Capítulo 76

Enquanto ele observava Serena, sua paixão, sua vida, ouvia agora a voz de Lipe, cantando uma canção brasileira sobre a necessidade de amar as pessoas como se não houvesse amanhã. Era isto mesmo. E admirar aquela mulher, a “sua” mulher, com seu filho no ventre que já se destacava, “seu” menino, como o médico informara no dia mágico em que acompanhara Serena para fazer as ultrassonografias de praxe, dava-lhe um orgulho de macho, absolutamente ancestral.

Sentira o coração transbordar naquele momento, certamente como sentiria se ao invés de avisar “É um cavalheiro”, o doutor houvesse informado “É uma dama!”. Não era o sexo da criança o mais importante, mas sim o fato de ver o bebê se mexendo pela tela, de ter a verdadeira e real noção de que afinal de contas, ele e Serena haviam gerado um outro ser vivo! Era fantástico! Um milagre!

E a moça sentada na cadeira era um milagre à parte, também. Ela o havia amado, o aceitado, e gerava seu bebê mesmo achando que havia sido traída e abandonada.
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