Cap:2
Tinha tantas pessoas ao redor, dançando e aproveitando a festa, que Lavínia mal encarava a amiga demonstrando toda a sua frustração após ter sido levada ate um canto e obrigada a se sentar no sofá com uma mesa a sua frente com todos os tipos de bebidas.
O espaço em que ela estava foi envolto em uma aura fria e pouco amigável, afastando até mesmo olhares para não atrair seu mau-humor dela para a festa.
— A ignorem! Mesmo que sejamos funcionários dela, hoje é o dia em que podemos curtir sem nos preocupar com a ranzinza nos dando bronca. — sua amiga gritou, tentando quebrar o desconforto dos convidados.
Em poucos segundos, a música estava alta e todos bebiam e se divertiam, exceto Lavínia que tentava buscar uma forma de sair dali sem chamar atenção.
Ainda assim, mesmo com todos os distraídos, sua intenção de fuga era sempre frustrada, já que sua amiga a impedia barrando sua passagem a fazendo voltar ao seu lugar então ela não teve outra alternativa a não ser se sentar e relaxar e beber o Maximo que conseguia.
Lavínia começou a relaxar durante a festa, embalada pelo álcool e pela música, até a chegada de um grupo de modelos masculinos, vestidos elegantemente e esbanjando confiança. Sua amiga revelou que eles eram a surpresa da noite e a encorajou a interagir com um deles. Embora Lavínia tentasse disfarçar o constrangimento, ficou evidente que a situação a incomodava.
A amiga explicou que havia organizado o evento com a ajuda de uma agência que também produzia capas de revistas da Alpha Corp advogados, mas Lavínia ficou indignada com a ideia de uma empresa séria oferecer esse tipo de serviço.
— É uma indústria famosa de entretenimento e agência de modelos. Tem muitos modelos lá que são contratados para eventos, não sabe o quanto foi difícil selecionar todos eles. — Zara fez bico irritada, mas Lavínia se mantinha indiferente, mesmo após a entrada de quase dez homens vestidos como garçons. Aos poucos, quase não havia mais roupas para ver, quando as meninas começaram os jogos enquanto Lavínia se mantinha no canto, observando todos, ate que conseguiu uma oportunidade para sair, mas antes mesmo que pudesse abrir a porta a mesma foi aberta e um rapaz alto entrou tombando nela.
A mesma desequilibrou por efeito do álcool, e rapidamente foi equilibrada pelo homem.
Zara e as outras meninas presenciaram a cena ao mesmo tempo que Lavínia se afastava dele se recompondo ao mesmo tempo que sua face corava ao fixar seus olhos por um segundo em sua expressão seria e indiferente olhando ao redor, tratando tudo como um acontecimento comum passando por entre as moças analisando ao redor do salão.
— Uau... que cara lindo, eu não me lembro dele, de jeito nenhum. — Zara comentou ao se aproximar de Lavínia que tentava controlar a tontura.
— nada excepcional. — ela deu de ombros o ignorando enquanto as outras meninas voltavam a sua atenção a ele que agora era assediado por elas assim como os outros modelos.
Por um momento ela o observou ate seus olhos se encontrarem e ele franzir o cenho como se perguntasse o que ela estava olhando enquanto ele tentava se desvencilhar do grupo de moças que o arrastava para o palco.
Ela deu de ombros com o gesto dele ainda assim parecia que algo família naquele homem mexia com ela. Talvez sua aparência ou corpo atlético naquela camisa social que parecia ter sido feita sob medida para ele, e seu corte discreto que destacava seus traços fortes, Ou talvez fosse apenas o efeito do álcool e do cansaço acumulado.
De qualquer forma, quando seus olhares se encontraram, Lavínia sentiu um frio percorrer sua espinha e la se vai mais um gole de vinho e uns leves t***s na bochecha na intenção de voltar a si.
— bom... parece que para você já foi decidido, será esse o seu cara! — Zara disse empolgada percebendo a tensão de sua amiga.
— o que você acha? Que eu sou alguma desesperada? — Lavínia asseverou.
