Chego em casa e vou direto para meu quarto, seguindo para o banheiro onde tiro toda a minha roupa, mas antes, busco o cheiro de Vicktória em minha blusa. Após passar o dia com ela, seu cheiro praticamente sumiu, mas fechando meus olhos ainda posso senti-lo.
Sigo para o chuveiro onde ligo os jatos de água ajustando a temperatura, fico ali parado apenas deixando que a água lave todo esse dia. Meu corpo está dolorido e cada músculo em mim, está em protesto, louco por um descanso.
Lavo meus cabelos, me ensaboando todo e fico pensando, revisando tudo em minha mente, vendo se não deixei passar algo que possa me levar a esse infeliz.
Desligo os jatos de água quando me dou por satisfeito e buscando uma toalha aquecida seco meu corpo antes de sair para o closet, onde visto apenas uma calça de moletom e sigo para cozinha onde Dadi está fazendo meu jantar.
— Dadi, prepare um lanche para mim.
— Sim senhor. Farei um, sanduíche para o senhor e um suco de laranja. Quer que leve em seu escritório?
— Não. Comerei aqui mesmo. Me chame quando estiver pronto. — Digo e saio em direção ao meu piano, meu fiel amigo de todas as horas.
Começo a dedilhar meus dedos sob suas teclas fechando meus olhos, deixando a melodia me consumir, pois, só assim consigo me desligar do real e posso relaxar em um lugar só meu, onde os problemas não existem e o medo não me domina.
Fico ali concentrado em minha melodia até ouvir Dadi me chamar para que possa comer meu lanche.
— Está pronto senhor.
— Obrigado Dadi.
— As coisas vão se resolver, senhor Snow. Tenho certeza que logo o senhor saberá quem fez isso.
— Assim espero Dadi. Assim espero.
Dadi é minha governanta e está comigo desde quando comprei o meu apartamento no Pérola. Um dos mais seguros prédios de Nova York. Situado em frente ao Central Park com 65 andares, o Pérola é uma fortaleza. Minha cobertura triplex tem tudo que eu preciso. De academia, sala de jogos, cinema, uma ala para funcionários, biblioteca, sala segura onde fica o escritório do Dereck e até um quarto do pânico.
O prédio tem um heliporto onde facilita muito minha vida, aqui estou longe de tudo e de todos, e fora de alcance.
Como meu sanduíche e bebo meu suco para então volto para meu piano, preciso dormir, mas sei que não conseguirei enquanto não souber que minha família está segura.
Não quero que nada aconteça com eles por minha causa, se tem alguém com raiva de mim, seja por qual motivo for, que venha até mim. Se sou eu quem quer, que venham me pegar.
Estou há horas em meu piano terminando uma canção e começando a outra quando sinto está sendo observado então abro meus olhos. Vendo minha mãe parada me olhando, sem dizer nenhuma palavra ela vem ao meu encontro e mal tenho tempo de me levantar, pois, seus braços já estão sobre mim, abraçando-me forte.
— Filho, deveria ter nos ligado.
— Está tudo sob controle, mãe e vocês não deveriam estar aqui. Não deveriam ter voltando de San Diego.
— E onde mais deveríamos estar a não ser junto do nosso filho?! — Fala meu pai apertando meu ombro.
— Você pode acreditar que está sozinho, pode nos manter a um braço de distância, mas saiba que não está e que sempre invadiremos seu espaço você gostando ou não, porque é isso que família faz.
Estou sem palavras. minha mãe eu já estou acostumado, pois, ela costuma sempre aparecer sem avisar, mas meu pai não, ele sempre respeita meu espaço e aceita que prefiro ficar só.
Olho para a sala e vejo meus irmãos e Vicktória sentados, Rainer claro já furtou uma das minhas cervejas e Raiff, Lena e Vicktória apenas me observam.
— Colocarei uma roupa, não estava esperando ninguém.
— Vá lá irmão, pois não estou afim de te ver tão despido.
— Você quem invadiu. A casa é minha fico como quiser. — Dito isso me afasto, pois, sei que Vick está com vergonha, assim que peguei seu olhar em meu corpo e antes que cause constrangimento a mim e a todos com meu pau ficando duro e armando barraca em minha calça, colocarei uma roupa decente e de preferência com uma cueca.
