Owen Santa Cruz
"Todo mundo ama as coisas que você faz Desde o jeito que você fala Até o jeito que você se move Todo mundo aqui está te observando Porque você dá sensação de lar " Olhando os slides do trabalho feito com as joias a partir do projeto da Arlissa, vejo como ela é talentosa no que faz. As joias estão ficando lindas, e isso que ainda nem estão finalizadas. Imagine quando estiverem prontas! — As joias são lindas, um sucesso garantido — disse Marco, o diretor de Contabilidade. — E qual é o problema, então? — Ela — responderam todos em uníssono. Estamos em uma reunião com os diretores de cada setor da empresa. Afinal, nada pode ir ao mercado sem sabermos como será recebido. — Ela? — perguntei, sem entender. — Ela é negra, e sabemos muito bem que nem todos aceitarão comprar algo feito por uma mulher negra. Olhei para eles, perplexo, engolindo a raiva que começou a crescer dentro de mim. — Obama é negro e foi o melhor presidente dos EUA. Mandela era negro e foi o melhor líder que a África do Sul já teve. Michael Jackson era negro e até hoje é considerado o Rei do Pop. Então por que continuam inferiorizando os negros assim? Levantei-me da cadeira, caminhando calmamente entre as mesas. — Se as pessoas não quiserem comprar, venderemos para outros países, estados ou continentes. Se as vendas caírem, alcançaremos o topo de novo, mas com o trabalho dela. Porque o fato de ser negra não a diminui, muito menos a torna incapaz. Vocês deveriam se preocupar com o talento, as capacidades e competências dela, e não com a cor da pele. Respirei fundo antes de continuar: — Odeio o racismo mais do que qualquer coisa neste mundo. Então, aviso: mais um comentário como este, e despeço todos vocês. Entendido? — Perfeitamente, senhor — responderam. — A reunião acabou. Podem sair — finalizei, rosnando, ainda tomado pela raiva. Todos deixaram a sala. Voltei para o meu escritório e me joguei na cadeira. Desde que Arlissa começou a trabalhar aqui, só ouço comentários desrespeitosos sobre ela por causa da cor da pele. Isso é ridículo. As pessoas não deveriam ser julgadas pelo tom da pele, mas por suas qualidades, caráter e personalidade. É estupidez pura. Levantei decidido a ir até a sala dela. Peguei o elevador e desci até o andar onde ela estava. Passei por algumas pessoas até chegar à sua sala. Bati na porta algumas vezes, ouvindo um fraco "Entre". Entrei com cuidado e, de imediato, notei seus desenhos espalhados pelo chão e alguns no lixo. Abaixei-me para pegá-los e fiquei impressionado com a beleza e a criatividade deles. — Deixe aí, é lixo — a voz, baixa e arrastada, como se tentasse esconder alguma coisa, estava bem diferente da mulher que sempre tem uma resposta afiada e altiva para mim — Para mim, não são. Para mim, são obras de arte que muitos designers gostariam de saber ou poder criar — respondi, colocando os desenhos sobre a mesa. Aproximei-me com cautela, hesitando antes de tocar seu ombro. Lembrei que ela não gostava de ser tocada sem permissão. — Eu amo videogames, neles, posso ser quem eu quiser. Não preciso me preocupar com o que as pessoas acham de mim. Lá, não sou julgada pela cor da minha pele, mas pelas minhas habilidades — O olhar baixo e sem foco demonstrava uma fragilidade que eu não imaginei ver nela — Eu... — Ouvi metade da sua reunião, Owen — ela me interrompeu, dizendo meu nome pela primeira vez. Fiquei surpreso com a forma como soava em seus lábios. — Eu não quero prejudicá-lo. Não quero que você perca clientes ou sua reputação por minha causa. — Não vou deixar isso acontecer — a interrompi, firme. — Se minha imagem for manchada por ter uma profissional como