— Oi! Gatinha já está pronta? — a voz da Maria Eduarda ecoa pelo meu quarto e olho para ela através do espelho.
Ela tem uma cópia da chave da minha casa, assim como eu tenho da dela, então ela pode entrar aqui a qualquer hora. Quando estamos acompanhadas, avisamos uma à outra para que ninguém aparecer em horário inconveniente.
— Só falta a maquiagem e o sapato.
Ela concorda se jogando na minha cama e começa a mexer no celular.
Hoje é sexta e ela insistiu para eu sair e me divertir, já que passei a semana triste depois do pesadelo que tive. Por mais que o desfecho daquele maldito dia tenha sido bom (para o que se podia esperar na época) ainda me assombrar.
Seu Carlos, o porteiro da escola, ouviu meu choro e pedido de socorro e me tirou daquele inferno antes que algo mais grave acontecesse. Ele me vestiu com uma camisa sua, pois minha farda ti há sido rasgada e me levou para casa. Minha mãe se desesperou quando me viu e meu pai queria matar Fernando e sua turma, foi um Deus nos acuda nesse dia.
Fernando foi expulso da escola, pois a ideia da humilhação foi dele, e seus amigos foram suspensos por uma semana. Meus pais e os pais dos outros alunos envolvidos foram chamados para uma reunião que resultou em minha mãe dando umas t***s na mãe de Fernando por ela dizer que era só uma brincadeira de adolescente e eu que estava fazendo drama.
A Duda se culpou por ter me deixado ir sozinha no encontro, mas ela não tinha como saber o que ele faria e sem falar que a decisão de ir sozinha tinha sido minha. Depois de uma semana voltei para a escola, mas quando vi os amigos de Fernando surtei e bati na Andressa, uma das meninas que participaram da humilhação.
Mudei de escola e me afastei de todos, ficando só com a amizade da Duda. Aos 18 anos eu já tinha terminado o ensino médio e conseguido uma vaga na UFRJ e vim morar com meus avós.
— Estou pronta, amiga — falei tirando sua atenção do celular.
— Nossa, que gata, vai infartar os boys hoje — fala e rio de sua cara de safada.
Escolhi um conjunto de cropped e saia na cor preta (o tecido tem um leve brilho) e uma sandália de salto preta também.
Peguei minha bolsa e saímos, nós fomos para a
TheNayte, uma das baladas mais badaladas do Rio de Janeiro. E como ambas queríamos beber pedimos um Uber e em uma hora já estávamos lá.
— Tá bem movimentado aqui hoje, né! — Duda comenta quando entramos na balada.
— Sim, e isso significa muitos gatinhos para beijarmos — falo rindo e ela me acompanha.
— Vamos comprar nossas bebidas e ir dançar. — a chamo e pego sua mão indo em direção ao bar.
Enquanto esperamos nossa vez de pedir as bebidas, olhamos em volta para ter uma noção de que tipos de pessoas têm aqui hoje e confesso que me impressionei com a quantidade de homens lindos que tinha.
— Amiga, olha aqueles gatinhos nos olhando. — seu comentário me faz olhar na direção apontada e ver o grupo de caras que estavam próximo a nós.
— Dou uma piscadinha para um dos rapazes que me olhava e ele sorri levantando a bebida que estava na sua mão.
— O que vão querer princesas? — o barman pergunta e damos atenção a ele fazendo nosso pedido. Eu pedi uma cerveja e a Duda um drink com gin tônica.
— Vamos dançar — ela me chama e vamos para a pista de dança.
Dançamos por um bom tempo sem se importar com quem estava ao nosso redor, queríamos curtir esse momento apenas nós duas. Um tempo depois já estávamos suadas e fomos pedir uma água para nos hidratar.
Estávamos no bar quando dois caras chegaram a nós.
— E aí, gatas, podemos pagar o próximo drink de vocês? — pergunta o mais alto e de cabelo loiro.
— Claro — quem responde é a Duda.
— O que vão querer? – o mais baixo e moreno pergunta.
— Pode ser dois drinks com gin tônica.
— Beleza.
O loiro vai fazer nossos pedidos e ficamos conversando com o moreno, que descobrimos se chamar Alan e é sócio de uma empresa de Tecnologia. O loiro, que se chamava André, chegou com nossas bebidas e depois fomos dançar.
Maria Eduarda dançou com Alan e eu dancei com o André. Depois de duas musicas, começou a tocar uma música sensual, Cambia El Paso de J. Lo e nos soltamos. Soltei a mulher sexy que habita em mim e me deixei levar pela música. Esfreguei-me no André e ele agarrou minha cintura com força enquanto beijava meu pescoço. Ao término da música ele me deu um beijo bem quente e fomos pegar mais bebidas.
André foi ao banheiro e eu fui em direção ao bar pegar nossas bebidas. Duda continuou se pegando com o Alan na pista de dança.
