Peter Snow
— Peter filho, você acha mesmo que possamos está em perigo?
— Sim mãe. Creio que até Vicktória possa estar.
— Você viu a foto que saiu na mídia de vocês dois?
— Mal tive tempo para comer hoje Lena. — Não contarei para ela que, na verdade, eu já vi e passei um bom tempo apreciando.
— Então, irmão você precisa ver. Vocês ficam tão bem juntos maninho.
— Não começa Lena.
— Cara, se não quer garanto que tem quem queira.
Fecho meus punhos e encaro Rainer. Se ele estiver mesmo cogitando essa possibilidade, acabo com sua raça.
— Que pena mano, ela não está interessada. Você não faz o tipo dela. — Fala Lena e ainda estou encarando Rainer pronto para fazê-lo voar se for preciso.
— Como assim? Sou o tipo de todas.
— Você sabe voar Rainer? — Pergunto ainda o encarando.
— Voar? Porque eu saberia?
— Mais uma gracinha sua e arremesso você pela sacada. Não esqueça que estamos um pouco longe do chão.
— Ninguém arremessará ninguém. Rainer, já chega! — Nossa mãe fala Rainer murcha em seu canto.
— Só queria que ele assumisse.
— Você não sabe de nada.
— Sei sim, você mantém todo mundo longe porque pensa que todos vão te largar, mas você já deveria ter percebido que mesmo você tentando nos manter longe, sempre damos um jeito de nos manter por perto. — Rainer responde e apenas engulo o caroço que se formou em minha garganta.
— Vamos jantar em paz, não é hora nem lugar para brigas de macho alfa.
Termino minha refeição, mesmo com a fome tendo passado, sei que preciso me alimentar.
— Dadi faça um prato para Vicktória e guarde, assim quando ela terminar aquilo que está fazendo ela pode comer. — Digo me levantando indo ao banheiro.
Não sei o que ficaram falando, mas pude ouvir minha mãe chamando a atenção de Rainer.
Escovo meus dentes e volto para a sala, encontrando Vicktória ainda focada em seu notebook. Não sei se ela conseguirá encontrar algo aí, mas não quero jogar água fria em sua vontade de ajudar, nem tão pouco quero que ela pense que estou acreditando que ela não seja capaz.
Não falo nada para não a desconcentrar, apenas olho e vejo número e números em algumas janelas abertas, seus dedos se movimentam rápido pelo teclado e não entendo nada do que ela possa estar fazendo.
Concluo que será melhor deixá-la em paz, então resolvo pegar meu notebook no escritório e sentar-me ao seu lado, assim, enquanto ela faz sua busca, eu leio alguns relatórios. Não atrapalho seu serviço e ainda me mantenho ao seu lado.
Minha família volta para a sala, mas ambos ficam na sua. Rainer pega seu notebook e sei que verá algum dos seus processos, já Lena e Raiff ficam mexendo em seus telefones celulares.
Faço de conta que estamos só eu e Vicktória e aproveitando seu cheiro doce de morangos que acredito vir dos seus cabelos, me perco na leitura dos relatórios voltando a me concentrar quando ouço a Lena chamar.
— Vick, pararemos por hoje, né? Já que você está quase capotando no seu notebook.
Olho e vejo que realmente Vicktória está meio que fechando os olhos.
— Ela está cansada. Chegou de Chicago e não descansou, hoje acordou cedo e ainda está acordada até essa hora.
— Eu consegui. O sistema foi hackeado de fora, achei a assinatura agora dá para descobrir quem é, o homem é bom, mas sou mais eu. Vou…
— Amanhã Vicktória, amanhã você termina isso aí que está fazendo. — Digo me levantando, tirando suas mãos do notebook e afastando o mesmo dela.
Eu mesmo estou com sono e olha que estou acostumado a dormir pouco, isso quando durmo.
— Acho que criarei um e-mail só para bundas gostosas…
Olho para trás para vê-la me olhando e todos estão rindo de sua cara, o que não me aguento, pois, também quero rir da minha Vick grogue. Contudo, ela se vira para Rainer e Raiff e fala o mesmo, então percebo que não se trata só da minha bunda. Cerro meus punhos encarando os dois e ainda rindo os bastardos levantam as mãos.
— Definitivamente ela precisa dormir — Diz Raiff — Hibernarei por aqui mesmo maninho.
— Vocês todos podem ficar, já está tarde e aqui tem quarto suficiente para todos.
— Pois é, para um rapaz que gosta de ser sozinho, você mora em um lugar até grande.
