Capítulo final parte III

— E aí, ele não é gato?

Teresão pergunta.

— É, é bonito!

Digo fazendo uma cara de nojo.

— A qual foi, eu vi essa cara sua.

Andressa diz rindo.

— É que... Sei lá, ele tem um tom arrogante, sem contar que... Deixa pra lá.

— Ele é diretor de um presídio neh, tem que ter essa arrogância, sem contar que homem bonito é sempre assim.

Entramos em um debate sobre isso, nem todos os homens bonitos são arrogantes... Eu defendi essa tese, mas a verdade é que eu queria esconder delas tudo que aconteceu naquela sala e o quanto babaca ele foi comigo, não quis contar sobre o quanto me senti humilhada com as palavras daquele homem.

...

Eu já estava presa três dias, ainda não tive visitas, as meninas falaram que a primeira visita demora mesmo, fazer as documentações necessárias era demorado.

Estou sentada em minha cama ouvindo as meninas discutirem sobre a vida dos artistas que elas liam em uma revista antiga quando a loira rabugenta da carcereira aparece.

— Patricinha de Taubaté, você pr
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