Owen Santa Cruz "Todo mundo ama as coisas que você fazDesde o jeito que você falaAté o jeito que você se moveTodo mundo aqui está te observandoPorque você dá sensação de lar " Olhando os slides do trabalho feito com as joias a partir do projeto da Arlissa, vejo como ela é talentosa no que faz. As joias estão ficando lindas, e isso que ainda nem estão finalizadas. Imagine quando estiverem prontas!— As joias são lindas, um sucesso garantido — disse Marco, o diretor de Contabilidade.— E qual é o problema, então?— Ela — responderam todos em uníssono.Estamos em uma reunião com os diretores de cada setor da empresa. Afinal, nada pode ir ao mercado sem sabermos como será recebido.— Ela? — perguntei, sem entender.— Ela é negra, e sabemos muito bem que nem todos aceitarão comprar algo feito por uma mulher negra.Olhei para eles, perplexo, engolindo a raiva que começou a crescer dentro de mim.— Obama é negro e foi o melhor presidente dos EUA. Mandela era negro e foi o melhor líder
Arlissa "Eu não sabia pelo o que você Estava passando, Eu pensei que você estava bem" Anos atrás — Sasha me pega. Corro pela casa toda e me escondo debaixo da cama. Esses eram os raros momentos em que eu era feliz, quando aquele monstro não estava por perto. Fiquei escondida até ouvir a porta abrir e Sasha entrar sorrateira. Ela caminhou pelo quarto todo, mas, ao não me achar, ouvi seu resmungo baixinho. Tapei minha boca para não rir, mas um som baixo escapou. Ouvi seus passos e a porta se abrindo. Ri ainda mais alto, mas, de repente... — Achei você! — Ah! — Saí debaixo da cama rindo, e ela veio para cima de mim fazendo cócegas. Eu amava minha irmã e, principalmente, amava o tempo que passava com ela. Presente Saí do carro e ajeitei meus óculos escuros no rosto. Entrei no prédio e suspirei, ainda sem acreditar que já era meu segundo dia de trabalho e, surpreendentemente, ainda não matei ninguém, nem fui despedida — o que é mais incrível ainda. Desde aquele epis
Arlissa Cheguei em casa às pressas e quase levei uma multa por conduzir tão rápido, mas finalmente cheguei. Abri a porta e entrei, dei um rápido "boa tarde" para minha mãe e subi as escadas às pressas. Cheguei no meu quarto, joguei a bolsa por aí enquanto tirava a roupa tão rápido que quase caí, mas finalmente tirei a roupa e fiquei só de calcinha, mas não me importei. Entrei na minha sala zen e me sentei na minha cadeira.Coloquei Mortal Kombat na PlayStation e deixei começar enquanto colocava meus auscultadores. O jogo começou e logo relaxei.O jogo era de luta e era um dos que eu mais amava, porque ali eu podia ver a violência que eu quisesse, bater e esmagar na mesma proporção.Me conectei ao sistema de jogadores e mais quatro se juntaram a mim para jogar.— Fox ligada.— Ivilux ligado.— Drust ligado.— Volpina ligada.Lize também fugiu do trabalho para jogar. Sorri e começamos.Era sempre divertido e bom jogar em grupo; a animação e a adrenalina eram maiores. E, sinceramente
Owen Santa CruzFinalmente fui ao médico e o maldito conseguiu o que tanto queria: me ver usar óculos. Mas, para minha sorte, eu tinha uma irmã especialista em moda que me ajudou a escolher os óculos perfeitos para mim e não fiquei parecendo um nerd.Mas, mesmo assim, não gostava disso. Era estranho e confuso, tão confuso quanto a minha sala nesse momento e a gritaria da Emily e do Derick lá fora.Respirei fundo e levantei da minha cadeira. Era estressante ver aqueles dois brigando o tempo inteiro, como se não tivessem nada para fazer.Saí da minha sala e parei no batente da porta.— Vocês dois podem parar com isso, como se não tivessem nada para fazer?— E não temos. Estamos entediados — pensei um pouquinho e arranjei algo para os dois fazerem.— Derick, vai até a oficina para saber se a moto da mistério está pronta, e Emily, me traz um café.Os dois fecharam a cara e eu ri.— O que é? Já têm algo para fazer?— Que inveja da preguiça dos outros — os dois resmungaram, mas
