ERIC Desde que voltei de Paris, não tenho usado a minha aliança, mas não por querer parecer que ainda sou solteiro, mas por ter decidido, durante o voo, que esperaria a chegada de Diana para contarmos juntos a novidade para nossos familiares e amigos. Só Deus sabe o quanto está sendo difícil conviver com a minha irmã perguntando sobre o resultado do exame e o que eu tinha ido fazer em Paris. Ao que tudo indicava, Diana não tinha falado nada com a minha irmã. Quando recebi a mensagem de Diana informando que tinha chegado ao Brasil, não imaginava que era verdade, pensei logo que era algum tipo de pegadinha, mas depois de confirmar com a minha irmã, decidi surpreendê-la e levar o almoço que ela tinha pedido. Quando finalmente cheguei ao andar do apartamento de Diana, respirei fundo e toquei a campainha, não esperava encontrá-la vestindo um short que realçava ainda mais a sua bunda e camiseta era combinação perfeita para deixá-la ainda mais atraente. — Eric! — Dava para perceber a sur
DIANA Jantar com os pais de Eric não era o que eu estava esperando para encerrar a noite, mas não podia recusar, era bom que todos ficassem sabendo logo que estávamos noivos. Enquanto me arrumava, vários pensamentos me ocorreram, mas deixei de lado. Quando Eric tocou a campainha, corri para abrir a porta do apartamento, percebi que ele estava usando uma calça jeans com rasgos no joelho, uma camisa pólo azul e um tênis branco. Ele não quis entrar então só pedi que segurasse Helena enquanto eu pegava a bolsa dela que tinha deixado arrumada no quarto. A caminho da casa dos pais de Eric, confesso que fiquei tensa, as mãos suavam, ele pareceu perceber porque apoiou a mão em minha perna esquerda e acariciou por cima do tecido da calça, um gesto carinhoso e encorajador. Assim que ele estacionou o carro em frente à casa dos pais, ele deu a volta e abriu a porta para mim. A mãe dele veio apressada em nossa direção, me envolveu num abraço como se eu fosse sua filha e depois pegou Helena do
DIANAAlguns meses depois...O dia do aniversário de um ano da nossa princesinha tinha chegado e eu teria ficado louca se Eric não tivesse me ajudado com a organização. Nossa convivência tinha melhorado muito desde que ele se mudou para o meu apartamento e passou a estar presente vinte e quatro horas por dia.Nosso café da manhã foi corrido e quase nem conseguimos comer direito, deixei Helena sob os cuidados de Joana e depois saí para terminar de resolver as últimas pendências e ainda buscar meu pai no aeroporto. Eu não tinha ficado nem um pouco surpresa quando minha mãe se recusou a vir e eu até achava bom porque assim não estragaria o clima de festa.— Está tudo bem, Di?— Sim. Só estou organizando o que tenho que fazer na rua.— Você quer que eu vá buscar o seu pai?— Não precisa, eu já tenho que ir a rua mesmo.— Tudo bem.Com um beijo de despedida, deixei ele para trás e saí do apartamento. Quando cheguei à garagem e entrei no meu carro, me senti um pouco mal por ter que mentir p
ERICO almoço na casa dos meus pais foi uma delícia, só faltando Diana com a gente. Claro que houveram muitas perguntas sobre a ausência dela e, claro que, tive que mentir, dizendo que ela estava terminando de resolver as coisas do aniversário.Durante todo o tempo em que estava almoçando com meus pais e o pai de Diana, fiquei mandando mensagem para Joana para ter notícias. Conhecendo Diana do jeito que eu conhecia, sabia que ela era teimosa demais para pedir ajuda, mesmo em caso de doença.A festinha de aniversário da pequena Helena estava linda, como eu sempre idealizei para quando tivesse uma filha. Algo pequeno, mas bonito e acolhedor. Nossos familiares e amigos compareceram, deixando tudo ainda ainda mais alegre. Minha noiva estava linda com um vestido que chegava até a altura dos seus joelhos, mas sem deixar de realçar as suas curvas, os cabelos soltos caíam em ondas loiras sobre os ombros e seus olhos tinham um brilho diferente.Confesso que, apesar de estar curtindo a festa, t