você, que seja. As pessoas precisam aprender a aceitar as diferenças. A pele negra é linda, e ela não define quem somos. Os olhos de Arlissa não brilhavam tanto quanto os dos outros; eles eram sempre um azul triste, distante, frio, como se o mundo já tivesse tirado tudo o que havia de bom nela, como se a cor azul tivesse perdido a força, tornando as sombras mais proeminentes. Mas, ao vê-los brilhar agora, pareciam o céu nos melhores dias de primavera, quando o sol acompanha e intensifica sua beleza. São imensamente lindos, os mais lindos do mundo. — Obrigada — Com um sorriso sincero, Arlissa ergueu o corpo e a voz, demonstrando que seu momento de fragilidade havia passado. — Posso sair por um momento? — perguntou, ainda sorrindo. — Claro, pode sim. Ela pegou sua bolsa e saiu, me deixando sozinho em sua sala. Voltei para o meu escritório, sentando-me para observar a cidade pela janela e refletir sobre Arlissa. Ela, definitivamente, não era uma pessoa comum. O jeito como evitava as pessoas e me olhava, como se pudesse enxergar a minha alma, era intrigante e incomum. 🌺🌺🌺 Passei o restante do dia resolvendo algumas pendências e me atualizando sobre os projetos em andamento. Bendita hora em que Arlissa apareceu, porque, sem ela, eu ainda estaria preso em uma encruzilhada, sem ideia do que fazer para a exposição. Apesar de ter sido adiada, ela continua sendo uma oportunidade valiosa. Depois de inspecionar tudo, decidi ir para casa e relaxar. Saí do escritório, apagando as luzes, e percorri o corredor em direção à oficina para dar uma última olhada. Quando cheguei, percebi uma luz acesa no fundo. Estranhei, porque não era para ninguém estar ali àquela hora. Me aproximei da mesa do fundo com cautela e espiei por alguns instantes, à espera de movimentos, mas não vi nada. Continuei me aproximando, e, para minha surpresa, Arlissa esta sentada em uma dos bancos , olhando fixamente para uma pedrinha brilhante que segura em sua mão, como se quisesse se fundir à joia de tão concentrada que esta. Tentei olhar um pouco mais, mas meus olhos protestam. Droga, precisava voltar ao oftalmologista, e rápido. Esfreguei os olhos e decidi me aproximar da mesa onde ela estava. — Olá — cumprimentei. — Oi. Algum problema? — perguntou, sem desviar os olhos da pedra. — Nenhum, mas já está bem tarde para você estar aqui. — Eu sei. Já estou saindo. Ela colocou a joia de lado, tirou os óculos e arrumou tudo antes de pegar sua bolsa. — Boa noite, Santa Cruz — despediu-se, caminhando para a saída. Me virei a tempo de vê-la de perfil e mordi o lábio, observando a graciosidade de seus movimentos e o jeito como sua bunda balançava. Ela tinha um andar confiante, quase imbatível, como se fosse mostrar a todo mundo que ela chegou para ficar e que sua presença tinha poder. Engoli em seco e balancei a cabeça, Melhor não ficar pensando demais sobre isso. Apaguei as luzes e desci até a garagem. O ambiente escuro tinha uma vibe de filme de terror, que foi quebrada por vozes altas. Segui o som e encontrei Bruce discutindo com alguém. De longe, parecia ser uma mulher. Droga, precisava ir ao oftalmologista Aproximei-me mais e percebi que é à Arlissa. — Pare de ser teimosa e entre no carro! — Bruce dizia, claramente irritado. — Já disse que não, e ponto! — Arlissa respondeu, com a voz firme e raivosa. — Posso interromper? — me aproximo mais e encaro os dois claramente. — Já interrompeu — responderam os dois, em uníssono. — Pois bem. Quero ir para casa, e vocês estão discutindo há um bom tempo. Então...