Acordei em um pulo com o despertador gritando em meus ouvidos. Amo dar aulas, mas acordar cedo não é meu forte. Olhei as horas e já eram quase seis da manhã, teria que correr se não quisesse chegar atrasada na escolinha.
Graças aos céus, a escola onde eu trabalho é só uns 20 minutos da minha casa ou então eu teria que acordar pelo menos as 05h00min da manhã se não quisesse chegar atrasada e levar chamada da coordenação (que deixemos claro aqui, odeio Martina silva, minha coordenadora) coisa eu odeio.
Tomei um banho rápido e me arrumei mais rápido ainda, minhas aulas começam 07h15min, mas tenho que estar na escola 15 minutos antes das 07h00min para deixar tudo pronto para a chegada dos pequenos.
Tomei apenas um café preto, já que não consigo raciocinar sem ele, o café é meu combustível. Não gosto de comer muito cedo pela manhã, então terminei meu café, peguei minha bolsa, fechei minha casa e parti rumo ao meu trabalho. As 6:50 já estava no portão da escola.
— Bom dia, Antônio. — cumprimento o porteiro da escola.
— Bom dia, Amely. Como passou um fim de semana?
— Passei muito bem seu Antônio. Sai para a balada e ainda arrumei um boy para me ajudar a desestressar.
Ele sorri de forma genuína e eu o acompanho.
— Está certa, minha filha tem que aproveitar a juventude. Eu também namorei muito antes de me apaixonar pela minha Rosa. — seus olhos brilham ao falar de sua esposa. Queria eu ter um amor assim.
— Mande um beijo para dona Rosa e diga que estou com saudades. Vou entrar que meus pequenos já, já chegam.
Entro na escola e vou direto para minha sala, quero deixar o cantinho da leitura pronto para a primeira aula. Já tenho todo o cronograma da semana pronto, teremos muitas atividades lúdicas e a semana se encerrará com uma feira de ciências. Os trabalhos estão sendo feito por toda a escola.
Ouço o sinal tocar e fico na porta para receber meus alunos. Um por um vão chegando e sentando em suas cadeiras. Para dar mais autonomia as crianças, seus pais ou responsáveis as deixam no portão e elas entram sozinhas para suas respectivas salas.
Espero todos se sentarem e cumprimento a todos.
— Bom dia, turma.
Eles me saúdam com um sonoro.
— BOM DIAAAA.
— Vejo que chegaram animados hoje em — sorriu para eles.
— Como foi o final de semana? — pergunto-lhes e cada um responde de uma forma singular.
Acho importante ter essa conversa antes de iniciar a aula, pois faz com que eles extravasem seu falatório e se sintam importantes na sala. Muitos pais não conversam com seus filhos e os pequenos sentem falta disso, por mais que às vezes eles não demonstrem. E essa atenção dada a eles faz toda a diferença na hora de aprender.
Após o momento do falatório e exposição de seus finais de semana, contei uma história e cantamos algumas cantigas infantis. Como eles só têm 3 e 4 anos, sua fala e aprendizado se dar dessa forma?
— Tia Amely — Helena me chama toda saltitante. Estamos na hora do intervalo.
— Sim, meu anjinho — falo brincando com seus cachos.
— Eu queria te perguntar algo.
— Pode perguntar.
— Você tem namorado? — quase me engasgou com o suco que estava tomando.
— De onde tirou isso, meu bem? E eu não tenho namorado.
— Meu tio Henrique disse que papai precisa arrumar uma. Ele precisa?
— Bom, eu não sei se seu pai precisa de uma namorada, mas se seu tio disse, talvez ele precise — tento explicar da melhor forma possível para que ela consiga entender.
— Meu papai é muitão de bonito sábia? Você não quer namorar ele, não pof. Amely.
— Ah! Meu bem. Senta aqui nas pernas da tia. — a coloco em meu colo.
— Não é assim que as coisas acontecem. Eu nem conheço seu pai, e sem falar que estou bem feliz sendo solteira.
— É que eu gosto muito da senhora e também queria ter uma mamãe como as outras meninas — ela fala com os olhos cheios de lagrimas fazendo meu coração apertar.
— Você já tem uma mamãe Helena, ela só está viajando, mas logo estará com você.
— Ela nem liga para falar comigo. — minha raiva por essa mulher só aumenta.
— Bom, tenho certeza que ela te ama e vai trazer muitos presentes das viagens. Agora vai brincar, a Bianca está te chamando
— Ela é bem apegada a você. Não sei como uma mãe pode abandonar uma coisa preciosa como ela — Natália, a professora da outra turma, fala ao se sentando ao meu lado.