Coloco meu notebook e o de Vicktória em meu escritório antes de voltar e encontra-la esfregando os olhos com Lena ao seu lado.
— Estou cansada. Desculpa.
Ela não tem pelo que se desculpar.
— Você precisa comer algo antes de ir dormir. Não pode dormir com fome.
— Acho que não consigo.
Mesmo com sua relutância, levo ela até a cozinha de onde tiro seu prato de comida já aquecido do micro-ondas, pegando seu suco e me sento ao seu lado.
— Coma. Tenho certeza que você está apenas com o almoço.
— Humrrum.
— Você não pode ficar sem comer.
— Só preciso dormir.
— Coma pelo menos um pouco, prometo que você logo estará deitadinha em uma cama e poderá dormir à vontade. Tome pelo menos o suco.
Mesmo com relutância ela ainda come um pouco e toma seu suco. Fico ao seu lado até vê que ela não vai mais conseguir ficar em pé, então levo-a para o quarto.
— Onde estão todos?
— Foram se deitar — abro a porta do quarto e entro com ela. — Sua mala está aqui no closet, os lençóis estão limpos, pode se deitar ou se quiser tomar um banho, o banheiro é esse aqui. — Mostro onde fica o banheiro, mas ela já está deitada encolhendo as pernas ficando em posição fetal, se embrulhado feito uma gatinha no meio da cama.
Sorrio para seu estado sonâmbulo e ajudo com suas roupas, tentando não olhar demais para aquilo que tanto desejo.
Anos de perversão me transformaram em um homem que não consegue cuidar de uma garota sem que a deseje.
Com cuidado tiro seu sutiã sem precisar tirar sua blusa e deixando ela apenas de camiseta e calcinha puxo as cobertas por cima de seu corpo beijando seus cabelos antes de me afastar.
— Boa noite meu anjo. Durma bem.
Apago a luz e saio indo para meu quarto logo ao lado, arrastando meus pés, pois também estou exausto.
Só quero poder dormir essas poucas horas que faltam para amanhecer, de preferência sem nenhum pesadelo.
Tiro minha roupa vestindo apenas uma calça de pijama, puxo as cobertas e me deito fechando meus olhos e pensando apenas nela. No seu cheiro, no seu toque… E o sono vai me dominando.
Vicktória QuinnAcordo com a claridade entrando pelas frestas da cortina, tento me espreguiçar e sinto que estou sem calça. Olho em baixo das cobertas e percebo que estou apenas vestida em minha calcinha e camiseta, e então a noite ou melhor, as últimas 24 horas vem em minha memória.A viagem para San Diego, a festa, o beijo, Peter, incêndio, Nova York, eu na sala de Peter…— Ai meu Deus!Puxo as cobertas e fico congelada embaixo das mesmas sem querer sair de lá. Quantas bobagens eu fiz?Começo a me lembrar do que estava fazendo, de Peter tirando o computador da minha frente… sua bunda…— Merda! Eu não acredito!— Em que você não acredita? — Puxo as cobertas e vejo Lena parada na porta do quarto me olhando com um sorrisinho que me diz que fiz merda.— O que aconteceu? Pelo amor de
Vicktória QuinnO almoço foi maravilhoso! Fettuccine com molho Marzano acompanhado com um delicioso vinho e de sobremesa, tiramisu.Tudo estava delicioso, comida bebida e a companhia. Pude falar com o Sr. Bruce sobre minhas pequenas descobertas e mesmo o Peter não querendo acusar ninguém sem antes ter a prova, Bruce concordou que seria melhor deixar parte das investigações em sigilo.— Não sei porque estou tão abismado de qualquer um me trair, eu já deveria estar acostumado na verdade, até esperando por isso.— Não Peter. Ninguém espera ser traído, além disso, ainda não sabemos se isso de fato foi o que aconteceu, existem muitas possibilidades e tenho certeza que o Sr. Bruce terá o maior cuidado de ver todas elas, e se, veja bem “se” de fato alguém em sua empresa tiver feito uma sujeira
Vicktória QuinnAdentramos a empresa e logo que passamos pelas grandes portas já posso observar o quanto o lugar é pomposo.Todo em mármore com detalhes em aço cromado, todo o ambiente mostra luxo, elegância e poder.Na recepção somos recebidos por duas loiras, que muito profissionalmente atende Peter que após dá meus dados para as mesmas, me entregam um crachá de visitante, assim, seguimos para as catracas em seguida os elevadores onde alguns seguranças fazem presença.— Me pergunto como a pessoa entrou aqui. Pelo que estou vendo precisamos desse crachá para passar nas catracas, temos esses armários de plantão aqui próximo aos elevadores…Entramos no mesmo e Peter aperta o número do andar de seu escritório logo em seguida enfia uma chave em algum lugar que não percebera. Olho
