Um bebê de Natal para o CEO
Um bebê de Natal para o CEO
Por: Chloe Reymond
Prólogo

Esperanza

— Feliz Natal! Esse é o seu filho, seu presente — murmuro tão baixo que ele não escuta. O que agradeço. Ouvir isso certamente o deixaria mais puto.

― Como isso aconteceu, Esperanza? — Noah pergunta.

Ele encara o filho como se o bebê fosse uma bomba prestes a explodir. Ver os dois juntos na imensa cama é estranho, mas é bom. Meu pequeno continua brincando com o chocalho, porém vez ou outra seus olhinhos vão para o homem sentado perto dele.

― A sua mãe queria um herdeiro, então ela roubou seu sêmen e colocou em mim ― debochei, sem nenhum interesse em dar detalhes daquele episódio, e tentando não fantasiar uma família de comercial de margarina onde não existe.

― Isso não é brincadeira. — Suas palavras são duras.

― E eu estou rindo? Se dependesse de mim você nunca chegaria perto do meu filho — minto. Como um animal acuado acabo sendo cruel com as palavras.

― Então por que está aqui? Por que veio depois de tanto tempo sem nenhum contato?

Respiro fundo e me sento. Apoio minhas costas na poltrona firme e macia e respiro fundo novamente antes de olhar para Noah na cama, ainda vidrado no nosso filho.

― Porque eu cometi um erro. — Quando começo falar ele se vira para mim. — Me aproveitei de um homem bêbado que só assim olhava para mim. Tive inveja das outras mulheres em sua vida. Ridículo, não? — rio sem humor. — Eu fui burra e não me preveni. Menti para os meus pais e fugi de você. Quando me dei conta estava grávida, me senti tão perdida... eu não consegui esconder daqueles que achei serem meu pilar. Mas ao contrário de me apoiar, meus pais me chutaram de suas vidas quase sem dinheiro. Eu agora tenho um filho e não tenho mais pais. — Novamente dou uma risada curta sem humor. — Acho que foi uma troca justa ― digo com amargura.

Noah passa alguns segundos apenas me encarando com uma expressão indecifrável, até que pergunta:

― Onde você estava esse tempo todo? Na casa de amigos?

― Eu não tenho amigos. Descobri isso logo que perdi o direito de usar o sobrenome da família. Pelo jeito, você não era o único a não sentir nada por mim, a me usar como um adereço.

Ele ficou sem palavras. Como argumentar diante da verdade? Tudo que fui para Noah não passou de uma falsa namorada que ele exibia enquanto saia “escondido” com várias mulheres. Ele nunca me desejou de verdade. E talvez isso seja o que me fez cometer a loucura que nos trouxe até aqui.

— Você fala como  se fosse uma pobre vitima que foi abandonada depois de engravidar, mas e eu? Por que nunca me disse que eu tive um filho? Me privou de senti-lo chutar, de estar lá no nascimento... Você é a porra da vilã nisso tudo, não é mesmo? — O jeito como ele pergunta é um desafio a eu negar.

— Eu cometi um erro... — Noah não me deixa terminar.

— Não, Esperanza, você cometeu muitos. E não pode simplesmente aparecer aqui e querer ser perdoada.

― Só quero que ajude o seu filho financeiramente. Não tenho com quem deixá-lo para trabalhar. Se você me ajudar a contratar alguém... ― ele se levantou, me interrompendo.

Esperava tudo, menos suas próximas palavras.

― Não. Isso é incabível.

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