— Também não entendo. E é por isso que eu penso muito quando o assunto são filhos, não quero por um mundo sem estar preparada para tal responsabilidade.
— Penso da mesma forma que você. — ela fala olhando as crianças brincarem.
O sinal tocou e começamos mais uma rodada de aulas: pinturas, desenhos e músicas para aprender os números. Assim se seguiu até o final de mais uma manhã.
Na hora da saída, Helena pegou na minha mão para ir embora, ao chegar ao portão me deparei com nada mais nada menos que o idiota/babaca da balada que eu jurava nunca mais ver na minha frente.
E pasmem: ele é o muitão de bonito, pai de Helena Ferreira.
O mundo é mesmo muito pequeno![...]
Saio da escola direto para o restaurante no qual a Duda me esperava. Ele não era tão longe, por isso resolvi ir andando.
Nem sempre tenho tempo de praticar exercício físico, pois meu dia a dia é bem corrido, então sempre que posso faço uma caminhada, seja até a escola ou o restaurante próximo a ela. Até porque o restaurante é italiano, então posso comer um prato de lasanha sem culpa.
— E aí, gatinha — a cumprimento assim que chego ao restaurante.
— Morrendo de fome, amiga — ela responde sorrindo — sem falar que o dia tá bem corrido hoje. Tenho que voltar correndo para a revista, tenho uma sessão de fotos para essa tarde.
— Seu dia está sempre corrido, amiga, isso não é novidade — falo rindo e ela concorda sorrindo também.
Duda é fotógrafa e trabalha em uma revista de moda, a PradaFashion. Ela é uma fotógrafa maravilhosa e está sempre sendo requisitada para tirar as fotos de modelos famosas. Ela já me pediu para tirar algumas fotos como modelo plus size, contudo, por mais que eu me aceite gorda, ainda não tiver coragem para fazer tal coisa. Quem sabe um dia?
Entramos no restaurante e escolhemos uma mesa no térreo, minutos depois o garçom vem nos trazer o cardápio. Coisa que nem precisa, já que sempre almoçamos aqui.
— Vou querer uma lasanha a bolonhesa com suco de laranja e pudim de sobremesa– digo para o garçom que esta anotando nosso pedido.
— Eu vou querer um fettuccine de camarão com coca cola e sorvete de chocolate de sobremesa — Maria Eduarda pede seu prato favorito.
— Combinação estranha essa em amiga — comento rindo e ela me da língua. Bem madura, ela eu sei.
Nossos pedidos chegam e começamos a comer
— Tenho uma coisa para te contar... — faço suspense.
— Já deveria estar contando — sempre sem paciência. Ela é um amor, só que não.
— Adivinha quem eu encontrei hoje?
— Amiga, sem rodeios.
— Chata.
— Você me ama — lhe dou língua.
— O babaca/idiota da balada — ela faz cara de surpresa — e o mais inacreditável... Ele é o pai da Helena.
— Não. Daquela sua aluna que você é bem apegada? — pergunta e eu confirmo com a cabeça.
— Sim. Dela mesma, ele a estava esperando na saída da escola e ainda foi rude comigo por eu estar com a filha dele — reviro os olhos ao falar de como ele é babaca.
— Que mundo pequeno em amiga — ela começa a rir e eu quero bater nela.
— Quem diria que o idiota que te tirou tanto do sério aquele dia, seria o pai da sua, aluna preferida.
— Ela não é a preferida, gosto por igual dos meus alunos — tento me defender e ela me olha levantando uma sobrancelha como se dissesse 'há tá'.
— Tá bom, ela é a preferida, mas em minha defesa ela é um amor de menina e muito inteligente.
— Eu quero saber do pai dela, sei que ele e babaca, porém um babaca lindo e muitooo gostoso — fala fazendo cara de safada e não resistimos. Gargalhamos chamando a atenção das mesas próxima à nossa.
— Ele é gostoso mesmo, mas sem noção e se acha muito. E isso não é o pior da história, Helena veio me perguntar se eu não queria me casar com o pai dela.
Soltei de uma vez e Duda quase se engasga com a garfada de macarrão que tinha posto na boca.
— O quê? Como assim casar? Eu já amo essa menina — começou a rir como uma doída.
— Para, amiga, não tem graça. Ela colocou na cabeça que me quer como mãe dela e eu não sei o que fazer.
— Nossa, amiga, que complicado em.
