Pra não dizer que não falei das flores

Alguém caminhava, outra pessoa pegava um café na lanchonete. De certa forma eles se esbarraram. Se talvez apenas eles tivessem se atrasado um pouco, nada poderia acontecer.

Alguns marcharam como indeciso cordões, nos campos, ainda havia fome, não importava a extensão da plantação.

Uma nova florista fazia da flor seu instrumento de guerra, como uma canção, onde o refrão se repetia de forma intensa.

A história estava em sua mão, havia amores em sua mente ou na mente de quem presenteava? Porque tinha flores no chão, sem certeza do que vinha pela frente.

O pipoqueiro queimou a pipoca para ajudá-la. A moça estava sendo maltratada. Mas por que só ele viu? Existia mais gente ali.

Se existisse mais alguém ali, o pipoqueiro não perderia sua fornada.

Eu me aproximei da florista, que sorrindo, me deu uma rosa.

Aceitei. E, em sua mão, pus uma nota de poucos reais.

Fui embora daquela praça, onde os pombos não queria a pipoca queimada.

Voltei para o meu lugar, mas fugi de quem eu era.
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