cap.10

Cap.10

Vlad Ravenclaw

Como eu já esperava ela ficou doente, mesmo que eu tivesse tentado evitar, ela é sempre imprudente, após secar meu cabelo a deixei descansar, ela nem percebeu o quanto seu nariz estava vermelho, mas está nevando, então é normal para alguém que saiu sem agasalho.

Após tomar café, mantive o quarto quente, ela nem mesmo viu que o motivo da boa temperatura era o ar-condicionado, caso contrário ela congelaria.

Apos dá-lhe os remédios ela passou a tarde inteira na cama, nada novo referente a Shely a noite continuei dormindo no quarto de hospedes, infelizmente ela não se sente confortável comigo ao seu lado e demonstra insegurança, mesmo que seu corpo tenha aquela mistura de retribuição e rejeita, mas sei que é por causa de tudo que aconteceu.

Ultimamente minha cabeça anda martelando tudo que ela deixa escapar, mas parece que ha tanta coisa.

Dia seguinte quando vou ao quarto a encontro ainda na cama, está queimando em febre, mal abre os olhos, o medico da família a examina e passa alguns remédios e muita vitamina, acredito que terei que cuidar de sua saúde com mais atenção, a vi algumas vezes indo fazer exames, mas não tenho ideia se ela está bem de saúde, mas espero que ela não tenha nada de mais.

Terceiro dia e ela está melhorando, tomando todas as vitaminas enquanto pego em seu pé, quarto dia ela já está voltando a me encarar desconfiada, normalmente eu fico no quarto junto com ela, ainda assim, eu não a toco e nem ouso me deitar na cama, só preciso ter ela bem agora.

No quinto dia ela já está bem, ela nem mesmo fala comigo direito, por enquanto lhe dou o mesmo tratamento, ainda é manha, então entro no nosso quarto após ter dormido no quarto de hóspede por quase cinco dias consecutivos.

Hoje nem mesmo lhe encarei, queria saber como ela se sente quando a ignoro, esses dias não obtive tanto sucesso, mas não sou do tipo que se dá por vencido.

Sigo até o guarda-roupa e seleciono peças de um terno elegante, tenho uma reunião importante com alguns magnatas, por um breve tempo escovo os dentes, tomo banho, e saio do banheiro somente com a toalha enrolada na cintura.

Ela está de camisola, sentada em minha cama, está amarrando seus fios ruivos com um elástico de cabelo, ela me encara e desvia o olhar ao me ver inadequado, mas não me importo.

— você não vai tirar a toalha aqui, certo? — pergunta me encarando cética.

— é meu quarto, é obvio que posso, com todo respeito minha jovem senhora, mas eu tenho que me troca. — digo pegando minha peça intima.

Ela desvia o olhar e se mantêm com eles fechados, ruim para ela, porque em breve ela vai ter que se familiarizar com tudo que envolve nos dois como casal.

Me visto em sua frente, mas ela se esconde e em poucos minutos estou impecável, meu sapato estava tão limpo que poderia ver meu reflexo em seu couro envernizado, borrifo um pouco de perfume, em seguida visto meu sobretudo quente e coloco uma luva presta de couro, porém quente, apesar de suportar bem o frio, vou ficar tempo demais fora de casa

— Onde está indo? — ela pergunta enquanto afivelo o relógio, sorrio internamente sem que ela perceba minha malícia.

— Tenho uma reunião para ir agora. — aviso tentando ajeitar o nó da gravata enquanto ela me observa.

— você não secou o cabelo, além disso, use um cachecol, mesmo que esteja com sobretudo seu pescoço não está protegido, se ficar com o cabelo molhado você vai congelar a cabeça e vai ficar muito doente ou morrer. — Diz se levantando com os pés sobre o cabo gelado.

— Não faça isso! — resmungo indo até o outro lado da cama pegando suas pantufas.

— O chão aqui não está tão gelado agora… — resmungou olhando os chinelos que coloco perto de seus pés, ela calça e volta a me encarar.

— Você passou dias doente, quer ficar assim de novo?