Coloco minha roupa e volto para a sala onde cumprimento o restante de meus irmãos e a linda garota das bochechas rosadas que está sentada em meu sofá. Sua presença em minha casa parece tão certo!
— Vocês deveriam ter ficado em San Diego. Vim para Nova York agora só coloca vocês no olho do furacão.
— Mas, você acabou de dizer para nossos pais que estava tudo sob controle. — Diz Raiff e Rainer revira os olhos para ele.
Apenas suspiro e assim como Rainer pego minha cerveja tomando um gole, enquanto Dadi serve os demais com suco. Meu pai prefere uma dose de uísque e olhando para Vicktória e todos ali presentes, falo o que acho.
— Não conseguimos descobrir nada, a não ser que foi incêndio criminoso.
— Como se não desse para ver a carga de tensão em cima de você Peter. O que está pegando irmão?
— Aí é que está. Não sei e isso está me matando, odeio não saber o que está acontecendo ao meu redor, odeio não ser capaz de resolver o que está me incomodando.
— Novidade, irmão. — Resmunga Lena e não lhe dou atenção.
— E as câmaras? — Pergunta Vicktória e todos a olham e olham para mim.
— Nada. Mexeram nas câmeras e deixaram a imagem se repetindo enquanto faziam o serviço.
— Como entraram lá? Aquele lugar é uma fortaleza! Da até raiva quando preciso ir até você e olha que sou seu irmão. — Diz Rainer e sei o que ele está falando.
— Não sei como, mas entraram. O pior é que a sala dos servidores precisa de um código alfanumérico para ter acesso. Esse código só, três pessoas contando comigo, tem acesso.
— Claro que não foi você, então foi um dos outros dois. — Diz Lena como se tudo fosse uma simples equação.
— Não posso acusar ninguém sem provas. Para acusar eu preciso descobrir qual o código usado naquele horário, mas isso não está sendo possível, a pessoa foi muito esperta e apagou os rastros.
— Não tem como apagar completamente — Vick diz, e olhamos todos para ela.
Peter Snow— Qual é gente, vocês sabem muito bem que essas coisas não se apagam, só precisa saber onde e como procurar. — Ela falou como se todos soubessem dessa informação, sendo que a nerd da computação é ela— Aposto que minha super-mega-hiper-nerd e genial amiga sabe um jeitinho de encontrar esse vilão.— Não disse que seria fácil e não sou tudo isso Lena, mas essas coisas sempre deixam rastros. A pessoa pensa que apaga tudo, muitos vão e ainda apagam o backup pensando que resolveu tudo, mas sempre tem o backup do backup, claro que dá mais um tantinho de trabalho, mas impossível não é não.— O técnico do meu chefe de segurança disse mais ou menos isso, meu técnico também está procurando.— Seu técnico n&atil
Peter Snow— Peter filho, você acha mesmo que possamos está em perigo?— Sim mãe. Creio que até Vicktória possa estar.— Você viu a foto que saiu na mídia de vocês dois?— Mal tive tempo para comer hoje Lena. — Não contarei para ela que, na verdade, eu já vi e passei um bom tempo apreciando.— Então, irmão você precisa ver. Vocês ficam tão bem juntos maninho.— Não começa Lena.— Cara, se não quer garanto que tem quem queira.Fecho meus punhos e encaro Rainer. Se ele estiver mesmo cogitando essa possibilidade, acabo com sua raça.— Que pena mano, ela não está interessada. Você não faz o tipo dela. — Fala Lena e ainda estou encarando Rainer pronto para fazê-lo voar se for preciso.
