Capítulo 37 – Aria

Os dias se arrastam, cada um mais longo e torturante que o anterior. Perdi completamente a noção de tempo; sem um relógio ou qualquer referência, a única maneira de medir as horas é observar as pequenas frestas nas janelas tampadas, por onde a luz do sol entra e sai, traçando um ciclo de claridade e escuridão. Cinco vezes vi o sol nascer e desaparecer novamente, e com isso, concluo que estou presa neste inferno há cinco dias.

As refeições são escassas e sem sustância. Quando a comida vem, é apenas um pedaço seco de pão que quase se desfaz em pó ao toque, acompanhado por um único copo de água, mal o suficiente para manter meu corpo funcionando, mas longe de satisfazer minha fome ou sede. A cada mordida, o pão arranha minha garganta, e a água parece evaporar assim q

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