Capítulo 366
Uma memória repentina atacou Júlia de surpresa, deixando-a sem palavras.

Aquela pessoa teimosa, que segurava o colarinho de alguém sem soltar, era ela mesma?

Ao encontrar o olhar brincalhão do homem, ela ficou tão envergonhada que parecia querer sumir.

José perguntou:

— Lembrou?

— Desculpa, eu…

José a interrompeu:

— Essa pergunta precisa mesmo ser feita? Claro que não pode. Quem aceitaria levar um tapa na cabeça? Não sou um instrumento de percussão. E você mesma não disse que bater na cabeça pode deixar a pessoa mais burra?

Com uma frase, ele dissolveu metade do constrangimento de Júlia.

Júlia murmurou:

— Mas você bateu na minha cabeça…

Agora que a parte final da memória voltou, as cenas iniciais começaram a ficar mais nítidas. Na verdade, foi ele quem começou…

José ficou sério:

— Ainda mantenho o que disse: pode beber, mas com moderação.

— Sim, claro.

Júlia não ousou discordar, balançando a cabeça obedientemente como uma criança que levou bronca.

Gustavo voltou da pia, onde lavava
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