3: falsa rejeição

Cap: 3

— Está falando sério? — Zara perguntou com os olhos brilhando. Lavínia engoliu em seco e confirmou mais uma vez.

— Ah... Está mentindo, eu te conheço. — Zara asseverou, percebendo a oscilação da amiga.

— Você está me chamando de mentirosa? — Lavínia perguntou, cética, se afastando da amiga enquanto dava de ombros, seguindo em direção ao rapaz distraído, encostado na parede próxima à sua porta.

Ele se virou por acaso e franziu o cenho ao ver Lavínia vindo em sua direção com um olhar determinado e um sorriso de canto.

— Eu te ligo daqui a pouco, parece que está acontecendo alguma situação nova. — Ele avisou rapidamente antes de encerrar a ligação.

— Ah... Você esperou muito? Conseguiu encontrar o quarto rapidamente. Por que não me esperou lá dentro? — Ela perguntou, sorrindo desconcertada, enquanto o encarava com olhos alarmados, praticamente implorando por ajuda, enquanto Zara observava curiosa.

Lavínia segurou no braço do rapaz, ao mesmo tempo em que ele tentava entender o que ela estava fazendo.

— Você ficou maluca? — Ele perguntou baixinho, constrangido.

— Só me ajude com isso! — Ela pediu em um sussurro, ficando na ponta dos pés e se aproximando do ouvido dele, enquanto segurava na sua nuca de uma forma que fez sua pele arrepiar.

— Não é da minha conta, estou ocupado agora! — ele rangeu os dentes tentando a afastar.

— Vamos! Estou ansiosa, que bom que aceitou meu convite! — ela disse a última palavra com irritação, puxando-o para o quarto.

Zara não entendeu nada em meio a surpresa, era realmente algo inesperado, ainda assim deu de ombros e voltou a conversar com o outro rapaz.

— O que acha que está fazendo? — ele perguntou ao ser empurrado para dentro do quarto ao mesmo tempo que ela trancava a porta com pressa,  encostando o ouvido na porta.

— Não! — Lavínia o puxou em pânico pela gola da camisa agora o encarando nos olhos. — Eu preciso muito escapar dela, ela acha que eu vou ficar com qualquer cara por ai em qualquer festa que ela fizer.

— Escolha outro homem para usar. Até onde sei, homens do meu tipo não te trazem repulsa? — ele perguntou, encarando-a com frieza, deixando-a confusa.

— Do que está falando? — ela sorriu, desconcertada.

— Que homens como eu são interesseiros e cheios de si? — ele perguntou com ironia na voz. Ela então entendeu ate se lembrar que ela tinha feito um comentário desse tipo.

— E parece que também gostam de ficar ouvindo as conversas dos outros atrás da porta. — ela disse com desprezo.

— Não tenho culpa se não havia outro banheiro além daquele. — ele comentou em seguida, voltando a girar a maçaneta na intenção de sair.

— Você não pode sair agora. — ela o puxou, pressionando-o contra a parede, mesmo ele sendo mais alto e mais forte que ela.

— Até que para alguém que acha que sou necessitado, você deve estar bem desesperada, não é? — perguntou, enquanto ela engolia em seco, constrangida.

— Como se atreve?

— Você não parece ser mais que aquelas mulheres lá dentro. Além disso, se eu não sou grande coisa, você é menos ainda. Não faz meu tipo. — ele disse, afastando-a.

Lavínia ficou sem reação, mas riu cética, atraindo a atenção dele, que desistiu de abrir a porta e sair agora a encarando.

— Não faço seu tipo? Que arrogante acha que me atinge com suas palavras? — ela perguntou  fingindo não se importar, mas se tinha uma coisa que Lavínia não gostava era de ser provocada, com seu gênio complicado alem de não saber se dá por vencida.

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