Capítulo IV

Owen Santa Cruz

" A família é chata, mas é um amor eterno"

Owen Santa Cruz

Sábado lindo, ensolarado e perfeito, que todo bom samaritano está dormindo ou simplesmente transando com alguma mulher bem gostosa e quente, mas esse bom samaritano aqui, esta a dirigir como um louco pelas ruas de new york porquê foi acordado as seis horas da manhã pela cunhada maluca, gritando e exigindo que eu vá para a casa dela o mais breve possível ou me arranca a cabeça. E como o homem que presa pela vida, estou a caminho de la a velocidade da luz.

Chego em tempo record e toco a campanhia uma, duas vezes e ninguém atende, olha que maravilha, será que eles estão transando e não ouviram?. Quando ia tocar de novo, a porta é aberta pela baixinha mais linda do mundo.

- Minha norinha! - abracei e dei um beijo em sua testa lhe fazendo rir

- Me solta, menino.- soltei e ela riu

- Tive muitas saudades tuas.- digo já entrando com ela.

- Tens e saudades que eu cozinhe para você.

- Saudade e saudade, não importa do que.- ela riu e me conduziu ao meu lugar preferido da casa, a cozinha.- Eu te amo, Norinha.

Ela riu e saiu, deixando uma mesa bem cheia só para mim e a minha barriguinha.

Em menos de cinco minutos a mesa estava quase vazia e minha barriguinha cheinha e muito bem satisfeita, fazendo-me suspirar e me renconstar na cadeira para relaxar. Mas quem disse que eu mereço descanso.

- Titio.- Amara, entrou pulando e gritando como sempre.

- Minha princesa.- a abracei e ela me apertou com seus bracinhos pequenos.

- Saudades titio.- adoro a voz dela de criança.

- Eu também. - Axel chegou eufórico e pulou em mim deixando a irmã cair no processo.- Meu campeão.

- Tio.- ele beijou meu rosto e sorri também.

Se a algo no mundo que eu mais adoro são os meus sobrinhos.

- Nos pega.- eles pularam e sairam correndo da cozinha, eu ri e corri atrás deles.

Corri por toda a casa, e os pentelhos não apareciam por nada , ah Jesus, eu não tenho mais energia para isso.

- Tres crianças.- ouço meu irmão da escada e reviro os olhos, um irmão mais velho chato para estragar a brincadeira.

- Por isso eles amam mais a mim - respondo e ouço risinhos atrás do sofa. Caminhei como um ninja e os peguei.- Peguei vocês.

Fiz cosquinha nos pestinhos que contorciam rindo muito.

- Então, irmão mais velho, estavas a atualizar a tua vida sexual. - balancei as sobrancelhas ele fechou a cara tirando as crianças do meu colo.- Ei!.

- Controla a boca, imbecil.- Os meninos se debateram no colo do pai ate descer e correram até mim

- Eu não tenho culpa se tu estás a sofrer de abstinência.- eu ri

- Ninguém esta sofrendo de abstinência aqui.- Samanta e uma chata.

- Aham.

- Titio lindo.- Amara comecou e eu sei que ai vem merda.- Titio preterido..

- Eu sei princesa, mas enxuga vai

- Podes nos levar para ver a tia Lissa, por favor!.- de novo essa Arlissa.

- Porquê? - Olhei diretamente para meu irmão que deu de ombros

- Arlissa tem um quarto cheio de telas e vídeo jogos e eles adoram jogar com ela, então... - essa mulher esta me roubando os sobrinhos e isso sim e passar dos limites, ainda bem que vou conhece-la na segunda feira assim tiro tudo isso a limpo.

- A mamã depois leva, ok.

- Eba!.- eles sairam correndo outra vez até a mãe que os pegou no colo.

Encaro minha cunhada e depois meus irmão encarando a mulher e os filhos e sorri mínimamente. William e a pessoa que eu acho que mais merece ser feliz.

Como primogénito da família Santa Cruz, William sempre teve o peso de todos nele, principalmente quando mamãe viu suas expectativas sendo frustradas por mim e Dylan quando não seguimos o caminho que ela queria para nos dois. O desamor dela foi mais profundo e ela se tornou pior com a gente, fazendo com que eu fosse para o exercito e Dylan se afastasse mais dela a ponto de não trocarem uma palavra, não que ela faça isso comigo e também não faço questão disso.

Mas meu irmão e diferente, porque apesar de ser o filho planeado e progetado para o futuro da minha família ele conseguiu superar as expectativas de todos e fez coisas incríveis por ele e a mulher que ama. Minha inspiração de amor definitivamente é ele.

Continuo encarando eles fixamente, cada um deles e sinceramente e incrível a falta de pareça entre eles. Onde Samanta é loira e meu irmão moreno de cabelos castanhos, Amara e axel são moreninhos brilhantes com os cabelos profundamente pretos e os olhos azuis escuros como o céu antes da chuva, quem os vê assim não acreditaria na parentalidade deles nem com dinheiro.

- Olha, eu sei que não estava quando vocês fizeram os gêmeos, mas tens certeza que eles são teus filhos mesmo? - Indaguei enquanto bebia minha cerveja

- Porquê?

- Eles não são parecidos nem com você e muito menos com o meu irmão.- Samanta riu.

- Eles são Arlissa em tudo, tanto nas características físicas como na personalidade doce e forte ao mesmo tempo. Como minha irmã diz, os filhos dela que eu gerei.

Nisso não discordo, porque essa tal Arlissa esta presente em tudo neles e ate na Samanta, porque seus olhos brilharam ao falar da irmã que eu nunca vi , nem mesmo no casamento deles e isso por si so ja é bem estranho.