— Não… mas você está procurando ficar doente? — pergunta me repreendendo, é estranho, faz tempo que não tenho uma mulher perto com esses cuidados, claro que Gride me ajuda como a governanta, mas não se preocupa tanto assim, ela pede que eu me incline então ela seca meu cabelo novamente, em seguida suspira pesadamente apertando os fios em sua mão.

— Ainda está úmido, isso é tão perigoso, até mesmo a janela congelou. — diz incomodada.

seguiu até a gaveta pegando um secador, em seguida me puxou até a escrivaninha onde ligou o secador e se virou com as costas colada ao móvel de madeira maciça me chamando impaciente como se eu fosse uma criança.

Ela não me pediu para me inclinar, ela afundou os dedos no topo da minha cabeça e me puxou para frente me fazendo me curvar então secou meu cabelo.

— Não saia agora! — ordena e continuou a observá-la fascinado, e curioso com o que ela está buscando, então ela me traz o cachecol e gorro preto.

mantive minhas mãos no bolso lhe observando fazer tudo sem lhe incomodar, escova meu cabelo e colocou o gorro, o que ela está pensando? que sou uma criança?

Talvez ela esteja retribuindo após eu ter cuidado dela esses dias, então é isso que ela tem para mim? eu não tinha pensado o que queria dela, eu apenas queria ela, mesmo que fosse toda atrapalhada, eu só queria amá-la.

ela ainda estava ajeitando meu gorro quando segurei suas mãos ela me encara fixamente com seus olhos arregalados, eu só quero beijá-la, mas a forma como ela se retrai, a sua aversão ao toque mesmo quando retribui e tem reações agressivas.

— Por que não diz que sim logo de uma vez? está fazendo com que eu perca o equilíbrio… — Digo esbaforido aproximando meu rosto do dela, mas ela se recusa ao virar o rosto, então beijo a sua bochecha.

— Você não vai encontrar nenhuma mulher, certo?

— Não, vou encontrar alguns executivos, assuntos particulares de negócios.

— Imagino. — Diz com tédio.

— Mas obviamente pode ser que apareça alguma mulher, está com ciúmes? — pergunto analisando sua reação, seus olhos tremem, assim como seus lábios e ela disfarça.

— Eu nunca vou sentir ciúmes de você, só não quero que você chegue e se aproxime de mim após abraçar e beijar outras mulheres.

— Então eu posso fazer isso? — perguntei, então seus olhos piscaram ansiosos eu seguro o riso.

— Eu não me importo com quem você fique, mas se for trazer qualquer vadia aqui, então deixe o portão aberto, você não vai mais ver minha cara.

ela está com ciúmes mas é tão dificil admitir, eu não consigo resistir a sua imaturidade e insegurança, a envolto em meus braços e tenho seus lábios presos aoe meus, macios e quentes, o quanto queria, quanto tempo tinha desejado isso.

ela me empurra e b**e com os punhos em meu peito, sorrio e me retiro do quarto enquanto ela resmunga e grita aborrecida.

mas assim que saio porta afora logo perco o ânimo, eu só vou retornar a noite, aos poucos ela se tornou tão importante assim? mas tenho meus negócios.

sigo viagem até o centro empresarial, uma sala cheia de homens, ela está com sorte hoje.

a reunião se estendeu até o meio dia, logo após segui para a organização, resolvi alguns problemas, fui até o orfanato e averiguei todas as reformas que haviam sido feito, ou as que estavam em andamento, as crianças já estavam bem também, e os ar-condicionado estavam concertados.

shely se mostrou mais inteligente do que parece, acredito que vou descobrir muitas habilidades naquela mulher.

a noite finalmente estava de volta a casa, quando cheguei subir para o quarto, porém não lhe dirigi a palavra, lembro bem o que disse mais cedo, ainda quero lhe provocar.

Sigo para o banheiro sem lhe dizer nada e começo a tirar as peças de roupa enquanto ela me observa cética, tinha pedido a Gride para comprar alguns roupas para ela, e hoje ela está usando algo mais ousado que me deixou um pouco animado, camisola um pouco curta com um négligé por cima cobrindo, mas o tecido é fino e um pouco transparente, seu decote não fica escape de meus olhos.

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