Vicktória Quinn
Após ela me maquiar, deixa-me no quarto e vai para o dela. Coloco o tal vestido que ela escolheu e me sinto nua com ele. O vestido é vermelho de alcinhas finas, que formam um X nas minhas costas deixando-as totalmente nua. Ele vai até o meio da minha coxa onde tem uma enorme fenda deixando-a toda à mostra. Coloco uma sandália preta que amarra em meus tornozelos, a sandália tem 15 cm de salto que, apesar de eu ser acostumada a andar de salto, juro que esse está me dando um certo receio.
Pego a pequena bolsa e confiro meus documentos, dinheiro e um batom. Respiro fundo e acho que peguei tudo. Dou uma última olhada no grande espelho de corpo todo que tem no quarto e nem me reconheço. Estou até sentindo um friozinho na barriga.
Borrifo um pouco do meu perfume, pego minha jaqueta de couro preta e decido descer.
Que Deus me ajude!
No corredor quase trombo com Peter que vem saindo do seu quarto, e fico feito boba olhando e babando na perfeição de homem à minha frente. Ele está todo de preto, um pecado ambulante. O homem não é gostoso normal não, sua calça jeans preta, marca bem suas coxas musculosas e a camiseta em gola V, deixa seu pescoço à mostra, onde dá para ver um pouquinho dos pelos de seu peito à mostra. Passo a língua em meus lábios, pois minha vontade é lamber ele todinho. Para completar a perfeição ele ainda colocou um blazer Preto por cima, deixando-o com aquele ar sério e intocável que faz com que todas queiram tocar.
Ele me olha dos pés à cabeça e nem ligo, pois, estou fazendo o mesmo descaradamente. Só deixo de encará-lo quando ele se aproxima, colocando uma mecha dos meus cabelos atrás da minha orelha e sussurra em meu ouvido: — Você está linda Vicktória. — Juro que senti ele fungar em meu pescoço e um arrepio tomou conta do meu corpo todo.
— Vo… Você também está lindo. — Ótimo. Gaguejando?! Era só o que me faltava para ficar mais patética.
— Vamos? — Ele me estende o braço, no qual entrelaço ao meu, feliz agradeço dando pulinhos por dentro e sorrindo feito uma boba.
Estou parecendo adolescente apaixonada!
Mais também, tenho certeza de que vocês também estariam se estivessem no meu lugar. Chegar pertinho de Peter Snow, poder sentir o cheiro gostoso de seu perfume misturado ao seu cheiro de homem, tocar em seu braço quente e forte, receber aquele sorriso estonteante… com esse homem vou até para lua!
Não sou como a Lena, cheia de sorrisos e com uma alegria contagiante, sou mais calma e reservada, chegando algumas vezes a ser chamada de marrenta por não estar sorrindo para todo mundo, também sou muito envergonhada, por isso prefiro ficar sempre na minha, mas não sei por que, mudo completamente meu jeito de ser quando estou perto desse homem. Eu nem me reconheço.
Quando descemos as escadas todos estão sentados e nos olham de olhos arregalados. Rainer faz uma careta e Lena… Essa está com um sorriso de orelha a orelha, o que me deixa com as bochechas queimando.
— Aqui estamos Lena! — Fala Peter e não sei onde me enfiar. Sem querer, mas precisando muito me desprender dele, largo seu braço quando Lena vem até mim e me faz girar em meus pés, para que todos possam apreciar meu modelito. Ao fazer isso, ouço um xingamento de Peter, que já se afastou e está próximo de Raiff.
— Você está linda Vick. — Fala Aretha e o Sr. Christopher confirma suas palavras me deixando mais ainda desconcertada.
— Obrigada — É só o que sei falar.
Como já estamos todos prontos, nos despedimos do casal e saímos juntos com Rainer o tempo todo reclamando, que eu preciso ficar ao seu lado, pois ele está carente, o que nos faz rir de sua cara pidona.
Fico de boca aberta ao me deparar com uma limusine parada na porta com o Dereck ao seu lado nos aguardando.
Olho para Lena, quando Raiff assobia e olha para Peter balançando a cabeça em confirmação.
Meu Deus! Isso é coisa dele.
— Entra logo Rainer, se não quiser ir a pé. — Peter resmunga para Rainer que o olha e faz careta e reclamando entra.
