Início / Romance / Um bebê de Natal para o CEO / Capítulo Sete - Esperanza
Capítulo Sete - Esperanza

Quando senti que o sono ia me tomar nos braços dele, ainda no sofá, tentei chamar Noah. Ele não acordou. Apenas resmungou palavras desconexas e me apertou contra seu corpo musculoso.

Então, com muito trabalho, me levantei e percebi a bagunça. Ele estava com o pênis fora da calça, e havia sangue nele e no sofá. O membro tão grande que o sangue só pode significar que me rasgou.  

Merda. Merda.

Apressada, fechei a calça dele. Meu rosto queimava  de vergonha. Ainda bem que o jeans dele era tingido em preto ou o caos seria maior se fosse claro e mostrasse toda bagunça.

Mal acabei de limpar o Noah e conferir que meu vestido estava intacto, e vi um dos bêbados no chão se levantar e cutucar o outro chamando para cair na piscina. Rapidamente me sentei no lugar sujo de sangue, disfarçando. Um dos caras, Gael pelo que me lembrava, arrastou Noah dormindo em direção a piscina. Aproveitei a oportunidade e “limpei” o sangue com vinho. Só assim para disfarçar na droga do sofá branco. Se fosse aparecer a mancha, que fosse de vinho.

Não demorou para Noah passar por mim todo encharcado, proferindo alguns palavrões, e se trancar no quarto. Pensei em chamá-lo para conversar, mas acabei desistindo e me acomodei em um dos quartos de hóspedes.

Como ninguém disse nada, acho que não perceberam o que aconteceu.

Mal dormi, minha mente ficava questionando: “E se ele lembrar?” “E se não lembrar?” Parte minha queria que ele estivesse bêbado demais para recordar o que fizemos. Enquanto a outra parte queria... sei lá... que ao menos ele se lembrasse e que fosse especial. Eu sou uma idiota mesmo, entreguei minha virgindade a um bêbado mulherengo.

Finalmente consegui dormi um pouco. Na manhã seguinte, acordei com Noah expulsando seus amigos.

Antes que eles se fossem, ainda ouvi Gael zoando:

― Quem é a dona dessa calcinha cor de rosa que estava saindo do seu bolso? — ele zomba levantando a minha lingerie, posso ver da porta do quarto.

Lembrei que era eu. Todo sangue sumiu do meu corpo, me deixando gelada.

Noah puxou o tecido da mão do amigo.

― Não sei. Vaza! Vai curtir a ressaca na sua casa.

Quando tive coragem e sai completamente do quarto, ele estava sozinho, e levou um susto ao me ver.

― O que faz aqui?

― Eu... ― encarei a calcinha na sua mão. Ele seguiu meu olhar e guardou o tecido no bolso. ― Você não estava em condições de me levar e achei que teríamos problemas se eu fosse sozinha. ― Olhei minhas mãos que torcia uma na outra. Não conseguia encará-lo.

― Você está estranha. Alguém fez algo? — Ele se aproxima demais, segurando meu queixo e forçando a encará-lo. — Deram em cima de você?

Isso me deixa decepcionada. Significa que ele não recorda... e acabo de perceber que eu queria que lembrasse. 110% de mim queria. 110% de mim queria que seus lábios másculos e bonitos cobrissem os meus agora. Sem sexo, apenas os beijos. Só de pensar em sexo minha intimidade dói.

― Não se lembra de nada de ontem? — questiono baixo, sem desviar o olhar.

― Não. — Ele se afasta e passa as mãos nos cabelos já bagunçados. — Porra! Eu fiz algo? Tentei algo? Sinto muito. Não vai mais acontecer. Não bebo mais perto de você. Não dessa forma. ― Parecia apavorado com a possibilidade de ter me tocado. Isso me magoou muito.

Então ele não lembrava. Talvez fosse melhor assim. Se o assunto espalhasse ele seria obrigado a assumir um compromisso e me odiaria por isso. Tudo que menos quero é que o cara que me ajudou fazendo um acordo para se livrar do casamento, acabe casando comigo por pressão e obrigação.

O melhor é ninguém nunca saber o que aconteceu. Será meu segredo. Só meu.

― Calma. Passei quase a festa toda no quarto de hóspedes. Mal te vi. Ninguém fez nada, nem você.

Ele literalmente suspira.

― Que alívio! Você é uma ótima amiga e uma mulher linda, mas acho que não daríamos certo juntos. Muita diferença — diz como se pedisse desculpas.

― Como um anjo e um demônio. ― Deixei escapar ao lembrar de suas palavras.

Ele coçou a cabeça sem jeito.

― Algo assim.

― Pode me levar para a casa da sua mãe? Daqui a pouco é o horário em que meus pais combinaram de me buscar lá. O que certamente é um pretexto para conferir se dormir com ela mesmo.

― Vou só tomar um banho.

Assinto e espero.

A minha calcinha vai com ele para o quarto. Fico imaginando o que passa na cabeça dele sobre a peça.

Depois de alguns minutos, ele me deixou em minha casa com a desculpa que fez questão de tomar café comigo e sua mãe antes que eu viesse. Meu pai cobrou a data de casamento novamente, ele deu uma de suas desculpas e se foi.

Aquela foi a última vez que o vi por muito tempo.

Continue lendo no Buenovela
Digitalize o código para baixar o App

Capítulos relacionados

Último capítulo

Digitalize o código para ler no App