- tento aliviar o clima. — Arlissa, por favor! — Bruce insistiu, respirando fundo. — Não. — Sabe, geralmente casais resolvem seus problemas em casa... — comentei, recebendo olhares fulminantes dos dois. — Não somos um casal, seu idiota. Somos irmãos — Arlissa soltou, impaciente. Ah, faz sentido. Bruce é irmão da Samanta, e Samanta é irmã da Arlissa. — Ok, desculpem. Mas podemos ir agora? Arlissa bufou, abriu a porta do carro com força e entrou, batendo a porta. — Você tem irmãs difíceis — comentei para Bruce. — Nem me fale — supirou demonstrando alivio e entrou no carro. Entrei em seguida, e Bruce deu partida. — Aliás, queria esclarecer uma coisa com você — Arlissa tirou o olhar da janela e me encarou — Ah, é? O quê? — Você me roubou o título de tio preferido dos meus sobrinhos. Como se não bastasse, roubou toda a aparência deles também. Ela riu alto, e adorei ouvir o som do seu sorriso — Primeiro, esse título nunca foi seu; sempre foi meu. Segundo, minha irmã os gerou para mim. Eles são basicamente meus filhos. — Isso só é verdade porque você tem um monte de videogames — respondi, divertido. — Acredite no que quiser. Ela riu e voltou sua atenção para a janela. Ri também e me distraí no celular, vendo fotos da minha avó tiradas nas férias. Só percebi que havíamos chegado quando Bruce abriu a porta do carro para mim. — Boa noite, Arlissa. Boa noite, Bruce. — Boa noite, Owen — responderam, enquanto eu caminhava para dentro da minha casa. Ao entrar, fui recebido pela cena caótica de minha irmã brigando com o namorado, enquanto Daiana assistia à discussão com um balde de pipoca nas mãos. Como o irmão mais velho incrível que sou, sentei ao lado dela e roubei um punhado de pipoca. — Se você quer tanto aquela mulherzinha, então fique com ela! — Dafne gritou. — Mas que mulherzinha? Eu não estive com ninguém! — Aiden parecia estar falando a verdade, mas preferi continuar assistindo e comendo pipoca. — Na sorveteria! Eu vi vocês juntos, em clima de intimidade! Aiden estreitou os olhos, tentando lembrar, e logo explodiu em gargalhadas. — Está achando graça, seu idiota? — Dafne pegou um vaso e atirou nele, mas Aiden conseguiu desviar a tempo. — Isso é melhor que N*****x — comentou Diana, rindo enquanto comia outra pipoca. — Seu problema é que você é muito ciumenta. A mulher com quem eu estava é Dalissa, minha irmã gêmea. Daiana e eu congelamos, pipoca na boca. — Você tem uma irmã gêmea? — perguntamos, incrédulos. — Sim, sou gêmeo da Arlissa. O quê?! — Mas vocês são tão diferentes! — Dafne exclamou. — Só fisicamente, porque o resto somos idênticos. Agora que prestava atenção, fazia sentido. Aiden realmente parecia muito com Arlissa. — Ah... desculpa, amor. Fiquei com raiva e ciúmes e agi como uma boba infantil. Eu não a culpava. Ciúmes e possessividade eram marcas registradas da família Santa Cruz, independentemente do gênero. — Já acabou? — perguntei, desiludido. — Sim, Owen. Já acabou — respondeu Aiden, antes de puxar Dafne para um beijo. Revirei os olhos e decidi ir para o meu quarto. A diversão tinha acabado. Subi, tomei um banho relaxante e me joguei na cama. Enfim, o sono me abraçou, e senti-me feliz com isso.Arlissa "Eu não sabia pelo o que você Estava passando, Eu pensei que você estava bem" Anos atrás — Sasha me pega. Corro pela casa toda e me escondo debaixo da cama. Esses eram os raros momentos em que eu era feliz, quando aquele monstro não estava por perto. Fiquei escondida até ouvir a porta abrir e Sasha entrar sorrateira. Ela caminhou pelo quarto todo, mas, ao não me achar, ouvi seu resmungo baixinho. Tapei minha boca para não rir, mas um som baixo escapou. Ouvi seus passos e a porta se abrindo. Ri ainda mais alto, mas, de repente... — Achei você! — Ah! — Saí debaixo da cama rindo, e ela veio para cima de mim fazendo cócegas. Eu amava minha irmã e, principalmente, amava o tempo que passava com ela. Presente Saí do carro e ajeitei meus óculos escuros no rosto. Entrei no prédio e suspirei, ainda sem acreditar que já era meu segundo dia de trabalho e, surpreendentemente, ainda não matei ninguém, nem fui despedida — o que é mais incrível ainda. Desde aquele epis