Peter SnowO almoço com Vicktória, Bruce e Walter foi muito produtivo. Vick é muito inteligente e cada minuto que permaneço ao seu lado fico ainda mais encantado, essa menina tem o poder de me virar do avesso e pouco a pouco em um curto espaço de tempo está tomando conta do meu sistema como se fosse uma droga. Mas no caso dela, é uma droga muito boa, posso até dizer que seja a minha cura. Minha droga milagrosa. Porém, o medo ainda existe em mim. Não consigo me livrar do mesmo.Observo ela em minha sala admirando os quadros das madonas que estão muito bem posicionados em minha parede e após acionar para que as paredes de minha sala fiquem escuras, me aproximo da mesma, pois como um ímã ela me puxa para se e não consigo frear meu corpo.Sentir seu corpo inclinando-se para o meu, me puxando para mais perto faz os pedaços do meu cora
Peter SnowVick vai sentar-se no sofá enquanto lhe sirvo uma água e então vou para minha mesa liberando assim a entrada do Philip que para na porta ao perceber que não estou sozinho.**Minha conversa com Philip foi rápida e apesar dos seus esforços — segundo ele — não conseguiu nada novo. Já a Abigail tem a mesma história. Nenhuma novidade, mas pelo menos ela conseguiu fechar um contrato que estava pendente a dias com os italianos e pelo menos isso é uma notícia boa. O bom é que ela mesma viajará para Itália para conhecer a empresa de lá, já que nesse momento eu não estou muito afim de me ausentar para lugar nenhum.— Acho que agora podemos fazer um tour pela empresa, como eu prometi. Desculpe ter deixado você esperando esse tempo todo.— Não foi ruim, gosto de esta
Peter SnowDispenso Dereck e caminho com Vick em direção ao prédio de 12 andares. O segurança libera nossa passagem e quando adentramos no elevador minha vontade é beijá-la aqui, tomá-la em meus braços, mas sei que é melhor não. Pelo menos ainda não.Ah! Meu anjo, como eu te quero! Quero aproveitar cada segundo em sua companhia.No interior do elevador o ar entre nós parece trepidar. Como se nossa atração ficasse ainda mais forte e olhando para ela vejo-a mordendo o lábio e fechando os olhos.— Anjo! Não faz isso.— Você está sentindo?— Estou — E como estou. A droga do meu descontrolado pau já começa a se animar dentro de minha calça. Que merda que essa porra agora vive fora de controle. Também, já faz mais de mês que n
Peter Snow— Como você sabe, Vick, eu sou adotado. — Ela bebe um gole de seu vinho e confirma com a cabeça. — Minha mãe morreu quando eu tinha 4 anos. Teve depressão pós parto e nunca se recuperou, isso levou ela a bebedeira e ela acabou me deixando. Eu nem me lembro mais como ela era.Tomo mais um pouco de vinho e volto a encher minha taça.— Pouco tempo depois meu doador de esperma, há quem eu chamava de pai, se casou outra vez, fazia tudo que sua mulher queria, tudo e sempre estava sem tempo para mim, até que sua esposa engravidou e não sei como… ela insistiu em irem morar em Paris, onde sua família estava que segundo ela, ia precisar deles. Eu já era um tanto rebelde, só queria a atenção daquele homem, mas eles viam minha rebeldia como falta de educação e de controle, chegando ao ponto do meu genitor m
Vicktória QuinnOuvir tudo que Peter já passou, ver sua fragilidade e seus medos, imaginar toda a dor e sofrimento que um pobre garotinho tenha passado doeu em mim. E que Deus me ajude para que eu nunca cruze o caminho do seu doador de esperma. Sim, doador de esperma. Porque uma pessoa que tem a coragem de negar e abandonar o seu próprio filho, uma criança de apenas 7 anos, não merece ser chamado de pai.Nunca entenderei porque as pessoas têm tanto prazer em magoar as outras. Henrique Saldanha, Renata Saldanha, Ruth Collins e Ivo Mozart que fiquem bem longe de mim. Esses já estão na minha lista negra e se cruzarem meu caminho, ou, se pensarem em se aproximar de Peter mais uma vez, vão se arrepender.Saber seu modo de vida, suas escolhas depois de tudo que passou, não me faz gostar menos dele. Se estou com ciúmes sabendo que muitas mulheres já o tiveram para si? Ah