Cap: 160— Claro que eu sei. Achei um testamento no e-mail de Dimon. Ele estava cuidando de um contrato bem peculiar, só que encontrei uma cópia sem assinatura. Romanov estava bem preparado. — O que dizia? — Nesse exato momento, todo o patrimônio de Romanov, incluindo a Alpha Corp, já foi transferido para outra titularidade. Mas ninguém sabe para quem. — O que vamos fazer? — Continuar trabalhando até que tudo comece a desabar. — Ela disse com indiferença.Despediu-se de Samuel e seguiu para o estacionamento. Entrou em seu carro, despreocupada, e começou a dirigir. De repente, percebeu um vulto se erguer no banco de trás. O homem usava um chapéu, mas logo o retirou. — Que susto! — murmurou, freando o carro bruscamente. — Gestor do RH, Axel? O que está fazendo aqui? — perguntou, tentando abrir a porta, mas percebeu que estava trancada. — Pensei que quisesse me ver de novo. — Ele comentou, tirando uma peruca e arrancando a segunda pele que cobria seu verdadeiro rosto.Naquele
Cap: 61— Ela pode passar até mesmo anos nesse estado, mas existe outro problema, e eu não queria contar a ninguém além de você. — O que está acontecendo? — Venha mais vezes e fique ao lado dela. Talvez isso seja bom para ela e, quem sabe... com muita sorte, a filha de vocês também possa sobreviver. — Ele explicou, tentando conter a tensão. — Como assim? Está dizendo que ela está grávida? — Três meses de gestação. Fizemos algumas ultrassons detalhadas e... é uma menina. Mas pode ser que ela não tenha chances de sobreviver. E, mesmo que sobreviva, o início de uma gestação é algo muito delicado, e ela... ela pode vir a nascer com algumas sequelas do que aconteceu. — Espera... Está dizendo que ela está carregando uma filha nossa? Nós dois? Eu, ela e... um bebê? — Isso mesmo. Ainda assim, ambas correm o risco de não acordar. Não contei a ninguém mais sobre a gestação para não gerar ainda mais comoção. Mas você é o pai da criança que está em seu ventre e merece saber, porque, ag
Cap:162Zara ficou em silêncio por alguns segundos, em seguida apontou para um bloco de papel e caneta. Cedrick o entregou, e ela anotou um endereço. Assim que ele pegou o papel, saiu do quarto correndo. Ao deixar o hospital para trás, ligou para Valmont, que estava mais próximo do local indicado.Quando chegou, o lugar já estava cercado por carros de polícia e uma ambulância à espera.— Vim o mais rápido que consegui. — Valmont avisou, no mesmo momento em que os portões do local foram derrubados, já que ninguém apareceu para abri-los.— Supostamente, todos devem ter ido embora e a deixado para trás. — Cedrick comentou, correndo para dentro, sentindo o peso de tudo e temendo que fosse tarde demais.Mery foi encontrada em um quarto hospitalar improvisado. Estava há três dias sem nenhum auxílio médico. A casa havia sido abandonada durante todo esse tempo, e sua pele estava pálida; os lábios, rachados pela falta de hidratação.— Ela ainda está viva! — um dos paramédicos anunciou, enquant
Cap: 163Se passaram três meses com bastante dificuldade. A gestação de Lavínia estava cada vez mais complicada. Foram os meses mais difíceis para Cedrick e também para Ronald, médico e amigo de Lavínia. Ambos estavam exaustos e com olheiras, resultado das várias recaídas que ela teve e dos inícios de abortos.— Se prepare para o que pode acontecer. — Ronald o avisou apreensivo.— Eu não vou me preparar, porque eu não vou perder nenhuma delas. Você vai se certificar disso, certo?— Quantas vezes ela vai aguentar segurar a criança? E por quanto tempo ela vai resistir? Ela não vai conseguir! Você tem que escolher. Se seguir com essa gestação, pode perder as duas! — Ronald asseverou.— Não estou pronto... Falta tão pouco para ela completar sete meses... Elas estão indo bem! Por favor... Não desista delas. Lavínia vai acordar... Ela não vai carregar mais um peso desses.— Como médico, só estou zelando pelo bem-estar dela. Se não tiver essa agora, vocês ainda podem ter outra. Vocês podem t
