32 – Um café da manhã 

Tank olhou para Dállia assim que desligou o telefone, não foi fácil falar aquelas palavras para Louis, ainda assim, achava que era o mais certo, o mais coerente.

Ninguém tinha culpa, ninguém além dele e Russo.

Muitas vezes se pegou pensando que até mesmo aquele amor era culpa de Russo, não deveria ter se deixado levar, mas gostava de se justificar dizendo para si mesmo que se o pai não tivesse levado Dállia para casa, ele jamais teria se apaixonado. Nem mesmo a conheceria.

O problema era que agora, olhando para aquele rosto ele pensava que a vida teria mesmo sido muito miserável se não tivesse conhecido aquela menina.

Os soluços de Louis ainda ecoavam nos ouvidos de Tank quando ele tentou sorrir.

— Pronto, sou um homem livre. Todo mordido por cães assassinos, mas livre. Casa comigo, minha flor?

Dállia nem teve tempo de responder e ele se justificou.

— Também não sou homem para casar. Sou pobre, não enxergo de um olho, tenho uma irmã para sustentar e para piorar, tudo o que sei
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