— Não sabia que professoras dançavam assim, espero que não seja isso que ensine a minha filha — a voz com tom de desprezo do babaca/idiota, vulgo pai da minha princesinha Helena, ecoa atrás de mim no bar da balada me fazendo ferver de raiva.
— Mais é muito babaca mesmo né? O quem você pensa que é para falar isso de mim?
— Sou um pai prezando pelo bem estar de sua filha.
— E o que te faz pensar que eu ensinaria algo errado a meus alunos? Uma dança? – pergunto incrédula.
— Sim. Minha filha é muito apegada a você e da forma que a vi dançar não sei se é uma boa influência para ela.
Eu comecei a gargalhar chamando a atenção de quem estava perto de nós. Ele só podia estar brincando.
— Não estou achando graça, Amely.
— Mas eu estou, eu preciso rir ou de outra forma eu partiria sua cara com essa garrafa de cerveja que tenho em mãos.
Ele me olha chocado com minha explosão.
— A forma que eu danço não interfere no meu lado profissional. Aqui eu sou Amely machado, a mulher solteira, que trabalha e paga suas contas e é feliz. Se você não é, eu sinto muito.
Ele me olha sem reação e não fala nada. Aproximo-me dele e me inclino para falar em seu ouvido
— Ah, e acho que está precisando transar, talvez assim pare de ser um babaca.
André chega e o puxo para a pista de dança.
— Que inferno! — suspiro frustrado pelo que acabou de acontecer e bebo mais um gole do meu uísque. Só uma bebida forte como essa será capaz aliviar a frustração que estou sentindo. — O que foi irmão? — Henrique pergunta ao chegar ao meu lado já com uma nova bebida em sua mão. Ele fora ficar com uma loira no banheiro da balada no momento em que vi Amely se esfregando naquele home. Porque aquilo não era uma dança, eles estavam quase transando na frente de todo o mundo. — Nada. — levanto meu olhar para ele e respondo rude e ele me olha com a sobrancelha erguida, num claro sinal de desconfiança. Resolvo dar uma resposta um pouco mais clara, porém sem ser a verdade propriamente dita. — Quero dizer, alguém que eu não queria encontrar aqui hoje, contudo não fui agraciado com essa sorte. — OK. — ele fala desconfiado com minha resposta invasiva e se retira para ficar com os amigos que viemos encontrar esta noite. Volto a me concentrar em meu copo de uísque e vejo que já está vazio, peço
Eu me encontrava do lado de fora da balada com a Maria Eduarda esperando o Alan terminar de conversar com o André. Ele recebera uma ligação e seu semblante demostrava que algo muito grave havia acontecido, pois, a preocupação estava estampada em seu belo rosto. Fiquei mexendo no meu celular até a Duda vir falar comigo sobre o que faria de sua vida essa noite. — Amely, vou para a casa do Alan. — Duda fala assim que nos despedimos do André e Alan se junta a nós. — Você se importar de ir de Uber, amiga? — Claro que não amiga, aproveita a noite — falo dando uma piscadela para ela. Despedi-me dela e do Alan, chamei um Uber e fiquei agradando o carro chegar. Apesar do babaca do Marcos tentar estragar minha noite, ela foi ótima.Pensei que acabaria a noite com um sexo louco com o André na minha casa, mas isso não iria acontecer. A ligação a qual recebera ao sairmos na balada era para o informar que sua irmã havia sofrido um acidente de carro com o marido e o mesmo se encontrava bem mal
Chegamos na casa da Amely cerca de 40 minutos após entrar no Uber, a via estava livre por conta do horário, o que fez o trajeto ser mais rápido.Como ela já pagara no cartão de crédito, nós só fizemos descer do carro e entrar na sua casa. — Deseja algo? — perguntou ao deixar a bolsa na mesinha da sala e tirar os saltos. — Você — disse a puxando pela cintura e beijando sua boca com todo o desejo preso em mim desde o momento que a beijei pela primeira vez. A joguei no sofá e me acomodei entre suas pernas, sua saia subiu e ela as circulou em minha cintura, aprofundando ainda mais o beijo. Puxei sua blusa para baixo deixando seus seios livres para poder chupá-los. Ela se contorceu em baixo de mim ao ter seu seio esquerdo abocanhado por minha boca e roçou a boceta ainda coberta pela calcinha na minha ereção, fazendo meu pau pulsar e inchar na cueca. — No quarto é melhor, tem mais espaço na minha cama — disse sem fôlego, gemendo ente o beijo tão entregue ao momento de luxúria quanto eu.
