Arlissa
" Toda noite escura, tem uma lua que a ilumine -E.S " Anos atrás -Papai, papai por favor para!.- gritei sentindo a fita do cinto queimar minha pele e a rasgar com força. - Odeio você, nunca devias ter nascido, aberração.- papai gritou e outra vez o cinto rasgou minha pele, mas desta vez oque eu sente arder foi meu coração e minha alma. Meu pai me batia com tanta força e raiva que sentia o sangue escorrer de minhas costas para o chão, mas oque me aterrorizava era a aura que vinha dele, uma aura malignica, impura, sádica. Tudo oque ele fazia lhe proporcionava prazer e alegria, mas o mistérios é que era só comigo, porque Samanta e sasha são suas princesas, mas eu... eu era a aberração. Presente Abro os olhos em sobressalto e respiro bem fundo sentindo dor ao fazer isso, oque demonstra que em mais uma noite eu contive a respiração enquanto os pesadelos faziam das duas na minha mente. Continuo respirando fundo, mas ao acelerar o movimento tudo piorou, porque meu coração começou a bater muito rápido como se quisesse sair do peito, isso não é um bom sinal. Malditos pesadelos, maldito homem, maldito.. A cama afundar ao meu lado e um corpo grande e peludo deita no meu colo, olho para baixo e regularizo a respiração ao ver o pain. Tento sorri e faço carinho no seu pêlo, para esquecer oque houve. Se mamãe ou algum dos meus irmãos souber que minha respiração voltou a falhar durante a noite, vou ser obrigada a ver minha mãe sentada na poltrona ao lado da minha cama todas as noites para controlar-me e isso não vou permitir outra vez. Minha mãe ficava cansada o tempo todo e quase não tinha mais forças e eu na maioria das noites não conseguia dormir sendo vigiada devido ao passado. Então preciso controlar isso sozinha. - Olá garoto, também não consegues dormir.- abraço-o forte e sinto seu cheiro. Pain é o meu cachorro, um pastor alemão branco muito lindo , o adotei quando era bebé, eu encontre-o na rua abandonado, sujo e ferido. Então o levei para casa, limpei, alimentei e cuidei com muito amor e carinho e até hoje ele é o meu melhor amigo do mundo. Deixo-o na cama e entro no banheiro, joguei água no rosto e visualizei meu reflexo, afasto-me um pouco mais e olho todo meu reflexo no espelho, o corpo de uma mulher, não mais uma criança indefesa, mas uma mulher que aprendeu à força a defender-se de tudo, do mundo. O rosto sem vida e emoção leva um enorme contraste com a cor da minha pele assim como as tatuagens. Marcas de tinta bonita que escondem marcas dolorosas de algo que deixou não só marcas mentais que não saram, mas também marcas físicas que não desapareceram com o tempo, precisando ser cobertas para aplacar a dor. Continuo meu reflexo sem piscar minha vida real é uma merda absoluta, como se não bastasse os anos que aquela merda durou, ainda tenho que lidar com pesadelos constantes. É como se minha mente estivesse presa aqueles anos e não quer sair de lá apesar de tudo. Respiro fundo, entro no box e vejo a água escorrer até meu busto fazendo-me lembrar da única cicatriz visível que a tinta não cobriu, a única que simboliza o pior dia da minha vida, a única cicatriz que não virou uma marca e sim uma maldição. Aperto o vaso com força tendo a plena consciência de que ao acordar com esses pensamentos meu dia séra horrível. Suspiro ao afastar tais lembranças, concentro-me em tomar um banho relaxante de água morna. Apos isso, volto para o quarto e coloco uma roupa qualquer do armário. Termino e saiu caminhando desanimada até a cozinha. - Bom dia, minha irmãzinha linda - Não estou no clima Aiden - digo desanimada fazendo sua animação desaparecer. - Pesadelos com ele?.- perguntou triste. - Infelizmente.