— Não é isso, é que você esta deprimida desde que... — Zara tentou falar levando as mãos aos fios loiros sem conseguir encontrar palavras. — você sabe, seu primeiro filho... você perdeu daquela forma terrível e... eu só queria que você saísse do poço que se enfiou, tente se distrair.
— apenas pare de fazer isso! — ela resmungou voltando a se sentar pegando seu corpo de bebida emburrada.
— credo, seu humor não vai mudar? — Zara murmurou se voltando ao palco onde os rapazes dançavam.
A festa continuava e o barulho se tornava cada vez mais insuportável para Lavínia quando ela se levantou e seguiu ate o banheiro apenas para escapar de toda aquela confusão, o homem de outrora também já tinha sumido da festa, ao atravessar o salão.
Assim que entrou no banheiro ela se apoiou sobre a pia lavando o rosto com água gelada no banheiro vazio.
— Zara me deixa tão irritada! Como ela pode me trazer em uma festa com homens tão baixos que se prestam a um papel tão ridículo, não são nada alem de desprezíveis! — ela asseverou se encarando no espelho com fúria em seguida sua atenção foi tomada pela porta de um dos Box que se abriu, ela tinha pensado que estava sozinha ali quando o mesmo rapaz saiu com o celular em mão, ele mantinha o aparelho no ouvido.
— espera, eu vou procurar outro lugar, de repente aqui ficou barulhento demais, parece que estou em um lugar cheio de pessoas escandalosas. — avisou ele a pessoa do outro lado da linha.
— Ele estava falando de mim? Me chamou de escandalosa? — Lavínia se perguntou cética.
Lavínia voltou para seu lugar e continuou com sua vibe de desgosto, até olhar ao redor e perceber que Zara não estava mais por perto. Foi sua oportunidade de ouro. Sem pensar duas vezes, ela se esquivou e conseguiu sair, podendo finalmente respirar ar puro. Ela sorriu, vitoriosa, ajeitando seus fios longos e castanhos para trás com um olhar determinado e orgulhoso.
— Onde está indo? — ela ouviu a voz calma de sua amiga acabar com suas expectativas de fuga, ela encarou Zara por cima do ombro a mesma estava a alguns metros, perto do elevador, conversando com um dos modelos.
Lavínia petrificou ainda em frente à porta, enquanto praguejava para si.
Em seguida, olhou ao redor, tentando encontrar uma justificativa, até avistar o mesmo rapaz, ele ainda estava ao telefone e para sua sorte parado em frente a porta de seu apartamento, estava distraído enquanto continuava a ligação.
Quando ele percebeu que estava sendo observado, seus olhos cruzaram com os de Lavínia. Ela sentiu um arrepio, e o mundo ao seu redor pareceu diminuir por um instante. Aqueles olhos eram intensos, profundos demais para alguém que deveria estar ali para entreter ou ser entretido, mas naquele momento o que ela queria era um jeito de escapar daquela festa promiscua e ir dormir, mas ainda tinha que inventar uma boa desculpa para Zara que vinha a confrontar.
— Esta fugindo de novo? — ela perguntou de forma repreensiva. — tenta se divertir!
— Quem disse que não estou me divertindo? Não era para cada uma escolher um dos rapazes? Eu escolhi. — ela disse gaguejando apontando discretamente para o rapaz ao telefone que nem percebeu a conversa das duas.