Arlissa Anos atrás— Eu te odeio, eu te odeio! — grito a plenos pulmões pela primeira vez para o monstro que me trouxe ao mundo.Ele recua com minhas palavras e deixa o cinto cair no chão. Faz dois dias que ele me tirou daquele quartinho, e as torturas recomeçaram. Eu preferia mil vezes continuar naquele espaço apertado com aranhas e cobras do que ficar no mesmo lugar que esse homem.Ele me olha com seus olhos azuis, idênticos aos meus, e sinto nojo do reflexo que vejo. Sempre dizem que nos parecemos com as pessoas que mais odiamos. Esse é o meu caso. Sou uma cópia desse monstro, e isso me faz desprezar a mim mesma.PresenteDesde o ocorrido naquele elevador, não sei mais o que se passa com minhas emoções. Sempre fui calma e fria, mas com aquele homem isso é impossível. Tive uma crise na frente dele, algo que nunca aconteceu antes. Nunca tive uma crise na frente de ninguém.Apesar disso, as coisas mudaram. Não com ele, mas comigo. Não sinto mais tanto medo de entrar em
Owen Santa Cruz — Quando morrermos ou casarmos — e olha que vai demorar —, e ainda é debochada.Ainda bem que meu closet é quase um quarto, e eu posso me vestir lá. Do contrário, já teria trocado de roupa na presença de todos os meus irmãos, até da Sam. Retirei a toalha e vesti uma cueca boxer e uma calça de moletom. Não vou usar camisa.— Pronto. Em que a minha humilde, mas maravilhosa pessoa pode ajudar?— Quanta humildade... — resmungou, e eu sorri.— O que foi?— Eu... você vai ficar chateado comigo. — Ela baixou o olhar e mordeu o lábio inferior.Segurei seu queixo e ergui seu olhar. Se tem algo que aflige minha irmã e ela tem medo de me dizer, significa que é grave, e eu não gosto disso.— Iana, você pode me falar qualquer coisa, por mais grave que seja — a incentivei, e ela respirou fundo.— Ele não teve culpa, eu que me apaixonei por ele. — Isso não é bom. — Eu estou apaixonada pelo...— Daiana. — Segurei suas mãos com força.— Pelo Bruce.— O quê? — Arregalei os olhos, sem d
Owen Santa Cruz Odeio quando amanhece, odeio ter que trabalhar todos os dias, odeio o sol e, principalmente, acordar duro e com fome. Vida de homem é difícil. Saio das cobertas e vou direto para o banheiro. Faço minha higiene e entro no box.Ontem, depois da conversa com a minha irmã e, consequentemente, com o Bruce, me deitei na cama pensando e dormi na hora. Estava tão cansado que nem percebi isso.Saio do box e entro no closet. Como o dia está ensolarado e bonito, decido escolher uma camisa social azul, uma calça social castanho-claro e um sapato da mesma cor. Visto tudo, pego minha carteira, celular e chaves. Saio do quarto e desço em direção à porta, mas paro com o cheiro maravilhoso de café que paira no ar.O cheiro me leva até a cozinha e logo vejo a mesa cheia, com todos os meus irmãos sentados ao redor dela, até o Bruce.— Bom dia! — cumprimento e me sento na cadeira. Hora de comer.— Pensando em sair sem comer?— Tu não tens casa? Não comes na tua casa? — Bruce ri e pega ma
Arlissa Altamira Anos atrás - Sua negra burra, inútil . Desaparece da minha frente.- papai gritou e jogou meu corpo contra a parede, fazendo-me gemer de dor. Para não me bater de novo, saio correndo até meu quarto e me tranco nele, me escondo debaixo da coberta e choro baixinho. Toda vez que papai ensultava-me ou batia-me, meu coração dilacerava e as lágrimas eram minha companhia, porque se alguém soubesse de alguma coisa.. ele castigará pior e eu não quero isso. Porém, o geito como ele me trata está além da minha compreensão, porque eu nunca fiz nada para aborrece-lo e sempre tentei agrada-lo em tudo. Mas papai simplesmente não gosta de mim. Mesmo dando sempre o meu melhor para que ele me amasse como ama meus irmão, mas isso é impossível, ele me odeia e isso nunca vai mudar. Presente Sinto a adrenalina correr e meu corpo suar extasiado enquanto concluo mais uma missão do jogo The Last, enquanto ouço a música de Naruto Shippuden, fazendo-me dançar e pular como louca.