- peguei uma garrafa com água e sai de casa não querendo conversar. Prefere descer as escada, elevador é sufocante e muito pequeno. Coloquei meu auricular e liguei " my heart will go on" essa e a unica cantora que eu e Sasha amavamos, nós nunca discutíamos quando o assunto era Celine Dion nunca. Ela dizia que Celine é a única cantora que cantava com emoção e amor, um tipo de amor que aos poucos desvaneceu do mundo e que poucos conheciam. Caminhei até o central parque e sentei em um dos banquinho observando as pessoas enquanto passavam, brincavam ou simplesmente não faziam nada, assim como eu. -Ai! - alguém impura-me e quase desequilibro-me deixando-me com raiva, viro pronta para bater quando vejo uma menina loirinha encolhida no chão. - Desculpa, não queria te machucar, só.. Só.- ela começou a chorar e ergue a sobrancelha. - Porquê que estás a chorar? - Briguei com meu irmão mais velho e ele falou coisas horríveis e eu também e.. - Espera, respira.- ela o fez e os soluços cessaram.- Quantos anos tens?- pergunto intrigada - Dezoito, meu nome e é Daiana. - Arlissa. - É um prazer. - igualmente, Daiana.- ela sorriu em meio as lágrimas. - Agora, explica-me direito oque houve.- pede e ela sentou ao meu lado. Conversar com adolescentes e expressante e desafia ainda mais minhas capacidades comunicativas que não tenho, mas ela nao parece alguém com quem deva ser rude. - Meu irmão e eu brigamos muito por causa da super proteção dele comigo, eu disse a ele quê estava namorando e ele pirou, disse que sou muito criança e não pode. Ai eu fiquei furiosa e disse a ele que desejava que ele não fosse meu irmão e.. e isso o magoou muito e agora ele não fala comigo.- eu entendia ele, se eu ouvisse essas palavras de algum dos meus irmãos também ficaria chateada. - Primeira pergunta, porquê que namoras? - Porque quero, eu amo meu namorado.- eu ri. - Não amas não, fala a verdade. - Quem és tu para falar isso, não tens nenhum direito.- ela alterou-se e lembrei da Sasha. - Terminaste? - Como assim? Oque que..- ela suspirou e voltou a sentar.- Eu não amo meu namorado, so namoro com ele porque minhas amigas queriam e minha mãe disse que ele e um ótimo partido para mim.- vida de adolescente e difícil. - Nunca serás feliz assim, dependendo dos outros e agindo pelos outros. Apesar de ser tua mãe, ela não sabe oque é melhor para você, isso só tu sabes. - Minha mãe só quer o melhor para mim. - Ficar com quem não amas, é o melhor para você? - Daiana, mordeu o lábio e baixo o olhar. - Amor e algo muito simples e ao mesmo tempo complexo demais. Nossa família sempre vai querer nosso o melhor para nós, mas só nós sabemos oque nos faz feliz. Dinheiro não garante amor e viver pelos outros também não. Ou tu vives a "tua" vida, ou a dos outros. - olhei para ela e sorri de leve - Obrigada.- atirou-se a mim e acolheu-me em seus braços, gerando em mim uma sensação de calor e amparo. Dela provêm algo puro e bondoso, algo diferente, mas um diferente bom. - Agora vai fazer as pazes com teu irmão. - Posso ter teu contacto Arlissa? E boa ideia? Penso olhando para ela, eu não acho porque uma hora ou outra ela não vai durar, mas seus olhos brilham tanto e ela parece um neném. - Claro.- trocamos os contatos e nos despedimos. Talvez caminhar pelo park não tenha sido uma tremenda perca de tempo. Continuei sentada no banquinho até o meio dia e decide ir para casa fazer o melhor do mundo, jogar.Owen Santa Cruz " A diversão e lazer, são as fórmulas mágicas para a felicidadeE.S" Pouso o lápis pela décima vez só hoje é suspiro ao me levantar, encaro a paisagem que a Empire me oferece e suspiro. Nunca na minha vida imaginei que teria um bloqueio criativo, para mim isso não fazia sentido porque eu podia desenhar oque quisesse a hora que quisesse quando quisesse. Mas agora, melhor a