— Sim, ela queria que eu fosse almoçar com eles, contudo consegui fugir dessa sai justa. Eu tenho vontade de dar na cara do babaca do pai dela, como iria almoçar com eles.
— Pelo visto você ganhou um cupido — fala voltando a rir da minha cara.
Resolvi ficar calada e terminar meu almoço, não era uma situação boa para mim, eu não fui feita para namorar ou amar alguém.
Ela após parar de rir fez o mesmo. Nos despedimos após pagar a conta, ela voltou para a revista e eu fui para casa, já que não daria mais aula naquele dia.
Oi! Eu me chamo Helena Ferreira e tenho 4 anos. Sou morena e tenho os cabelos longos, cacheados e meus olhos são verdes como o da minha mamãe. Sou filha do muitão de bonito Marcos Ferreira, não sei muito bem com o que ele trabalha, pois, ainda sou pequena, mas ele já me levou na empresa da nossa família e era um prédio enorme e tinha muitas pessoas trabalhando lá. Ele me disse que eu herdaria tudo quando fosse bem grande, acho que adulta, isso adulta. Eu cresci em um lar cheio de amor, todos cuidam muito bem de mim e me dão tudo o que eu quero. Eu moro apenas com meu pai, mas minha vovó Marta, ela vive sempre aqui na minha casa e meu tio Henrique também, quase todos os finais de semana fazemos algum programa em família ou eu vou para a casa da minha vovó. Eu tenho uma mamãe também, mas ela não gosta muito de mim, pois vive viajando e nem liga para falar comigo. Seu nome é Safira e ela é muito bonita também, mas não tão bonita como minha professora Amely. A tia Amely é minha profess
Já em casa, após almoçar com a Maria Eduarda e colocar todas as atividades dos alunos da semana em dia resolvi fazer uma faxina, como teria a tarde livre e durante o fim de semana não tive tempo, esse era o momento perfeito para uma boa faxina na casa toda. Minha casa é pequena, mas bem aconchegante. Ganhei de meus avós maternos como presente de formatura. Eu morei com meus pais no interior de São Paulo até meus 18 anos, contudo queria estudar em outro estado e como meus avós materno eram daqui do Rio de Janeiro, vim morar com eles durante os 4 anos da faculdade de Pedagogia. Após minha formatura, eu ganhei a casa em que moro hoje. Estava tão entretida com a faxina que nem vi a hora passar, só percebi o tempo que levei quando minha barriga roncou e a fome bateu. Terminei por volta das 19h00min de faxinar toda a casa e fui tomar um banho para relaxar. Já de banho tomado, vesti um conjunto de babe doou rosa claro e fui para a cozinha pedir meu jantar, já que não tive tempo de fazê-lo
Helena estava bem empolgada em contar seu dia de lazer com o pai (esse que depois da nossa conversa comeu no mais silêncio). Não entendi como de uma hora para a outra nossa conversa desandou, mas também não me ative a sua falta de humor e chatice. Eu não falei por mal, ele que é muito ranzinza para a idade dele, que não deve passar dos 35 anos. — Tia Amely — Helena me chama de tirando dos meus pensamentos. — Sim, meu anjo. — A senhora quer ir na minha festa de aniversário no domingo? Sua pergunta me pega de surpresa, pois não costumo misturar o lado profissional com o pessoal e por um segundo fico com receio do que responder. — Helena… — Por favor, professora Amely, meu papai deixa, não é papai? — Helena, não insista, sua professora deve ter compromisso para esse dia. Não a incomode. — Ela não tem não é professora? — sua pergunta é carregada de esperança. — Não, meu anjo, não tenho, mas não é certo eu ir na sua festa, sendo que não vou na dos outros alunos. Ela me olha trist
A semana transcorreu tranquila. A empresa está a cada dia ganhando mais espaço no mercado tecnológico e os lucros estão cada vez maiores. Meu pai ficaria muito orgulhoso e feliz por mim se estivesse vivo disso tenho certeza. — Marcos — levanto meu olhar dos papéis que estão em minha mesa para ver quem me chama. — Não sabe bater na porta ou ser anunciado Henrique? — pergunto sem muita paciência, meu dia está bem corrido e meu irmão consegue ser muito chato quando quer. — Deixa de ser chato, cara. — fala, fechando aporta atrás de si e eu reviro meus olhos Meu irmão se j**a no sofá da minha sala e estica as pernas sobre a mesa de centro. Estou na empresa, já está quase anoitecendo e quero finalizar esses contratos logo para poder ir para casa, mas essa mala em forma de gente tinha que vir até aqui me atrapalhar. — O que você quer, Henrique? — pergunto fazendo cara de pouco caso. — Queria te chamar para irmos a uma balada mais tarde, estou a fim de curtir a noite com bebidas e mulher
