A história do príncipe Sírius Snake se passa em um mundo de fantasia com reinos de diferentes culturas, governos ricos e pobres, dominados por um império sanguinário e impiedoso, regido pelas mais diversas criaturas místicas do folclore brasileiro. Sírius sucumbirá à vida de príncipe para a desgraça, enfrentando os mais difíceis desafios da solidão, depressão, culpa e morte dos seus entes queridos, enfrentando os inimigos do campo e da mente, com seus companheiros e lendas brasileiras, tudo devido à ambição de um homem.
Ler maisApós a queda do imperador Lucius, os reis Sírius, Itabijara, Masalm e Gales se encontraram no novo castelo do império reconstruído pelos Leonilos através da magia da natureza. A sala do trono do imperador estava reconstruída, com pedras preciosas de diferentes cores por todo o local, com suas paredes brancas e pisos, o gigantesco trono de cristal branco, em frente de um longo tapete dourado. O castelo estava tão cheio, que não cabia todos no salão principal e alguns ficavam no lado de fora; pessoas de diferentes etnias, cores e gostos, soldados, generais, camponeses e músicos, além de algumas feras com inteligência humana, que conversavam enquanto eram servidos pelas bebidas e comidas de todos os reinos, na espera do anúncio do novo imperador. Nos fundos do castelo, em uma pequena sala repleta por estantes com vários livros, todos os reis, com roupas finas do seu reino, armados apenas com suas armas pessoais, se sentavam em cadeiras de madeira escuras
– Sim. Eu sou o rei Sírius Snake, presumo que você seja o imperador Lucius. – Falava Sírius, enquanto de seus dedos se formava uma belíssima espada de prata, com vários detalhes de diferentes formatos no corpo da lâmina, com a forte luz verde brilhante, além do punhal ser de cipoctas e pétalas de rosas verdes e pratas. – Será que você nunca se perguntou porque matei tantas pessoas? Será que realmente eu sou o vilão dessa história? – Questionava o imperador Lucius cheirando sua espada. – Minha família, meu reino, meu exército e meu povo! Todos os reinos sofrem por causa de suas mãos! – Esbravejava Sírius se aproximando do imperador, brandindo sua espada. – Ahhhh! – Gritava o imperador de forma debochada. – O heroizinho está atrás de vingança! – Completava Lucius se aproximando de Sírius e encarando, enquanto caminhavam circulando. – Não, por muitos anos eu quis vingança, ódio, raiva ao senhor!
Sírius subia as escadas de pedras acinzentadas rapidamente, aos tropeços, se esbarrando nas paredes apertadas que escorregava devido suas mãos estarem sujas de gosma e suas botas pelo líquido avermelhado com o forte odor de alho e cabelo, ao mesmo tempo que as rosas de fogo presas por cacos de madeira nas paredes murchavam e sua chama se apagava. O rei Snake corria na escuridão total, fora seus olhos verdes-esmeraldas brilharem como faróis horripilantes, com sua pupila dilatada verticalmente. – Que diabos é este castelo?! – Questionava Sírius ofegante. Após subir o grande vão de escada, ele se deparava com um comprido corredor vazio, se jogava de costas na parede de pedras cinzas e espremia seus olhos brilhantes, esfregando rapidamente com suas mãos na tentativa de se livrar de um pesadelo ou tormento, mas nada acontecia e isso o assustava; o medo batia em seu coração de forma desesperadora. – Sírius… – Ofe
Os soldados Gols sobrevoando o rei Sírius, o general Kuattin, a governanta Lia e todo os exércitos lutando euforicamente disparavam flechas no alto, derrubando muitos soldados do império. As aves Gols gritavam como monstros, causando pequenos tremores na terra e, por muitas vezes, os homens seguravam suas cabeças porque seus tímpanos tinham se rompido. Sírius rodopiava, defendia e contra-atacava seus inimigos, penetrando sua espada no pescoço dos homens, jorrando sangue em todas as direções. Ele corria ao lado do general e a governanta, à frente do seu exército. – Sírius! Precisamos nos apressar! – Gritava Kuattin, enquanto puxava sua lâmina ensanguentada do peito de um soldado rival. – General! – Gritava Sírius correndo em direção a seu amigo. Sírius passava pelo general e o empurrava para longe. Um gigantesco soldado com um machado de brasas estava a sua frente, o homem levantava sua arma nitidamente pesa