alguns meses que desenhar não passa de um sonho distante e a vontade não passa de uma ilusão, como se nunca tivesse existido.Volto para minha cadeira e me jogo nela, fecho os olhos e penso em no meu bloqueio e na minha briga com minha irmã mais nova. Odeio brigar com minha ela, e desta vez Iana teve razões de sair daqui furiosa e não a culpo eu precisava deixar de ser super protetor com ela e a Dafne, ou ainda brigariamos muito. Mas não dá para evitar, porque só de imaginar tudo que tem lá fora, tudo que o ser humano é capaz de fazer, eu fico com medo por elas. Porque vida e uma maravilha, eu ad
Owen Santa Cruz " A família é chata, mas é um amor eterno" Owen Santa Cruz Sábado lindo, ensolarado e perfeito, que todo bom samaritano está dormindo ou simplesmente transando com alguma mulher bem gostosa e quente, mas esse bom samaritano aqui, esta a dirigir como um louco pelas ruas de new york porquê foi acordado as seis horas da manhã pela cunhada maluca, gritando e exigindo que eu vá para a casa dela o mais breve possível ou me arranca a cabeça. E como o homem que presa pela vida, estou a caminho de la a velocidade da luz. Chego em tempo record e toco a campanhia uma, duas vezes e ninguém atende, olha que maravilha, será que eles estão transando e não ouviram?. Quando ia tocar de novo, a porta é aberta pela baixinha mais linda do mundo. - Minha norinha! - abracei e dei um beijo em sua testa lhe fazendo rir - Me solta, menino.- soltei e ela riu - Tive muitas saudades tuas.- digo já entrando com ela. - Tens e saudades que eu cozinhe para você. - Saudade e saudade,
Owen Santa Cruz Nunca pensei que a joia mais linda, fosse a que tem a cor dos teus olhos E.S Onze da manhã, são fodidamente onze horas da manhã e aquelas duas não chegam por nada, mas que porra e essa? Se há algo que eu odeio é atraso, eu odeio deixar as pessoas esperando então odeio quê façam isso comigo. Como ja estava farto de usar o terno e os meus cabelos já estão me irritando, retirei o paletó, a gravata e abre os primeiros botões, bagunço meus cabelos e me sinto menos puto com o atraso das duas. - Sr. Elas chegaram - Estas a gozar comigo? - Manda entrar, e diz para a Samanta, que ela sera reduzida pelo atraso - Digo tendo a plena certeza quê ela está ouvindo. Foquei minha atenção em alguns rabiscos e ouço a porta ser aberta. - O terno completo nunca é opção não é Santa Cruz - Sorri. - Pontualidade também não, senhorita Santa Cruz - Fiz deboche e a ouve bufar. Levantei meus olhos para fixar em minha cunhada, mas a atenção foi roubada para a mulher ao seu lado. Fix
Arlissa Entramos no elevador novamente, e eu prendi a respiração; odiava aquele lugar com todo meu ser. Paramos a um andar abaixo do que estávamos e passamos por algumas pessoas que nos olhavam curiosas. Chegamos a uma porta toda branca, que Santa Cruz abriu. - Bem-vinda à sua nova sala. – Ele me disse, e eu entrei. O ambiente era bonito, com espelhos, vista para a cidade, cores vibrantes e um clima aconchegante. - É linda, gostei. – Coloquei minha carteira no sofá e me sentei. – Só uma pergunta: Não vou precisar ver nenhum de vocês quando chegar aqui, certo? Os dois se entreolharam, confusos. - Eu trabalho no décimo andar, e Owen no andar acima de você, então não. – Ele respondeu, e eu sorri satisfeita. - Ótimo. E não quero uma secretária chata e grudenta. Detesto pessoas assim. - Você é exigente. – Ele comentou, e eu sorri. - Muito, Santa Cruz. – Nunca pensei que esse nome fosse ser tão... interessante. Pode contratar quem quiser para trabalhar com você. - Perfei