— Oi! Gatinha já está pronta? — a voz da Maria Eduarda ecoa pelo meu quarto e olho para ela através do espelho. Ela tem uma cópia da chave da minha casa, assim como eu tenho da dela, então ela pode entrar aqui a qualquer hora. Quando estamos acompanhadas, avisamos uma à outra para que ninguém aparecer em horário inconveniente. — Só falta a maquiagem e o sapato. Ela concorda se jogando na minha cama e começa a mexer no celular. Hoje é sexta e ela insistiu para eu sair e me divertir, já que passei a semana triste depois do pesadelo que tive. Por mais que o desfecho daquele maldito dia tenha sido bom (para o que se podia esperar na época) ainda me assombrar. Seu Carlos, o porteiro da escola, ouviu meu choro e pedido de socorro e me tirou daquele inferno antes que algo mais grave acontecesse. Ele me vestiu com uma camisa sua, pois minha farda ti há sido rasgada e me levou para casa. Minha mãe se desesperou quando me viu e meu pai queria matar Fernando e sua turma, foi um Deus nos acud
— Que inferno! — suspiro frustrado pelo que acabou de acontecer e bebo mais um gole do meu uísque. Só uma bebida forte como essa será capaz aliviar a frustração que estou sentindo. — O que foi irmão? — Henrique pergunta ao chegar ao meu lado já com uma nova bebida em sua mão. Ele fora ficar com uma loira no banheiro da balada no momento em que vi Amely se esfregando naquele home. Porque aquilo não era uma dança, eles estavam quase transando na frente de todo o mundo. — Nada. — levanto meu olhar para ele e respondo rude e ele me olha com a sobrancelha erguida, num claro sinal de desconfiança. Resolvo dar uma resposta um pouco mais clara, porém sem ser a verdade propriamente dita. — Quero dizer, alguém que eu não queria encontrar aqui hoje, contudo não fui agraciado com essa sorte. — OK. — ele fala desconfiado com minha resposta invasiva e se retira para ficar com os amigos que viemos encontrar esta noite. Volto a me concentrar em meu copo de uísque e vejo que já está vazio, peço
Eu me encontrava do lado de fora da balada com a Maria Eduarda esperando o Alan terminar de conversar com o André. Ele recebera uma ligação e seu semblante demostrava que algo muito grave havia acontecido, pois, a preocupação estava estampada em seu belo rosto. Fiquei mexendo no meu celular até a Duda vir falar comigo sobre o que faria de sua vida essa noite. — Amely, vou para a casa do Alan. — Duda fala assim que nos despedimos do André e Alan se junta a nós. — Você se importar de ir de Uber, amiga? — Claro que não amiga, aproveita a noite — falo dando uma piscadela para ela. Despedi-me dela e do Alan, chamei um Uber e fiquei agradando o carro chegar. Apesar do babaca do Marcos tentar estragar minha noite, ela foi ótima.Pensei que acabaria a noite com um sexo louco com o André na minha casa, mas isso não iria acontecer. A ligação a qual recebera ao sairmos na balada era para o informar que sua irmã havia sofrido um acidente de carro com o marido e o mesmo se encontrava bem mal
Chegamos na casa da Amely cerca de 40 minutos após entrar no Uber, a via estava livre por conta do horário, o que fez o trajeto ser mais rápido.Como ela já pagara no cartão de crédito, nós só fizemos descer do carro e entrar na sua casa. — Deseja algo? — perguntou ao deixar a bolsa na mesinha da sala e tirar os saltos. — Você — disse a puxando pela cintura e beijando sua boca com todo o desejo preso em mim desde o momento que a beijei pela primeira vez. A joguei no sofá e me acomodei entre suas pernas, sua saia subiu e ela as circulou em minha cintura, aprofundando ainda mais o beijo. Puxei sua blusa para baixo deixando seus seios livres para poder chupá-los. Ela se contorceu em baixo de mim ao ter seu seio esquerdo abocanhado por minha boca e roçou a boceta ainda coberta pela calcinha na minha ereção, fazendo meu pau pulsar e inchar na cueca. — No quarto é melhor, tem mais espaço na minha cama — disse sem fôlego, gemendo ente o beijo tão entregue ao momento de luxúria quanto eu.