DIANAO casamento foi celebrado um mês depois, numa cerimônia mais íntima na igreja de São José, perto da casa dos pais de Eric. Igreja esta que a mãe dele fez questão porque era uma tradição da família. Thaís foi nossa madrinha e Leonardo o nosso padrinho. Logo depois da cerimônia, os pais de Eric vieram nos congratular, meu pai, muito emocionado também se aproximou para um abraço.— Quase não acredito que a minha menininha conhceu o amor verdadeio e, finalmente, se casou.— Eu estou muito feliz, pai.— Acho bom você cuidar dela direito porque se não vai arrumar sérios problemas comigo, garoto. — Meu pai ameaçou Eric antes de um abraço rápido.Nossos amigos e alguns convidados vieram nos desejar felicidades antes que eu me despedisse da minha pequena princesinha, que ficara com os pais de Eric durante a lua de mel. Assim que saímos da igreja num carro enfeitado fomos direto para o aeroporto, tínhamos escolhido não ter festa.O destino escolhido foi Nassau, nas ilhas Bahamas. Depois d
DIANAJá era noite quando finalmente cheguei em casa. Encontrei a babá sentada no tapete da sala brincando com Helena. Deixei a bolsa sobre a mesa de jantar e, mesmo cansada, fui me juntar a bagunça. Assim que me viu, minha pequena veio engatinhando e esticou os bracinhos para que eu a pegasse no colo.— Mãmãmã!Abracei-a forte e mordisquei uma de suas bochechas gordas, segurei-a no alto e fiz cócegas em sua barriguinha, o que a levou a dar gargalhadas. Não há nada mais gostoso de ouvir do que a risada de uma criança.Paguei e agradeci Joana por ter ficado um pouco além do horário que tínhamos combinado, mas era culpa do trânsito infernal de sexta-feira a noite.— Como a senhora avisou que atrasaria, eu já dei a janta.— Obrigada, Joana!— Se precisar dos meus serviços, a senhora sabe que é só ligar que eu venho correndo ficar com essa bonequinha. — Ela mexeu com Helena e minha filha abriu um sorriso de orelha a orelha.Assim que ficamos sozinhas, me sentei no tapete para continuar a
DIANAQuando saí do banho, já estava me sentindo um pouco mais calma. Por estar morrendo de fome, fui à cozinha, dei uma olhada na geladeira, nos armários e acabei optando por fazer um macarrão instantâneo, pois era o mais rápido.Fui me sentar no sofá da sala, liguei a televisão e deixei passando Friends, minha série preferida, mesmo que já tendo visto tudo umas milhares vezes. Enquanto devorava aquela tigela fumegante de macarrão, senti meu celular começar a vibrar, estiquei um dos braços para alcançá-lo no braço do sofá e olhei a tela. Era Thaís.— Onde você está, amiga?— Estou em casa. Por quê?— Abre a porta para mim então.— Mas...— Abre logo, mulher.Encerrei a ligação, deixei a tigela sobre a mesa de jantar e caminhei até a porta. Olhei pelo olho mágico só para confirmar e Thaís estava mesmo parada em frente ao meu apartamento. Rapidamente destranquei a porta e a deixei entrar.— Onde está minha afilhada preferida e mais linda do mundo? — perguntou animada.— Você só tem ela
ERICSexta-feira à noite é sempre corrido no restaurante. Final de semana são os dias de maior movimento, muitos clientes atrás de reservas, as vezes chega a formar fila do lado de fora.Especialmente hoje, Thaís pediu para sair mais cedo, pois tinha um compromisso com o carinha que ela estava saindo, mas deixou tudo encaminhado para o pessoal da cozinha dar conta.Depois de muito correr de um lado para outro, o expediente chegou ao fim, agradeci aos funcionários e os liberei para irem para suas casas. Tranquei as portas e fui para minha sala.O silêncio era extremamente bem-vindo depois de toda a agitação, peguei meu celular sobre a mesa e olhei, um alerta de mensagem de um número desconhecido. Quando abri para ler, fiquei surpreso, era de Renata."Oi, Eric!Quanto tempo não nos falamos, nem deve se lembrar de mim, mas a gente namorou a três anos atrás.Só estou mandando essa mensagem para avisar que estou de volta na cidade e caso queira relembrar os tempos de bonança, é só retornar