Olá, querido(a) leitor(a)! Como estão seus corações, aliviados? Um pouquinho mais de emoção ainda vem por ai...
Caminhei a passos cuidadosos por aquele belo tapete coberto por pétalas de rosas vermelhas, pé ante pé, notando como a ponta branca do meu scarpin sobressaia sob a longa barra do vestido. Meu coração batia tão acelerado que parecia prestes a sair pela boca, respirei fundo, apertando um pouco mais forte o buquê, e então, meus olhos recaíram sobre o homem parado há alguns metros, pacientemente esperando. Lhe sorri, era a segunda vez que nos casaríamos, renovaríamos nossos votos aos olhos de Deus na verdade, pois já havíamos oficializado a união em cartório. Tudo estava sendo tão perfeito, que nada parecia ser capaz de tirar o sorriso feliz que se espalhava pelo meu rosto. À minha frente, Sophia, minha daminha de honra, caminhava carregando uma cestinha cheia de flores e pétalas que jogava por todo lado, estava vestida num lindo vestido de saia volumosa, que mesclava branco e rosa, assim como a tiara em sua cabeça. Acompanhando-a, estavam os dois meninos da minha família, também vestido
Era uma manhã de sábado que parecia perfeita para sair às compras, o clima estava ameno então resolvi tirar uma folga do trabalho. Chequei minha agenda com a minha secretária, conferindo não ter compromissos naquele dia, peguei as chaves do carro, óculos escuros e sai com meu filho. Durante o caminho, Ellie passava as faixas de música procurando por algo que fosse do seu agrado, não interferi, e apenas foquei minha atenção no trânsito. Aos poucos, a lentidão dos carros começou a me incomodar, e nem era horário de pico. Por causa disso, resolvi contornar e estacionar o carro na área VIP do hotel Hill, aproveitando para fazer uma caminhada pelo Centro Histórico. Pela cara que Ellie fazia, não estava gostando muito, todos aqueles monumentos tombados deveriam ser "tediosos" aos seus olhos infantis, porém, de repente, algo pareceu chamar a sua atenção quando passamos em frente ao Palácio de Cedros. Fiquei curiosa com seu súbito interesse, então olhei para lá também, porém meu sorriso se d
Dois anos atrás, eu facilmente poderia dizer que minha vida estava perfeita. Tinha um marido carinhoso, morava num apartamento espaçoso e confortável, juntos lideramos uma empresa mediana e estávamos planejando nosso primeiro filho. Até que, do nada, a minha vida virou uma completa bagunça.Numa noite, meu marido chegou completamente bêbado e encharcado de chuva em casa, passou direto por mim, que assistia na sala, e entrou no escritório, fechando as portas às suas costas. Não entendi nada na hora, e fiquei ainda mais confusa quando ouvi o barulho de coisas se quebrando, era como se ele estivesse destruindo tudo lá dentro.— Wolfgang... o que está acontecendo?Questionei confusa enqu
– Por favor espere um pouco... - A enfermeira pedia exasperada, parada em frente à porta do quarto. – A senhora não pode sair assim, não nesse estado. Tudo o que ela falava apenas entrava num ouvido e saia pelo outro, estava mais interessada em enfiar minhas coisas dentro da minha bolsa, incluindo os exames que nem foram abertos. Depois, me virei para a encarar com seriedade, uma expressão que dizia: "ou você sai, ou te tiro daí a força", vi seus joelhos tremerem e então, ela se afastou, me deixando ir embora do hospital. Estava furiosa e indignada, não podia acreditar em como todo mundo estava lidando com aquela situação. Não bastava aquele bastard* esnobe ter me tratado como uma vagabund* ao telefone, mas também, percebi que o hospital continuava resistente em me dar informações sobre meu próprio marido. Segui a passos firmes pelos corredores até chegar ao estacionamento, mas quando entrei no carro, e me vi sozinha novamente, irrompi em outra crise de choro, batendo no volante e g
Depois da conversa, trocamos mais algumas palavras e então, ambos seguimos nossos rumos. Quando finalmente me vi dentro do meu carro, sentei no banco do motorista e fechei os olhos enquanto jogava a cabeça para trás. Eu não conseguia parar de pensar nas palavras daquele homem grosseiro, tentava encontrar algum sentindo a mais nelas, mas somente chegava à conclusão de que vivi uma mentira todo aquele tempo.De repente, lembrei do monopólio que havia saldado a nossa dívida, e resolvi pesquisar sobre eles na internet. Era óbvio que toda a informação contida naqueles artigos passava por uma espécie de censura, que escolhia o que era ou não útil para eles na mídia, como de praxe para famílias tão ricas. Depois de ler um pouco, encontrei uma entrevista recente com o dir
Acordei sentindo uma mão calorosa segurando a minha, e me deparei com Carlota dormindo na cadeira ao lado do meu leito numa posição que parecia muito desconfortável enquanto se reclinava sobre o meu leito. Nos conhecemos na faculdade, e como tínhamos muito em comum, nos tornamos grandes amigas.Depois de um tempo, seus olhos se abriram e quando me encarou, lágrimas começaram a escorrer enquanto me olhava com surpresa, e então, me abraçou.– Espera... tá me sufocando! Reclamei com minha voz rouca.– Como está se sentindo? Ela perguntou quando se afastou um pouco.– Desorientada, eu acho... - Murmurei olhando para as minhas
Os papéis do divorcio chegaram na manhã seguinte. Eu não assinei nenhum deles de imediato, na verdade, passava o tempo sentada apenas olhando para eles. Li e reli aquelas malditas folhas algumas dezenas de vezes, as cláusulas eram claras e não havia espaço para nenhuma reivindicação, muito menos a possibilidade de conciliação, o tipo de documento redigido pela mente fria e calculista de uma advogado. Em resumo, eu ficaria com o apartamento, que inclusive já havia sido transferido para o meu nome, alguma quantia considerável de dinheiro, e mais nada, não poderia recorrer aos danos morais do abandono, muito menos, entrar em contato com ele ou sua família. Basicamente, eu era um problema do qual eles queriam se livrar o mais rápido possível. Isso eu já havia entendido, porém, havia algo de estranho nessa situação pois, Wolfgang continuava sem se pronunciar, e mesmo que eles tivessem total poder sobre a mídia, ela estava muito quieta. Não era como se eu fosse uma pessoa difícil de encon
O lugar estava exatamente como eu me lembrava. Pelo campo a fora, podia ver algumas poucas macieiras que resistiram ao tempo, carregadas de maçãs vermelhas que despontando por entre as folhas esverdeadas, caminhei naquela direção e peguei uma delas, mordendo-a depois de lavar, relembrando com nostalgia seu sabor doce."É bom estar em casa novamente..." Pensei comigo mesma, suspirando.De repente, me lembrei de uma única amiga que tive naquela época, seu nome era Júlia e éramos praticamente unha e carne, mas havíamos perdido o contato de alguma forma. Fiquei me perguntando como ela estaria, imaginando que provavelmente pela idade, já estaria casada e talvez até com filhos.Sorri, pensando