Capitulo 7: Marcos

A semana transcorreu tranquila. A empresa está a cada dia ganhando mais espaço no mercado tecnológico e os lucros estão cada vez maiores. Meu pai ficaria muito orgulhoso e feliz por mim se estivesse vivo disso tenho certeza.

— Marcos — levanto meu olhar dos papéis que estão em minha mesa para ver quem me chama.

— Não sabe bater na porta ou ser anunciado Henrique? — pergunto sem muita paciência, meu dia está bem corrido e meu irmão consegue ser muito chato quando quer.

— Deixa de ser chato, cara. — fala, fechando aporta atrás de si e eu reviro meus olhos

Meu irmão se j**a no sofá da minha sala e estica as pernas sobre a mesa de centro. Estou na empresa, já está quase anoitecendo e quero finalizar esses contratos logo para poder ir para casa, mas essa mala em forma de gente tinha que vir até aqui me atrapalhar.

— O que você quer, Henrique? — pergunto fazendo cara de pouco caso.

— Queria te chamar para irmos a uma balada mais tarde, estou a fim de curtir a noite com bebidas e mulheres ao meu dispor, mas Mateus viajou e eu não queria ir sozinho.

Mateus é seu melhor amigo desde criança e eles só vivem juntos em baladas, boates e viagens, contudo o pai de Mateus ficou doente e ele viajou para Florianópolis onde seus pais moram. Nós éramos vizinhos e eles estudavam juntos na mesma escola e criaram uma grande amizade, após se aposentar o pai de Mateus com sua esposa, foi morar em Florianópolis por ser um lugar mias tranquilo.

— Não estou em clima para balada, Henrique — falo voltando a conferir os contratos pendentes.

— Qual foi Marcos, você tem que curtir a vida cara, do que adianta ser solteiro e não sair para pegar mulher.

— A vida não é só isso, Henrique — o repreendo — Tem Helena também, não quero deixá-la com a babá durante a noite também.

— Ela pode ficar com a nossa mãe, tenho certeza que mamãe vai amar. — ele se levanta do sofá e anda até o frigobar, pega uma latinha e coca-cola para ele e uma para mim.

Sorrio do seu jeito de falar mamãe, ele cresceu, mas não deixou de ser mimado.

— Certo, vou ligar para ela e perguntar se pode ficar com Helena lá em casa até eu chegar da balada. — pego a latinha de coca e digo "obrigada".

— Valeu cara, vou para meu apartamento me arrumar e 21:00 nos encontramos na TheNayte.

— Beleza — falo e ele sai da mesma forma que entrou, sem pedir licença.

Pego meu celular e ligo para minha mãe.

— Oi! Filho. — minha me cumprimenta do outro lado da linha.

— Olá! Dona Marta — digo e ela bufa do outro lado da linha, por ela só a chamaríamos mamãe.

— Nada de dona Marta é mamãe. Mas me diga o que quer filhote. — sorrio de seu drama.

— Mãe, eu liguei para saber se a senhora poderia ficar com a Helena hoje, Henrique me chamou para uma balada.

— Claro, filho, eu fico com o maior prazer, você sabe muito bem que não tenho muito que fazer da vida — sua voz fica triste nas últimas palavras e seu que se lembrou do meu pai.

— Então tudo certo. Eu vou sair umas 20h00min e a senhora pode ficar lá em casa e dormir com ela, tentarei não chegar tardiamente.

— Por mim, tudo bem, filho, farei uma noite de cinema com minha pequena — fala rindo e seu que vai ser bagunça. Mas não ligo, Helena é a luz de nossas vidas.

— Fechado, um beijo, mãe. Te amo.

— Também te amo, filho. E vê se me arrumar uma nora linda e gentil. Você já passou da hora de arrumar alguém e ser feliz.

— Sem noras no momento, mamãe. Tchau!

Trato logo de encerrar a ligação, já sei de cor esse seu discurso sobre eu arrumar alguém para construir uma família só minha e ser feliz, porém não sei se já estou preparado para isso. Eu me decepcionei muito com Safira, mãe de Helena, e não quero passar por tudo aquilo novamente. Talvez um dia eu perca o medo de amar novamente e tente me abri de novo para o amor, contudo esse dia ainda está longe e não é a minha prioridade no momento.

Após desligar o celular, volto a me concentrar nos documentos em minha mesa, os reviso e descarto os contratos que não favorecem minha empresa. Termino de revisá-los e guardo tudo.

Sempre gostei de eu mesmo organizar minha mesa, é algo meu e sempre deixo avisado a minha secretária como funciono, parece que se outra pessoa mexer ou tirar algo do lugar eu irei sutar e não acharei nada, então eu mesmo guardo os papéis e separo os documentos já revisados e prontos para ser enviados, depois eu só aviso a minha secretária e ela digitaliza e os envia aos nossos clientes e fornecedores.

Ao sair da sala me despeço da minha secretária e peço que envie os documentos já revisado para os nossos clientes e que ao finalizar a tarefa pode ir para casa e que na segunda poderá chegar duas horas após o horário de entrada na empresa por estar saindo mais tarde hoje.

Despeço-me dela e vou em direção ao meu elevador privativo, ao chegar a entrada da empresa me despeço dos outros funcionários e os desejos um excelente fim de semana. Entro no meu carro que já está aberto e em frente a empresa e meia hora já estou em casa. Janto com minha filha e a deixo brincando em seu quarto e vou para o meu tomar um banho e me arrumar para me encontrar com meu irmão na balada.

Minha mãe chega para tomar conta dela quando eu já estou de saída e me despeço de ambas com um beijo no rosto delas. E algo me dizia que essa noite será de surpresas.

Capítulos gratis disponibles en la App >

Capítulos relacionados

Último capítulo