Arlissa Cheguei em casa às pressas e quase levei uma multa por conduzir tão rápido, mas finalmente cheguei. Abri a porta e entrei, dei um rápido "boa tarde" para minha mãe e subi as escadas às pressas. Cheguei no meu quarto, joguei a bolsa por aí enquanto tirava a roupa tão rápido que quase caí, mas finalmente tirei a roupa e fiquei só de calcinha, mas não me importei. Entrei na minha sala zen e me sentei na minha cadeira.Coloquei Mortal Kombat na PlayStation e deixei começar enquanto colocava meus auscultadores. O jogo começou e logo relaxei.O jogo era de luta e era um dos que eu mais amava, porque ali eu podia ver a violência que eu quisesse, bater e esmagar na mesma proporção.Me conectei ao sistema de jogadores e mais quatro se juntaram a mim para jogar.— Fox ligada.— Ivilux ligado.— Drust ligado.— Volpina ligada.Lize também fugiu do trabalho para jogar. Sorri e começamos.Era sempre divertido e bom jogar em grupo; a animação e a adrenalina eram maiores. E, sinceramente
Owen Santa CruzFinalmente fui ao médico e o maldito conseguiu o que tanto queria: me ver usar óculos. Mas, para minha sorte, eu tinha uma irmã especialista em moda que me ajudou a escolher os óculos perfeitos para mim e não fiquei parecendo um nerd.Mas, mesmo assim, não gostava disso. Era estranho e confuso, tão confuso quanto a minha sala nesse momento e a gritaria da Emily e do Derick lá fora.Respirei fundo e levantei da minha cadeira. Era estressante ver aqueles dois brigando o tempo inteiro, como se não tivessem nada para fazer.Saí da minha sala e parei no batente da porta.— Vocês dois podem parar com isso, como se não tivessem nada para fazer?— E não temos. Estamos entediados — pensei um pouquinho e arranjei algo para os dois fazerem.— Derick, vai até a oficina para saber se a moto da mistério está pronta, e Emily, me traz um café.Os dois fecharam a cara e eu ri.— O que é? Já têm algo para fazer?— Que inveja da preguiça dos outros — os dois resmungaram, mas
Arlissa Anos atrás— Eu te odeio, eu te odeio! — grito a plenos pulmões pela primeira vez para o monstro que me trouxe ao mundo.Ele recua com minhas palavras e deixa o cinto cair no chão. Faz dois dias que ele me tirou daquele quartinho, e as torturas recomeçaram. Eu preferia mil vezes continuar naquele espaço apertado com aranhas e cobras do que ficar no mesmo lugar que esse homem.Ele me olha com seus olhos azuis, idênticos aos meus, e sinto nojo do reflexo que vejo. Sempre dizem que nos parecemos com as pessoas que mais odiamos. Esse é o meu caso. Sou uma cópia desse monstro, e isso me faz desprezar a mim mesma.PresenteDesde o ocorrido naquele elevador, não sei mais o que se passa com minhas emoções. Sempre fui calma e fria, mas com aquele homem isso é impossível. Tive uma crise na frente dele, algo que nunca aconteceu antes. Nunca tive uma crise na frente de ninguém.Apesar disso, as coisas mudaram. Não com ele, mas comigo. Não sinto mais tanto medo de entrar em
Owen Santa Cruz — Quando morrermos ou casarmos — e olha que vai demorar —, e ainda é debochada.Ainda bem que meu closet é quase um quarto, e eu posso me vestir lá. Do contrário, já teria trocado de roupa na presença de todos os meus irmãos, até da Sam. Retirei a toalha e vesti uma cueca boxer e uma calça de moletom. Não vou usar camisa.— Pronto. Em que a minha humilde, mas maravilhosa pessoa pode ajudar?— Quanta humildade... — resmungou, e eu sorri.— O que foi?— Eu... você vai ficar chateado comigo. — Ela baixou o olhar e mordeu o lábio inferior.Segurei seu queixo e ergui seu olhar. Se tem algo que aflige minha irmã e ela tem medo de me dizer, significa que é grave, e eu não gosto disso.— Iana, você pode me falar qualquer coisa, por mais grave que seja — a incentivei, e ela respirou fundo.— Ele não teve culpa, eu que me apaixonei por ele. — Isso não é bom. — Eu estou apaixonada pelo...— Daiana. — Segurei suas mãos com força.— Pelo Bruce.— O quê? — Arregalei os olhos, sem d
