Maria Clara criou sua filha sozinha, após seu namorado sumir de sua vida sem que soubesse que ela estava grávida. Cinco anos depois, sua linda filhinha deseja conhecer seu pai, orgulhosa demais, Maria Clara decide pagar alguém para fingir ser pai de sua filha. Ela só não poderia contar que quem fosse entrar em sua vida fosse Alan, alguém que conheceu anos antes e não lembra-se disso. Agora, Isabelly tem o pai que sempre quis e Maria Clara está diante de um homem que pode roubar seu coração e desconstruir sua vida de mãe solo.
Ler maisUm mês passou um pouco lento demais para Isabelly e Maria Clara, a segunda nunca admitiu que contava os dias para a volta do seu amado.Maria Clara tirou o sábado para Izzy e a menina teve tudo o que pediu, foram passear somente as duas, tomaram sorvete, fizeram compras, foram ao cinema, shopping, parques e depois ficaram sentadas nas escadarias da Igreja Matriz terminando de comer uma pipoca colorida.— O que aconteceu com a irmã do meu pai?Izzy perguntou de repente, ninguém mais falava em Donna, ninguém sabia onde ela estava.— Não sei Izzy, ela fugiu da polícia e até agora não a encontraram.— Você acha que ela está bem?Maria Clara deu de ombros.— Na realidade não me importo muito.— Por que mãe?— Não vamos falar disse agora Izzy, não é um assunto agradável sabe.— Tudo bem, e o que você acha do namoro da Bruna e o Luciano?Isabelly perguntou sorrindo.— São perfeitos u
— Me solta!Isabelly gritou e esperneou acertando um chute nele. Ele a colocou no chão.— Cale a boca garotinha e entre no carro.— Não!— Petulante. Entra no carro agora!Com força ele começou a empurrá-la para dentro do carro, mas ela resistiu e gritou o mais alto que pode, chamando a atenção das pessoas ao redor.— Sua imbecil... Cale a boca! Garota idiota.Pegou a arma do cinto e antes que fizesse algum mal para ela alguém surgiu atrás de si e o tirou de perto da menina.Murilo socou o homem até vê-lo imóvel no chão. Passou as algemas no braço dele e correu até Izzy.Nesse meio tempo Marcela havia chegado até ela.— Você está bem Izzy?Em resposta, ela o abraçou.Quando chegou em casa Isabelly correu para os braços do pai e ignorando os da mãe, deixando Maria desconfortável, mas afastou a sensação.— Como você está filha?— Com medo.Ela se aconchegou nos braços de Alan te
Maria Clara entrou no quarto de Alan, dessa vez Izzy não dormia lá, ele estava sentado na cama, com as mãos escondendo o rosto.— Alan? Podemos conversar?Ela fechou a porta.— Eu não preciso agora.— Numa boa eu quis dizer.Ela caminhou até a cama, sentou ao lado dele e tirou suas mãos do rosto dele.Os lindos olhos verdes dele estavam marejados.— Alan, olha para mim, me diz o que está acontecendo. Seja o que for, eu vou te ajudar.— Você não consegue.— Por favor, nunca mais repita essa frase e também, basta me dizer o que está havendo.Ele ficou em silêncio.— Alan você tem que se abrir comigo.— É difícil de falar sobre isso.— Tudo bem. Amanhã eu vou marcar um horário com a minha terapeuta, e você vai. Pronto, problema resolvido.— Para você parece fácil não é? Parece que nunca sofreu na vida.— Eu já sofri muito sim e hoje em dia eu prefiro evitar isso a todo custo. Eu recomendo
Maria Clara levantou-se de manhã e desceu para tomar café. Jared estava a mesa com cara de poucos amigos.— Bom dia.— De bom não tem nada.— Noite péssima?— Noite terrível. Ai minha Nossa senhora da ressaca que me ajude.Maria Clara sorriu.— Meu Deus...— Aliás, você viu isso?— O quê?Jared passou o celular para ela aberto em uma notícia. Maria pegou e leu.Pela tarde será o enterro do filho do empresário Sandro Monteiro, Diego caiu de oito andares e morreu no local...Maria virou-se para Jared.— Diego morreu?— Você viu? Deus é pai, não padrasto.— Estou chocada.— Você não vai sofrer por isso não é?— Não é isso Jared. É que... Meu Deus, eu não sei explicar.Ele balançou a cabeça.— Tudo bem. Quer um dia de folga?— Não, claro que não. Eu estou bem só... Com dor de cabeça. Eu tenho que terminar com Murilo.— O que? Foi isso mesmo que eu ouvi? Você disse que nunca
