ESTEREu estava tão distraída brincando com meu filho que nem percebi que Bruno tinha chegado e tinha ficado parado junto à porta nos observando. Só quando ele perguntou se podia se podia se juntar a bagunça foi que notei sua presença.— Vem, tio Bruno. — Meu filho o chamou enquanto continuava pulando na cama.— Ester... Será que podemos conversar a sós por um minuto?— Filho, você esperar a mamãe lá na sala?— Tá bom.O meu pequeno desceu de cima da minha cama e disparou quarto a fora. Bruno se apressu em fechar a porta para não correr o risco de sermos interrompidos. Fez com que eu me sentasse na beirada da cama.— Ester, eu preciso te pedir uma coisa.— Pode falar, Bruno — apoiei minha mão direita sobre as dele.— Eu acabei de ficar sabendo que você contou sobre nós dois para Maria.— Ela é como uma mãe para mim, por isso me senti a vontade para contar a ela.— Eu entendo, mas o que eu queria sugerir era falarmos sobre o assunto com Caetano porque ele pode ficar sabendo pela boca d
BRUNODepois de me certificar de que Lia ficaria bem sozinha, avisei a ela que teria que voltar para o trabalho e que se precisasse de alguma coisa era para ligar para o meu celular para não incomodar Ester. Entrei no carro e peguei o caminho de volta para casa de Ester.Assim que estacionei o carro na garagem, respirei fundo tentando criar coragem para contar para Ester, tinha medo de como ela poderia reagir. Tão logo cruzei a porta de entrada, vi Caetano deitado no sofá assistindo televisão e Maria terminando de passar pano na sala de jantar e na cozinha.— Já voltou, filho. Conseguiu resolver o seu problema?— Consegui sim. Onde está Ester?— Ela já está na sala dela faz um bom tempo.— Será que pode olhar Caetano, estou precisando conversar com ela.— Claro! Pode ir lá.Assim que abri a porta da sala, percebi que Ester estava concentrada desenhando, por alguns minutos fiquei apenas observando-a. Ela ficava uma graça quando balançava a cabeça de acordo com a música que estava ouvin
ESTER Depois de me entender com Bruno, ficamos numa boa e o ciúme se dissipou completamente, ele insistiu em conversar com o meu pequeno, mas confesso, que estava um pouco receosa, porque desde que nasceu, meu filho nunca teve uma figura masculina ao seu lado, alguém para se inspirar. Meu irmão morava longe e meu pai nuca foi muito bom com crianças. Ele me deu um último beijo antes de sairmos da sala de criação e irmos procurar Caetano, que estava em seu quarto brincando com o tablet. Claro que, quando nos viu, tentou esconder o aparelho debaixo do travesseiro, mas eu já tinha visto e decidi fingir que não o tinha flagrado. — Tio Bruno, vamos brincar? — Ele logo tratou de chamar a atenção de Bruno. — Na verdade, eu e sua mãe queremos conversar com você. — Eu não fiz nada de errado. — Ele se defendeu. — Não é sobre nada disso, meu filho — peguei o meu filho no colo e o coloquei sentado na beirada da cama. — É sobre outra coisa. — O quê? Começamos a explicar para ele, de um mod
BRUNOPassar o dia na companhia de Ester e de Caetano foi muito melhor do que eu tinha imaginado, dava para perceber que ela estava feliz, não parecia com vergonha de demonstrar que estávamos juntos. O pestinha brincou tanto que acabou adormecendo no sofá quando retornamos para casa. Aproveitei um momento de descuido dela para procurar Maria na cozinha, pedi ajuda para saber as flores que Ester e fiz algumas anotações que precisaria comprar.Depois de consegir desvencilhar dos questionamentos de Ester, saí de casa e, primeiramente, fui até a floricultura e em seguida passei na loja de chocolates e, por último, fui para o mercado. Quando retornei para casa, encontrei a casa em silêncio e Caetano estava acordado vendo televisão.— Onde está a sua mãe, pequeno?— Tá lá no quarto.Deixei a pizza sobre a mesa e corri para o segundo andar. Acabei encontrando-a deitada na cama, estava tão concentrada na leitura de seu livro que nem notou minha presença. Dei duas batidas na porta e quando ela