Cap: 3— Está falando sério? — Zara perguntou com os olhos brilhando. Lavínia engoliu em seco e confirmou mais uma vez.— Ah... Está mentindo, eu te conheço. — Zara asseverou, percebendo a oscilação da amiga.— Você está me chamando de mentirosa? — Lavínia perguntou, cética, se afastando da amiga enquanto dava de ombros, seguindo em direção ao rapaz distraído, encostado na parede próxima à sua porta.Ele se virou por acaso e franziu o cenho ao ver Lavínia vindo em sua direção com um olhar determinado e um sorriso de canto.— Eu te ligo daqui a pouco, parece que está acontecendo alguma situação nova. — Ele avisou rapidamente antes de encerrar a ligação.— Ah... Você esperou muito? Conseguiu encontrar o quarto rapidamente. Por que não me esperou lá dentro? — Ela perguntou, sorrindo desconcertada, enquanto o encarava com olhos alarmados, praticamente implorando por ajuda, enquanto Zara observava curiosa.Lavínia segurou no braço do rapaz, ao mesmo tempo em que ele tentava entender o que e
Cap: 4— Não estou tentando te atingir, afinal eu não disse nada alem da verdade, deixa eu pensar... — ele murmurou, olhando ao redor com desinteresse, fingindo estar impressionado. — Pelo que eu ouvi, sua amiga fez essa festa para você, e agora você está nesse quarto de luxo... E... — Ele parou de falar ao ver o porta-retrato de formatura com Zara e Lavínia de alguns anos atrás. — Ah... você é a amiga pobre da amiga rica, que pode usufruir das festas e do apartamento de luxo dela. — deduziu ao mesmo tempo que fixou seu olha no retrato antigo de Lavínia por alguns segundos como se tivesse vendo algo familiar.— Ah... — Lavínia perdeu as palavras, encarando-o surpresa. — É exatamente isso. Então não pense que estou desesperada, estou apenas querendo fugir disso e ir embora. — Ela disse, gaguejando, fazendo-o rir.— Pelo que ouvi... A forma como ela falava, você deve ser bem amarga, a ponto de ela preparar uma festa com vários homens para te seduzir. — Ele debochou mais uma vez, deixando
Capítulo 5: Após o deslizeQuando Zen abriu os olhos, o sol já estava se pondo. Ele pulou da cama, olhando para Lavínia, que ainda dormia profundamente, sem esboçar nenhuma reação. Ele passou a mão pelos cabelos, incrédulo com o que havia acontecido. Ficou ainda mais perplexo ao verificar as horas, soltando um suspiro pesado de preocupação.— Estou ferrado... — sussurrou, encarando a tela do celular.Recolheu suas roupas e se vestiu rapidamente. Antes de sair, avistou um envelope no chão, próximo à porta de entrada. A amiga de Lavínia havia passado seu pagamento por debaixo da porta. Ele sorriu de forma irônica enquanto olhava ao redor.— Queria ver a sua cara... dona arrogante — murmurou, pegando uma caneta e escrevendo uma breve nota. Deixou-a sobre a mesa da cozinha, ao lado de um copo de água e uma jarra, sabendo que isso a atrairia depois da noite intensa e da provável ressaca com que ela acordaria.Zen saiu do quarto quase como se estivesse fugindo, enquanto tentava, repetidamen
Capítulo 6: Saiam da frente!— O que ela faz aqui? A mamãe não pode sair assim! — Lavínia asseverou, indo se trocar. Rapidamente ficou pronta e seguiu com Zara, como se estivessem indo para um funeral.— Ela está no salão onde aconteceu a festa. Desculpa, Lavínia...As duas hesitaram ao abrir a porta, mas, assim que o fizeram, encontraram a mãe de Lavínia de pé, com uma expressão imparcial.— Quem era aquele homem? — a mãe perguntou, antes mesmo de elas dizerem "bom dia".— É alguém sem importância! — Zara tentou responder.— Não é isso! Ele não é sem importância, ele... nós... — Lavínia balbuciava, sem conseguir responder direito.— Estamos nos conhecendo já faz alguns meses! — ela disse, desconcertada, enquanto Zara a olhava, petrificada.— Você já está em um novo relacionamento? — sua mãe perguntou surpresa. — Pensei que ainda estivesse com aquele desgraçado.— Mas isso já acabou faz tanto tempo... — Lavínia desviou o olhar, balbuciando. — Enfim, eu sinto muito que tenha presenciad