Maria Clara encarou Jared. Os dois estavam dentro do escritório dela.— Você convidou ele para ficar aqui? Isso não pode ser bom.— Pensa bem, isso vai ajudar na hora de ele nos perdoar. Ele está tendo a chance de ficar perto da Izzy em tempo integral, como antes não teve.— O que eu quero dizer é, ele e eu... No mesmo lugar.— Sossega a periquita mulher. Você está namorando, favor não se iludir com ele. Deixa o Alan em paz. Pelo menos até você terminar com o Murilo.— Eu não vou terminar com o Murilo. Eu gosto dele...Jared franziu a testa.— Ele é diferente Jared.— Diferente de quem?— De todos. Ele é compreensível, ele é gentil, ele é da polícia ou seja, confiável...— O cara perfeito, retirado diretamente de um livro. Sacooo...— Ele é totalmente ao contrário de Alan, que é tosco, mandão, teimoso e briguento...— Ai... Como você pode achar isso ruim. Alan é intensidade, oito ou oitenta, já esse
Maria Clara levantou de manhã, tomou banho e desceu até a cozinha. Era sábado e tudo o que ela queria era descanso, ela necessitava disso.Não havia dormido bem à noite.Jared era o único que estava na cozinha, sentado plenamente ainda vestido com um roupão lilás.— Bom dia.— Bom dia! Acordou cedo hoje.— Digo o mesmo de você.Ela sentou-se na cadeira ao lado e começou a servir-se.— Olha espero que esteja preparada para o dia de hoje.— Ah por favor, não começa.— Começo sim. Cássio ligou para cá há pouco procurando por você.— E o que é que ele queria tão cedo?— Alan está preso.— O que?— Ele foi encontrado dentro do Impala e no meio da rua.— Ele foi preso só por isso?— Estava bêbado. E deu na cara do Murilo.Maria Clara suspirou e Jared sorriu.— O policialzinho frouxo já se sentiu ofendido.— Não fala assim do Murilo. Se Alan foi preso fo
Semanas depois…Maria Clara não viu mais Alan, para Izzy vê-lo ela só podia contar com Jared ou Marcela.Murilo estava cada vez mais próximo de Maria, Isabelly não gostava nenhum pouquinho disso. Ela adorava o policial, mas contando que ele não "namorasse" a mãe.Cássio estava fazendo tratamentos e já começava a lembrar de algumas coisas.Briana estava desesperada, Alan se negava a ficar com ela.Alan já começava a se recuperar e pronto para voltar para a casa.Donna e Steffen se uniram e ela voltou ao Brasil preparada para transformar a vida do irmão em um verdadeiro inferno.Segunda-feira Alan teimou com a mãe e foi trabalhar, ele já tinha avisado Jared e não aceitou as críticas do amigo.Ele se sentia ótimo.Entrou na loja, cumprimentou as meninas, que soltaram um suspiro ao vê-lo. Maria estava de costas no caixa conversando com a atendente.Ele a observou e sentiu algo, Maria Clara tinha se tornado mais q
Quase seis anos antes…Era uma sexta-feira, eu estava trancada em meu quarto, fazia uma semana que Diego fora embora e me deixou aqui sozinha, sem notícias, sequer tive um adeus.Eu não sabia da razão de ele ter me deixado, foi tão repentino, talvez tenha sido essa a causa dessa dor horrível que eu estava sentido no meu peito. Eu não estava acostumada a perder pessoas.Eu era jovem demais, mesmo me achando a mulher mais incrível do mundo, eu era uma tola apaixonada. Eu não passava disso, eu era um fracasso.— Festinha hoje no inferninho.Jared disse ao aparecer na porta, eu estava deitada folheando um livro, pois ler era impossível com a minha cabeça em outro lugar. Ou melhor, em outra pessoa.— É uma boate lá naquela vila suburbana?Ele revirou os olhos.— Bom, uma boate em uma vila suburbana com certeza é muito mais animada que uma balada ricaça, com bebidas super caras e cheia de macho play boy (barra) escroto? Foi em uma dess
Alan abriu os olhos e se esforçou para sentar na cama, olhou ao redor e balançou a cabeça ainda confuso, seus olhos logo encontraram um par de olhos verdes, brilhantes e curiosos e um lindo sorriso.— Oi pai!Isabelly aproximou-se da cama e pegou a mão dele.— Deita aí de volta, você não pode se esforçar.Ele se encostou na cabeceira da cama e afagou a face macia da menina.— Você é enfermeira mocinha?— Quando eu crescer eu vou ser médica e vou salvar vidas.Ele sorriu.— Que bom. Você veio com quem?— Mamãe. Ela saiu para conversar com minha vovó e pediu para que eu cuidasse de você. Está sentindo dores?Alan suspirou.— Não. Eu estou bem.Mentiu.— Você sabia que é muito feio mentir para crianças?Ele sorriu.— Sim, eu sei. Por isso estou dizendo a verdade.Ela semicerrou os olhos desconfiada.— Sei, sei. Mesmo assim, não faça esforços.Ele assentiu.—