Isso tudo é difícil de entender para um leigo, mas, estranhamente, eu consegui me aprofundar. Isso se deve ao mês em que estive imersa em tudo isso, meu coração, afinal, se afundou.

Quando Luana voltou, ela me olhou por alguns segundos, sem dizer nada, e logo veio me abraçar:

— Bem-vinda de volta.

Eu só contei para ela sobre George. Ela foi a única pessoa que soube para onde eu levei as cinzas dele.

Eu estava ali, com a cabeça em seu ombro, sentindo o cheiro do álcool da desinfecção nela. Disse a ela:

— Eu estou com vontade de comer um hot pot.

— Tá bom, vou te arranjar isso!

As palavras de Luana saíram com um tom nasal, ela deveria estar feliz por eu superar o pior.

Sim, eu havia superado.

George se foi, mas eu ainda tinha muito a fazer. Precisava continuar vivendo.

— Você viu Sebastião? — Perguntei enquanto comia carne.

— Vi, claro. Na verdade, todo dia vejo ele. Não sabia? Ele não foi mordido por um crocodilo? Está se tratando na nossa clínica.

Luana disse isso e eu congelei por um