“O que vocês querem de presente de aniversário?” pergunto para os gêmeos assim que eles chegam da escola.Os olhos deles, idênticos na forma, mas com personalidades tão diferentes, brilham em uníssono com a pergunta. Eles trocam olhares cúmplices e, antes mesmo de articular uma resposta, abrem um sorriso idêntico e gritam juntos:“UM DRAGÃO!”A empolgação na voz deles é tão intensa que quase me convence de que isso é uma possibilidade real. Aria e eu não conseguimos conter o riso. Sua risada é um som leve e contagiante, como se uma brisa quente tivesse atravessado a sala. Ela está sentada em sua cadeira de balanço favorita, o tecido do moletom que veste se estica suavemente sobre a curva proeminente de sua barriga de sete meses de gestação. O bebê mexe de vez em quando, como se estivesse respondendo ao caos controlado que sempre parece cercar nossa família.O brilho que antes havia nela tem voltado a cada dia, aos poucos. Os pesadelos diminuíram, agora consigo contar nos dedos as noi
Acordo com alguém me chamando, a voz carregada de urgência e as mãos quentes balançando meu ombro com insistência. É Aria. O quarto está mergulhado na penumbra da madrugada, com apenas o luar tímido atravessando as cortinas entreabertas, iluminando seu rosto tenso e marcado pela dor.“Caelum… o bebê está vindo!” A voz dela sai trêmula, ofegante, como se cada palavra fosse uma luta. “A minha bolsa estourou.”Num instante, minha mente desperta por completo, o sono abandonado como se nunca tivesse existido. Levanto em um salto para fora da cama, o coração disparado como se estivesse prestes a entrar em uma batalha. Minha primeira reação é ajudá-la a sentar-se na poltrona próxima, as mãos segurando seus braços com cuidado, embora minha mente esteja em alerta absoluto, cada fibra do meu ser se concentrando na segurança dela e do bebê.“As contrações estão vindo de quanto em quanto tempo?” pergunto, tentando manter a voz calma, mas o tom denuncia minha preocupação.Aria está ainda usando a
Observo Caelum balançar Alex com tanto cuidado e ternura que chega a me emocionar. Ele o embala como se carregasse o tesouro mais precioso do mundo, movendo-se suavemente enquanto canta uma canção de ninar que parece preencher todo o quarto com uma calma quase sobrenatural. O som de sua voz é baixo e melodioso, carregado de uma doçura inesperada que o torna ainda mais fascinante. O ambiente ao nosso redor é acolhedor; o quarto de Alex é decorado em tons suaves de azul e cinza, com móveis de madeira clara e uma poltrona ao lado do berço. Pequenos detalhes, como o móbile com estrelas pendurado acima do berço e as prateleiras com livros infantis, fazem do espaço um refúgio de tranquilidade.Meu coração se aquece ao vê-los juntos. Caelum tem sido mais do que eu jamais imaginei. Durante toda a gestação, ele foi o meu porto seguro, minha rocha em meio às ondas de incertezas e desafios que me cercavam. Agora, com Alex em seus braços, ele prova novamente que é tudo o que meu filho e eu precisa
Minha respiração está ofegante, sinto os braços firmes e fortes de Alexander abaixo de mim, me abraçando pelos ombros.Deito minha cabeça em seu peitoral, me sentindo segura e feliz com esse momento após o sexo. Nada poderia ficar mais perfeito do que isso. O quarto exala a nossa paixão, eu observo a luz da tarde invadindo pela cortina, dançando pela cama bagunçada.“Aria, eu preciso conversar com você” Alexander diz de repente, sua voz grossa e rouca, soa com pesar.Levanto o meu corpo e giro minha cabeça para olhá-lo, percebo em seus olhos azuis-escuros iguais o oceano de madrugada, profundo e misterioso, carregar algo que o está correndo.“Sim, meu amor, o que foi?” incentivo, passo a mão por uma mecha do cabelo castanho ondulado dele, algo que sempre me trouxe paz de fazer.Porém, Alexander segura a minha mão e afasta do seu rosto, ele senta na cama e respira fundo, eu olho para ele com preocupação, sem entender o que está acontecendo.“Não está dando certo, Aria” Alexander anunci
