A rendição ao desejo

A noite estava envolta em uma calma incomum, a chuva que antes castigava as ruas agora transformada em um leve gotejar que ecoava nas calçadas molhadas. Clara sentia o ar úmido contra sua pele enquanto Miguel a acompanhava até a porta do apartamento. Os dois haviam caminhado lado a lado, suas conversas pontuadas por silêncios carregados de tensão.

Quando chegaram à entrada, Clara virou-se para ele, com as chaves na mão. Seus olhos encontraram os dele, e o mundo pareceu parar.

"Quer entrar?" A pergunta saiu mais como um sussurro do que uma decisão.

Miguel hesitou por um instante, mas então assentiu. "Só se você quiser."

Clara não disse mais nada. Virou-se, destrancou a porta e abriu espaço para que ele passasse. Assim que entrou, Miguel tirou o casaco molhado e pendurou-o no cabideiro ao lado da porta. O ambiente estava quente e acolhedor, iluminado pela luz suave de um abajur.

Clara fechou a porta, mas permaneceu de costas para ele por um momento, tentando controlar a tempestade de em
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