Vicktória QuinnAcordo com a claridade entrando pelas frestas da cortina, tento me espreguiçar e sinto que estou sem calça. Olho em baixo das cobertas e percebo que estou apenas vestida em minha calcinha e camiseta, e então a noite ou melhor, as últimas 24 horas vem em minha memória.A viagem para San Diego, a festa, o beijo, Peter, incêndio, Nova York, eu na sala de Peter…— Ai meu Deus!Puxo as cobertas e fico congelada embaixo das mesmas sem querer sair de lá. Quantas bobagens eu fiz?Começo a me lembrar do que estava fazendo, de Peter tirando o computador da minha frente… sua bunda…— Merda! Eu não acredito!— Em que você não acredita? — Puxo as cobertas e vejo Lena parada na porta do quarto me olhando com um sorrisinho que me diz que fiz merda.— O que aconteceu? Pelo amor de
Vicktória QuinnO almoço foi maravilhoso! Fettuccine com molho Marzano acompanhado com um delicioso vinho e de sobremesa, tiramisu.Tudo estava delicioso, comida bebida e a companhia. Pude falar com o Sr. Bruce sobre minhas pequenas descobertas e mesmo o Peter não querendo acusar ninguém sem antes ter a prova, Bruce concordou que seria melhor deixar parte das investigações em sigilo.— Não sei porque estou tão abismado de qualquer um me trair, eu já deveria estar acostumado na verdade, até esperando por isso.— Não Peter. Ninguém espera ser traído, além disso, ainda não sabemos se isso de fato foi o que aconteceu, existem muitas possibilidades e tenho certeza que o Sr. Bruce terá o maior cuidado de ver todas elas, e se, veja bem “se” de fato alguém em sua empresa tiver feito uma sujeira
Vicktória QuinnAdentramos a empresa e logo que passamos pelas grandes portas já posso observar o quanto o lugar é pomposo.Todo em mármore com detalhes em aço cromado, todo o ambiente mostra luxo, elegância e poder.Na recepção somos recebidos por duas loiras, que muito profissionalmente atende Peter que após dá meus dados para as mesmas, me entregam um crachá de visitante, assim, seguimos para as catracas em seguida os elevadores onde alguns seguranças fazem presença.— Me pergunto como a pessoa entrou aqui. Pelo que estou vendo precisamos desse crachá para passar nas catracas, temos esses armários de plantão aqui próximo aos elevadores…Entramos no mesmo e Peter aperta o número do andar de seu escritório logo em seguida enfia uma chave em algum lugar que não percebera. Olho
Peter SnowO almoço com Vicktória, Bruce e Walter foi muito produtivo. Vick é muito inteligente e cada minuto que permaneço ao seu lado fico ainda mais encantado, essa menina tem o poder de me virar do avesso e pouco a pouco em um curto espaço de tempo está tomando conta do meu sistema como se fosse uma droga. Mas no caso dela, é uma droga muito boa, posso até dizer que seja a minha cura. Minha droga milagrosa. Porém, o medo ainda existe em mim. Não consigo me livrar do mesmo.Observo ela em minha sala admirando os quadros das madonas que estão muito bem posicionados em minha parede e após acionar para que as paredes de minha sala fiquem escuras, me aproximo da mesma, pois como um ímã ela me puxa para se e não consigo frear meu corpo.Sentir seu corpo inclinando-se para o meu, me puxando para mais perto faz os pedaços do meu cora
Peter SnowVick vai sentar-se no sofá enquanto lhe sirvo uma água e então vou para minha mesa liberando assim a entrada do Philip que para na porta ao perceber que não estou sozinho.**Minha conversa com Philip foi rápida e apesar dos seus esforços — segundo ele — não conseguiu nada novo. Já a Abigail tem a mesma história. Nenhuma novidade, mas pelo menos ela conseguiu fechar um contrato que estava pendente a dias com os italianos e pelo menos isso é uma notícia boa. O bom é que ela mesma viajará para Itália para conhecer a empresa de lá, já que nesse momento eu não estou muito afim de me ausentar para lugar nenhum.— Acho que agora podemos fazer um tour pela empresa, como eu prometi. Desculpe ter deixado você esperando esse tempo todo.— Não foi ruim, gosto de esta
Peter SnowDispenso Dereck e caminho com Vick em direção ao prédio de 12 andares. O segurança libera nossa passagem e quando adentramos no elevador minha vontade é beijá-la aqui, tomá-la em meus braços, mas sei que é melhor não. Pelo menos ainda não.Ah! Meu anjo, como eu te quero! Quero aproveitar cada segundo em sua companhia.No interior do elevador o ar entre nós parece trepidar. Como se nossa atração ficasse ainda mais forte e olhando para ela vejo-a mordendo o lábio e fechando os olhos.— Anjo! Não faz isso.— Você está sentindo?— Estou — E como estou. A droga do meu descontrolado pau já começa a se animar dentro de minha calça. Que merda que essa porra agora vive fora de controle. Também, já faz mais de mês que n