Minha última noite como um homem livre e solteiro. O pensamento de que amanhã a essa hora estarei casado, me causa enjoo. Ando pelas ruas do meu país sem saber exatamente o que fazer com o meu último dia de liberdade. Sei que o casamento será a salvação para o reino, pelo menos, é o que eu torço que seja.Meus pensamentos são avulsos quando entro no bar, sei que as roupas simplórias que estou usando me ajudara a mesclar com os plebeus. Afinal, está sendo anunciado em todos os lugares o meu casamento, mesmo eu sendo um rei recluso que tenta sempre fugir dos holofotes. Com as roupas simplórias e um feitiço de camuflagem, tenho uma noite tranquila pela frente.Até que eu a avisto e sinto o seu cheiro. Meu lado lycan fica eufórico com o cheiro da humana, algo que nunca aconteceu antes. O cheiro dela é impregnante, avassalador e, ao mesmo tempo, exótico. Me aproximo dela como se ela fosse o sol e eu tivesse que orbitar em sua direção.Assim que me sento ao seu lado, a jovem não esboça nenh
Cinco Anos Depois…O salão está abarrotado de meses redondas espalhadas pelo cômodo amplo e bem iluminado. A decoração me enche os olhos e eu me pergunto se algum dia terei dinheiro para fazer algum evento desse nível de magnitude.Eu equilíbrio a bandeja com as taças de champanhe enquanto passo por entre as mesas oferecendo as bebidas. As pessoas sentadas, toda bem vestidas e elegantes, me ignoram como sempre fazem quando não querem nada sendo oferecido. Tão soberbas e esnobes que me faz ficar irritada. Respiro fundo e continuo passando por cada mesa, alguns aceitam e outros simplesmente continuam me ignorando.O som da festa preenche o ambiente com o falatório dos convidados. A pista de dança comporta apenas adultos dançando e alguns adolescentes com coragem para dançar de forma engraçada. Mantenho minha atenção em cada detalhe que há no salão, notando também minhas colegas garçonetes servindo os canapés e outros pratos.Volto para a cozinha que destoa com a elegância do salão. O lo
“Há mais alguma coisa que eu posso oferecer, para Vossa Majestade?” meu servo questiona. Seus lábios voltam a beijar a minha coxa, o que me causa um arrepio.Meu corpo continua em êxtase pelo o orgasmo que tive, eu sinto ainda o tremor pelo meu corpo e em minha intimidade o latejar do meu clitóris inchado. Olho para o homem deitado entre as minhas pernas. A sua devoção em me agradar chega a ser um pouco patética.“Silêncio,” respondo com frieza e o puxo pelo braço para cima.Percebo que seu membro está rígido e pronto para me penetrar. Deito o homem na cama e subo nele, encaixando o seu membro em minha entrada. A penetração é fácil e eu sinto o prazer percorrer todo o meu corpo. O rapaz começa a ficar mais ofegante e a querer gemer, algo que quebra a minha concentração prazerosa.“Silêncio,” ordeno antes de tampar sua boca com a minha mão.Meu corpo inteiro está carregado de luxúria e desejo. Consigo controlar o ritmo da penetração, o movimento de ir e vir com rapidez. Meu corpo fica
A expressão no rosto do coordenador, uma mistura de desculpas envergonhadas e um certo temor, só aumenta a sensação de sufoco em meu peito. Sua postura inclinada diante da rainha Seraphina e do rei Caelum, como se estivesse tentando compensar um erro gravíssimo, me faz sentir minúscula, insignificante, um inseto prestes a ser esmagado. As palavras dele, tão suaves quanto desesperadas, parecem ecoar pelo salão, cada uma mais pesada que a anterior, e a sensação de que estou sendo observada por todos se torna insuportável. O peso do julgamento silencioso parece recair sobre meus ombros, uma pressão que ameaça me esmagar ali mesmo.Enquanto repasso cada momento em minha mente, cada detalhe do que fiz, o som dos risos e das conversas ao redor se transforma em um zumbido distante, como se eu estivesse submersa em um oceano de incertezas. As paredes do grande salão parecem se fechar ao meu redor, tornando o espaço antes majestoso em algo opressor.Os olhares dos convidados se tornam farpas i