Owen Santa Cruz Odeio quando amanhece, odeio ter que trabalhar todos os dias, odeio o sol e, principalmente, acordar duro e com fome. Vida de homem é difícil. Saio das cobertas e vou direto para o banheiro. Faço minha higiene e entro no box.Ontem, depois da conversa com a minha irmã e, consequentemente, com o Bruce, me deitei na cama pensando e dormi na hora. Estava tão cansado que nem percebi isso.Saio do box e entro no closet. Como o dia está ensolarado e bonito, decido escolher uma camisa social azul, uma calça social castanho-claro e um sapato da mesma cor. Visto tudo, pego minha carteira, celular e chaves. Saio do quarto e desço em direção à porta, mas paro com o cheiro maravilhoso de café que paira no ar.O cheiro me leva até a cozinha e logo vejo a mesa cheia, com todos os meus irmãos sentados ao redor dela, até o Bruce.— Bom dia! — cumprimento e me sento na cadeira. Hora de comer.— Pensando em sair sem comer?— Tu não tens casa? Não comes na tua casa? — Bruce ri e pega ma
ArlissaFinalmente, o dia da exposição chegou, trazendo consigo a euforia e a animação de todos. Graças a Deus, a joia ficou pronta, mais linda do que eu havia imaginado. Estava tudo pronto e muito bem organizado; era tudo o que tínhamos planeado, mas ainda melhor.Estou na casa da Sam, que insistiu para que eu viesse vestir-me aqui e fazer todas essas “besteiras”. No entanto, valeu a pena: ela fez uma maquilhagem leve e básica que valorizou o meu tom de pele e os meus olhos azuis.Com o tempo, aprendi a gostar de mim e a não sentir nojo por me parecer tanto com aquele homem — especialmente os meus olhos.Olhei para o espelho e não consegui evitar um sorriso. Nunca me senti tão... majestosa.O saree azul-turquesa deslizou suavemente pela minha pele enquanto ajustava a borda dourada sobre o ombro. Os detalhes verdes e brancos decoravam as extremidades do tecido, e a parte castanha, adornada com padrões florais, moldava-se perfeitamente ao meu corpo. Cada passo fazia o tecido fluir como
Arlissa" O gelo é tão lindo e único, que quando derretido perde a beleza e singularide"Sentia-me muito orgulhosa de mim ao ver o resultado de todas as joias. Eram simples e lindas, tal como as imaginei quando as desenhei. A que mais gostei estava no centro, brilhante e reluzente, como a joia linda que é – o meu maior orgulho.Sentia-me feliz e capaz, mais uma etapa superada. Apertei o anel no meu dedo e sorri. Ela ficaria orgulhosa de mim.Depois de retirar os panos, as pessoas começaram a aproximar-se das joias, admirando-as. Afastei-me para não me sentir sufocada pela multidão. Encostei-me num canto, preferindo observar tudo de longe. Melhor não me aproximar demasiado.— As pessoas às vezes irritam — reconheci a voz imediatamente.— É, por vezes são sufocantes — Amir riu e aproximou-se de mim.— Outros são verdadeiros obras de arte.— E outras são mulherengas demais. — Ele riu e afastou-se ligeiramente.— Mulherengo não, apreciador de belas artes.Revirei os olhos. — Poi
Arlissa"A ignorância protege-nos de um sofrimento, mas nada é melhor do que saber e usar esse conhecimento."Não saber as coisas cria dificuldades, e eu odeio isso. Principalmente ao lembrar-me da cena embaraçosa desta manhã. Não acredito que fiz aquela figura.Mas agora não importa!Vou aprender isso direitinho, especialmente se provoca as pessoas direta ou indiretamente.Peguei no meu telemóvel dentro da bolsa e disquei o único número que podia esclarecer todas as minhas dúvidas.— Oi, amor. — Pelo canto do olho, vi o Santa Cruz a prestar atenção, mas a fingir que não.— Amor? — A linha ficou muda por alguns instantes. — O que é que estás a tramar?— Preciso de falar contigo. — Ele suspirou.— Agora?— Sim, algum problema? — Ouvi o suspiro de uma mulher, e eu suspirei. O meu amigo é tão imbecil.— Estou com uma... amiga. — Ele riu.— Tens trinta minutos para estar na Empare ou... — Ele sabia muito bem ler nas entrelinhas. — Entendes muito bem.— Ótimo. Adeus, querido. — Fing