Capítulo 88

BRUNO

Dois anos se passaram desde o dia em que tomei coragem de pedir Ester em casamento naquele fim de semana no hotel fazeda e ali estava eu, parado em frente ao espelho, encarando o meu reflexo enquanto terminava de dar o nó da gravata. A porta do quarto foi aberta repentinamente e Caetano entrou correndo.

— Anda, papai. A gente vai chegar atrasado.

Pai. Quem diria que uma palavra tão pequena pudesse mexer tanto comigo. Tudo bem que, já tinha me acostumado com o pestinha me chamando de pai pela casa, mas não podia deixar de me sentir emocionado ao ouvi-lo me chamar assim.

— Calma, pequeno. Não vamos chegar atrasados.

— E se a minha mãe já estiver lá?

— Não vai estar. Confia em mim, tá?

— Tá bom, papai.

Ele ficou de pé ao meu lado enquanto e terminava de dar o nó na minha gravata e arrumei a dele que estava um pouco torta de tanto que ele ficava pulando e correndo pela casa.

— Estou bonito?

— Sim!

Minha mãe apareceu na porta do quarto e informou que o irmão de Ester já tinha chegado
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