A camisa

A camisa de Tim, a mesma de sempre, acabara de ser manchada. E iria para a sua centésima lavagem.

Mas ela não se sujou assim.

Primeiro, fomos à lanchonete.

Ganhamos um lanche de cortesia da Lady Francisco, uma das donas do estabelecimento, com imensa generosidade e gentileza.

Ao começarmos a degustação, Tim me perguntou sobre as vendas das flores.

— Lady Lara, você faz dinheiro o suficiente para se manter na venda de flores?

— Nem sempre, às vezes, eu só vou me virando aqui e ali. Além disso, eu tenho uma irmã e tenho que fazer de tudo para que ela possa estudar e cursar o que ela deseja, porque eu mesma não tive essa oportunidade e, pelo jeito, nunca a terei.

— Mas você ainda é jovem. Sempre há tempo para estudar. Se quiser, posso te ajudar. O que pretende fazer?

— Eu não sei. As pessoas pensam que gosto de vender ou empreender, mas eu não gosto, apenas me sinto em pena a cumprir a sina da minha família.

— Bom, a universidade fica na capital e há uma feira na próxima
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