Arlissa Cheguei em casa às pressas e quase levei uma multa por conduzir tão rápido, mas finalmente cheguei. Abri a porta e entrei, dei um rápido "boa tarde" para minha mãe e subi as escadas às pressas. Cheguei no meu quarto, joguei a bolsa por aí enquanto tirava a roupa tão rápido que quase caí, mas finalmente tirei a roupa e fiquei só de calcinha, mas não me importei. Entrei na minha sala zen e me sentei na minha cadeira.Coloquei Mortal Kombat na PlayStation e deixei começar enquanto colocava meus auscultadores. O jogo começou e logo relaxei.O jogo era de luta e era um dos que eu mais amava, porque ali eu podia ver a violência que eu quisesse, bater e esmagar na mesma proporção.Me conectei ao sistema de jogadores e mais quatro se juntaram a mim para jogar.— Fox ligada.— Ivilux ligado.— Drust ligado.— Volpina ligada.Lize também fugiu do trabalho para jogar. Sorri e começamos.Era sempre divertido e bom jogar em grupo; a animação e a adrenalina eram maiores. E, sinceramente
Owen Santa CruzFinalmente fui ao médico e o maldito conseguiu o que tanto queria: me ver usar óculos. Mas, para minha sorte, eu tinha uma irmã especialista em moda que me ajudou a escolher os óculos perfeitos para mim e não fiquei parecendo um nerd.Mas, mesmo assim, não gostava disso. Era estranho e confuso, tão confuso quanto a minha sala nesse momento e a gritaria da Emily e do Derick lá fora.Respirei fundo e levantei da minha cadeira. Era estressante ver aqueles dois brigando o tempo inteiro, como se não tivessem nada para fazer.Saí da minha sala e parei no batente da porta.— Vocês dois podem parar com isso, como se não tivessem nada para fazer?— E não temos. Estamos entediados — pensei um pouquinho e arranjei algo para os dois fazerem.— Derick, vai até a oficina para saber se a moto da mistério está pronta, e Emily, me traz um café.Os dois fecharam a cara e eu ri.— O que é? Já têm algo para fazer?— Que inveja da preguiça dos outros — os dois resmungaram, mas
Arlissa Anos atrás— Eu te odeio, eu te odeio! — grito a plenos pulmões pela primeira vez para o monstro que me trouxe ao mundo.Ele recua com minhas palavras e deixa o cinto cair no chão. Faz dois dias que ele me tirou daquele quartinho, e as torturas recomeçaram. Eu preferia mil vezes continuar naquele espaço apertado com aranhas e cobras do que ficar no mesmo lugar que esse homem.Ele me olha com seus olhos azuis, idênticos aos meus, e sinto nojo do reflexo que vejo. Sempre dizem que nos parecemos com as pessoas que mais odiamos. Esse é o meu caso. Sou uma cópia desse monstro, e isso me faz desprezar a mim mesma.PresenteDesde o ocorrido naquele elevador, não sei mais o que se passa com minhas emoções. Sempre fui calma e fria, mas com aquele homem isso é impossível. Tive uma crise na frente dele, algo que nunca aconteceu antes. Nunca tive uma crise na frente de ninguém.Apesar disso, as coisas mudaram. Não com ele, mas comigo. Não sinto mais tanto medo de entrar em