— Desse jeito como poderei competir. Você já é o MacGyver e agora isso irmão!
— Para de falar, merda e entra logo, florzinha.
— A florzinha já entrou. Não me confunda não irmão. Sou o outro gêmeo, o mais gostoso.
Lena empurra Rainer entrando junto com ele, e ainda estou feito uma boba, olhando embasbacada para a enorme limusine a minha frente.
— Srta. Quinn! — Peter estende sua mão a qual eu seguro e então entro sentando-me no banco de frente para Lena, que está com os irmãos um de cada lado. Peter vem e se posiciona ao meu lado quando Dereck fecha a porta, não demora o carro já está em movimento.
— Já andou de limusine antes, Vicktória? — Pergunta Peter com sua voz rouca e sexy ao meu lado.
— Já. Mas não era assim tão grande e luxuosa. — Respondo segurando minha pequena bolsa, como se ela fosse um bote salva-vidas.
— Gosta de dançar Vick? — Pergunta Raiff, faço uma pequena careta.
— Nunca fui de festa, tirando minha formatura onde dei alguns passos com meu pai, e de algumas vezes que Lena me arrastava por nosso quarto, fazendo-me acompanhar ela, eu nunca dancei, dancei de verdade se é que me entende.
Esses dois anos que estou em Chicago meu tempo todo tem sido trabalhar, estudar e treinar. Meu pai às vezes até reclama por eu não sair, e quando disse ao mesmo que estava vindo passar esses dias com a Lena, ele quase solta fogos. Pois, segundo ele, eu preciso sair mais e não seguir o seu jeito de viver para o trabalho.
O caminho para a tal balada é tranquilo e logo a limusine para o que faz o frio em minha barriga só aumentar.
Sinto um toque quente em minha mão, olho um pouco mais para cima para ver o olhar de Peter sobre mim, ele sorri de lado e acaricia minha mão com o polegar dizendo:
— Tente relaxar, respire fundo e apenas faça cara de paisagem, não ligue para o que ouvir.
Como assim, não ligar para o que ouvir?
Vicktória QuinnLena, Riff e Rainer já desceram, então Peter sai e estende a mão para mim, seguro-a, e com cuidado coloco meu pé para fora, assim que estou na vertical ao seu lado, um brilho de Flash praticamente me cega.Oh! merda. Ele é Peter Snow, é claro que a mídia o cerca.Sem soltar minha mão, ele nos guia até os irmãos que já estão mais à frente, sem nem olhar para os lados seguimos para a entrada, onde um homem forte libera as correntes e adentramos o ambiente sem demora.Rainer segue na frente conduzido por uma garçonete que nos leva a uma mesa mais reservada, mas que não fica tão longe da pista de dança.A música está tocando alta e já tem muita gente dançando. Sentamo-nos e após pedirmos e tomarmos nossas bebidas, Lena se levanta me chamando.— Vem
Vicktória Quinn— Posso falar com você Vicktória?Antes que eu fale algo Lena segura a mão de Raiff e se despede.— Vejo vocês amanhã. Vem Raiff. — E assim os dois se vão ficando apenas Peter e eu.— Vamos dar uma volta na praia?Só segurei sua mão e seguimos para uma área da casa que ainda não conheço, seguindo um caminho que nos leva a um pequeno portão onde tem uns batentes que seguem até a areia.Paro assim que chegamos ao último degrau e olho para meus pés. Peter acompanha o meu olhar e sorrir de lado abaixando-se logo em seguida, com seus dedos hábeis ele desamarra as tiras de minhas sandálias tirando-as, antes de fazer o mesmo com seus sapatos, deixando-os no degrau assim como minha bolsa.— Vem! vamos dar uma volta prometo que não vamos muito longe, se
Vicktória QuinnApós contar para Lena mais ou menos o que aconteceu e de ver minha amiga batendo palminhas como uma criança quando recebe presente de Natal, descemos para nos juntar aos demais que já estão na área da piscina.— Olha só… elas chegaram! — Rainer como sempre com suas gracinhas.Procuro com meu olhar varrendo todo ambiente e não vejo Peter em lugar nenhum. Será que ele ainda está dormindo?— Onde está o Peter? — Pergunta Lena e agradeço mentalmente por minha amiga ser tão perceptiva.— Seu irmão recebeu uma ligação urgente de Nova York e teve que voar às pressas para lá, querida.Voar! Ele já foi? Fico triste com a possibilidade de não mais vê-lo.— O que aconteceu de tão grave, para que e
