ERICO almoço na casa dos meus pais foi uma delícia, só faltando Diana com a gente. Claro que houveram muitas perguntas sobre a ausência dela e, claro que, tive que mentir, dizendo que ela estava terminando de resolver as coisas do aniversário.Durante todo o tempo em que estava almoçando com meus pais e o pai de Diana, fiquei mandando mensagem para Joana para ter notícias. Conhecendo Diana do jeito que eu conhecia, sabia que ela era teimosa demais para pedir ajuda, mesmo em caso de doença.A festinha de aniversário da pequena Helena estava linda, como eu sempre idealizei para quando tivesse uma filha. Algo pequeno, mas bonito e acolhedor. Nossos familiares e amigos compareceram, deixando tudo ainda ainda mais alegre. Minha noiva estava linda com um vestido que chegava até a altura dos seus joelhos, mas sem deixar de realçar as suas curvas, os cabelos soltos caíam em ondas loiras sobre os ombros e seus olhos tinham um brilho diferente.Confesso que, apesar de estar curtindo a festa, t
DIANAO casamento foi celebrado um mês depois, numa cerimônia mais íntima na igreja de São José, perto da casa dos pais de Eric. Igreja esta que a mãe dele fez questão porque era uma tradição da família. Thaís foi nossa madrinha e Leonardo o nosso padrinho. Logo depois da cerimônia, os pais de Eric vieram nos congratular, meu pai, muito emocionado também se aproximou para um abraço.— Quase não acredito que a minha menininha conhceu o amor verdadeio e, finalmente, se casou.— Eu estou muito feliz, pai.— Acho bom você cuidar dela direito porque se não vai arrumar sérios problemas comigo, garoto. — Meu pai ameaçou Eric antes de um abraço rápido.Nossos amigos e alguns convidados vieram nos desejar felicidades antes que eu me despedisse da minha pequena princesinha, que ficara com os pais de Eric durante a lua de mel. Assim que saímos da igreja num carro enfeitado fomos direto para o aeroporto, tínhamos escolhido não ter festa.O destino escolhido foi Nassau, nas ilhas Bahamas. Depois d
DIANAJá era noite quando finalmente cheguei em casa. Encontrei a babá sentada no tapete da sala brincando com Helena. Deixei a bolsa sobre a mesa de jantar e, mesmo cansada, fui me juntar a bagunça. Assim que me viu, minha pequena veio engatinhando e esticou os bracinhos para que eu a pegasse no colo.— Mãmãmã!Abracei-a forte e mordisquei uma de suas bochechas gordas, segurei-a no alto e fiz cócegas em sua barriguinha, o que a levou a dar gargalhadas. Não há nada mais gostoso de ouvir do que a risada de uma criança.Paguei e agradeci Joana por ter ficado um pouco além do horário que tínhamos combinado, mas era culpa do trânsito infernal de sexta-feira a noite.— Como a senhora avisou que atrasaria, eu já dei a janta.— Obrigada, Joana!— Se precisar dos meus serviços, a senhora sabe que é só ligar que eu venho correndo ficar com essa bonequinha. — Ela mexeu com Helena e minha filha abriu um sorriso de orelha a orelha.Assim que ficamos sozinhas, me sentei no tapete para continuar a
DIANAQuando saí do banho, já estava me sentindo um pouco mais calma. Por estar morrendo de fome, fui à cozinha, dei uma olhada na geladeira, nos armários e acabei optando por fazer um macarrão instantâneo, pois era o mais rápido.Fui me sentar no sofá da sala, liguei a televisão e deixei passando Friends, minha série preferida, mesmo que já tendo visto tudo umas milhares vezes. Enquanto devorava aquela tigela fumegante de macarrão, senti meu celular começar a vibrar, estiquei um dos braços para alcançá-lo no braço do sofá e olhei a tela. Era Thaís.— Onde você está, amiga?— Estou em casa. Por quê?— Abre a porta para mim então.— Mas...— Abre logo, mulher.Encerrei a ligação, deixei a tigela sobre a mesa de jantar e caminhei até a porta. Olhei pelo olho mágico só para confirmar e Thaís estava mesmo parada em frente ao meu apartamento. Rapidamente destranquei a porta e a deixei entrar.— Onde está minha afilhada preferida e mais linda do mundo? — perguntou animada.— Você só tem ela