Por alguns minutos, Sírius cavalgou com seu exército nas ruas sujas, vazias do império. Os soldados da Águia Vermelha estavam atacando os navios Repitales bravamente com seus arcos e flechas e canhões, deixando as ruas desprotegidas. Entretanto, após longos quilômetros, quando todo o exército dos reinos invadiu o império, o restante do grande exército do império saiu de seus quartéis, atacando ferozmente. – Daniel e Masalm! Procurem Kuattin e Lia! Jason e Nina, fiquem na linha de frente! – Gritava Sírius, enquanto brandia uma grande espada metálica brilhante com luzes verdes-esmeraldas por toda a lâmina. Daniel rapidamente batia as rédeas do seu cavalo e cavalgava para a direita ao lado do seu pai, acompanhado por vários soldados armados. Com o peito do seu cavalo de fogo Dip, Sírius derrubava vários soldados do império e era pisoteado em seguida. Jason cravava seus machados nos crânios dos seus inimigos, q
Rei Itabijara… Prepare os navios ao meu sinal. – Falava Sírius para o espelho mágico. – Entendido, rei Sírius. – Respondia o rei Itabijara, com uma voz estranha e com eco. A carruagem era puxada pelos dois cavalos de fogo nas ruas do império, sujas de resto de comidas, animais mortos e resquícios de festas. As casas eram feitas de pedras acinzentadas e lisas, em formatos retangulares e normalmente com mais de um andar, com varandas pequenas e cercadas; seus telhados de telhas vermelhas alaranjados e janelas de madeira escura com vidraças coloridas com os símbolos do império. Pelo caminho, o cocheiro/soldado se encantava com o clima do império, além das muitas casas belíssimas, várias estacas de mármore encontravam-se nas laterais da estrada, totalmente cobertas por rosas de fogo que iluminavam e diminua o odor da sujeira. Entretanto, mesmo sendo cedo, muitas pessoas estavam nas ruas, trabalhando pelo império,
Todos saíam do palácio Snake, as ruas estavam mais calmas, soldados de prontidão rotineira, com os muitos comerciantes e suas mercadorias para cima e para baixo, com animais, monstros, especiarias de diferentes regiões à venda, além de roupas novas com tecidos diferenciados, encantando os olhos do rei Sírius, que se alegrava em ver seu povo mais rico. Masalm carregava o pequeno espelho circular normal, Kuattin e Lia conversavam baixinho ao lado de Sírius e Daniel, que aparentava estar com uma feição incomodada, olhando para frente. – Rei Sírius! – Falava uma voz feminina familiar para Sírius. Sírius se virava em direção à voz, avistando a moça negra com uma armadura de prata simples e pesada, quase sem proteção, sem nenhuma joia em seus dedos ou colar em seu pescoço, além dos seus cabelos encaracolados e amarrados por simples cipoctas verdes, sem nenhuma pétala ou joia. – Nina. – Falava Sírius secamente, acenando p
– Levantar âncoras! Preparar! – Gritava um soldado no convés. Nesse momento, Sírius se sentava em uma das poltronas e retirava suas botas de couro negro, totalmente sujas de lama e deixava no canto esquerdo da maquete. Com seus pés, brancos e enrugados devido à água, ele se esticava observando a maquete a sua frente. – Tire um cochilo, Sírius. – Falava Jason, tocando sua mão na maçaneta. O barco começava a balança, incomodando o rei Snake, que estava bastante sonolento, com Pi acariciando sua barba lentamente e sua capa da proteção massageando suas costas como se estivesse com mãos, mas era apenas verde-escuro escamoso, tremulando lentamente nas costas dele. – Como vou tirar um cochilo com essa banheira? – Perguntava Sírius, com seus olhos fechados. – Você dormiu no chão de pedras, está reclamando de mais, hein, rei Sírius. – Respondia Jason com um tom de deboche.
– Quem é você? – Perguntava Gales, observando as bochechas de Karoline. – Sou, eu meu pai, sua filha Karoline. – Sussurrava, alisando os cabelos do pai. Nesse momento, o rei Gols se ajeitava no seu trono, quase caindo desastrosamente, mas se apoiava de forma estranha para não cair e se levantava em seguida, sendo mais alto que sua filha. – Meu sogro. – Sussurrava Guilherme baixinho Sírius olhava de cara feia para o músico, enquanto Pi mostrava suas presas, fazendo o rapaz engolir em seco. O rei Snake se aproximava dos dois lentamente e pegava nos ombros de pai e filha. – Como você mudou, minha filha… – Sussurrava Gales com os olhos cheio de lágrimas. – Ela te ama muito, rei Gales. – Sussurrava Sírius forçando um abraço de pai e filha. – Não tenho palavras para descrever a minha eterna gratidão, rei Sírius Snake… – Suss