Owen Santa Cruz — Quando morrermos ou casarmos — e olha que vai demorar —, e ainda é debochada.Ainda bem que meu closet é quase um quarto, e eu posso me vestir lá. Do contrário, já teria trocado de roupa na presença de todos os meus irmãos, até da Sam. Retirei a toalha e vesti uma cueca boxer e uma calça de moletom. Não vou usar camisa.— Pronto. Em que a minha humilde, mas maravilhosa pessoa pode ajudar?— Quanta humildade... — resmungou, e eu sorri.— O que foi?— Eu... você vai ficar chateado comigo. — Ela baixou o olhar e mordeu o lábio inferior.Segurei seu queixo e ergui seu olhar. Se tem algo que aflige minha irmã e ela tem medo de me dizer, significa que é grave, e eu não gosto disso.— Iana, você pode me falar qualquer coisa, por mais grave que seja — a incentivei, e ela respirou fundo.— Ele não teve culpa, eu que me apaixonei por ele. — Isso não é bom. — Eu estou apaixonada pelo...— Daiana. — Segurei suas mãos com força.— Pelo Bruce.— O quê? — Arregalei os olhos, sem d
Owen Santa Cruz Odeio quando amanhece, odeio ter que trabalhar todos os dias, odeio o sol e, principalmente, acordar duro e com fome. Vida de homem é difícil. Saio das cobertas e vou direto para o banheiro. Faço minha higiene e entro no box.Ontem, depois da conversa com a minha irmã e, consequentemente, com o Bruce, me deitei na cama pensando e dormi na hora. Estava tão cansado que nem percebi isso.Saio do box e entro no closet. Como o dia está ensolarado e bonito, decido escolher uma camisa social azul, uma calça social castanho-claro e um sapato da mesma cor. Visto tudo, pego minha carteira, celular e chaves. Saio do quarto e desço em direção à porta, mas paro com o cheiro maravilhoso de café que paira no ar.O cheiro me leva até a cozinha e logo vejo a mesa cheia, com todos os meus irmãos sentados ao redor dela, até o Bruce.— Bom dia! — cumprimento e me sento na cadeira. Hora de comer.— Pensando em sair sem comer?— Tu não tens casa? Não comes na tua casa? — Bruce ri e pega ma
Arlissa Altamira Anos atrás - Sua negra burra, inútil . Desaparece da minha frente.- papai gritou e jogou meu corpo contra a parede, fazendo-me gemer de dor. Para não me bater de novo, saio correndo até meu quarto e me tranco nele, me escondo debaixo da coberta e choro baixinho. Toda vez que papai ensultava-me ou batia-me, meu coração dilacerava e as lágrimas eram minha companhia, porque se alguém soubesse de alguma coisa.. ele castigará pior e eu não quero isso. Porém, o geito como ele me trata está além da minha compreensão, porque eu nunca fiz nada para aborrece-lo e sempre tentei agrada-lo em tudo. Mas papai simplesmente não gosta de mim. Mesmo dando sempre o meu melhor para que ele me amasse como ama meus irmão, mas isso é impossível, ele me odeia e isso nunca vai mudar. Presente Sinto a adrenalina correr e meu corpo suar extasiado enquanto concluo mais uma missão do jogo The Last, enquanto ouço a música de Naruto Shippuden, fazendo-me dançar e pular como louca.
Arlissa " Toda noite escura, tem uma lua que a ilumine -E.S " Anos atrás -Papai, papai por favor para!.- gritei sentindo a fita do cinto queimar minha pele e a rasgar com força. - Odeio você, nunca devias ter nascido, aberração.- papai gritou e outra vez o cinto rasgou minha pele, mas desta vez oque eu sente arder foi meu coração e minha alma. Meu pai me batia com tanta força e raiva que sentia o sangue escorrer de minhas costas para o chão, mas oque me aterrorizava era a aura que vinha dele, uma aura malignica, impura, sádica. Tudo oque ele fazia lhe proporcionava prazer e alegria, mas o mistérios é que era só comigo, porque Samanta e sasha são suas princesas, mas eu... eu era a aberração. Presente Abro os olhos em sobressalto e respiro bem fundo sentindo dor ao fazer isso, oque demonstra que em mais uma noite eu contive a respiração enquanto os pesadelos faziam das duas na minha mente. Continuo respirando fundo, mas ao acelerar o movimento tudo piorou, porque me