Capítulo 117
A outra pessoa perguntou com surpresa:

— Ah? Sério? Não estuda, não trabalha, então faz o quê?

— Deve estar sendo amante de algum rico, né? Deita, abre as pernas e pronto, dinheiro no bolso. Trabalha para quê?

— Ei! Cuidado com o que diz, isso afeta a reputação da moça!

— Se ela estivesse trabalhando de verdade, por que não voltou para casa em anos? Devem estar com vergonha dela. E o professor Gustavo? Tem que manter a fachada. Se não, como vai continuar como professor respeitado?

— Meu Deus…

Essas fofocas nunca chegavam aos ouvidos de Gustavo.

E, mesmo se chegassem, ele provavelmente ficaria em silêncio.

Para ele, o que sua filha fazia não era muito diferente de ser uma amante de alguém rico.

Júlia desceu do trem, ajustando o casaco mais apertado contra o frio.

Embora cidade K fosse mais ao norte, o clima nesse mês ainda era gelado. Dentro do táxi, ela observava as ruas e sentia as memórias da infância se misturarem ao que via pela janela.

Cidade K era pequena, com a indústria pes
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