentar em frente à lareira e descansar, apesar das lembranças das marcas e das dores que me assombram ocasionalmente.Tudo estaria perfeito se não fosse pelo fato de precisar constantemente da vigilância de seguranças. Não consigo sair em paz, sempre há seguranças me seguindo. Vlad pode pensar que não percebo, mas eu também tento estar sempre alerta. Afinal, se a ex-mulher dele não representasse uma ameaça, minha casa não estaria cercada por seguranças.Quando saio, o ambiente se torna caótico e desconfortável. Mas isso não diminui minha vontade de explorar e conhecer novos lugares. Neste exato momento, já estamos no meio da manhã. Tomei um banho e vesti roupas confortáveis e discretas, que escondem ao máximo meu corpo. As cicatrizes ainda me incomodam, mesmo que sejam difíceis de
Capítulo 2me aproximo dela, já não tinha uma peça de roupa que não estivesse encharcada, e ela ainda se atreve a não me encarar. — Não me evite Shelly Mozart. — Asseverei desejando que ela olhasse em meus olhos. — Você não vai ficar aqui, certo? — perguntou ela com receio enquanto observo ao redor da casa, infelizmente, fiquei desatento por alguns minutos quando ela esteve no carro, pode ser que tenha algum intruso aqui, não posso deixá-la sozinha.— Bom… ao menos me arrume roupas secas, eu vou para casa assim que a chuva passar. — peço, ela me encara desconfiada, mas assim como eu poucos segundos na chuva a fez ficar encharcada.— Vlad, eu não tenho roupas masculinas na minha casa. — diz hesitando em girar a maçaneta, ela realmente não quer que eu entre, mas que se foda, ela nem mesmo sabe o que quer.Giro a maçaneta e abri a porta a levando para dentro comigo, o vento está terrivelmente frio e ela pode ficar doente assim.— tem secadora?— Não acredito que essas peças que você est
Cap.3Shely (Narrando).Ele ficou surpreso quando viu que o disparo tinha saído de minha arma, com certeza ele pensa que sou a mesma mulher indefesa à deriva nas mãos de qualquer homem, mas eu não saí de um inferno para cair em outro sem estar pronta.Vou em direção a ele e ele parece que nem percebeu seu braço sangrando, puxei o tecido da camisa desejando que fosse sangue de um dos bandidos, mas, na verdade, é dele, além de a costela também está ferida, encaro tudo aquilo com preocupação, a chuva ainda cai muito forte.— Você se machucou… — resmungo preocupada, mas ele tira a camisa bruscamente e joga sobre mim.— Nem tinha percebido, sugiro que entre agora, a sua situação agora não é a mais adequada. — diz ele indiferente indo até os seus seguranças. — recolham os corpos e limpe o quintal sem deixar nenhum vestígios, podem ir para casa, ninguém mais vai ousar invadir, mas antes não esqueçam de vasculhar todo o local.Ele ordena se mantendo firme e forte, sua postura imponente de cos
Cap. 4Pela manhã bem cedo ela pulou de meu colo ao levar um susto quando ouviu alguém bater à porta, com certeza era um de meus seguranças trazendo minhas roupas.Na janela o sol já se mostra a raiar e a lareira está apagada com algumas brasas acesas, a noite acabou sendo quente, apesar de cansativa, meu corte na costela ainda doí um pouco, mas não é nada grave levando em conta que está doendo porque estava a acomodando em meu colo.Ela correu escada acima sem nem mesmo me dirigir a palavra.— Bom dia, também… — suspiro para ela, em seguida fui atender a porta.Pego minhas roupas e subo até um dos quartos vazios, conheço todo esse lugar de ponta a ponta já que eu mesmo ajudei na reforma.Estava ansioso para vê-la sair, ver como está sempre tão linda e recatada, é o tipo que demonstra insegurança e medo ao mesmo tempo que sabe se vestir bem, ontem ela me deixou impressionado quando matou aquele homem, é a primeira vez que recebo ajuda de uma mulher nesse quesito.Eles exageraram troux