Capítulo 32 – Aria

Ao fim da festa, enquanto a música já não passa de um eco distante e o salão lentamente se esvazia, eu me dedico a conduzir os últimos convidados, os mais alcoolizados, até a saída. Cada movimento meu é quase ritualístico, algo que senti falta quando fiquei dentro de casa sem trabalhar. Sinto que sob a luz fraca que dá esse ar intimista, há alguém me observando. Olho ao redor procurando pelo olhar que me fita, entretanto, não consigo encontrar nada além de convidados animados que ainda insistem em continuarem na pista de dança, mesmo que a música já tenha parado há muito tempo.

Mas havia algo mais, algo que eu não conseguia identificar. Sob aquela penumbra delicada, a sensação de ser observada não me abandonava, persistente como uma sombra colada aos meus

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