Fiquei encarando meu irmão e sorri ao ver ele brincando com os filhos em uma piscina de criança, quem diria que o monstro da família santa cruz estaria assim, tão relaxado, feliz e vivo. Como o tempo passa e as coisas mudam para melhor ou pior.

Passei o restante do dia em uma conversa relaxante e tranquila sem pensar em nada e nem ninguém.

Brinquei com meus sobrinhos, sacaniei o meu irmão e insultei a minha cunhada lhe fazendo ficar vermelha de raiva e soltar fogos.

Ao noitecer decide ir embora, mas para minha felicidade as crianças fizeram uma tremenda birra para ir comigo, então as levei.

Quando chegamos em casa eles ja estavam dormindo e tive quê carrega-los ate o meu quarto, porque toda vez que eles estão aqui eles so aceitam dormir no meu quarto. Tomei um banho e coloquei uma roupa para dormir, eu raramente dormia com roupa porque simplesmente odeio, mas como eles estão aqui é necessário.

🌺🌺🌺

O domingo passou como um borrão, um barulhento e cansativo borrão, em eu tive que levar os meus pestinhos a praia para brincar, ao parque para se divertir com as crinhar para comer e fazer de cavalo para eles. Ok, eu amo meus sobrinhos mas enquanto eu tiver a oportunidade de devolve-los para os pais eu vou fazer isso com muito prazer.

A noite com muito menos dor muscular, decide pegar um chá e tentar desenhar um pouco.

Caminhei ate meu estúdio que ficava na parte de trás da casa e entrei, liguei as luzes e pousei a chavina na base.

Sentei no banquinho e peguei o lápis, tentei rabiscar alguma coisa mas nada vinha. Eu não sei oque que se passa, nunca tive um bloqueio criativo que durava um ano inteiro isso era impossível.

Ainda me lembro muito bem da primeira joia que ei criei, foi uma das minhas melhores obras primas e uma das quais eu mais me orgulhava.

" Estava sentado no banquinho ao lado do Rio Cena em Paris e admirava a beleza e a simplicidade do rio, quando me lembrei da cor mais linda que eu ja vi, a cor dos olhos do homen que eu mais admirava e estimava no mundo, o verde mais intenso e bonito que ja vi e que tornava as cores mais brilhantes e bonitas.

Peguei o lapis e o caderno e comecei a desenhar as joias mais lindas e prefeitas de toda a minha coleção "

Desde ai, eu desenhei as mais diversas joias, com a cor dos olhos dos meus irmãos, da minha avó, e até hoje nunca bloqueei desse jeito, nunca.

Frustrado e cansado de tentar, pousei o lápis e peguei meu chá, apaguei as luzes e sai do estúdio. Voltei para meu quarto e decide dormir, amanha o dia séria muito longo.

🌺🌺🌺

Só há duas coisas no mundo que eu odeio, segunda feira e terno, eu juro que eu odeio essas duas coisas mais que tudo no mundo, mas o principal factor do meu odio são os fatos, porra essas coisas são muito sufocantes e asfixiante, como as pessoas conseguem trabalhar com isso vestido? Eu raramente uso, so em ocasiões como essa em que a Samanta ameaça me castrar e que eu uso fato, de resto não, nunca, jamais.

Ageitei meus óculos escuros e sai de casa encontrando o carro pronto me esperando, por isso amo tanto o Bruce.

- Bom dia!

- Bom di..- olhou-me de baixo para cima e o imbecil explodiu em uma gargalhada alta e o xinguei por todos os palavrões que conheco. E isso que da ter meu melhor amigo como segurança particular.

Bruce e eu nos conhecemos na exercito, dois garotos praticamente. Mas com motivos para estar no meio de uma guerra, motivos esses que noventa por cento nem eram nossos, mas fomos. Servimos o pais juntos, mas depois de tantos anos vendo mortes e desastres, a comidimos sair e se dedicar a outra coisa, eu decide montar a minha empresa de joias. Ja ele a empresa de segurança, mas como ele mesmo diz, nada o prende a um terno e sala fechada.

- Eu te odeio.- sube no carro e esperei ele terminar de rir de mim e subir também.

- Desde quando?

- Desde que tua irmã vai começar a trabalhar comigo.- resmunguei e peguei meu celular para começar a adiantar algumas coisas da empresa.

Em menos de vinte minutos chegamos a empresa, entrei no prédio e atrai o olhar curioso dos meus funcionários. Eu não os culpava, eu raramente trabalhava de terno, sempre preferia roupas simples e confortáveis.

Sube ate meu andar e encontrei Derick e Emily brigando como sempre.

- Bom dia, casal!.- os dois olharam para mim e entreolharam-se depois

- A gente tem uma visita da primeira dama de novo?.- Derick, perguntou confuso.

Emily, a melhor secretaria que alguém podia ter e a mais desputada nessa empresa, ela e gentil, educada, sincera, doce, competente e sabe tudo sobre todos. Ja o Derick.. bom ele é meu assistente pessoal, um tremendo mulherengo, mas um assistente competente, util e nunca decepciona em nada, sem ele não sei como as coisas funcionariam, porque ele que trata de absolutamente TUDO para mim.

- Não, só a nova designar.- entrei para minha sala sendo seguido pelos dois.

- Ela deve ser uma das filhas do Obama.

- Antes fosse, quando elas chegaram me avisa Emy.

- Sim, Sr. - eles sairam e finalmente fiquei sozinho.

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