Cap:1— Surpresa! — Zara gritou com mais duas moças que estavam a acompanhando, Lavínia deu um pulo da mesa de seu escritório quase derrubando os documentos.Ela levantou os olhos das pilhas de papéis espalhadas pela mesa de seu escritório. Zara, sua melhor amiga e uma força da natureza, estava parada à porta, com um sorriso que parecia iluminar a sala inteira. Lavínia, por outro lado, estava longe de refletir aquele entusiasmo. Seu rosto estava cansado, os olhos semicerrados denunciando noites de sono insuficiente e trabalho em excesso.— O que foi agora, Zara? — Lavínia suspirou, largando a caneta sobre a mesa.— Você precisa de uma pausa, e eu tenho a solução perfeita! — Zara anunciou, caminhando até ela e puxando-a pela mão antes que Lavínia tivesse chance de protestar.— para onde quer me levar? — Lavínia perguntou enquanto era arrastada para o elevador.— segredo, mas acredite que onde vamos te levar, você vai se divertir, você precisa fazer coisas que te deixe mais feliz, ultima
Cap:2— Estou. Pode ir embora — respondeu Lavínia, tentando manter a firmeza na voz, mas o álcool a deixava vulnerável.O homem entrou mais um passo. — Eu só queria te dizer... você é incrível. E linda. — Ele tocou o braço dela, mas Lavínia recuou, incomodada.— Sai daqui! — ela ordenou, mas sua voz saiu menos firme do que gostaria.O modelo ignorou, aproximando-se ainda mais a analisando como se fosse um pedaço de carne. — Sei quem você é, fiquei surpreso quando me disseram que a festa seria para você, fiquei animado para te conhecer, sou um grande admirador seu. — ele confessou enquanto ela recuava.— Podemos conversar la fora, o que acha? — ela sugeriu apenas para ganhar tempo.— mas ate onde sei você veio aqui para se divertir, porque esta se fazendo de difícil se pagou todos esses homens para vir aqui? — ele disse a encostando contra a parede aproximando seu rosto do dela que ficou sem reação.Lavínia não tinha forças para o empurrar, e ele parecia uma montanha de músculos, mesm
Cap:3— Não sei... há algo em você que... — Ele parou, bufando, como se tivesse decidido deixar o assunto de lado.Assim que chegaram ao apartamento, ele ajudou Lavínia a entrar.— Qualquer coisa, chame sua amiga, amanhã para ajudar com isso — ele disse, referindo-se ao estado claramente alterado dela.Mas Lavínia, sob o efeito do álcool, se aproximou. Seus olhos brilhavam, e ela tocou o rosto do homem com delicadeza, o polegar deslizando pela linha de sua mandíbula enquanto ele a encarava confuso.— Talvez você seja a solução, afinal. — Sua voz estava rouca, cheia de uma sensualidade despretensiosa.Ele permaneceu imóvel por um instante, claramente afetado pelo toque dela, mas afastou-se antes que ela pudesse ir além. — Você esta com sinais de estar drogada. — ele murmurou analisando.Lavínia riu baixinho, um riso que misturava desdém e provocação, ao mesmo tempo que debruçou sobre seu peito exausta. — Covarde...— Eu diria que é o contrário. — Ele a segurou quando ela tropeçou, lev
Cap: 4Ele chegou em casa em menos de vinte minutos, jogando o celular sobre a cômoda antes de seguir para o banheiro, onde tomou um banho rápido. Ao sair, encontrou seu pai com o celular em mãos.— Ah... ele vai te atender agora — avisou o pai, falando com a pessoa do outro lado da linha.— O que está fazendo? — Zen perguntou, pegando o celular abruptamente, como se estivesse escondendo algo.— Não é nada, só atendi porque você estava no banho. É uma ligação importante. Não sabia que você tinha tentado uma vaga em uma empresa tão prestigiada. Melhor continuar a conversa! — pediu o pai, cheio de expectativas.Zen o encarou surpreso e atendeu a ligação.— Alô, senhor Zen Obedon? — perguntou uma voz masculina.— Sim... — respondeu Zen, com insegurança na voz, enquanto seu pai o observava ansioso.— Estou ligando para parabenizá-lo. Você foi selecionado para a entrevista na Alpha Corp Advogados — anunciou o homem, fazendo Zen franzir o cenho.— Como assim? Eu não me inscrevi para nenhuma