Capítulo 12 Amely Acabei de acordar, mas ainda não tive coragem de sair da cama.Demorei a dormir depois do sexo louco com o Marcos, minha cabeça estava a mil e muito confusa. Confesso que por um momento eu quis que ele ficasse e dormisse comigo seus braços. Depois que decidimos que teríamos sexo casual, entramos no Uber e viemos para minha casa, não falamos nada o trajeto todo, que levou só 40 minutos, ficamos apenas de mãos dadas como se isso fosse uma forma de dizer que não era errado. Chegamos a minha casa e só tive tempo de deixar a bolsa no aparador e tirar meu salto antes de ele me consumir com beijos de tirar o fôlego. Eu já beijara muitos homens, pedir minha virgindade aos 20 anos com um, cara da faculdade e depois disso não me privei de ter meus casos de uma noite só. Mas como o Marcos me levou a loucura ontem a noite mexeu comigo mais do que deveria. Ele me beijou, lambeu e chupou como se sua vida dependesse disso. Aproveitou cada momento da nossa transa e me deu vário
Puta que pariu, vou te contar, hein.Às vezes tenho vontade de matar meu irmão, ele não perde uma, cara. É só virar as costas e lá está ele cantando a primeira mulher bonita que ver pela frente. Depois da seção de fotos como a minha pequena, sai para respirar um pouco, pois está próximo da Amely e sentir seu cheiro não estava ajudando a diminuir meu desejo por ela. Assim que a vi com minha filha em seus braços e conversando com minha mãe, desejei poder ver essa cana repetida vezes me minha vida. Estou me apegando a ela muito rápido e isso está me assustando muito. Após ir tomar um ar e um copo de água voltei para a festa, e qual não foi minha surpresa ao ver, a mala sem alça do, meu irmão ao lado dela tentado ajudá-la em um engasgo. Praticamente sai correndo preocupado na intenção de ajudá-la com que fosse que tivesse acontecido, e qual foi minha surpresa ao descobrir que ela se surpreendeu com o tamanho do pau do meu irmão. Porra, ela pegou no meu e já quer saber o tamanho do meu i
Após tomar um banho e trocar de roupa, espiei para fora do quarto no intuito de me certificar que não havia ninguém no corredor que pudesse nos pegar nessa situação digamos que “peculiar”. Após ter a certeza que não arriscaria ser pega no flagrar, sai do quarto. Estava indo em direção a cozinha quando uma voz grave, porém baixa, soou bem próximo a mim me fazendo quase morrer do coração tamanho o susto que tomei. — Que bonito. — Me virei e dei de cara com um safado chamado, Henrique, me lançando um olhar divertido e um sorrisinho dançando em seus lábios carnudos. — Merda! Que susto, Henrique — exclamei com a mão sobre meu peito, sentindo o meu coração disparado. — Quase me mata do coração, porra. — Se, se assustou, é porque estava fazendo algo errado — me questionou levantando uma sobrancelha. — Bom, eu... Eu estava no banheiro, precisei limpar meu vestido que acabou molhando de refrigerante. — OK. Olha sobre... — Incomodando a Amely de novo, Henrique. Não sabe levar um fora, man
Assim que entrei em meu quarto coloquei meu celular para carregar, já que eu tinha se esquecido de levar o carregador e ele descarregara. O liguei para ver se tinha alguma ligação importante e me assustei ao ver o número de ligações perdidas da minha mãe, minha avó e da Duda, fora as mensagens de texto que também eram muitas. Meu coração se apertou por imaginar que algo de muito ruim acontecera. Nem li as mensagens, já fui logo ligando para minha mãe. — Mãe, o que houve? Por que me ligou tantas vezes? — perguntei aflita. Eu ligo diariamente para meus pais e avós e até ontem estava tudo bem com eles, mas a quantidade de ligações era sinal que isso mudara. — Seu pai sofreu um acidente, filha. — Respondeu chorando. — O quê? Como assim, mãe? Ele está bem? — eu já estava chorando angustiada. — Ele não está bem, filha. E nem sei se ele vai ficar — seu choro se intensificou e ouvi várias vozes do outro lado da linha. Outra pessoa falou comigo. — Amely, sou eu, seu tio João, seu pai so
Já Faz três meses que não vemos a Amely. Helena sofre a falta de sua amada professora a cada dia que passa sem vê-la. Algumas noites, cheguei em seu quarto e vi minha filha chorando dizendo que a “tia Amely” a abandonou assim como sua mãe. Já me pediu para mudar de escola várias vezes, pois ainda não consegui se adaptar a professora substituta e confesso que não sei o que fazer em relação a isso, até porque eu também sinto falta da Amely e, em simultâneo, raiva por ela ir embora assim de forma tão repentina e sem avisar. Estava me acostumando a tê-la por perto, sempre sorrindo e brincando com minha filha. Contudo, mais uma vez tudo não passou de uma farsa, ela provavelmente queria me fazer se apaixonar por ela só para tirar meu dinheiro como Safira, minha ex-esposa, fez. — Tudo bem, filho? — minha mãe pergunta me tirando dos meus pensamentos. Estou na piscina da casa olhando Helena brincar com o Henrique. — Está, sim, mãe. Só meu pensamento que estava longe. Estou com a cabeça cheia