Cap. 7: Caminhos ligadosLavínia fixou seu olhar no homem em meio à surpresa e se agachou, tentando se esconder rapidamente após reconhecer que era o mesmo da noite passada.— O que está fazendo, senhorita? — o motorista da ambulância perguntou.— Ele está vindo? Ele não pode me ver! — ela rangeu entre os dentes.— Na verdade, ele está pedindo aos carros para se afastarem. — ele disse com o olhar fixo no rapaz.Então Lavínia se levantou e avistou Zen já a alguns metros, batendo na lateral de cada carro, avisando para abrirem caminho. O trânsito estava caótico, os carros buzinando freneticamente. A sirene da ambulância cortava o ar, um som estridente que ecoava pelas ruas. O motorista finalmente pôde seguir viagem enquanto Lavínia observava Zen até passar por ele, mas ele não tinha visto que ela estava na ambulância.Assim que chegaram ao hospital, houve tempo do pai de Lavínia ser atendido e finalmente estar fora de risco de vida. Naquele momento, ela estava sentada na recepção, pres
Cap. 8: a chefa vira funcionário?— Bom dia a todos! — começou Samuel a discursar. — Sejam bem-vindos à Alpha Corp Advogados, uma das empresas mais prestigiadas. Como vocês sabem esse prestígio não é de graça, e temos critérios rigorosos. Por isso, as avaliações já começam no momento em que vocês entram na empresa. — Ele comentou, encarando Zen, que se mantinha com postura ereta e séria, demonstrando indiferença. — Por isso, o candidato Zen Obedon pode se aproximar, por favor. — Ele chamou, sem saber qual dos candidatos era. Então, Lavínia viu o mesmo rapaz dar um passo à frente e percebeu que ele seria desclassificado.— Sim? — Zen disse ao passar na frente de todos, seguindo de forma despreocupada. A maioria já estava segurando o riso, sabendo qual seria o resultado.— Bom… você se atrasou… — Samuel arrastou a voz quando viu Lavínia dando pulos silenciosos com a mão estendida, balançando o dedo negativamente. — Você sabe que há punições para quem se atrasa. Tenha cuidado… neste mome
Cap. 9: Gato e Rato.Lavínia ficou constrangida por ter se alterado, em seguida se sentou sorrindo desconcertada e pedindo desculpas a todos, ao mesmo tempo que Zen continuava concentrado em seus papéis.— Se ela o ajudar, ele não vai passar no teste. — Samuel respondeu os observando com atenção.— Ele está fazendo sozinho sem nem prestar atenção nela, só não sei o que está acontecendo, ela claramente está desconfortável e irritada.— Relaxa, quando tudo isso acabar eu te conto, você vai ficar surpreso com a fofoca. — Zara sussurrou para Samuel.— O que está acontecendo? Lavínia deveria estar aqui na frente. — um dos homens pergunta impaciente se levantando junto com mais outros dois que demonstram indignação.— Senhores, vocês podem conversar lá fora se tiverem alguma dúvida, eu posso fiscalizar enquanto vocês resolvem qualquer problema. — o chefe de RH avisou então eles saíram imediatamente, mal perceberam seu olhar sombrio em direção a Lavínia e Zen.Quando saíram, Zara inventou um
10: por que ele não consegue emprego?Lavínia hesitou por um momento, franzindo o cenho. Uma ligação daquele homem era realmente algo muito inusitado.— Alpha Corp advogados…— Dispenso formalidades. — ela ouviu a voz ríspida, mas calma do outro lado da linha. — Boa noite, senhora Bayer.— Boa noite, senhor Romanov. — ela respondeu sem vontade.— Estive pensando em sua empresa alguns dias. Vocês têm ido bem, mas soube que está buscando parcerias nos negócios. Eu gostaria de poder conversar com você e pensar em uma forma de nos unirmos. Podemos ser uma potência inabalável.— O senhor sempre rejeitou a parceria de negócios. Me lembro que alguns anos atrás você até mesmo humilhou a nossa empresa, dizendo que não iríamos evoluir e que não éramos bons advogados. Sei que crescemos além do esperado, mas ainda não é motivo para querer uma parceria, mesmo que estejamos avançando para ser uma empresa de advocacia de excelência.— Você está certa, meu contato não é em vão. Na verdade, soube que