Peter Snow— Philip, eu preciso saber como esse incêndio se deu início.— Estamos trabalhando nisso Sr. Snow.— Trabalhando nisso e até agora não tem nenhuma resposta?! Só sei que minha empresa por pouco não foi totalmente incinerada.— O Bruce e a equipe dele estão trazendo os últimos relatórios, mas parece que tudo aconteceu na sala dos servidores.— Como essa pessoa entrou na sala dos servidores? Essa sala é restrita, apenas três pessoas têm acesso à mesma. Além do código para acessar a empresa, também precisa de um código específico para entrar na sala dos servidores.— Sr. Snow, o senhor sabe que eu estava fora essa semana, então não sei dizer quem teve acesso. Os registros foram apagados, estou tentando restaurar, mas está difícil; as
Peter SnowQuando meu pai me deserdou e me largou ele cortou todos os laços comigo e assim eu mantive. Não quero vê-lo nem mesmo para saber seus motivos. Recebi o sobrenome Snow e tento diariamente honrá-lo, pois se hoje sou alguém, pelo menos por fora é graças a quem me deu esse nome.Poucas vezes vou até meus pais, mas sempre vou quando é aniversário ou alguma data comemorativa como foi o caso desse final de semana. É o aniversário de casamento dos meus pais e eu deveria estar lá com eles, mas por ironia do destino, no único final de semana que eu estava me sentindo bem estando lá, fui obrigado a voltar às pressas.O motivo de querer ter ficado lá? Um anjo. Uma menina doce e em simultâneo, desafiadora. Uma menina mulher que fez meu mundo parar em apenas fitar o seu olhar. Uma jovem dos olhos azuis cristalinos, da fa
Peter SnowUma batida em minha porta me faz levantar a cabeça e olhar para ver quem é quando Lauren adentra com Bruce e Walter em seu encalço.— Sr. Snow, estamos com o relatório pronto.— E então?— O incêndio como suspeitávamos foi sim criminoso.— E quem foi que entrou aqui na minha empresa?— Aí que está. Não conseguimos descobrir nada. Já que todas as câmeras não funcionaram por todo o tempo de sua estadia. Os dados de acesso à sala do servidor também não ajudam.— Inferno. — Esmurro minha mesa ficando de pé. — Como pode isso Bruce, eu pago o sistema de segurança que me disseram ser top de linha, o melhor e quando preciso do mesmo nada funciona.— Walter fez uma busca nas câmeras da redondeza para ver se pegava algo suspeito.
Peter SnowChego em casa e vou direto para meu quarto, seguindo para o banheiro onde tiro toda a minha roupa, mas antes, busco o cheiro de Vicktória em minha blusa. Após passar o dia com ela, seu cheiro praticamente sumiu, mas fechando meus olhos ainda posso senti-lo.Sigo para o chuveiro onde ligo os jatos de água ajustando a temperatura, fico ali parado apenas deixando que a água lave todo esse dia. Meu corpo está dolorido e cada músculo em mim, está em protesto, louco por um descanso.Lavo meus cabelos, me ensaboando todo e fico pensando, revisando tudo em minha mente, vendo se não deixei passar algo que possa me levar a esse infeliz.Desligo os jatos de água quando me dou por satisfeito e buscando uma toalha aquecida seco meu corpo antes de sair para o closet, onde visto apenas uma calça de moletom e sigo para cozinha onde Dadi está fazen
Peter Snow— Qual é gente, vocês sabem muito bem que essas coisas não se apagam, só precisa saber onde e como procurar. — Ela falou como se todos soubessem dessa informação, sendo que a nerd da computação é ela— Aposto que minha super-mega-hiper-nerd e genial amiga sabe um jeitinho de encontrar esse vilão.— Não disse que seria fácil e não sou tudo isso Lena, mas essas coisas sempre deixam rastros. A pessoa pensa que apaga tudo, muitos vão e ainda apagam o backup pensando que resolveu tudo, mas sempre tem o backup do backup, claro que dá mais um tantinho de trabalho, mas impossível não é não.— O técnico do meu chefe de segurança disse mais ou menos isso, meu técnico também está procurando.— Seu técnico n&atil