ERICSexta-feira à noite é sempre corrido no restaurante. Final de semana são os dias de maior movimento, muitos clientes atrás de reservas, as vezes chega a formar fila do lado de fora.Especialmente hoje, Thaís pediu para sair mais cedo, pois tinha um compromisso com o carinha que ela estava saindo, mas deixou tudo encaminhado para o pessoal da cozinha dar conta.Depois de muito correr de um lado para outro, o expediente chegou ao fim, agradeci aos funcionários e os liberei para irem para suas casas. Tranquei as portas e fui para minha sala.O silêncio era extremamente bem-vindo depois de toda a agitação, peguei meu celular sobre a mesa e olhei, um alerta de mensagem de um número desconhecido. Quando abri para ler, fiquei surpreso, era de Renata."Oi, Eric!Quanto tempo não nos falamos, nem deve se lembrar de mim, mas a gente namorou a três anos atrás.Só estou mandando essa mensagem para avisar que estou de volta na cidade e caso queira relembrar os tempos de bonança, é só retornar
DIANANa manhã seguinte, fui acordada por resmungos baixinhos, estiquei o pescoço para olhar dentro do cercadinho, torcendo para que Helena estivesse apenas sonhando e me desse mais alguns minutos de sono, mas aquele par de olhos azuis estavam me encarando. Os olhos que eu mais amava no mundo.— Bom dia, meu amorzinho!Em resposta ela balbuciou algo incompreensível. Peguei-a no colo e dei um beijo estalado em sua bochecha. Helena segurou meu rosto com as duas mãozinhas e aproximou sua boquinha, me deixando babada.Quando abri a porta do quarto, a luz do sol que entrava pela sala de estar e estava sendo refletida, atingiu meus olhos e me fez recuar alguns passos.Depois de me acostumar a intensidade da luz solar, fomos até a cozinha e a coloquei sentada no cadeirão de alimentação, fiz um mingau rápido e deixei a sua frente.Enquanto Helena batia a colher no pratinho, espalhando mingau para todos os lados, me ocupei em preparar um pouco de café. Ser mãe solteira era gratificante na mesm
ERICDepois que minha irmã e Diana recusaram minha companhia para ir ao shopping, recolhi as roupas da máquina de lavar, me despedi de Helena com um beijo em sua cabecinha e voltei para o meu apartamento, deixando as três sozinhas.Quando enfim entrei em casa, fui estender toda a roupa lavada no pequeno varal de teto e no de chão.Comi uma maçã e tomei um pouco mais de café, depois fui arrumar meu quarto. Odeio casa bagunçada, talvez seja por isso que minha irmã e eu vivemos em pé de guerra.Já eram dez horas e eu ainda tinha que me arrumar e ir para o restaurante, afinal, o estabelecimento não abriria sozinho.Escolhi uma calça jeans preta e uma camisa branca, calcei os tênis, pus o relógio no pulso e arrumei os cabelos.Chegando ao restaurante, vi Oliver encostado em seu carro no estacionamento, parei ao seu lado e pedi desculpas pela demora.Oliver e eu somos amigos desde o ensino médio e eu disse que o apoiaria quando ele decidiu fazer gastronomia, só não esperava que ele fosse se
DIANAAssim que chegamos ao shopping, Thaís conseguiu estacionar na única vaga disponível no primeiro andar, tirei Helena da cadeirinha enquanto minha amiga lutava para conseguir armar o carrinho. Pedi que segurasse minha menininha e armei o carrinho.— Como você consegue fazer isso tão rápido?— Já tenho a prática.Passeamos e entramos em tantas lojas que acabamos exaustas e sentadas na área de alimentação. Helena estava adorando aquele passeio e dava gritinhos de alegria.Assim que fizemos nossos pedidos, dei a mamadeira para Helena e meu celular apitou dentro da bolsa. Pegando o aparelho, dei uma olhada, era uma mensagem do meu pai. Fiquei surpresa porque ele nunca mandava mensagem e rapidamente cliquei para abrir.“Sua mãe já deve ter lhe falado sobre a homenagem e saiba que conto com você ao meu lado. Já confirmei sua presença.”— Você está bem, Diana? — Minha amiga perguntou parecendo preocupada.— Sim! Acho que sim!— O que tem aí para você ficar tão pálida de repente?— Era um