ESTERAlgum tempo depois...O meu relacionamento com Bruno não poderia estar melhor, ele não cansava de me surpreender a cada dia que passava. Caetano simplesmente se acostumou a ter o babá por perto e era incrível como eles se davam tão bem, até pareciam pai e filho de verdade.Não foi muito fácil ser o alvo de cochichos nas rodinhas de amigos e na empresa, mas eu já tinha ao meu lado quem eu mais precisava: minha mãe, meu irmão, Ananda, Bruno e Caetano. Bruno pareceu nem se importar de ser o motivo das fofocas, muito pelo contrário, ele fazia questão de demonstrar ainda mais que estávamos juntos e felizes.Bruno ainda mantinha o seu apartamento apenas por conveniência, porém passava a maior parte do tempo na minha casa e na empresa. Eu cheguei a pensar em pedir para ele se mudar de vez para minha casa, mas não sei se aceitaria.Era um sábado de manhã e eu ainda estava deitada na cama, curtindo um pouco a preguiça, Bruno estava adormecido ainda quando a porta do quarto foi aberta e m
BRUNOA minha relação com Ester estava ficando a cada dia melhor e o pestinha estava adorando exibir o novo pai para os seus amiguinhos. Ester ficou bem tranquila e enfrentou de cabeça erguida quando começaram os burburinhos.Era um sábado de manhã quando senti uma movimentação na cama e ao abrir os olhos, me deparei com Caetano deitado entre Ester e eu, se aninhando bem próximo a mãe. Quando percebeu que eu já tinha acordado, ele começou a conversar:— Tio Bruno.— O que foi, pequeno?— Por que você não trouxe a Meia noite para morar aqui com a gente?— Acho que sua mãe não ia gostar de ter os móveis atrasados por uma gatinha levada.— Você não quer a Meia noite, mamãe?— Eu acho que não tem problema da Meia noite vir morar aqui. — Ela deu uma piscadinha para mim.— Viu, tio Bruno. — Então o que você acha de ir comigo lá no meu apartamento buscar a gatinha?— Sim!Caetano saiu da cama e correu de volta para seu quarto para trocar o pijama por uma roupa adequada. Assim que ficamos s
ESTERQuando ouvi o barulho do carro entrando na garagem, corri para o andar debaixo e fui recebê-los, meu filho desceu com a gatinha no colo e tinha um largo sorriso estampado no rosto. Bruno também desceu e me puxou para mais perto, unindo nossos lábios.— Olha mamãe, a gatinha do tio Bruno.— Ela é muito linda, mas é melhor levá-la para dentro logo antes que resolva fugir.Caetano foi para dentro de casa enquanto eu fui ajudar Bruno a retirar as malas de dentro do carro. Peguei uma mala menor que estava um pouco menos pesada e a mochila dele e já estava levando para dentro de casa quando Bruno me chamou. Quando me virei, vi que ele segurava uma caixa em formato de coração repleto de rosas vermelhas.— Nossa Bruno, são tão lindas — aproximei o nariz das flores e inspirei seu perfume. — E são tão cheirosas.— Você merece, meu amor.— E tem algum motivo especial para você estar me dando flores?— Não posso te presentear sem motivo?— Mas é claro que pode — passei os braços ao redor do
BRUNODepois de comprar o que precisava na loja, dirigi de volta para casa de Ester, durante o caminho, fiz um pequeno acordo com o pestinha e ele acabou aceitando já que sairia ganhando também. Assim que chegamos, Caetano levou a Meia noite para dentro de casa e Ester me ajudou a pegar uma mala menor e a minha mochila. Já estava levando para dentro de casa quando a chamei.— Nossa Bruno, são tão lindas. — Ela aproximou o nariz do arranjo de rosas e inspirou seu perfume. — E são tão cheirosas.— Você merece, meu amor.— E tem algum motivo especial para você estar me dando flores?— Não posso te presentear sem motivo?— Mas é claro que pode. — Ela passou os braços ao redor do meu pescoço e me deu um selinho. — Deus não poderia ter me dado um homem mais romântico do que você.Levamos as malas direto para o quarto dela, acompanhados do pestinha com a gatinha nos braços. Ele insistia que queria que a gata dormisse no quarto dele e tentei explicar para ele de todas as formas que a meia noi