Capítulo 5: Amely

Já em casa, após almoçar com a Maria Eduarda e colocar todas as atividades dos alunos da semana em dia resolvi fazer uma faxina, como teria a tarde livre e durante o fim de semana não tive tempo, esse era o momento perfeito para uma boa faxina na casa toda. Minha casa é pequena, mas bem aconchegante. Ganhei de meus avós maternos como presente de formatura.

Eu morei com meus pais no interior de São Paulo até meus 18 anos, contudo queria estudar em outro estado e como meus avós materno eram daqui do Rio de Janeiro, vim morar com eles durante os 4 anos da faculdade de Pedagogia.  Após minha formatura, eu ganhei a casa em que moro hoje.

Estava tão entretida com a faxina que nem vi a hora passar, só percebi o tempo que levei quando minha barriga roncou e a fome bateu. Terminei por volta das 19h00min de faxinar toda a casa e fui tomar um banho para relaxar.

Já de banho tomado, vesti um conjunto de babe doou rosa claro e fui para a cozinha pedir meu jantar, já que não tive tempo de fazê-lo.

Estava jogada no sofá assistindo minha série favorita Grey’s anatomy quando a campainha tocou e eu achado que era o entregador, não me importei em abrir a porta da forma que estava. Uma grande furada essa, pois quem estava na minha porta não era o entregador e sim alguém que nunca imaginei aparecer nela.

— Tia Amelyyy — uma muito linda e contende menininha, gritou meu nome.

— Oi, meu anjinho — a peguei no colo — o que está fazendo aqui há essa hora? — perguntei a ela, mas olhando diretamente para o gosto... Quero dizer babaca do seu pai.

— Desculpe o incomodo a essa hora, ela estava chorando em casa para trazer seu bolo e não pude negar trazê-la.

— Trouxemos o seu bolo pof Amely. Ele está muito gostoso. — falou rindo com sua cara sapeca.

— Não precisava se incomodar, poderia me entregar amanhã na aula.

— Eu disse a ela, mas quando ela quer algo faz um show se não consegue — o pai dela fala e rimos da cara de chateada que Helena faz.

— Vamos entrar — convidei e reparei o olhar de cobiça dele para mim.

— Desculpe receber vocês assim, mas é que não estava esperando visitas e acabai de fazer faxina.

— Se quiser podemos ir embora.

— Não, tudo bem, eu vou trocar de roupa e podemos comer o bolo juntos — disse sem jeito com a forma que ele me olhava.

— Por mim você pode ficar assim — deu uma piscadela e eu corei. Merda, como eu posso corar para ele? Ele é um babaca!

— E antes que eu me esqueça... Sou Marcos Ferreira muito prazer — se apresenta de forma gentil, diferente do babaca que foi dias atrás.

— Amely Machado, mas isso você já sabe — rimos da nossa idiotice.

Abaixei-me para falar com Helena.

— Meu anjinho, eu vou trocar de roupa e já venho para comermos o bolo, tudo bem? — ela concorda sorrindo toda feliz.

— Podem ficar a vontade, já venho.

Troquei o baby-doll por um vestido de tecido leve, bem fresquinho e florido que ia até a altura do joelho. Fiz um coque alto no cabelo e calcei uma sandália baixa.

Sai do quarto e fui para a cozinha passar um café para tomar com o bolo, por sorte eu tinha suco pronto e daria para Helena beber. A campainha tocou e eu sabia que só poderia ser o entregador, peguei o dinheiro e fui receber meu jantar.

Na sala Marcos assistia um seriado infantil com a filha, eles estavam bem a vontade e por um segundo me visualizei tendo uma família. Sacudo a cabeça para me livrar desse pensamento e vou atender a porta. Paguei o entregador e recebi o jantar.

[...]

Marcos

Observo Amely ir atender a porta e fico admirando suas curvas nesse vestido. Tive que me controlar muito para que ela não percebesse o quanto fiquei excitado em vê-la só de babe doou, roupa que mal cobria sua bunda e seus ficaram marcando no tecido da blusa.

Eu fiquei louco para chupá-los e marcar aquela bunda com minhas mãos enquanto a fodia por trás. Sacudo a cabeça, eu preciso me livrar desses pensamentos pervertidos, ela é professora da minha filha e sem falar que ela é bem desaforada. Não posso misturar as coisas, já sofri uma vez por amor e não quero passar por isso de novo.

— Meu jantar chegou — falou tímida — não sabia que teria visitas, então pedi só para mim.

— Tudo bem. Você não tinha como adivinhar que viríamos. Podemos pedir pizza né filha?

— Sim papai.

— Vou pedir pizza e depois podemos jantar juntos — ela me olha desconfiada — é uma forma de me desculpar por ser um babaca com você lá na balada.

— OK. Vou arrumar a mesa enquanto você pede a pizza — fala e vai para a cozinha.

Ligo para a pizzaria que sempre compro e passo o endereço da entrega. Após fazer o pedido vou para a cozinha atrás da Amely.

— Ela queria assistir a esse seriado, desculpa por mudar e tirar sua série — falo ao chegar à cozinha.

— Sem problema, ela é encantadora e muito comportada. Eu a adoro — confessa e meu coração se enche de alegria.

Era essas palavras que eu queria ouvir da minha ex-esposa. Mas ela não ama e nunca amou nossa filha, Helena não passava de um negócio para Safira, algo com o que me tirar dinheiro, tive que pagar uma fortuna a ela para ter minha filha comigo.

— Sim, ela é! Minha vida só teve sentido depois do nascimento dela, é meu maior tesouro — falo olhando a felicidade da minha filha ao assistir seu seriado predileto.

— Eu não tenho filhos, mas compreendo que seja um amor muito grande. E é por isso que não sei que tipo de pessoa abandona a própria filha... Desculpe, eu e minha boca grande.

— Tudo bem, me faço a mesma pergunta todos os dias.

— Helena senti saudades da mãe, ela fica triste ao vê seus colegas com as mães deles — sua tristeza ao falar era notável.

— Eu sei que ela sofre essa falta e me dói não poder fazer nada. Por mais que ela sinta saudades da mãe, eu prefiro Safira longe de nossas vidas.

— Entendo...

— Até que você sabe ser bem civilizado quando quer — seu comentário me pega de surpresa e me tira do sério.

— E você estava demorado para ser a mesma irritante de sempre. — retruco e vejo seu rosto esquentar de raiva.

— Olha aqui seu...

— Já chegou a pizza papai? Eu estou com fome — a voz de Helena ecoa na cozinha cortando o seu desaforo.

— Ainda não, meu amor.

— Você pode comer comigo e depois dividimos a pizza que tal? — Amely oferece e minha filha aceita contente. Ela senta no colo da professora e começa a comer.

A campainha toca e eu vou atender, deve ser o entregador com as pizzas. E eu estava certo, perco as pizzas e pago a ele.

Levo para a cozinha e começamos a comer em silêncio, quer dizer nem tão silêncio assim, já que Helena não parou de falar um minuto se quer contando tudo o que fizemos durante nosso Dia de Pai e filha.

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