" Parece que a vida passouPassou por mim, como um raio destruidor e levou embora tudo que era bom" ArlissaAnos atrásAcordei sentindo algo rastejar sobre meu corpo, e uma onda de medo se apossou de mim. Abri os olhos devagar e vi uma cobra passando pelo meu corpo. Minha respiração desregulou-se, e meu corpo começou a tremer involuntariamente. Tentei me mover, mas não consegui. Percebi que, enquanto não me movesse, ela não faria nada comigo, ou, se estivesse dormindo, já teria me atacado.Deixei-a passear pelo meu corpo até cansar e ir embora. Respirei aliviada e me sentei na cama. Depois de tantos anos assim, acabei me tornando perita e, de certa forma, perfeita em disfarçar minha dor e angústia. Eu era uma morta-viva agora.Foi assim que morri de vez e ressurgi como alguém sem nada, por dentro e por fora.Presente- Arlissa, preciso saber onde deixo isso.Levantei o olhar e vi Lize entrando na minha sala com uma caixa enorme nas mãos.- O que é isso?L
Owen Santa Cruz "Todo mundo ama as coisas que você fazDesde o jeito que você falaAté o jeito que você se moveTodo mundo aqui está te observandoPorque você dá sensação de lar " Olhando os slides do trabalho feito com as joias a partir do projeto da Arlissa, vejo como ela é talentosa no que faz. As joias estão ficando lindas, e isso que ainda nem estão finalizadas. Imagine quando estiverem prontas!— As joias são lindas, um sucesso garantido — disse Marco, o diretor de Contabilidade.— E qual é o problema, então?— Ela — responderam todos em uníssono.Estamos em uma reunião com os diretores de cada setor da empresa. Afinal, nada pode ir ao mercado sem sabermos como será recebido.— Ela? — perguntei, sem entender.— Ela é negra, e sabemos muito bem que nem todos aceitarão comprar algo feito por uma mulher negra.Olhei para eles, perplexo, engolindo a raiva que começou a crescer dentro de mim.— Obama é negro e foi o melhor presidente dos EUA. Mandela era negro e foi o melhor líder
Arlissa "Eu não sabia pelo o que você Estava passando, Eu pensei que você estava bem" Anos atrás — Sasha me pega. Corro pela casa toda e me escondo debaixo da cama. Esses eram os raros momentos em que eu era feliz, quando aquele monstro não estava por perto. Fiquei escondida até ouvir a porta abrir e Sasha entrar sorrateira. Ela caminhou pelo quarto todo, mas, ao não me achar, ouvi seu resmungo baixinho. Tapei minha boca para não rir, mas um som baixo escapou. Ouvi seus passos e a porta se abrindo. Ri ainda mais alto, mas, de repente... — Achei você! — Ah! — Saí debaixo da cama rindo, e ela veio para cima de mim fazendo cócegas. Eu amava minha irmã e, principalmente, amava o tempo que passava com ela. Presente Saí do carro e ajeitei meus óculos escuros no rosto. Entrei no prédio e suspirei, ainda sem acreditar que já era meu segundo dia de trabalho e, surpreendentemente, ainda não matei ninguém, nem fui despedida — o que é mais incrível ainda. Desde aquele epis
Arlissa Cheguei em casa às pressas e quase levei uma multa por conduzir tão rápido, mas finalmente cheguei. Abri a porta e entrei, dei um rápido "boa tarde" para minha mãe e subi as escadas às pressas. Cheguei no meu quarto, joguei a bolsa por aí enquanto tirava a roupa tão rápido que quase caí, mas finalmente tirei a roupa e fiquei só de calcinha, mas não me importei. Entrei na minha sala zen e me sentei na minha cadeira.Coloquei Mortal Kombat na PlayStation e deixei começar enquanto colocava meus auscultadores. O jogo começou e logo relaxei.O jogo era de luta e era um dos que eu mais amava, porque ali eu podia ver a violência que eu quisesse, bater e esmagar na mesma proporção.Me conectei ao sistema de jogadores e mais quatro se juntaram a mim para jogar.— Fox ligada.— Ivilux ligado.— Drust ligado.— Volpina ligada.Lize também fugiu do trabalho para jogar. Sorri e começamos.Era sempre divertido e bom jogar em grupo; a animação e a adrenalina eram maiores. E, sinceramente